“…Os que tem dinheiro não resolverão nunca o problema da fome no mundo. É preciso algo mais que dinheiro. Jesus apresente a possibilidade de nos ajudar a vislumbrar outro caminho. Primeiro, que ninguém monopolize o seu alimento para si mesmo, quando há outros que passam fome. Nós, como os discípulos temos que aprender a pôr à disposição dos famintos o que temos, mesmo que seja só “cinco pães de cevada e dois peixes”.
“Se partes teu pão com o faminto… brilhará tua luz como a aurora” (Is. 58,7-8).
A dinâmica do Reino é a arte de compartilhar. Para alimentar todos os que passam fome, não basta todo o dinheiro do mundo. O problema não se soluciona comprando, o problema, se soluciona compartilhando. O pão nas mãos de Jesus era pão para ser partido, repartido e compartilhado. O pão armazenado, como o maná no deserto, se corrompe, apodrece.
Também hoje Ele precisa de nossas mãos para fazer o pão, multiplicar os grãos, amassar a farinha… O mundo preciso de outros Cristos para levar o pão a quem tem fome.
A solenidade de Corpus Christi, celebrada todos os anos na primeira quinta-feira após a Oitava de Pentecostes, foi instituída pelo Papa Urbano IV, em 11 de agosto de 1264, principalmente por dois acontecimentos:
uma visão de Santa Juliana de Liège, religiosa agostiniana belga, e
um milagre eucarístico ocorrido na cidade de Bolsena, na Itália.
O Papa que instituiu Corpus Christi conheceu pessoalmente ambos os acontecimentos.
Santa Juliana, com a idade de 16 anos, teve uma primeira visão, que depois se repetiu várias vezes nas suas adorações eucarísticas. A visão apresentava a lua no seu mais completo esplendor, com uma faixa escura que a atravessava diametralmente. O Senhor levou-a a compreender o significado daquilo que lhe tinha aparecido. A lua simbolizava a vida da Igreja na terra, a linha opaca representava, ao contrário, a ausência de uma festa litúrgica, para cuja instituição se pedia a Juliana que trabalhasse de maneira eficaz: ou seja, uma festa em que os fiéis pudessem adorar a Eucaristia para aumentar a fé, prosperar na prática das virtudes e reparar as ofensas ao Santíssimo Sacramento.
Pela boa causa da festa do Corpus Christi foi conquistado Tiago Pantaleão de Troyes, que conhecera Santa Juliana. Foi precisamente ele que, tendo-se tornado Papa com o nome de Urbano IV, em 1264, instituiu a solenidade do Corpus Christi.
Em 1263 — um ano antes da instituição de Corpus Christi —, um padre alemão, chamado Pedro de Praga, parou na cidade de Bolsena depois de uma peregrinação. Era ele um padre piedoso, mas que tinha dificuldades para acreditar que Cristo estivesse realmente presente na Hóstia consagrada. Eis então o que lhe aconteceu:
Enquanto celebrava a Santa Missa, mal havia ele pronunciado as palavras da consagração, quando sangue começou a escorrer da Hóstia consagrada, gotejando em suas mãos e descendo sobre o altar e o corporal. O padre ficou imediatamente perplexo. A princípio, ele tentou esconder o sangue, mas então interrompeu a Missa e pediu para ser levado à cidade vizinha de Orvieto, onde o Papa Urbano IV então residia.
O Papa ouviu o relato do padre e o absolveu. Iniciou-se uma investigação imediata. Quando todos os fatos foram confirmados, ele ordenou ao bispo da diocese que trouxesse a Orvieto a Hóstia e o pano de linho contendo as manchas de sangue. Juntamente com arcebispos, cardeais e outros dignatários da Igreja, o Papa realizou uma procissão e, com grande pompa, introduziu as relíquias na catedral. O corporal de linho contendo as marcas de sangue ainda está reverentemente conservado e exposto na Catedral de Orvieto.
Depois disso, o Papa pediu que Santo Tomás de Aquino compusesse os textos litúrgicos referentes a Corpus Christi, que todos cantamos ainda hoje.
Mas qual a importância desta festa para nós?
Lembremo-nos dos três fins com que Jesus pediu essa festa a Santa Juliana: “aumentar a fé, prosperar na prática das virtudes e reparar as ofensas ao Santíssimo Sacramento”.
Corpus Christi é um dia de reparação pela falta de fé generalizada do mundo atual. Reparação porque, apesar de tantos milagres eucarísticos, como o de Bolsena, em que Deus parece gritar aos nossos ouvidos a verdade de sua presença real na Eucaristia, são poucos os católicos que tem momentos de adoração ao Santíssimo Sacramento.
“Corpus Christi” é uma festa “para aumentar a fé, prosperar na prática das virtudes e reparar as ofensas ao Santíssimo Sacramento”.
Reparemos, portanto, o Coração Eucarístico de Nosso Senhor, mas com um coração alegre e agradecido de nossa parte, porque é Ele mesmo quem nos torna possível essa graça. Foi o próprio Jesus Cristo quem pediu à Igreja, quase um milênio atrás, que fosse instituída a solenidade de Corpus Christi.
Procuremos amar Nosso Senhor Jesus Cristo no Sacramento do Altar, Vamos encontrar um tempo para estar diante do Santíssimo Sacramento, em adoração.
SUMÁRIO 1° ENCONTRO: A BÍBLIA E A TRADIÇÃO………………………………………………………………………………….. 9 3° ENCONTRO: A CRIAÇÃO DO MUNDO………………………………………………………………………………….. 18 TEMA TRANSVERSAL UM: MEIO-AMBIENTE E O RESPEITO À CRIAÇÃO ………………………….. 21 4° ENCONTRO: A PRIMEIRA ALIANÇA…………………………………………………………………………………….22 5° ENCONTRO: A “NOVA” ALIANÇA …………………………………………………………………………………………27 6° ENCONTRO: A VIDA DE JESUS E A REALIZAÇÃO DA NOVA ALIANÇA……………………………30 7° ENCONTRO: JESUS NA ULTIMA CEIA E A CONFIRMAÇÃO DA NOVA ALIANÇA ……………34 8° ENCONTRO: A SANTÍSSIMA TRINDADE…………………………………………………………………………….. 37 TEMA TRANSVERSAL dois: A SAGRADA FAMÍLIA ………………………………………………………………….41 9° ENCONTRO: O PENTECOSTES E O SURGIMENTO DA IGREJA ………………………………………….44 10° ENCONTRO: OS MANDAMENTOS DE DEUS ……………………………………………………………………..49 11° ENCONTRO: O PECADO, O VÍCIO E A VIRTUDE ……………………………………………………………….54 12° ENCONTRO: OS SACRAMENTOS………………………………………………………………………………………..59 13° ENCONTRO: A EUCARISTIA………………………………………………………………………………………………..66 14° ENCONTRO: OS SACRAMENTOS DA VIDA CRISTÃ ………………………………………………………….70 15° ENCONTRO: OS SACRAMENTOS DO SERVIÇO …………………………………………………………………76 TEMA TRANSVERSAL três: MÉTODO BILLINGS E O PLANEJAMENTO FAMILIAR……………..86 16° ENCONTRO: A LITURGIA E A ORAÇÃO -I………………………………………………………………………….88 17° ENCONTRO: A LITURGIA E A ORAÇÃO – II ……………………………………………………………………….98 18° ENCONTRO: A VIRGEM MARIA NA IGREJA …………………………………………………………………… 104 TEMA TRANSVERSAL QUATRO: O ROSÁRIO……………………………………………………………………….. 109 19° ENCONTRO: OS ANJOS NA IGREJA …………………………………………………………………………………. 112 20° ENCONTRO: OS SANTOS NA IGREJA………………………………………………………………………………. 117 21° ENCONTRO: O CÉU, O PURGATÓRIO E O INFERNO……………………………………………………… 123 22° ENCONTRO: AS PASTORAIS, MOVIMENTOS DA IGREJA……………………………………………… 129 E AS COMUNIDADES DE BASE ………………………………………………………………………………………………. 129 TEMA TRANSVERSAL CINCO: O DÍZIMO ……………………………………………………………………………… 133 23° ENCONTRO: O ECUMENISMO…………………………………………………………………………………………. 135 TEMA TRANSVERSAL SEIS: CAMPANHA DA FRATERNIDADE …………………………………………. 140 24° ENCONTRO: IDOLATRIAS E SUPERSTIÇÃO NO PASSADO E HOJE …………………………….. 141 25° ENCONTRO: O POLITEÍSMO E MONOTEÍSMO ……………………………………………………………… 146 26° ENCONTRO: FILOSOFIAS DE VIDA…………………………………………………………………………………. 151 27° ENCONTRO: AS SEITAS……………………………………………………………………………………………………. 155 28° ENCONTRO: SINCRETISMO RELIGIOSO E A NOVA ERA ……………………………………………… 159 O ENVIO ……………………………………………………………………………………………………………………………………. 164 29° ENCONTRO: A SEGUNDA VINDA DE JESUS…………………………………………………………………… 165 30° ENCONTRO: OS DESAFIOS DA IGREJA NA ATUALIDADE ……………………………………………. 169 31° ENCONTRO: O CRISTÃO ENGAJADO………………………………………………………………………………. 173 TEMA TRANSVERSAL SETE: A VOCAÇÃO CRISTÃ………………………………………………………………. 177 MAPAS………………………………………………………………………………………………………………………………………. 179 ORAÇÕES………………………………………………………………………………………………………………………………….. 185 CALENDÁRIO …………………………………………………………………………………………………………………………… 187 SIGLAS IMPORTANTES…………………………………………………………………………………………………………… 188 REFERÊNCIAS………………………………………………………………………………………………………………………….. 188
1° ENCONTRO: BÍBLIA, LUZ PARA MEU CAMINHO, LÂMPADA PARA MEUS PÉS…
A Bíblia foi escrita mais ou menos 1200 anos a. C. Bíblia vem da palavra biblion que significa “biblioteca” ou “conjunto de livros”. A história do povo era contada de pais para filhos ou escrita em papiro (planta que cresce as margens do rio Nilo no Egito) e pergaminho (couro seco de ovelhas). A Bíblia é também chamada Palavra de Deus, Sagrada Escritura, Livro Sagrado ou Divina Revelação. Sendo sagrada não só para nós, cristãos, mas também para os judeus; estes, preocupados em oficializar a lista de Livros Sagrados para assegurar a continuidade da fé do povo, reconheceram somente a sua primeira parte denominada Antigo Testamento. Assim os judeus só reconheceram como inspirados os livros escritos originalmente em hebraico ou aramaico, conhecidos como Livros Canônicos, ou seja, livros dentro das regras de vida do povo hebreu (judeus). O Antigo (ou Primeiro) Testamento contém 46 livros que tratam da história de Israel – o povo que Deus escolheu para fazer aliança. O Novo Testamento contém 27 livros que narram à vida e os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos. Testamento significa “documento importante” transmitido a outros = Aliança, compromisso. Antigo Testamento= Refere-se à Aliança de Deus com o povo judeu Novo Testamento= Refere-se à Aliança de Deus com a Humanidade
LÍNGUA E TRADUÇÃO A Bíblia foi escrita em três línguas diferentes: hebraico, aramaico e grego. A mais famosa tradução foi a dos “Setenta” feita por 70 sábios, pelo ano 250 d.C. em Alexandria. A primeira tradução cristã da Bíblia para o latim chama-se Vulgata, feita por São Jerônimo no século III d.C a pedido do Papa Damaso. Atualmente a Bíblia é traduzida em todas as línguas, portanto é o livro mais conhecido e mais lido do mundo.
INSPIRAÇÃO Todos os livros da Bíblia foram inspirados por Deus, que dava a conhecer o que Ele queria que fosse escrito, apesar de ser escrita por diversos autores: profetas, reis, apóstolos, evangelistas entre outros. Mas porque Deus inspiraria seres humanos para elaborar a Bíblia? Ora, Deus é nosso criador e nos criou por amor! Inspirando alguns santos homens a escrever tais livros, deu a religião uma base divina, absolutamente correta, já que, por serem inspirados, os livros da Bíblia são as palavras de Deus em toda a Sua essência e força. Assim, escrita por homens poderíamos entender aquilo que o Altíssimo quer nos dizer. “As Sagradas Escrituras contêm a Palavra de Deus e, por serem inspiradas, são verdadeiramente Palavra de Deus. Deus é o autor da Sagrada Escritura ao inspirar seus autores humanos; age neles e por meio deles. Fornece assim a garantia que seus escritos ensinem sem erro a verdade salvífica.” CIC 135
VOCÊ SABIA? A Bíblia foi dividida em capítulos somente no ano 1214, pelo inglês Estevão Langton, e a divisão em versículos foi feita em 1527, pelo Frei dominicano Pagnini. A Bíblia foi impressa (em papel) pela primeira vez, em latim, no ano 1450.
ATIVIDADES:
1) A Bíblia é um ________________ de ________________, divididos em duas grandes partes: o______________________________ que fala sobre a____________________ entre Deus e os ___________________. E __________________________________ que se refere a _________________ entre Deus e a _____________________ .
2) Quantos livros têm: Antigo Testamento:__________Livros Novo Testamento:___________Livros
3) Copie a seguinte passagem na Bíblia: 2Timóteo 3,16-17 _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ Procure ler sempre a Bíblia em família ou individualmente. Partilhe a palavra de Deus! Deve-se ler a Bíblia com: Respeito: porque é a Palavra de Deus. Humildade: para acolher aquilo que o Senhor nos diz, sem fazer interpretações pessoais. Prudência: Não apegar-se num só trecho sem conhecer todo o contexto.
ORAÇÃO: Senhor Deus, que deixastes para nós este tesouro imenso que é a Bíblia, guie-nos pelos caminhos por Ela descritos. Faça-nos obedientes aos teus ensinamentos e não nos deixes afastar de Ti. Amém.
2° ENCONTRO
As citações são assim encontradas na Bíblia: Ex: Mt 4,1-5 Isto quer dizer: Evangelho de São Mateus, capítulo 4, versículo de 1 a 5. Portanto: · A vírgula (,) separa o capítulo 4 dos versículos · O traço (-) liga os versículos, não necessitando escrever todos os versículos; Outro Ex.: Mc 6,7-10; 13,3-8 · Ponto e vírgula (;) separa capítulos do mesmo Livro e de Outros Livros. Outro Ex.: Jo 2,3. 8 · Neste exemplo foi usado ponto (.) depois do versículo 3 O ponto separa versículos de versículos não seguidos. Para ler: Evangelho de São João, capítulo 2, versículos 3 e 8. Outro Ex.: At 2,4s Um “s” após um número indica a continuação imediata de outro ou de outros versículos (e de “seguintes”). Outro Ex.: 2 Cor 7,8a As letras “a-b-c” junto ao número de um versículo significam o seguinte: a letra a = primeira parte do versículo, a letra b= segunda parte c=terceira .
OS LIVROS DA BÍBLIA
ANTIGO TESTAMENTO O plano de salvação proposto por Deus foi se realizando lentamente através de vários séculos, deste modo surgiram os primeiros 5 livros, denominados PENTATEUCO ou TORÁ (pelos judeus). O primeiro livro narra sobre a criação do mundo: como surgiram o dia, a noite, os continentes, o mar, as plantas, animais e o homem e a mulher; mostrando o amor de Deus por toda criação. Diante da incredulidade do povo que fazia ídolos para adorar (a exemplo do bezerro de ouro – Ex 32,1-6) Deus se manifestou a Moisés (primeiro profeta) entregando a ele os dez mandamentos (cf.4, p.16) O povo se preocupava muito com a recordação de sua história, com seus antepassados, origem e com o modo como os gravaria na memória; daí a importância dos livros HISTÓRICOS que totalizam 16 livros: Josué, Juízes, 1 Samuel, 2 Samuel, I reis, 2Reis, 1Crônicas, 2Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, 1 Macabeus, 2 Macabeus. Depois temos os livros SAPIENCIAIS nos ajudam há perceber o tempo do século IV a.C até a época de Jesus. O caráter ora poético, ora meditativo lhes dá uma atualidade que ultrapassa o tempo da época. A maioria deles são didáticos, sendo usados para orientar o povo, o que implica a geração cultural de nossos primeiros pais na fé cristã, inclusive de Jesus. O ensinamento de Jesus chamado parábolas vem do mesmo nome dos Provérbios. Os Livros sapienciais são sete: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria e Eclesiástico. Merece destaque o livro dos salmos, muito lido e rezado pelo povo. A seguir vemos os 18 livros PROFÉTICOS ou PROFETAS: Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias. Os profetas são anunciadores do Reino de Deus, sendo usados por Ele para mostrar as pessoas as coisas certas e erradas que faziam. As profecias denunciavam as injustiças, provocando a conversão e o anúncio da salvação.
NOVO TESTAMENTO “Tendo Deus falado outrora muitas vezes e de muitas maneiras pelos profetas, agora falou-nos nestes últimos tempos pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo e por quem igualmente criou o mundo.” Hb 1,1-2 Cristo é a luz que ilumina o passado, o presente e o futuro. Fazendo referência a Ele, podemos entender a mensagem da Bíblia hoje; não sem antes conhecer o Antigo e o Novo Testamento. “Os evangelhos são o coração de todas as Escrituras, “uma vez que constituem o principal testemunho da vida e da doutrina do Verbo encarnado, nosso Salvador”.CIC
Encontramos nos 4 Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) os traços principais da vida de Jesus de Nazaré, conhecendo Suas palavras, atos e milagres. Ele é o Messias esperado pelo povo de Israel. Jesus anuncia a salvação, que é acolhida por poucos, inclusive nos dias de hoje. O Livro ATO DOS APÓSTOLOS relata a experiência e o anuncio do Cristo Ressuscitado e testemunhado pelos apóstolos. Os demais livros do Novo Testamento são os seguintes: (as 14 Cartas de São Paulo – Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo, Tito, Filêmon e Hebreus) estes foram colocados a serviço da vida e da missão das primeiras comunidades. Como São Paulo, os demais escritores estavam preocupados com os problemas enfrentados pelas primeiras comunidades cristãs. De modo geral, escreveram para confortar, ensinar e advertir as comunidades. Assim temos ainda as Cartas Católicas (7 livros), Tiago. 1° e 2° Pedro e 1°, 2° e 3°João, Judas. No final da Bíblia encontramos o livro Profético do Apocalipse de São João que quer dizer “REVELAÇÃO”. O livro do apocalipse é a resposta de Deus ao povo aflito e perseguido. Foi escrito para ser revelado, ou seja, tirar o véu e, com a luz da fé, clarear a situação do povo. Por meio desta “revelação de Jesus”, transmitida por João, Deus revela ao povo o seu plano de salvação. Dentro dos acontecimentos da perseguição a Boa-Nova vinda de Deus que vem para libertar.
VOCÊ SABIA? A palavra TORÁ é hebraica e significa lei. A palavra PENTATEUCO é grega e significa cinco divisões. A palavra Êxodo significa saída EVANGELHO significa Boa Notícia ATIVIDADES: 1) Marque A para o Antigo Testamento e N para o Novo Testamento: a) ( ) Traz a vida de Jesus e os seus ensinamentos b) ( ) Contém o livro dos salmos – escritos para serem cantados a Deus c) ( ) Ele traz o livro que contém os 10 mandamentos d) ( ) Parte da Bíblia que traz o nascimento da Igreja católica e) ( ) fala sobre os profetas e a história dos israelitas 2) Por que a Bíblia foi dividida em duas grandes partes? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 3) Onde Deus se revela primeiro: na vida e na história do povo ou nos seus escritos? Explique. _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ É importante saber: a Bíblia é na minha vida, na vida da comunidade e da sociedade a presença do plano de Deus, através de palavras, gestos ou acontecimentos, sendo Jesus Cristo o centro da Bíblia. FIQUE ATENTO! As cartas presentes no Novo Testamento foram escritas para aconselhar, encorajar diante das dificuldades, despertar a esperança, a caridade e a entrega a Deus mediante a oração. ORAÇÃO: Obrigado Pai Querido por haver inspirado homens e mulheres de várias épocas quando estes escreveram a história da nossa salvação.
Que a nossa vida seja um reflexo de gratidão a Ti. Amém!
SAIBA MAIS… PENTATEUCO Gênesis (Gn) – fala sobre a origem da vida, a desobediência de Adão e Eva e a história do povo hebreu no Egito. Êxodo(Ex)- narra a aliança de Deus com o povo através de Moisés e a libertação da escravidão no Egito. Levitico(Lv) – traz orientações sobre como ofertar a Deus os sacrifícios, o sacerdócio, a vida e as relações comunitárias. Números(Nm)- refere-se ao tempo em que os judeus estavam no deserto, a caminho da terra prometida a Moisés. Deuteronômio(Dt)-fala sobre as leis a serem observadas já na terra prometida (Canaã).
LIVROS HISTÓRICOS Josué(Js)- Sucessor de Moisés. Juízes(Jz)- retrata líderes comunitários que surgiam em Israel quando o povo precisava de um “salvador”. Fala sobre a história de Sansão (capítulo 14). Rute (Rt) – Bisavó do rei Davi. Costumes comunitários ensinados pela lei. Exemplo de amor leal, filial e conjugal. 1 Samuel (1Sm) – fidelidade à aliança, o culto a Deus como único Senhor. 2 Samuel (2Sm) – Surge o modelo concreto de Rei. Rei Davi, apesar de suas fraquezas e pecados foi fiel a Deus e aos mandamentos. 1 Reis (1Rs) – Narração do profeta Elias (capítulo 17-19). 2 Reis (2Rs) – Narração do profeta Eliseu. De Josias a queda de Jerusalém. 1 Livro de Crônicas (1Cr) – Da criação e do Êxodo pressupondo aquilo que os teólogos sacerdotais do século 5 a.C. já haviam recolhido da lei. 2 Livro de Crônicas (2Cr) – Proclamação instrutiva que Deus proporcionou a seu povo. Esdras (Esd) – apresenta diversos episódios dos fundadores do judaísmo. Neemias (Ne) – administrador encarregado pelo rei da Pérsia de transformar Jerusalém em digna capital regional e segura contra os egípcios. Tobias (Tb) – Usa a vida familiar do velho Tobit e as aventuras do jovem Tobias para ensinar o que significava o temor a Deus, piedade, boas obras, justiça e a proteção de Deus para judeus fiéis. Judite (Jt) – resistência do povo judeu representado pela mulher Judite (forma simbólica). Ester (Est) – rainha, filha adotiva do israelita Mardoqueu. Ocupa lugar entre as mulheres de valor na Bíblia. 1 Macabeus (1Mc) – Trata sobre religião e Estado na história dos macabeus. Reflete interesses políticos. 2 Macabeus (2 Mc) – Continuação do 1 Livro de Macabeus, só é mais religioso.
LIVROS SAPIENCIAIS Jó – denuncia a desgraça de seu viver. Salmos (Sl) – em hebraico chamado livro dos hinos. É um conjunto de 150 poesias compostas pelo povo para rezar a Deus. Provérbios (Pr) – é uma obra didática, destinada a ser decorada, ao uso das famílias tradicionais da época. Eclesiastes (Ed) – é uma palavra grega que significa: o homem da assembléia. O livro apresenta o pensamento de um sábio ancião (idoso) com intuito de instruir os jovens. Sabedoria (Sb) – o título original é Salomão. Foi escrito no I século a.C. O livro inteiro está construído na oração de Salomão para adquirir sabedoria. Fala sobre a sabedoria de Deus na história de Israel. Eclesiástico (Eclo) – Fala sobre o saber viver no dia a dia, a lei e o dom de Deus.
LIVROS PROFÉTICOS Isaías (Is) – fala sobre a obra de Deus (o Deus que age),o povo pecador, o conhecimento de Deus e a salvação. Jeremias (Jr )- Opõe-se a pactos políticos com advertências, cita a confiança exclusiva em Deus, a vocação profética que implica em rejeição e sofrimento. Lamentações (Lm) – são poemas de luto em torno da devastação de Jerusalém e a destruição do templo por Nabucodonosor. É uma obra anônima. Baruc (Br) – Fala da sabedoria de Deus que supera tudo. Ezequiel (Ez) – Sua mensagem nos diz que o Deus santo se manifesta no seu modo de agir, assim revela Sua glória. Daniel (Dn)- A fidelidade ao Deus de Israel, os mártires, a idolatria e a justiça de Deus. Oséias (Os) – As injustiças e a corrupção religiosa, o amor de Deus e a história de israel. Joel (Jl) – a penitência, a efusão do Espírito Santo, e a esperança. Amós (Am) – as desigualdades e a injustiça social, a despreocupação, o luxo e a falsa segurança. Abdias (Ab) – Restauração da hegemonia (predomínio) de Jerusalém na região. Jonas (Jn) – fala sobre a misericórdia de Deus. Miquéias (Mq) – a injustiça rural, o anúncio do messias e caminhar com Deus. Naum (Na) – a justiça de Deus. Habacuc (Hab) – Fidelidade a Deus (como judeu e a Lei de Moisés). Sofonias (Sf) – fala sobre a violência que não constrói uma comunidade, a alegria da presença do Senhor. Ageu (Ag) – Reconstruir o templo em honra a Deus. Zacarias (Zc) – Fala sobre o Messias, o dia do Senhor, esperança , harmonia e a santidade da casa do Senhor. Malaquias (Ml) – a lei, os profetas (Moisés e Elias) e a fidelidade matrimonial.
3° ENCONTRO: A CRIAÇÃO DO MUNDO “No princípio criou Deus os céus e a terra.” Gênesis 1,1 Louvai e Bendizei o meu Senhor, agradeça e sirva com grande humildade (5x) Louvai e Bendizei o meu Senhor. (6x) ü Ler Gênesis 1,1-25 (Criação de todos os elementos terrestres) ü Ler Gênesis 2,1-7 (Criação do homem). ü Ler Gênesis 2,18 (Desejo de criar uma companheira para o homem). ü Ler Gênesis 2,21-25 (Criação da mulher).
Esquema geral de compreensão: v Deus criou tudo o que existe a partir da Sua vontade v Tudo o que Deus criou é bom; v Deus criou o homem e a mulher a sua imagem; v Deus criou o homem e a mulher precisando um do outro; v Deus tornou o homem e a mulher responsáveis pela criação; v Deus criou o homem e a mulher querendo a amizade deles; v O homem e a mulher se afastaram de Deus pela desobediência; “Não existe nada que não deva a sua existência a Deus Criador. O mundo começou quando foi tirado do nada pela Palavra de Deus; todos os seres existentes, toda a natureza, toda história humana tem suas raízes nesse acontecimento primordial: a própria gênese pela qual o mundo foi constituído e o tempo começou.” CIC 338
VOCÊ SABIA? A criação é obra contínua de Deus; por isso, Deus ainda continua criando, sustentando e conduzindo as suas criaturas.
ATIVIDADES: 1) Depois de criar o céu e a terra, quais as outras coisas criadas por Deus? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 2) Leia novamente Gênesis capítulo 1. Qual a expressão repetida que indica a satisfação de Deus com o que havia criado? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 3) Em dupla responda a seguinte questão: Somos feitos a imagem e semelhança de Deus, somos cheios de amor! Neste sentido, o que no nosso comportamento demonstra que somos de fato imagem e semelhança de Deus? E o que mostra o contrário? (As músicas ouvidas, palavras ditas, nosso olhar, nossas mãos, nossos pés para onde nos levam, etc.?). _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________
FIQUE ATENTO! Com a desobediência de Adão e Eva começou o pecado original – uma espécie de predisposição ou tendência a afastar-se de Deus e das suas orientações para a nossa vida. Somos descendentes de Adão e Eva, por isso, já nascemos com esse pecado, que é apagado com o Batismo. Diante da maldade e corrupção da humanidade, Deus permite que as conseqüências de tais erros, o chamado “castigo”, seja um corretivo para que o homem retome a sua amizade com Ele, fazendo o bem. Durante esta semana procure observar a natureza, as pessoas, os lugares e descobrir a beleza da criação de Deus! ORAÇÃO: Salmo 8 – O ser humano na criação
TEMA TRANSVERSAL UM: MEIO-AMBIENTE E O RESPEITO À CRIAÇÃO Deus Pai criou a natureza e viu que tudo quanto havia feito era bom. Criou tudo muito belo e saudável, colocando o homem e a mulher como responsáveis pelas criaturas: “E Deus os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai os peixes do mar, as aves do céu e todos os animais que se movem” (Gn 1,28) É importante lembrar que o verbo “dominar” não quer dizer ‘ser dono’ das criaturas, fazer delas o que quiser, a ponto delas entrarem em extinção, desaparecendo da face da Terra. O Dominar é dito no sentido de cuidar daquilo que o Pai do céu nos deu com tanto amor, correspondendo de maneira sábia e consciente ao pedido do criador. Jesus conhecia bem a preocupação do Pai pelas criaturas que Ele alimenta (cf. Lc 12,24) e embeleza (cf. Lc 12,27); enquanto andava sobre esta Terra contemplava a natureza, convidando seus discípulos a reconhecer a mensagem nas coisas criadas (cf. Jo 4,35). A própria natureza louva a Deus do seu jeito (cf. Sl 148) Tendo em vista o exemplo de Jesus e a grande responsabilidade confiada a nós por Deus Pai; precisamos nos preocupar com o meio ambiente, pensando nas próximas gerações (nossos filhos, netos, bisnetos) que tem o direito de receber um mundo habitável e limpo e não um planeta com ar contaminado, águas envenenadas e com recursos naturais esgotados.
O CONSUMO RESPONSÁVEL Muitas pessoas esquecem que tudo que tem vem da natureza. Calçados, roupas, as paredes da casa, o refrigerante que tomamos enfim, absolutamente tudo que faz parte da nossa vida vem dos elementos naturais, que foram transformados pelo homem através do seu trabalho. Você pode pensar: mas o que isso tem a ver comigo?. Tudo! Se os recursos naturais se esgotarem não haverá mais “matéria-prima” para transformar e aí nós estaremos arruinados. Diante disso nós propomos o seguinte debate:
SUGESTÕES DE DEBATE: – O que o nosso consumismo e a vida de luxo (dos ricos) da sociedade atual tem a ver com a degradação da natureza, a extinção das espécies e com o esgotamento dos recursos naturais do Planeta? – O que nós, enquanto Igreja, podemos fazer para evitar que isso aconteça? O que este tema tem a ver com a campanha da fraternidade proposta pela Igreja neste ano?
4° ENCONTRO: A PRIMEIRA ALIANÇA Arca de Noé NOÉ E ABRAÃO · Ler Gênesis 7 e 8 O Dilúvio · Ler Gênesis 9,8-17 A Aliança com Noé · Ler Gênesis 22,1-18 O sacrifício de Isaac Noé viveu muito tempo depois do dilúvio, testemunhando o que Deus havia feito e como os salvara numa Arca. Passados alguns anos, o acontecimento converteu-se em lenda para muitos; o povo, esquecendo-se de Deus, começou a pecar. Embora Deus tenha estabelecido uma aliança com Noé, somente a partir de Abraão ele concretiza seu plano de formar um povo escolhido. Para evitar que os homens voltassem a maldade, Deus escolheu Abraão (pai dos que crêem), homem de fé que viveu por volta do ano 1850 a.C. Deus mandou Abraão deixar a sua terra natal UR, na Babilônia e ir à direção de uma terra indicada por Ele (Canaã), sem saber o que ia lhe acontecer. “Sai da tua terra, da tua casa paterna e vai para a região que Eu lhe mostrarei. Farei sair de Ti um grande povo e te abençoarei”. Gn. 12,1-2 Abraão acreditou em Deus e partiu com sua esposa Sara, o sobrinho Lot e todos os seus servos. Para ele a migração foi uma experiência de fé. Abraão e Sara não tinham filhos. Por causa de sua fé, Deus fez de Abraão uma grande nação e deu um filho a sua mulher Sara, que era estéril. (Leia Gn. 18,9-14 e 21,1-7). A aliança de amor entre Deus e os homens, prometida a Abraão e seus descendentes se estenderia no Novo Testamento, a todos os povos do mundo. Abraão acreditava em tudo o que Deus, lhe falava e por mais difícil que fosse fazer a Sua vontade ele sempre obedecia. Assim como Deus chamou Abraão ele também nos chama, nem sempre precisamos ir para outra cidade, ou país, mas quando deixamos de assistir novela ou o programa de televisão que gostamos, jogar futebol ou passear e dedicamos nosso tempo para o crescimento da comunidade em que atuamos, colocando nossos dons a serviço dos irmãos, certamente correspondemos ao Seu apelo.
SAIBA MAIS… Abraão teve um filho chamado Isaac. Quando Isaac cresceu, casou-se e teve dois filhos (gêmeos): Esaú e Jacó. O costume era que o primogênito herdasse autoridade e todos os bens da família. Mas Jacó tirou o direito de Esaú enganando seu pai Isaac, já cego. Com o tempo Jacó se arrependeu, ele casou-se e teve doze filhos, entre eles José muito seu amigo, que despertou a inveja dos irmãos. Certo dia resolveram vender José para uns viajantes que iam para o Egito. José era escravo até ser elevado a vice-rei. Numa ocasião que houve muita miséria no País de Canaã, José mandou que seu pai e seus irmãos fossem morar no Egito. José e seus irmãos formaram um povo que ficou escravo do Faraó sucessor de Ransés. Como a cada dia aumentava o número de hebreus, o Faraó mandou que matassem todos os filhos que nascessem desse povo.
MOISÉS E A LIBERTAÇÃO DO POVO ü Ler Êxodo 3,1-10 Moisés (significa salvo das águas) nasceu no Egito. Sua mãe durante um tempo o esconde para evitar que seja morto, coloca-o numa cesta e o abandona no rio Nilo (cf. Ex. 2,10). A irmã de Moisés, no entanto, viu que a filha do Faraó havia pegado o bebê para criar e sua mãe pode acompanhar assim seu crescimento.
ESQUEMA GERAL DE COMPREENSÃO: v Moisés descobre que é hebreu; cf. Ex. 2,11 v Moisés mata um egípcio tentando defender um hebreu, foge para o deserto, casa-se e torna-se um pastor nômade. Cf. Ex. 3,2 v Deus aparece para Moisés numa sarça ardente e ordena que liberte o povo judeu da escravidão; cf. Ex. 3,2-10 v Os sinais, as pragas do Egito e a oposição do Faraó:sangue, rãs, mosquitos, moscas varejeiras, pestes dos animais, tumores, v chuva de granizo, gafanhotos, trevas, morte dos primogênitos . Êx. 7;11 v Passagem pelo Mar Vermelho a pé enxuto Êx. 14;15-31
A ALIANÇA DE DEUS COM MOISÉS Ler Êxodo 20,1-17 O Senhor promulgou o Decálogo, ou seja, entregou a Moisés os Dez Mandamentos escritos em duas tábuas de pedra dizendo: Eu sou o Senhor teu Deus: 1° Não terás outros deuses, nem farás imagens deles para adorá-los. 2° Não pronunciarás em vão o nome do Senhor, teu Deus. 3° Lembra-te de santificar o dia de sábado. 4° Honra teu pai e tua mãe para viveres muito tempo sobre a terra. 5° Não matarás. 6° Não cometerás adultério. 7° Não furtarás. 8° Não dirás falso testemunho contra teu próximo. 9° Não cobiçarás a mulher do teu próximo. 10° Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem o seu campo, nem o seu servo ou serva, nem o seu boi ou jumento, nem coisa alguma que lhe pertença. v Os mandamentos são orientações para caminharmos como “filhos da luz” v O povo retorna a idolatria, esquecendo-se da promessa feita por Deus a Moisés. Cf. Ex. 2,1-6 v Moisés pede a Deus pelo povo, sendo atendido! v Jesus se refere aos Mandamentos cf. Mt 22,36-40
VOCÊ SABIA? Moisés era gago e tinha um irmão chamado Araão, que era o seu porta voz para falar com o Faraó e o povo judeu. Deus disse também a Moisés: “Araão e seus filhos exercerão funções sacerdotais.” Celebravam três grandes festas: a Páscoa, em memória a saída do Egito; o Pentecostes, comemorando a promulgação da Lei ao pé do Monte Sinai; e festa dos Tabernáculos, para relembrar a peregrinação do povo através do deserto.
ATIVIDADES 1) Corresponda a coluna da direita com a coluna da esquerda: a) Noé ( ) Ele é considerado o “pai da fé” devido b) Abraão a sua obediência a Deus c) Moisés ( ) O arco-íris foi o sinal da aliança entre ele e Deus ( ) Libertou o povo hebreu, conduzindo-o a Terra prometida aos seus ancestrais 2) Porque Deus permitiu que acontecessem as pragas no Egito antes da libertação do povo de Israel? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 3) Leia Êxodo 19 e copie os versículos que mostram a promessa de Deus feita aos israelitas: __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 4) Partindo de cada Mandamento deixado por Deus escreva : como eu posso viver os Mandamentos: 1° ______________________________________________________ 2° ______________________________________________________ 3° ______________________________________________________ 4° ______________________________________________________ 5° ______________________________________________________ 6° ______________________________________________________ 7° ______________________________________________________ 8° ______________________________________________________ 9° ______________________________________________________ 10° _____________________________________________________ Muitas pessoas ainda não conhecem a Deus, não tiveram uma experiência de vida com Ele, por isso pensam que Ele não existe, mas não só Ele existe como também te ama. Ele nos deu liberdade de escolha, pensando no nosso bem; o melhor é ficarmos completamente ligados ao Seu amor para que possamos alcançar meios de enfrentar os desafios do dia a dia. Deus os Abençoe!
ORAÇÃO: Senhor, tu vês o meu íntimo. Tu me conheces a fundo. Qualquer coisa que eu faça não te passa despercebido. Penetra em meus pensamentos conhece as minhas palavras antes mesmo que eu fale. Posso caminhar ou descansar, e tu me vedes. Antes mesmo de eu ter nascido já conhecias a minha vida. Eu te agradeço Senhor. As tuas obras são maravilhosas. Amém!
GLOSSÁRIO Tabernáculo– feito de tábuas com ricas coberturas, onde tinham dois compartimentos: o santo (onde se encontravam o altar dos perfumes, a mesa dos pães, candeeiro) e o santos dos santos (encontrava-se a arca da aliança contendo a duas tábuas da Lei).
LEITURA COMPLEMENTAR Ler I Reis 19,9-14 Elias, a pessoa que encontrou Deus Ler ISamuel 17,26-54 Davi, um homem corajoso
5° ENCONTRO: A “NOVA” ALIANÇA
JESUS É O GRANDE MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS A nova e definitiva aliança estabelecida entre Deus e os homens foi concretizada na pessoa de Jesus Cristo, Ele mostra a expressão do amor e da misericórdia de Deus para conosco. Essa aliança fora anunciada séculos antes através dos profetas, quando o povo esperava a vinda do Messias: “Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão. Eu te formei e te encarreguei de seres a aliança do meu povo e a luz das nações, para abrir os olhos aos cegos, tirar os presos da cadeia, e do cárcere os que vivem no escuro. Is 42,6-7 Deus enviou seu Filho único para libertar o seu povo do sofrimento, da angústia, das situações de pecado em que vivia. Deus nos fala através de Isaias se referindo a Jesus, o Emanuel, o ”Deus conosco”. Muitos esperavam que o Messias fosse um líder forte, que levaria o povo a lutar pela liberdade, trazendo a força para Israel; mas não foi isso que aconteceu, Jesus nasceu pobre, numa família simples e muito semelhante à realidade do povo judeu. O profeta Jeremias também fala da nova aliança, mostrando a superação da antiga aliança firmada com Moisés, quebrada por causa da desobediência dos israelitas: “Um dia chegará – oráculo do Senhor – quando hei de fazer uma nova aliança com a casa de Israel e a casa de Judá. Não será como a aliança que fiz com seus pais quando pela mão os peguei para tirá-los do Egito. Essa aliança eles quebraram, mas continuei Senhor deles – oráculo do Senhor. Esta é a aliança que farei com a casa de Israel a partir daquele dia – oráculo do Senhor colocarei a minha lei no seu coração, vou gravá-la em seu coração; serei o Deus deles, e eles, o meu povo. Ninguém mais precisará ensinar o irmão, dizendo-lhe: `Procura conhecer o Senhor!´ Do menor ao maior, todos me conhecerão – oráculo do Senhor. Já terei perdoado suas culpas, de seus pecados nunca mais lembrarei.” Jr 31, 31-34
A aliança feita entre Deus e o povo foi sendo esquecida. Deus, em Cristo reconcilia o mundo Consigo! Tendo Deus enviado seu próprio Filho, para expressar a Sua Vontade através da nossa forma humana, Ele nos mostra na prática quais os Seus propósitos a nosso respeito: veio ensinar a servir e não ser servido, amar sem interesses, obedecer e anunciar a verdade que procede da Vontade do Pai. Deste modo, Deus Pai se fez conhecer no Filho. Mesmo sendo judeu da descendência de Jacó, Jesus não veio somente para reconciliar o seu povo com o Pai, mas também a todos os demais povos e nações. A Nova Aliança estende de modo concreto o amor e o cuidado de Deus para com a humanidade; deste modo, Jesus não substitui a aliança feita entre Deus e Moisés, não ignora os Mandamentos dados ao seu povo, mas mostrar que a Sua missão é completar a Lei e os costumes judaicos, mostrando a “face” de um Deus amoroso e misericordioso e não de um Deus que só castiga e exige. Cf. Mt 5,17
VOCÊ SABIA? O profeta é uma pessoa escolhida por Deus para mostrar ao povo a gravidade dos seus erros, a prática da justiça, anunciar o amor de Deus e a procura sincera por Ele.
ATIVIDADES: 1) Qual a diferença entre a Nova Aliança e as alianças anteriores? Porque depois desta aliança não haverá nenhuma outra mais? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 2) E hoje, como está vivendo a humanidade depois do próprio Deus ter nascido entre nós? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 3) O tema mais importante da Bíblia é a Aliança. E hoje, onde nós vemos a aliança como sinal e o que ela significa? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________
Hoje muitas pessoas são excluídas da sociedade porque são pobres, negros ou tem alguma enfermidade. É preciso que haja pessoas corajosas que denunciem as injustiças às autoridades e lutem pelos necessitados para que todos tenham o mesmo direito e falem do Deus que liberta, que salva, e que vai pedir contas de tudo aquilo que fizerem a qualquer um dos pequeninos Dele. “Detestai o mal, amai o bem e fazei reinar a justiça…” (Amós 5,15)
ORAÇÃO: Pai do Céu ensina-me a ouvir a Tua voz, a viver a fé em nossa comunidade, orienta o nosso coração para descobrirmos a Tua presença em nossos familiares, amigos e em todos aqueles que encontrarmos. Amém.
GLOSSÁRIO Messias – ungido, enviado, salvador Oráculo do Senhor – significa a grande autoridade de Deus
“O povo que andava na escuridão viu uma grande luz.” Is. 9,1
6° ENCONTRO: A VIDA DE JESUS E A REALIZAÇÃO DA NOVA ALIANÇA
O NASCIMENTO O nascimento de Jesus foi anunciado a Maria por um anjo chamado Gabriel. Ela era uma jovem, descendente do Rei Davi e vivia com seus pais Joaquim e Ana em Nazaré, pequena cidade próxima a Jerusalém. Como as jovens judias de seu tempo fazia os afazeres domésticos, estudava as Sagradas Escrituras (Antigo Testamento) e esperava a vinda do Messias. Maria estava noiva de José, também descendente de Davi, homem bom e justo. ü Ler Lucas 1,26-38 Anunciação do anjo à Maria ü Ler Lucas 1,39-56 Visita de Maria a sua prima Izabel Diante da fala do anjo, Maria perguntou como aconteceria a concepção de Jesus, pois ela era virgem. O anjo lhe disse que seria obra do Espírito Santo e do poder do Altíssimo (Deus). A confirmação disso veio com a gravidez de sua prima Izabel que era estéril e estava em idade avançada. Disse Maria: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-me em mim segundo a Tua palavra.” Lc 1,38
ESQUEMA DE COMPREENSÃO: v Maria que tinha sido prometida a José teve coragem de dizer sim a vontade de Deus. v José recebe em sonhos a vontade de Deus a seu respeito e obedece na fé; tranqüilizado por um anjo aceita Maria como esposa, fazendo tudo o que lhe foi ordenado. Ler Mt 1,20-25 v Nascimento de Jesus em Belém; Ler Lc 2,6-20 v Adoração dos três reis magos (Baltazar, Belchior, Gaspar); Ler Mt 2,1-12 v Apresentação de Jesus no Templo; Ler Lc 2,21-40 v Adolescência; Jesus no Templo entre os doutores; Ler Lc 2,41-52 v João Batista, o precursor do Messias; Ler Lc 3,2-6 v Batismo de Jesus: Ler Lc 3,21-22 e Mt 3,13-17 v Início da Vida Pública de Jesus aos 30 anos: Ler Mt 4,12-17 v O chamado dos apóstolos Ler Lc 6,12-16 v O primeiro milagre de Jesus Jo 2,1-12
Para Refletir: O Natal coloca-nos sempre de novo diante do Deus que veio fazer-se menino, homem e irmão no meio de nós. Há mais de dois mil anos Ele veio caminhar conosco e parece que não entendemos o que veio fazer. Nele todos poderíamos ser irmãos; porém as estatísticas mostram que morrem mais de 40 milhões de fome, ao lado de seus irmãos bem nutridos, que jogaram ou guardaram fortunas para fabricar armas, drogas, para destruir famílias e enriquecer face ao mundo dos excluídos. Hoje, respira-se insegurança, ódio, vingança e medo; onde são jogadas primeiro toneladas de bombas e depois comida e remédio. A natureza “geme em dores de parto” enquanto é destruída a vida natural e o ambiente que recebe essa vida. Mesmo assim somos teimosos, há mais de dois mil anos lembramos a encarnação do Filho de Deus entre nós e continuamos a proclamar a Sua mensagem de solidariedade e esperança. Nossa esperança se realizará se soubermos caminhar guiados pela mensagem do menino que nasceu entre animais, porque não havia outro lugar para Ele; olhando para Jesus, precisamos ser os que têm fome e sede de justiça e solidariedade. Nós também somos chamados por Jesus a sermos seus discípulos. Como seus seguidores somos chamados de cristãos.
VOCÊ SABIA? O nome Maria significa Miriam em hebraico; A primeira parte da oração Ave-Maria foi dita pelo anjo Gabriel (Lc 1,28) e por Izabel, prima de Maria (Lc 1,42); A estrela de 4 pontas que guiou os reis magos até Jesus recém nascido indica os quatro pontos cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste, significando que Ele veio salvar a todos Na Bíblia, não há nada escrito sobre a infância e juventude de Jesus, mas só o momento do encontro entre Ele e os doutores da lei já percebemos que era obediente aos seus pais e estudioso das Escrituras. Os três presentes recebidos dos magos simbolizam o que Jesus é: o ouro – um Rei; o incenso – um sacerdote e a mirra – o maior dentre os profetas
ATIVIDADES: 1) Por que Jesus escolheu nascer pobre? ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 2) Havia necessidade de Jesus batizar-se? O que aconteceu logo após o seu batismo? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 3) Sobre Jesus responda: a) Ele viveu _______ anos entre nós b) Seu primeiro milagre foi numa __________________ a pedido de _____________ c) __________________________ batizou Jesus.
ORAÇÃO: “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel porque visitou e libertou o seu povo. Ele fez surgir para nós um poderoso Salvador. Graças ao coração misericordioso de nosso Deus que envia o sol nascente do alto para nos visitar, para iluminar os que estão nas trevas, na sombra da morte e dirigir nossos passos no caminho da paz” Amém. Lc 1-68-69;78-79
Leitura Complementar: Mc 6,14-29 Morte de João Batista
SAIBA MAIS… O Evangelho de São João termina com o seguinte testemunho sobre Jesus: “Ora, Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se todas fossem escritas uma por uma, creio que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que seria preciso escrever” Jo 21,25
GLOSSÁRIO Precursor: Que vai adiante, anuncia , antecipa que prepara a vinda de outro. Primícias– primeiros frutos colhidos da terra.
7° ENCONTRO: JESUS NA ULTIMA CEIA E A CONFIRMAÇÃO DA NOVA ALIANÇA Santa Ceia – Pintura de Leonardo da Vinci Para cantar: Lava Pés (Waldeci Farias) Jesus erguendo-se na ceia jarro e bacia tomou, lavou os pés dos discípulos, este exemplo nos deixou. Aos pés de Pedro inclinou-se, “Ó Mestre não por quem és? Não terás parte comigo se não lavar os teus pés, não terás parte comigo senão lavar os teus pés. És o Senhor, Tu és o Mestre, os meus pés não lavarás, o que ora faço não sabes mas depois compreenderás. Se Eu vosso mestre e Senhor vossos pés hoje lavei. Lavai os pés uns dos outros, eis a lição que vos dei (2x) Eis como irão reconhecê-los como discípulos meus: – “Se vos amais uns aos outros”, disse Jesus para os seus. Dou-vos novo mandamento, deixo partir nova lei: que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei (2x) Na última refeição de Jesus com os apóstolos, Ele tomou o Pão, deu graças a Deus, partiu e entregou a seus discípulos dizendo: “Isto é o Meu Corpo que é dado por vós. Fazei isto em memória de Mim.” Depois, fez o mesmo com o cálice, dizendo: “Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue, que é derramado por vós.” (Lc 22,19- 20) (c.f Mt 26,27-28) Este momento é muito importante, pois nessa refeição Jesus institui o sacramento da eucaristia (o pão – corpo e o vinho – sangue) e nos manda celebrar a missa (fazei isso em memória de mim); ou seja, Ele pede para que os apóstolos façam aquilo que tinha acabado de fazer com eles; deste modo, os torna também sacerdotes. Jesus sabia que iria morrer por isso Ele diz que o Seu sangue seria derramado e foi o que aconteceu. A partir de então não é mais preciso fazer sacrifício de animais (matá-los e usar o sangue para se purificar dos pecados) como faziam os judeus, também não precisa mais oferecer a Deus o pão e o vinho como símbolos que representam a abundância da colheita e o respeito ao criador, pois o próprio Filho de Deus se oferece em sacrifício para nos salvar, mostrando um amor que vai as últimas conseqüências. Jesus perdoou a todos que o crucificaram dizendo: “Pai, perdoa-lhes eles não sabem o que fazem.” Lc 23,34 Através do perdão Jesus nos confirma o último mandamento deixado na ceia com os apóstolos: “AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS TENHO AMADO.” Jo 13,34-35 “Na antiga aliança, o pão e o vinho são oferecidos em sacrifício entre as primícias da terra em sinal de reconhecimento ao Criador. Mas eles recebem também um novo significado no contexto do Êxodo: os pães ázimos que Israel come cada ano na Páscoa, comemoram a pressa da partida libertadora do Egito; a recordação do maná do deserto há de lembrar sempre a Israel que ele vive do pão da palavra de Deus. (…) Jesus instituiu sua Eucaristia dando um sentido novo e definitivo a benção do pão e do cálice. CIC 1334
ESQUEMA DE COMPREENSÃO: v Depois da ceia Jesus partiu com seus discípulos para o monte das Oliveiras Lc. 22, 39-46 v A traição de Judas (um dos apóstolos) Lc.22,47-52 v Julgamento e condenação de Jesus Lc. 23,1-27 v O caminho do calvário Lc. 23, 26-34 v Morte de Jesus na cruz Lc. 23,44-48 v A ressurreição de Jesus Lc. 24, 1-12
VOCÊ SABIA? Que na Semana Santa acompanhamos a “Paixão de Cristo”, os momentos de sofrimento antes, durante e depois da morte de Jesus na cruz. Ela começa com o Domingo de Ramos – quando Jesus entra em Jerusalém aclamado pelo povo; passa pela última ceia, pela agonia de Jesus no horto das Oliveiras e sua prisão na 5° Feira Santa; pelo julgamento, condenação e pela morte na cruz na 6° Feira Santa; pela expectativa da ressurreição no Sábado de Aleluia e pela Ressurreição no Domingo de Páscoa.
ATIVIDADES: 1) Em qual parte da missa são repetidas as palavras que Jesus disse na última ceia referindo-se a Ele mesmo? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________
2) Corresponda a coluna da direita com a da esquerda:
(A ) Durante a última ceia ( B ) Antes da última Ceia ( C ) Na 6° feira Santa
( ) Acontece a instituição da Eucaristia ( ) Jesus no sepulcro ( ) Jesus entra em Jerusalém
(D ) No Domingo de Páscoa
( ) Jesus carrega a cruz
( E ) No Sábado de Aleluia
( ) Jesus volta a vida
3) Por que Jesus quis celebrar a ultima ceia com os seus apóstolos antes de sofrer a paixão? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ FIQUE ATENTO! Os apóstolos eram 12: Simão (Pedro), André, Tiago, João Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago (filho de Alfeu), Simão, Judas e Judas Iscariotes (aquele que traiu Jesus). A partir do que aprendemos hoje, pensemos na nossa relação familiar, buscando o diálogo e o entendimento, valorizando os familiares com elogios, gentilezas como: por favor, obrigado (a), com licença, desculpe… Procure rezar em casa durante as refeições, antes de dormir, enfim nos momentos de encontro familiar. Realize trabalhos voluntários numa instituição que necessite ou mesmo em sua comunidade paroquial
GLOSSÁRIO Maná – Alimento mandado do céu aos hebreus no deserto. Pães Ázimos– Sem fermento Ressuscitar dos mortos – Voltar a vida, passar da morte a vida
Leitura Complementar Jo, 13,1-15 O lava pés
8° ENCONTRO: A SANTÍSSIMA TRINDADE “Fizeste-nos para vós, ó Deus e o nosso coração não descansa enquanto não repousar em vós” Santo Agostinho Quando fomos batizados o celebrante nos batizou: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, quando fazemos o sinal da cruz o fazemos também em nome da trindade; mas como sabemos se realmente existe a trindade? Quem nos revelou? Ler Lc 1, 30-35 Anunciação do anjo a Maria Ler Mt 11, 25-30 Jesus ora ao Pai Ler Mt 28,19-20 Como deve ser o batismo Já no antigo testamento Deus (Pai) se manifestou várias vezes através de sinais (sarça ardente – Ex. 3,2-10; das águas do Mar Vermelho Ex. 14;15-31), no Novo testamento também: (a estrela guiando os reis magos até Jesus Mt 2,1-2; 3,22;).
a voz que veio no batismo de Jesus Lc.
O próprio Jesus nos fala do Pai várias vezes (cf. Lc. 2,48-49), dizendo que quem vê a Ele também vê o Pai; aí nós vemos que Deus é uma pessoa, porém, não como nós – feito de matéria e corpo. Deus (Pai) é o criador de tudo que existe e se é criador não pode ser confundido com as suas criaturas. Para entendermos melhor comparemos o homem e os robôs (criados pela inteligência humana), o homem inventa a máquina, mas não pode ser como ela, ele é absolutamente diferente e vice versa; da mesma forma Deus e as suas criaturas não são a mesma coisa. Você deve estar se perguntando: mas e Jesus? Não é Deus? Sim! Ele é Deus e um Deus que se encarnou misteriosamente no seio de uma virgem – Maria, através do Espírito Santo. Deus (Pai) ainda deu mostras da Sua intervenção com o milagre da gravidez de Izabel – a prima de Maria que era estéril; fazendo isso para comprovar que o que tinha acontecido era obra Dele, o Altíssimo. Jesus nos explica quem é o Pai: “Deus é Espírito, e os que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade” Jo 4,24. Também nos fala do Espírito Santo: o Defensor (Jo 14, 26), o Espírito da Verdade (Jo 16,13), Aquele que nos torna testemunhas (At 1,8). Jesus era repleto do Espírito Santo por isso cumpriu obediente a Sua missão (c.f Lc. 4,14-18). Já falamos de Jesus e Sua trajetória entre nós, agora vejamos um pouco mais sobre Deus Pai e o Espírito Santo: Deus Pai é um Espírito puríssimo, perfeito e eterno, criador do céu e da terra. Dizemos que Deus é eterno porque não teve início e nunca terá fim. Ele sempre existiu e existirá. OS ATRIBUTOS DE DEUS PAI Onisciente: Deus sabe e vê todas as coisas por mais ocultas que estejam (cf. Sl 138). Para cada pessoa Deus tem um plano; se o homem se desvia do propósito de Deus, Ele o respeita, muito embora saiba o que acontecerá. Deus não interfere na nossa liberdade. Onipresença: Deus está em toda parte. Onipotência: Deus é todo poderoso e não há algo maior que Ele; tudo pode, bastando a Si mesmo. Ler Pr 2,5 – 12 A correção de Deus “Uma vez que nosso conhecimento de Deus é limitado, também limitada é nossa linguagem sobre Deus. Só podemos falar de Deus a partir das criaturas e segundo nosso modo humano limitado de conhecer e pensar” CIC 40 O Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, Ele nos ilumina e nos dá forças para caminharmos no bem, estando presente na humanidade desde a criação do mundo (cf. Gn 1-2 – o “sopro” de vida). Ele age através das pessoas que vivem para que aconteça a justiça e a solidariedade no mundo, sendo, portanto, o Santificador das almas. O Espírito Santo veio como promessa de Jesus, repousou sobre os apóstolos, sobre Maria e os demais discípulos que estavam esperando Ele vir (c.f At 2,1-13). A partir daí começou a Igreja. QUEM É DEUS? O Pai, o Filho e o Espírito Santo são três pessoas diferentes, mas que formam um só Deus uno e trino. Para entendermos melhor como isso é possível comparemos a trindade com o corpo: composto por cabeça, tronco e membros que mesmo assim não deixa de ser um só em unidade. Deus nos dá o exemplo de perfeita união, quando nos ensina a viver em comunidade, sempre somando nossas diferenças para o bem de todos. É um modelo de amor a ser seguido. “A Trindade é una. Não professamos três deuses, mas um só Deus em três pessoas: ‘a Trindade consubstancial’. As pessoas divinas não dividem entre si a única divindade, mas cada uma delas é Deus por inteiro: ‘O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza” CIC 253 Este ensinamento não foi inventado por homens, mas foi revelado pelo próprio Deus desde o início. Hoje nós experimentamos a ação da trindade, sobretudo na Igreja que o próprio Cristo fundou. VOCÊ SABIA? O sinal da cruz foi inventado por São Francisco de Assis, como uma invocação de reconhecimento da trindade no meio de nós
ATIVIDADES: 1) Cite dois trechos do Antigo testamento e dois trechos do Novo Testamento que mostram a manifestação da trindade no mundo. _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 2) Quem é o Pai, quem é o Filho e quem é o Espírito Santo? Explique comentando sobre essas três pessoas. _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 3) Em quais momentos da vida cristã nós invocamos a Santíssima Trindade? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________
FIQUE ATENTO! Lembre-se que o Pai é o Criador do mundo, tendo nos feito a Sua imagem e semelhança, revelando-se aos homens como um Deus presente e cuidadoso. Jesus é o Deus Filho, o Salvador da humanidade, revelação máxima de Deus, nos ensinou que Ele é o único caminho que leva a Deus Pai, mediante o sacrifício da cruz. O Espírito Santo é o Santificador, Aquele que foi prometido por Jesus após a Sua ascensão ao céu; sabendo Ele que os apóstolos iriam ficar tristes e se sentindo abandonados após a Sua trágica morte na cruz. Ser cristão é estar em comunhão com as três pessoas divinas, deixando-se inserir no mistério da trindade. Durante a semana leia e reflita sobre as seguintes passagens da Bíblia: Mt 28,19 (somos batizados em nome da Trindade); Rm 5,1-5 ( nossa vida cristã tem origem na Trindade).
ORAÇÃO: Pelo sinal da santa cruz (fazer uma cruz na testa), livrai-nos Deus nosso Senhor (fazer uma cruz nos lábios) dos nossos inimigos (fazer uma cruz no coração).
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
GLOSSÁRIO Alma: A pessoa humana inteira, o que há de mais íntimo no homem e o que há nele de maior valor aproximando-o de Deus (imagem e semelhança). Ela significa o princípio espiritual presente em nós Comunhão: Participação comum de idéias, crenças e ensinamentos
TEMA TRANSVERSALDOIS: A SAGRADA FAMÍLIA O Papa João Paulo II na Carta as Famílias, chamou a família como “Santuário da vida” (CF 11). Santuário quer dizer “lugar sagrado”. Ali surge a vida humana onde é formada. É missão sagrada da família: guardar, revelar e comunicar ao mundo o amor e a vida. O Concílio Vaticano II já a tinha chamado de “a Igreja doméstica” (LG, 11) na qual Deus reside, é reconhecido, amado, adorado e servido; nele também foi ensinado que: “A salvação da pessoa e da sociedade humana estão intimamente ligadas à condição feliz da comunidade conjugal e familiar” (GS, 47). Jesus habita com a família cristã. A presença do Senhor nas Bodas de Caná da Galiléia significa que o Senhor “quer estar no meio da família”, ajudando-a a vencer todos os seus desafios; e Nossa Senhora ali o acompanha com a sua materna intercessão. Desde que Deus desejou criar o homem e a mulher “à sua imagem e semelhança” (cf. Gn 1,26), Ele os quis “em família”. Por isso, a família é uma realidade sagrada. Jesus começou sua missão redentora da humanidade na Família de Nazaré. A primeira realidade humana que Ele quis resgatar foi a família; Ele não teve um pai natural aqui, mas quis ter um pai adotivo, quis ter uma família. Com a presença d’Ele na família – Ele consagrou todas as famílias. Conta-nos São Lucas que após o encontro do Senhor no Templo, eles voltaram para Nazaré “e Ele lhes era submisso” (cf. Lc 2,51). A primeira lição que Jesus nos deixou na família é a de que os filhos devem obedecer aos pais, cumprindo bem o quarto Mandamento da Lei. Assim se expressou o Papa João Paulo II: “O Filho unigênito, consubstancial ao Pai, ‘Deus de Deus, Luz da Luz’, entrou na história dos homens através da família” (CF, 2). Ao falar da família no plano de Deus, o Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que ela é “vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Sua atividade procriadora e educadora é o reflexo da obra criadora do Pai” (CIC, 2205). E na sua mensagem de Paz, do primeiro dia do Ano Novo (2008) o Papa Bento XVI deixou claro que sem a família não pode haver paz no mundo. E o Papa fez questão de ressaltar que família é somente aquela que surge da união de um homem com uma mulher, unidos para sempre, “A família é a comunidade na qual, desde a infância, se podem assimilar os valores morais, em que se pode começar a honrar a Deus e a usar corretamente da liberdade. A vida em família é iniciação para a vida em sociedade” (CIC, 2207). Na Família de Nazaré vemos uma família que vive por Deus e para Deus; o seu projeto é fazer a vontade de Deus. A Sagrada Família é a escola das virtudes por meio da qual toda pessoa deve aprender e viver desde o lar. Maria é a mulher docemente submissa a Deus e a José, inteiramente a serviço do Reino de Deus: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra” (cf. Lc 1,38). A vontade dela é a vontade de Deus; o plano dela é o plano de Deus, viveu toda a sua vida dedicada ao Menino Deus, depois ao Filho, Redentor dos homens, e, por fim, ao serviço da Igreja, a qual o Redentor instituiu para levar a salvação a todos os homens. José era o pai e esposo fiel e trabalhador, homem “justo” (cf. Mt 1, 19),homem santo, pronto a ouvir a voz de Deus e cumpri-la sem demora. Foi o defensor do Menino e da Mãe, os tesouros maiores de Deus na Terra. Com o trabalho humilde de carpinteiro deu sustento à Família de Deus, deixando-nos a lição fundamental da importância do trabalho, qualquer que seja este. Em vez de escolher um pai letrado e erudito para Jesus, Deus escolheu um pai pobre, humilde, santo e trabalhador braçal. José foi o homem puro, que soube respeitar o voto perpétuo de virgindade de sua esposa, segundo os desígnios misteriosos de Deus. A Família de Nazaré é para nós, hoje, mais do que nunca, modelo de unidade, amor e fidelidade. Mais do que nunca a família hoje está sendo destruída em sua identidade e em seus valores. Surge já uma “nova família” que nada tem a ver com a Família de Nazaré. As mazelas de nossa sociedade –, especialmente as que se referem aos nossos jovens: crimes, roubos, assaltos, seqüestros, bebedeiras, drogas, homossexualismo, lesbianismo, enfim, os graves problemas morais e sociais que enfrentamos, – têm a sua razão mais profunda na desagregação familiar a que hoje assistimos, face à gravíssima decadência moral da sociedade. Muitos filhos crescem sem o calor amoroso do pai e da mãe, carregando consigo essa carência afetiva para sempre. A família desses nossos tempos pós-modernos só poderá se reencontrar e salvar a sociedade se souber olhar para a Sagrada Família e copiar o seu modo de vida: serviçal, religioso, moral, trabalhador, simples, humilde, amoroso… Sem isso, não haverá verdadeira família e sociedade feliz. Convidamos você a entronizar a Sagrada Família em seu lar. Tome uma imagem, um quadro, a fim de que Jesus, Maria e José permaneçam onde você mora. Que eles sejam donos da sua casa e assim você possa dizer: Jesus, Maria e José, minha família vossa é. “A Família é chamada a introduzir os filhos no caminho da iniciação cristã. A Família, pequena Igreja, deve ser junto com a Paróquia, o primeiro lugar para a iniciação cristã das crianças. Ela oferece aos filhos um sentido cristão de existência e os acompanha na elaboração de seu projeto de vida, como discípulos missionários (Doc. Aparecida n° 302) SUGESTÕES DE DEBATE: -Será possível, num contexto de imoralidade, insegurança, ausência de pai ou mãe, garantir aos filhos as bases de uma personalidade firme, equilibrada e uma vida digna, com esperança? – Será possível construir uma sociedade forte e sólida onde há milhares de “órfãos de pais vivos”? – Será possível construir uma sociedade se o casamento se tornou descartável, e o outro (a) um objeto para prazeres instantâneos? Após termos conhecido um pouco mais sobre a importância da Bíblia e sobre os desígnios de Deus na história da humanidade na Primeira Unidade, vejamos nesta Segunda Unidade como o plano salvífico de Jesus se concretiza visivelmente a partir de uma obra fundada e acompanhada por Ele mesmo – a Igreja 9° ENCONTRO: O PENTECOSTES E O SURGIMENTO DA IGREJA Igreja é o povo, é comunidade viva, é viver em comunhão. = Povo reunido diante de Deus. ANTECEDENTES DA IGREJA A Igreja Católica foi fundada por Jesus Cristo, tendo Ele escolhido um dos doze apóstolos para ser o chefe representante e responsável por ela. Assim disse Jesus:…”Por isso, eu te digo: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16,18-19) Com estas palavras Jesus institui a pessoa do papa e lhe concede autoridade em Seu nome; tudo o que o papa e o conjunto dos apóstolos decidirem na terra será consentido no céu. Hoje temos o papa, os cardeais, bispos, padres, religiosos e religiosas (freiras) e os leigos que assumem (pelo batismo) a missão de Jesus em favor do povo de Deus. Deus quis que a Igreja existisse desde o início, tanto é que as várias alianças feitas entre Deus (Pai) e a humanidade foram preparando o povo para viver junto de Deus, fazendo com que acontecesse a “gestação” da Igreja. Depois da libertação dos israelitas através de Moisés, da peregrinação no deserto em busca da terra de Canaã e do exílio na Babilônia, surgiu o judaísmo (por volta do séc. V-IV a.C), religião baseada nos primeiros livros da Bíblia (no Pentateuco) e nos costumes deixados por Moisés ( a chamada Lei de Moisés). O cristianismo nasceu como um movimento religioso dentro do judaísmo; assim, Jesus sendo judeu conhecia os livros do Antigo Testamento e os costumes judaicos; por isso dizia que tinha vindo para completar esses costumes (cf. Mt 5,17) Os judeus perseguiram Jesus porque Ele questionava o rigor daqueles (os fariseus) que seguiam a Lei de Moisés, mas que não eram misericordiosos com os outros, se utilizando da Lei para obter vantagens para si; foram estes que mataram Jesus em nome da Lei.
O PENTECOSTES E A IGREJA NASCENTE Ler At 1,3-5.8 A promessa do Espírito Santo Ler At 1,9-11 Ascensão de Jesus ao céu Ler At 2,1-4 A vinda do Espírito Santo Durante quarenta dias depois da Sua ressurreição Jesus deu instruções aos apóstolos e ascendeu ao céu . Os apóstolos, discípulos e Maria voltaram a Jerusalém e se recolheram durante alguns dias para jejuar e rezar, aguardando a vinda do Espírito Santo, o qual Jesus disse que viria. Eram cerca de 120 pessoas presentes num lugar chamado cenáculo. Depois da vinda do Espírito Santo os apóstolos começaram a anunciar os ensinamentos de Jesus, tendo junto com o anúncio da Palavra muitas curas e milagres confirmando a ação de Deus entre os homens (cf. At 3,1-10; 5, 15-16). Assim como Jesus, os cristãos também foram perseguidos, sendo acusados de hereges do judaísmo. As primeiras comunidades cristãs cresciam em número (cf. At 2,44-47) e isso incomodava muitos doutores da Lei judaica.
Saulo era o maior perseguidor dos cristãos, prendia e até mandava matar a muitos (cf. 8,1-3). Quando estava indo para Damasco perseguir outros cristãos Saulo foi surpreendido por Jesus que o disse: “Saulo, Saulo por que me persegues?” e a partir daí Saulo ficou cego até recuperar a visão mediante a oração de um discípulo indicado por Jesus.
Depois do encontro com Jesus Saulo mudou completamente, passou a anunciar a Palavra de Deus e teve até o nome mudado para Paulo, que significa o menor dos discípulos. Paulo foi responsável pelo crescimento da Igreja, tendo fundado muitas comunidades cristãs entre os povos não judeus, conhecidos como gentios ou pagãos (não batizados e não crentes). Ele foi muito perseguido pelos judeus, assim como todos os apóstolos; na prisão escreveu várias cartas endereçadas as Igrejas que fundou, são as chamadas cartas paulinas (cf. 2° Encontro) presentes no Novo Testamento. Como vimos, a história da nossa Igreja começa seguindo os passos do seu fundador: Jesus Cristo. O cristianismo nasceu e cresceu dentro do período político- cultural do Império Romano, sendo visto como uma religião que ofendia o Estado, pois não prestava culto ao Imperador nem aos deuses pagãos da religião dos romanos (politeísta).
Nos três primeiros séculos do cristianismo os cristãos eram tão perseguidos que tinham de celebrar as missas e reunir-se às escondidas; faziam dentro das catacumbas, pois sabiam que os romanos não entravam nestes lugares por serem supersticiosos. No séc. IV d. C o cristianismo começou a ser tolerado pelo Império Romano, no governo de Teodósio; a partir de então se tornou religião oficial no Império, começando a estruturar-se internamente até chegar aos nossos dias. VOCÊ SABIA? O nome de Pedro era Simão, filho de Jonas. O nome Pedro, em hebraico Kefas significa “pedra ou rocha.” A denominação: Católica – significa que a Igreja é enviada a todos os povos, em todos os tempos, sendo universal; Apostólica – a Igreja tem a sucessão dos apóstolos, testemunhas que viveram com Jesus e Romana – A Igreja tem sua sede em Roma, onde está o papa, sucessor de São Pedro.
ATIVIDADES: 1) A Igreja surgiu como iniciativa dos homens ou de Deus? Explique. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 2) E as famílias, como estão vivendo a missão que Jesus as confiou, de viverem como Igreja Doméstica? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 3) Porque a Igreja foi tão perseguida nos seu início? Quem foram os seus perseguidores? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ FIQUE ATENTO! – Os atos fundantes da Igreja foram: a escolha dos apóstolos e a instituição da Eucaristia. – A Igreja é a comunidade dos seguidores de Jesus, tendo a finalidade de continuar a missão de Jesus; para que isso aconteça é necessário que vivamos o amor de Cristo e que nos oloquemos a serviço da comunidade, cada um de nós é um “tijolo” que forma a Igreja no mundo todo, se nós faltarmos o nosso lugar fica vazio. Para Refletir: Comparando a história da Igreja com a parábola do filho pródigo ou do Pai misericordioso (cf. Lc 15,11-32) vemos que uns voltam e pedem perdão, a exemplo do papa João Paulo II que pediu perdão pelos erros da Igreja no passado. Outros fazem questão de recordar continuamente estes mesmos erros no intuito de reafirmar a sua “Igreja”. Pois bem, recordemos que, no passado, os judeus desprezavam os samaritanos, os cristãos combatiam os muçulmanos e rezavam pelos judeus, antes disso Saulo já perseguia os cristãos julgando prestar grande serviço a Deus. Os romanos perseguiam e matavam os cristãos porque não adoravam os seus deuses, os católicos e os cristãos não católicos entraram em conflito chegando até a morte de muitos. Para além disso tudo Cristo continua apelando pela unidade e pela paz, ensinandonos a superar as nossas diferenças em prol de um mundo mais humanizado e menos mesquinho. Como cristãos, membros do corpo de Cristo, precisamos observar as coisas boas e más da comunidade e descobrir o que podemos fazer diante disso, realizar o Reino de Deus em nosso bairro e na nossa cidade, conhecer e participar do plano de trabalho da Igreja, Diocese e Paróquia e participar da comunidade não somente na catequese, em casamentos, missas de 7° dia…mas como compromissados conscientes da nossa importância na comunidade. Somos chamados a anunciar o evangelho vivendo o que Jesus nos ensinou, “remando contra maré” das facilidades que a nossa sociedade nos oferece. Oração: Senhor, Tu que me chamas a ser Igreja vivendo uma vida santa diante de Ti, ilumina a minha vida e me conduza sempre no caminho do amor e da caridade. Amém.
SAIBA MAIS… Como bons judeus José e Maria iniciaram Jesus nos costumes judaicos desde cedo: Jesus foi consagrado a Deus após 8 dias de vida, sendo circuncidado (cf. Lc 2,21- 25), ia a Jerusalém todos os anos para comemorar a páscoa (cf.2,41) freqüentava o templo todos os sábados (cf. Lc 4, 16-19) GLOSSÁRIO Ascender ao céu: Subir ao céu de corpo e alma Catacumbas: Escavações subterrâneas com corredores, onde faziam tumbas para enterrar os mortos Circuncisão: Rito judaico em que era cortado o prepúcio do pênis dos meninos, em sinal de pertença ao povo de Israel (Gn 17,12) Exílio na Babilônia – Período de 597 a 538 a. C em que os israelitas ficaram sob o domínio do rei Nabucodonosor. Herege – ensinamento ou doutrina contrário a religião ou a Igreja. Leigos – são todos os batizados, com exceção dos sacerdotes, religiosos e religiosas. Pentecostes – significa 50 dias após a Páscoa Politeísmo – religião que adora e presta culto a vários deuses, também chamados de ídolos.
10° ENCONTRO: OS MANDAMENTOS DE DEUS Para cantar: Os que esperam no Senhor (Isaías 40,31) Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças Subirão, com asas, como águias Correrão e não se cansarão Caminharão e não se fadigarão Os mandamentos entregues a Moisés por Deus são os alicerces de toda a vida cristã. “A Igreja, ‘coluna e sustentáculo da verdade’ (1Tm 3,15), recebeu dos apóstolos o solene mandamento de Cristo de pregar a verdade da salvação’. Compete a Igreja anunciar sempre e por toda parte os princípios morais, mesmo referentes a ordem social, e pronunciar-se a respeito de qualquer questão humana, enquanto o exigirem os direitos fundamentais da pessoa e a salvação das almas” CIC 2032 Os dez mandamentos surgiram a partir de um fato que marcou profundamente o povo, o fim do seu sofrimento, causado pela escravidão no Egito. Mas para o povo se tornar livre, não bastava sair somente uma vez da escravidão; era necessário que o povo não repetisse mais na sua vida, tudo aquilo que havia sofrido no Egito. Era necessária uma libertação que vem de dentro do coração, libertação de tudo aquilo que impede as pessoas de viverem a fraternidade. Por isso, os dez mandamentos seriam a garantia para que o povo nunca se esquecesse de Deus. Deste modo, os primeiros três mandamentos, nos ajudam a descobrir e a encontrar o verdadeiro Deus. Enquanto que, os demais mandamentos têm por finalidade “organizar” o mundo e a vida do povo, conforme o projeto de Deus. Deus que é Pai criou-nos para sermos livres, mas não uma liberdade de fazer o que se quer, sem pensar nos irmãos. Deus espera de nós um agir responsável e consciente. Por isso, nos deixa os dez mandamentos para praticá-los, sabendo que somente através deles o homem alcança uma vida feliz e ajustada no mundo em que vive. (cf. Ez 36,27) A seguir veremos um breve comentário sobre cada mandamento e sobre transgressão das pessoas em relação a eles:
1 ° AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS – Este mandamento convida todos nós a crer em Deus, a esperar Nele e amá-lo acima de tudo. Por este mandamento ficamos responsáveis em guardar a fé, defendê-la e testemunhá-la por palavras e obras. Desobedecemos esse mandamento quando: ü Somos incrédulos, orgulhosos, soberbos (quando confiamos somente nas nossas próprias forças), ingratos, preguiçosos espiritualmente, não depositando nossa confiança em Deus, quando negamos a Deus (agnosticismo), recusamos a existência de Deus (ateísmo) entre outros. 2° NÃO TOMAR SEU SANTO NOME EM VÃO – neste mandamento não podemos abusar do nome de Deus, evitando tratá-lo com deboches ou brincadeiras, não fazer falsos juramentos em nome de Deus, não proferir ofensas contra a Igreja de Cristo, os santos, as coisas sagradas e não “rogar praga” ou amaldiçoar próximo e as demais criaturas de Deus. 3° GUARDAR DOMINGOS E FESTAS – este mandamento lembra a santidade do dia de sábado (cf. Ex 20,11) guardado pelos judeus; ele representa o término da primeira criação, sendo substituído pelo domingo, que lembra a criação nova, inaugurada com a ressurreição de Cristo; por isso, ele se tornou o primeiro de todos os dias, o dia do Senhor. O domingo deve ser guardado como dia de “festa” por excelência e, aqueles que faltam a obrigação de participar das missas ou celebrações eucarísticas cometem uma desobediência grave. Outros dias de festa são: o Natal (25/12), Santa Maria Mãe de Deus (01/01) a Epifania (visita dos reis magos- 06/01), Corpus Cristi (em junho), Imaculada Conceição (8/12) 4° HONRAR PAI E MÃE – este mandamento nos recorda os deveres para com os nossos pais, as obrigações de amar, respeitar, dar-lhes assistência de vida, sobretudo, quando idosos e, se tiverem falecido, recordá-los em nossas orações e missas; oferecendo sempre que possível uma missa pelo descanso de suas almas. A obediência as nossas autoridades faz parte deste mandamento uma vez que a pátria é uma família e toda a autoridade vem de Deus (cf. Jo 19,11) 5° NÃO MATAR – A vida é um presente de Deus, portanto é sagrada, porque a pessoa foi criada a imagem e semelhança de Deus (cf. Gn 9,5-6). Jesus vai além, acrescentando a necessidade de amar os inimigos e de oferecer a outra face num correto agir cristão (cf. Mt 5,21-22) As seguintes atitudes atentam contra este mandamento: ü A legítima defesa, o homicídio, o aborto, a eutanásia e o suicídio 6° NÃO PECAR CONTRA A CASTIDADE – Este mandamento diz respeito a afetividade, a capacidade de amar e procriar, e aptidão a criar vínculos de comunhão com os outros. As diferenças físicas entre o masculino e o feminino, permitem-lhes uma complementaridade desejada por Deus para que, no matrimônio, emitem na carne a doação entre si. Ser casto é direcionar corretamente com pureza moral (no comportamento) e corporal, a sexualidade presente em cada pessoa. Para viver na castidade o se humano precisa dominar seus instintos, exercendo sua liberdade de forma consciente. Algumas atitudes humanas ofensivas a castidade: ü Luxúria (busca desordenada do prazer sexual) ü Masturbação (manipulação dos órgãos genitais a fim de obter prazer sexual sem a outra pessoa) ü Fornicação (relação sexual fora do casamento) ü Pornografia e Prostituição (uso do corpo como objeto de compra, venda e prazer) ü Estupro (violência sexual sem a permissão da outra pessoa) ü Homossexualismo (contrário a procriação) ü Adultério (infidelidade conjugal – cf. Mt 5,28) ü Divórcio (cf. Mt 19,6) ü Poligamia (casamento com duas ou mais mulheres cf. Mt 19,5) ü Incesto (relações sexuais entre familiares ou parentes Cf. Lv. 18,6) ü União Estável ou Livre (quando um casal não é casado na Igreja e nem perante a sociedade) 7° NÃO ROUBAR – Este mandamento orienta sobre a prática da justiça e da caridade na administração dos bens materiais e dos frutos do trabalho humano. (cf. 1 Cor 6,9- 10) Algumas ações humanas vão contra este mandamento: ü O roubo, a fraude, quando se aceita ou se compra uma coisa roubada, quando se toma emprestado e não devolve ü Não cumprir os contratos, acordos; ü Enganar os outros nos preços, pesos, medidas ü Aceitar suborno e extorquir (obter algo de alguém através de violência ou ameaça) 8° NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO – Este mandamento nos ensina a lealdade e a sinceridade: falar sempre a verdade (cf. Mt 5,37). No evangelho a falsidade e a hipocrisia são as atitudes que Jesus mais condena, porque vem do orgulho e mata a vínculo de amizade entre as pessoas (cf. Mt23,27-28). Assim deve ser evitados: ü O Falso testemunho (mentir diante de um Tribunal de Justiça) ü A Calúnia (quando prejudica a reputação de alguém, proferindo falsos juízos aos outros) ü A Bajulação ü A Fanfarronice (quando se demonstra por palavras falsas, virtudes de bravura, superioridade e arrogância) ü A Mentira 9° NÃO DESEJAR A MULHER/HOMEM DO PRÓXIMO – Neste mandamento Deus nos revela a importância de preservar a permanência do matrimônio e o respeito ao compromisso alheio (ao namoro e ao noivado) garantindo a fidelidade entre o casal através da sua benção (1 Cor 10,13). Atentam contra este mandamento: ü O adultério e a prostituição ü A cobiça através de “galanteios”, olhares, propostas indecentes, promessas, etc. 10° NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS – Neste mandamento aprendemos que o homem não tem direito de impedir que o outro tenha aquilo de que ele também precisa, por isso, não deverá desejar as coisas do outro. Assim deve se evitar: ü Roubo ü Corrupção ü Inveja ü Avareza (apego aos bens materiais, não repartindo com os outros) MANDAMENTOS DA IGREJA Além dos mandamentos da lei de Deus temos também os mandamentos da Igreja, elaborados pelas autoridades eclesiais: 1º. Participar da missa ou celebração eucarística até o final, nos domingos e outras festas religiosas e procurar não ocupar-se com tarefas profissionais. 2º. Confessar-se ao menos uma vez por ano ( na páscoa). Contudo, recomenda-se a confissão a cada dois meses ou quando sentir necessidade. 3º. Receber o sacramento da Eucaristia ao menos, na páscoa da ressurreição de Jesus. 4º. Jejuar e abster-se de carne, sobretudo na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa ( ou sexta-feira da Paixão de Cristo). 5º. Ajudar a Igreja em suas necessidades (ofertas, contribuições, dízimo, trabalhos voluntários…). VOCÊ SABIA? Que os dez mandamentos substituíram o antigo “Código de Hamurabi” – “Olho por olho dente por dente”, ou seja, quem roubava alguma coisa tinha a mão cortada, quem fosse flagrado em adultério seria apedrejado, etc. ATIVIDADES: 1) Cite três mandamentos da Lei de Deus, explicando sobre a necessidade de obedecê-los em nossos dias. ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 2) Converse com seu irmão e apresente três possíveis conseqüências da desobediência aos mandamentos citados na questão anterior. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 3) Em sua opinião, qual o mandamento mais difícil de praticar? Por quê? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Tanto no trabalho, como em nossa casa, precisamos de regras ou leis de modo que todos se sintam respeitados e tudo funcione bem, não é mesmo? Oração: Perdão, Pai querido, pelas vezes que desobedecemos aos seus mandamentos. Perdão, Senhor, pelas vezes que não encontramos tempo para participar da missa ou da celebração eucarística. Perdão, Senhor, por muitas vezes não nos lembrarmos de agradecer as refeições que fazemos. Perdão, Senhor, pelas vezes que não tratamos bem nossos pais, irmãos e amigos com respeito. Perdão, Senhor, porque nem sempre falamos a verdade ou cumprimos o que prometemos. Perdão, Senhor, pelas vezes que deixamos que sentimentos negativos, como o ódio, a raiva, o ciúme, a inveja e o orgulho se desenvolvessem em nossos corações. Pai querido, porque és bom, sempre nos acompanhas, protege-nos e nos guardas, em ação de graças, vamos rezar o Salmo 148. GLOSSÁRIO Ação de graças: Reconhecimento que Deus é poderoso. Autoridades Eclesiais – Papa, Cardeais e Bispos. Eutanásia: Prática que provoca a morte de um paciente, com a permissão da família para “poupar” um paciente em estado grave de saúde Fraternidade: Convivência como a de irmãos. Transgressão: Rebeldia, desobediência grave
11° ENCONTRO: O PECADO, O VÍCIO E A VIRTUDE Adão e Eva “Deus nos escolheu, antes da criação do mundo, para sermos santos e íntegros diante dele, no amor. Conforme o desígnio benevolente de sua vontade, Ele nos predestinou à adoção como filhos, por obra de Jesus Cristo”. Ef 1,4-5
Deus desde o começo da criação tem um plano de amor para toda a humanidade. Estamos neste mundo para que participemos da vida divina e para que vivamos no amor. Contudo, Deus não fez sua obra acabada. Ele não nos fez perfeitos, mas perfectíveis, ou seja, estamos a caminho de uma perfeição maior. Deus fez o ser humano livre. Este se quisesse crescer e tornar-se cada vez melhor deveria escolher estar com Deus. Mas desde o início, os seres humanos optaram por fechar-se em si mesmos o que acarretaria serem imperfeitos, pois permaneciam longe Daquele que é a perfeição. Este pecado, o primeiro de todos, é o que chamamos de “Pecado Original”. É preciso repensar os conceitos que possuímos sobre o Pecado Original. O pecado de nossos primeiros pais (Adão e Eva) não foi o simples fato de roubar um “fruto proibido”, foi mais que isso. No Paraíso, que não pode ser entendido como lugar, mas um estado de ser, a comunhão com Deus era perfeita. O ser humano podia crescer em Deus. Porém, nossos primeiros pais resolveram abandonar o Criador, não ouvindo mais a voz de Deus que soava em seus corações. Auto-proclamaram-se donos de seu futuro, conhecedores do que era bom e mal para si mesmos (cf. Gn 3,4). Deus não tinha mais vez no coração humano e foram caindo mais e mais em seus erros. Imperfeitos e inacabados, não podiam mais crescer. Perderam a raiz de sua felicidade, pois escolheram estar longe de Deus (é esse o significado da “expulsão do Paraíso”) – cf. Gn 3,23-24. Assim, criou-se uma estrutura de pecado- o mal se impregnou em todos. Quando nascemos, somos inseridos nessa estrutura, nessa realidade que se opõe ao plano de Deus que deve ser vencida para que seja implantado o Reino de Deus.
Mas como saber se uma determinada ação nos afasta de Deus? Quando qualquer ação consciente for feita fora do projeto de Deus, ou seja, desrespeitando a natureza humana, é pecado. E todo pecado afeta a todos, pois somos um só corpo. Cada ato humano seja pecaminoso ou santo influencia todos os demais irmãos. SE SOMOS MAIS SANTOS, SANTIFICAMOS TODA HUMANIDADE CONOSCO, SE SOMOS PECADORES, DENEGRIMOS IGUALMENTE A TODOS. “O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta; é uma falta de amor verdadeiro, para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana. Foi definido como uma palavra, um ato ou um desejo contrário à lei eterna”. CIC 1849 PAI, PERDÃO PORQUE PEQUEI Deus Pai, é para muitos um grande desconhecido, infelizmente. Algumas concepções de Deus foram construídas ao longo do tempo e isso de certo modo impossibilita um encontro íntimo entre as pessoas e Deus. Vamos ver duas delas: a primeira é devido a uma interpretação fundamentalista da Sagrada Escritura. Baseando-se em textos do Antigo Testamento e interpretando-os mal, Muitos pregavam um Deus vingador e castigador e que o julgamento após a morte seria aos moldes do “olho por olho, dente pó dente”. Outra imagem é a de um Deus distante de nossas necessidades. Muitos formulam esta pergunta: Se Deus é Onipotente, porque Ele não evita tanto sofrimento no mundo? É claro que Deus pode fazer tudo, porém, Ele só quer fazer aquilo que provém do amor porque Ele é amor. A expressão maior do amor é a liberdade humana, fonte de nossa capacidade de amar verdadeiramente. Sem duvida Deus, que é amor e misericórdia, rejeita o sofrimento e o mal no mundo. Nossa grande alegria é a descoberta de quem realmente é Deus Pai. Ninguém pode conhecer o Pai a não ser Jesus Cristo. É Ele quem revela a face misericordiosa do Pai. A expressão “Pai, perdão porque pequei” nunca deveria ser dita por medo, mas com plena convicção de que nosso Deus faz tudo para nos dar a verdadeira vida e todas as vezes que a vida é ferida, deve brotar imediatamente a iniciativa de correr para os braços do Pai que acolhe sempre todos. A justiça deste Pai é infalível, pois esta fundamentada no amor. O que não é amor não existe no Reino de Deus. O pecado ainda divide-se em duas espécies: ü PECADO VENIAL: é uma desobediência leve aos dez mandamentos e aos mandamentos da Igreja; ele é uma espécie de afeição desordenada pelos bens criados, a qual impede que nós exercitemos as virtudes e o bem aos outros. Exemplos: os palavrões, brigas, discussões, a masturbação, etc. ü O PECADO MORTAL: é uma desobediência grave contra os dez mandamentos e, deste modo, contra o próprio Deus. A pena é a morte eterna, caso a pessoa se apegue ao erro a ponto de não querer mais deixá-lo . Exemplos: o aborto, o assassinato, o adultério, o roubo, etc. O pecado mortal destrói a caridade em nós e nos priva do estado de graça, ou seja, da intimidade com Deus e da comunhão com os outros. Podemos pecar de quatro modos: por pensamentos, palavras, atos e omissões. Com um só pecado mortal já perdemos a graça de Deus. OS PECADOS CAPITAIS Podemos dizer que os pecados capitais são chamados de “vícios capitais”. O vício é a má qualidade ou defeito que inclina a nossa vontade a agir mal por repetidas vezes. Usamos a palavra capital que vem do latim capta que quer dizer, “cabeça”. Daí a razão de dizermos pecados capitais: eles são a cabeça de uma série de outros vícios que podem invadir a alma humana. Os pecados capitais são sete: 1- Soberba: a nossa vontade de amar desordenadamente as nossas qualidades. O soberbo confia nas próprias forças, é ambicioso e cheio de vanglória, arrogante, orgulhoso, pensa que se basta e não precisa de ninguém, nem de Deus. Combatemos a soberba com a virtude da humildade. (cf. Eclo 10,14-22) 2- Avareza: o apego desordenado aos bens materiais. O avarento tudo quer para si e nada reparte com seu irmão. O importante é aquilo que somos e não aquilo que temos. Combatemos a avareza com a virtude da generosidade. (cf. Mt 6,19-24) 3- Luxuria: diz respeito a vida sexual desregrada. Pela luxuria o homem cede aos instintos animalescos de si mesmo. Combatemos a luxuria com a virtude da castidade. (cf. Pr 7,6-27) 4- Gula: inclina a vontade humana ao apetite desordenado da comida e da bebida. É preciso haver controle sobre o estômago e equilíbrio no comer e no beber. Combatemos a gula com a virtude da temperança (jejum e a partilha com os irmãos). (cf. Mt 4) 5- Inveja: Consiste na tristeza diante do bem e da felicidade do outro. Combatemos a inveja com a virtude da caridade. (cf. CIC 2539) 6- Ira: é o hábito que inclina a vontade humana a justiça desordenadamente. Geralmente tem boa intenção mas a ira faz a pessoa faltar com caridade para com seu irmão. Combatemos a ira com a virtude da paciência. ( cf. Mt 5,22) 7- Preguiça: Ficar sem fazer nada no cumprimento dos deveres seja eles para com Deus ou para com a sociedade. (cf. 6,6-11) AS VIRTUDES E A MISERICÓRDIA DIVINA Ao contrário dos vícios, as virtudes são disposições ou qualidades que nos levam a fazer o bem. Deste modo nós temos: A virtude natural: é aquela que desenvolvemos com o nosso próprio esforço conscientemente porque se trata de um hábito. Exemplo: Suponhamos que decidimos desenvolver a virtude da veracidade (amor a verdade) e a partir de então nos comprometemos a dizer sempre a verdade. No começo isso vai ser difícil, mas aos poucos se tornará um hábito. Virtude sobrenatural: é a virtude que Deus pode infundir em nós sem o esforço da nossa parte. Exemplo: Fé, esperança e caridade que são infundidas em nós através do Batismo.
VIRTUDES TEOLOGAIS 1- FÉ: é a certeza daquilo que não se vê; faz crer firmemente em todas as verdades reveladas por Deus. 2- ESPERANÇA: confiamos em Deus Todo – Poderoso, Fiel em suas promessas Ele nos concederá a vida eterna e os meios para alcançá-la. Nossa esperança deve ser firme e constante. 3- CARIDADE: é chamada a “rainha das virtudes”, porque nos leva a amar a Deus tornando possível o amor pelo próximo como amor sobrenatural. É bom saber que nosso próximo inclui todas as criaturas de Deus: os anjos, santos nos céu, as almas do purgatório e todos os seres humanos vivos, inclusive as pessoas que temos menos afinidade. ( 1Cor 13,4-8) VIRTUDES CARDEAIS 4- PRUDÊNCIA: julgar retamente as coisas. Aperfeiçoa nossa inteligência. 5- JUSTIÇA: é o hábito que inclina a dar a cada um o que lhe cabe. Exemplo: o direito a vida, a liberdade, a honra. Aperfeiçoa nossa vontade. 6- FORTALEZA: inclina-nos a fazer o bem mesmo nas dificuldades. Exemplo: os mártires que preferem morrer a pecar contra Deus. 7- TEMPERANÇA: ajuda-nos a dominar e regular nossos desejos. Existem ainda as virtudes humanas como a piedade, obediência, mansidão, paciência, honestidade, liberdade, felicidade, modéstia, castidade e, sobretudo a humanidade que leva a caridade. VOCÊ SABIA? Para que o pecado seja considerado mortal deve haver três condições: 1) Ser grave, isto depende de contra quem foi cometido, quando? Onde? Quantos afetados? 2) A pessoa tem de ter plena consciência do que está fazendo. 3) Quando a pessoa comete o mal, decidindo-se por ele.
ATIVIDADES 1) Qual a diferença entre os pecados veniais e os pecados mortais? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 2) Cite três pecados graves com as suas respectivas conseqüências no mundo de hoje _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 3) Vimos neste encontro que as virtudes nos ajudam a evitar o pecado. Em sua opinião quais virtudes faltam em você e na sua comunidade. Explique por quê? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ Dirija-se para dentro do seu coração e veja se existe alguém a quem você desejaria perdoar ou pedir perdão. Que tal, durante a semana, você procurar esta pessoa e conversar com ela? Com certeza você vai se sentir melhor. No próximo encontro se quiser partilhe essa experiência! Oração: Senhor Jesus! Tu és nossa luz e nossa salvação. Tu nos acolhes como somos. Tu és nossa alegria e nossa paz. Indica-nos o caminho que conduz à casa do Pai. Ensina-nos a ajudar as pessoas que passam por dificuldades. Jesus ensina-nos a acolher as pessoas como tu acolhes. Ensina-nos a sermos luz. Faze de nós anunciadores do Teu Reino. Amém. LEITURA COMPLEMENTAR Ler Jo 8,3-11 A mulher adúltera GLOSSÁRIO Fundamentalista: argumentado, baseado na idéia de: lançar fundamentos, justificar, basear. Vanglória: Manifestação da glória própria. Veraz: verdade
12° ENCONTRO: OS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTÃ – I A palavra SACRAMENTO significa sinal que manifesta o amor de Deus para com a comunidade e a ligação entre ambos. Deste modo, Jesus é o sacramento do Pai na medida em que procurou expressar a presença de Deus no meio de nós; seguindo os passos de Cristo a Igreja se torna sinal visível da presença de Cristo no mundo (cf. At 9,4-5). A Igreja nos oferece sete sacramentos: Batismo, Eucaristia, o Crisma, Confissão ou Reconciliação, o Matrimônio, a Ordem e a Unção dos Enfermos; sendo os três primeiros de iniciação a vida cristã, estes sacramentos nos capacitam a atuar na Igreja servindo aos irmãos. “Sentado a direita do Pai” e derramando o Espírito Santo em seu Corpo que é a Igreja, Cristo age agora pelos sacramentos, instituídos por Ele para comunicar a sua graça. Os sacramentos são sinais sensíveis (palavras e ações), acessíveis a nossa humanidade atual. Realizam eficazmente a graça que significam em virtude da ação de Cristo e pelo poder do Espírito Santo”.CIC 1084 O BATISMO “Enquanto todo o povo era batizado e Jesus, batizado estava em oração, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre Ele, em forma corpórea, como pomba. E do céu veio uma voz: “Tu és o meu filho amado; em Ti esta o meu agrado”. Lc 3,21-22 Batismo de Jesus no Rio Jordão Para cantar: Banhados em Cristo Banhados em Cristo somos uma nova criatura, as coisas antigas já se passaram, somos nascidos de novo. Aleluia, aleluia, aleluuuia (bis) João Batista era filho de Zacarias e Isabel. Um casal de pessoas muito idosas, boas e justas. Deus por este casal envia João Batista que vem preparar a vinda de Jesus Cristo. Quando João ficou jovem retirou-se para o deserto da Judéia, junto as margens do Rio Jordão. Vestia-se com uma túnica grosseira de pele de camelo, era fiel aos seus votos de nazir, isto é, não bebia vinho, não cortava os cabelos, alimentava-se de gafanhotos secados ao sol e mel silvestre. “O que João Batista queria era ensinar as pessoas a viver uma vida pura”. Na sua pregação (cf Mc 1,7) aos homens e mulheres que de toda a parte acorriam ao deserto para escutá-lo ele proferia palavras de muita dureza e algumas vezes até de ameaça (cf. Lc 3,11; Lc 3,14; Mt 3,7-10). A todos convidava ao arrependimento dos seus pecados a fim de receberem o batismo de penitência. Dizia ser necessário ter o coração puro, ou seja, convenientemente preparados para os grandes acontecimentos que iam chegar: a vinda solene e pública do Reino de Deus na pessoa, palavras e obras de Jesus Cristo. João Batista assim chamado por batizar seus penitentes era um profeta. O último profeta do Primeiro Testamento (Antigo Testamento) Enquanto os outros profetas falavam nem sempre de modo claro que o Messias deveria vir, João Batista apontava Jesus e dizia: “Eis o Cordeiro de Deus!” Falando da importância e grandeza do Filho de Deus, João Batista se considerava pequenino e sem valor (cf. Justamente as margens do Rio Jordão, junto com a multidão chegou também Jesus de Nazaré. Ninguém notou sua presença, mas quando desceu até a água todos os presentes ficaram pasmos com as palavras de João Batista (primo de Jesus). Jesus não recebeu o Batismo para manifestar o arrependimento dos seus pecados, porque Nele não houve pecado algum. Fez-se, porém, batizar para constituir-se também nisso um bom exemplo para nós. Jesus ordena aos apóstolos que batizem a todos os povos (cf. Mt 28,19), a partir de então começaram a batizar os adultos que assumiam a fé em Jesus ressuscitado, estes eram chamados catecúmenos. O batismo nos torna “membros uns dos outros” (cf. Ef.4,25) na Igreja, através dele nos tornamos “pedras vivas” para a construção desse edifício espiritual. Ele imprime na alma um sinal indelével (indestrutível) e invisível, que consagra o batizado a pertencer a Cristo e seu corpo místico – a Igreja. O batismo nos livra da herança do pecado original, ou seja, ele apaga aquele mal introduzido no mundo desde a desobediência de Adão e Eva e apaga também os demais pecados cometidos (caso seja uma pessoa não batizada ainda); tornando-nos herdeiros do céu. O Rito do Batismo: mergulha-se a pessoa na água ou se derrama água sobre a sua cabeça, pronunciando as seguintes palavras: Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O batismo simboliza a vida nova em Cristo, na esperança de ressuscitar com Ele (cf. Rm 6,1-11) Os Sinais do Batismo: A água: simboliza a vida, a participação na ressurreição de Cristo e o A vela: significa a luz que é Cristo brilhando na alma batizada (cf. Mt 5,14) O Óleo: símbolo de força, resistência ao pecado e missão do cristão A veste branca: significa a pureza Ø Porque somos batizados quando bebês? – A Igreja ensina que a criança é batizada na fé dos pais e dos padrinhos, os quais transmitem esse dom para os seus filhos, conforme a criança cresce a fé recebida deve ser orientada até chegar a maturidade cristã (cf. CIC 1250); por isso é muito importante que pais e padrinhos sejam bem instruídos nos ensinamentos de Cristo e tenham uma vivência cristã. Ø Quem pode batizar? – Os diáconos, os sacerdotes (padres), o Bispo e, em caso de necessidade extrema, qualquer pessoa, mesmo não sendo batizada, mas que tenha a intenção, pode batizar utilizando a fórmula trinitária (cf. CIC 1256) Ø Onde deve ser o batismo? – Num lugar sacro, preferencialmente a Igreja Como batizados temos uma missão (cf. Lc 4,18-20). Nossa caminhada nessa terra se identifica com a caminha de Cristo, cujo alimento era “fazer a vontade do Pai” Jo 4,34 ATIVIDADES 1) Pesquise o dia do seu Batismo, o nome dos padrinhos, do sacerdote e a Igreja que você foi batizado (a). Caso não tenha a documentação em mãos ou não tenha sido batizado (a) procure, a saber, qual o procedimento com o seu catequista. Data do Batismo: ______________________________________ Igreja:______________________________________________ Sacerdote:___________________________________________ Padrinhos:____________________________________________ 2) Como você está respondendo ao chamado/convite de Jesus depois de ter recebido o sacramento do Batismo. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 3) Qual a responsabilidade dos pais e padrinhos diante do batismo? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ Oração: Pai Querido, que no decorrer da vida possamos ser confirmados na dignidade e missão de batizados de modo mais consciente, guiando-nos pela luz de Jesus – Vosso Filho e sendo luz para os demais irmãos e irmãs na comunidade. Amém LEITURA COMPLEMENTAR Ler Lc 7,24-27 Ler Mc 6,17-28 GLOSSÁRIO Penitência: arrependimento Rito: cerimônia, solenidade importante
A CRISMA OU CONFIRMAÇÃO “Por isso, deixemos agora as instruções elementares sobre Cristo e elevemo-nos ao ensinamento perfeito, sem novamente por os alicerces – o arrependimento das obras mortas, a doutrina acerca dos batismos, a imposição das mãos, a ressurreição dos mortos, o julgamento eteno. Eis o que faremos, se Deus o permitir” Hb 6,1-3 Para cantar: Sal na Massa (Mons Jonas Abib) 1 – Vós sois o sal da terra, vós sois a luz do mundo Pense nisso meu irmão, que é bem profundo Vós sois o sal da terra, vós sois a luz do mundo Pense nisso meu irmão, que é bem profundo Sal com sal vai dar salmoura Mas coloque o sal na massa daí sai coisa boa Sal com sal vai dar salmoura REFRÃO Mas coloque o sal na massa daí sai coisa boa 3 – Pra que é que serve o sal senão salgar Pra que é que serve a luz senão iluminar Se creio em Jesus, vou temperar Este mundo com a fé e a luz do meu amar A crisma é manifestado na Bíblia no livro dos atos dos Apóstolos (cf. At 8,14- 17), quando Pedro e João são enviados para Samaria a fim de orar e impor as mãos sobre os convertidos, uma vez que tinham recebido apenas o batismo e não o Espírito Santo. É claro, que quem é batizado já recebe o Espírito Santo, mas o que se quer dizer em atos é “recebe a força do Espírito Santo”, é como um sopro sobre uma brasa que reaviva o Espírito Santo recebido no batismo. A Crisma é o sacramento que confirma o Batismo, permitindo um amadurecimento da fé, deste modo: – Nos torna testemunhas de Cristo e dos seus ensinamentos – Nos torna voluntários dispostos a praticar os compromissos do batismo – Nos encoraja a viver a fé, a esperança e a caridade – Nos encoraja a evangelizar Ø Quem ministra o sacramento do crisma? – O bispo ou um sacerdote autorizado por ele Ø Quem pode receber este sacramento? – Todo batizado ainda não confirmado pode e deve recebê-lo Ø O que é necessário para receber este sacramento? – Estar em estado de graça (ter confessado os pecados ao sacerdote) – Ter fé em Cristo e em sua Igreja – Ter a intenção de receber o sacramento – Ter um padrinho (no caso de crismando homem) ou madrinha (no caso de crismanda mulher) – Ser discípulo e testemunha de Cristo na comunidade e na vida social
O Rito da Crisma: O crismando é ungido na fronte com o óleo da crisma, com a imposição da mão do bispo e as palavras: “ accipe signaculum doni spiritus santi”, recebe por este sinal o dom do Espírito Santo (no rito romano) Os Sinais da Crisma: O óleo da unção da crisma: tem uma particularidade – é ministrado com bálsamo (uma substância aromática extraída dessa árvore). O bálsamo que é colocado no óleo da crisma simboliza o bom odor, que deve emanar na vida daquele que recebe as graças vindas da confirmação, ele é sinal de alegria, abundância, purificação, força, cura e saúde Unção com o óleo: o óleo teve um significado muito importante na história do povo de Israel: Moisés unge com o óleo Araão e seus filhos, nomeando-os sacerdotes e delegados do culto (cf. Ex 28,41; Ex 29,7; Ex 40,12-16). A unção com o óleo é o gesto pelo qual Deus comunica o seu Espírito e o seu poder. A imposição das Mãos: significa efusão do Espírito Santo com os seus dons. Sobre a imposição das mãos (cf. Jo 3,2) “Com efeito, pelo sacramento da Confirmação (os fiéis) são vinculados mais perfeitamente a Igreja, enriquecidos de força especial do Espírito Santo e, assim mais estritamente obrigados a fé que, como verdadeiras testemunhas de Cristo, devem difundir e defender tanto por palavras como por obras” CIC 1285 O revestimento do Espírito Santo é o efeito da Crisma OS DONS DA CRISMA A Crisma reinflama os sete dons recebidos no batismo: Sabedoria – nos torna cientes do bem e da virtude Entendimento – nos dá percepção espiritual para entendermos as verdades da fé Conselho – nos ajuda a escolher orientados pelos desígnios de Deus Fortaleza – nos fortifica, sobretudo nos momentos de dificuldade Ciência – ajuda-nos a conhecer aquilo que é melhor sob o “olhar” de Deus Piedade – nos dispõe a pratica da virtude, de modo a colocarmo-nos no lugar dos outros Temor de Deus – nos permite sentir um profundo respeito por Deus a ponto de evitar o pecado
FIQUE ATENTO! O padrinho ou madrinha acompanham o crismando (a) em sua vivência cristã, sendo como que orientadores espirituais em quem os seus “afilhados (as)” confiam, daí a recomendação de que os padrinhos sejam do mesmo sexo do afilhado. VOCÊ SABIA? O óleo do crisma é um dos três óleos que o bispo abençoa todos os anos na missa da 5° feira santa, nas catedrais diocesanas; os outros dois são: o óleo dos catecúmenos (usado no batismo) e o óleo da unção dos enfermos SAIBA MAIS… Renovação das promessas do batismo No dia de nosso Batismo nossos pais e padrinhos assumem por nós algumas promessas confirmadas no sacramento do Crisma. Tais promessas professam a renuncia a tudo que impeça o seguimento de Cristo e a crença em tudo que Jesus nos ensinou. A seguir vejamos como acontece o diálago de renuncia e profissão do credo: Sacerdote: Renunciam ao demônio e todas as suas obras e seduções? Pais, padrinhos, crismandos: RENUNCIO Sacerdote: Vocês acreditam em Deus Pai, que fez tudo o que existe, que nos ama e deseja a felicidade de todos os seus filhos e filhas? Pais, padrinhos, crismandos: CREIO Sacerdote: Vocês acreditam em Jesus Cristo, Deus Filho que se fez homem como nós, nasceu da Virgem Maria, sofreu e morreu para nos salvar, foi sepultado, ressuscitou dos mortos e subiu ao céu? Pais, padrinhos, crismandos: CREIO Sacerdote: Vocês acreditam em Deus Espírito Santo que mora em cada um de nós e vive presente atuando na Igreja? Pais, padrinhos, crismandos: CREIO Sacerdote: Vocês acreditam na Igreja que Jesus Cristo nos deixou e na missão de fazer com que todos sejam seus discípulos? Pais, padrinhos, crismando: CREIO
GLOSSÁRIO Desígnio: projeto, plano, meta Sacramento: sinal externo que contém uma realidade espiritual
13° ENCONTRO: A EUCARISTIA ”Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo” Jo 6,51 ü Ler Mt 26,26-29 ou Mc 14,22-25 A última Ceia ü Ler Luc 22,19-20 A instituição da Eucaristia e da Missa ü Ler Jo 6,51-58; 6,66-69 Confirmação da presença real de Jesus na Eucaristia Na última ceia, na noite em que foi entregue, Jesus instituiu o sacramento da Eucaristia pedindo que os apóstolos repetissem o sacrifício (a missa) em memória de sua Paixão, Morte e Ressurreição (cf. 7° Encontro). A Eucaristia é o centro e o ponto mais alto da vida da Igreja, pois nesse sacramento Cristo reúne os seus membros para celebrar o sacrifício de louvor e ação de graças oferecido de uma vez por todas na cruz . Através do ministério dos sacerdotes, o próprio Jesus oferece o sacrifício eucarístico, estando Ele próprio presente sob as espécies do pão e do vinho, que são as oferendas do sacrifício eucarístico e sobre as quais é invocada a benção do Espírito Santo pronunciando as mesmas palavras que Jesus disse: ”Isto é o meu Corpo que é dado por vós… Este é o cálice do meu sangue… Este momento da missa nós chamamos de consagração, pois acontece a transubstanciação; ou seja, a conversão do pão em carne e do vinho em sangue de Cristo.
“O modo de presença de Cristo sob as espécies eucarísticas é único. Ele eleva a Eucaristia acima de todos os sacramentos e faz com que ela seja ‘como que o coroamento da vida espiritual e o fim ao qual tendem todos os sacramentos’. No Santíssimo Sacramento da Eucaristia estão ‘contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo”. CIC 1374 Jesus não esta representado nesse sacramento, não é um símbolo apenas, mas é o próprio Cristo que quis se fizer alimento espiritual para nos manter unidos a Ele. É um grande mistério que une céu e terra sob as aparências do pão e do vinho consagrados. Ao longo da história da Igreja muitos duvidaram da presença real de Jesus no sacramento da Eucaristia, inclusive sacerdotes; por isso ocorreram vários milagres comprovando tal presença. OS MILAGRES EUCARÍSTICOS O Milagre em Lanciano – Itália – no ano 700 Em Lanciano – séc. VIII um monge da ordem de São Basílio estava celebrando na Igreja dos santos Degonciano e Domiciano. Terminada a Consagração, que ele realizara, a hóstia transformou-se em carne e o vinho em sangue, depositado dentro do cálice. O exame das relíquias, segundo critérios rigorosamente científicos, foi feito em 1970-71 e outra vez em 1981 pelos Professores Odoardo Linoli, professor de Anatomia e Histologia Patológica e Química e Microscopia Clínica e pelo Professor Ruggero Bertelli, da Universidade de Siena. Resultados: 1) A hóstia é realmente constituída por fibras musculares estriadas, pertencentes ao miocárdio (parte do coração) 2) Quanto ao sangue, trata-se de sangue humano, grupo sangüíneo‘A’ que pertencem os vestígios de sangue, o sangue contido na carne e o sangue do cálice revelam tratar-se sempre do mesmo sangue grupo ‘AB’ (sangue comum aos Judeus). Este é também o grupo que o professor Pierluigi Baima Bollone, da universidade de Turim, identificou no Santo Sudário. 3) Apesar da sua antigüidade, a carne e o sangue se apresentam com uma estrutura de base intacta e sem sinais de alterações substanciais; este fenômeno se dá sem que tenham sido utilizadas substâncias ou outros fatores aptos a conservar a matéria humana, mas, ao contrário, apesar da ação dos mais variados agentes físicos, atmosféricos, ambientais e biológicos. O Milagre em Cássia – Itália – no ano 1330 Hoje este milagre é celebrado em Cássia, terra de Santa Rita de Cássia. Em 1330, um sacerdote foi levar a Eucaristia a um enfermo colocando-a indevidamente de maneira apressada e irreverente dentro do seu Breviário para levá-la ao doente em estado grave. No momento da Comunhão, abriu o livro e viu que a Hóstia se liquefez e, quase reduzida a sangue, molhou as páginas do Livro. Então o sacerdote negligente apressou-se a entregar o livro e a Hóstia a um frade agostiniano de Sena (cidade ilaliana), o qual levou para Perúgia a página manchada de sangue e para Cássia a outra página onde a Hóstia ficou presa. A primeira página perdeu-se em 1866, mas a relíquia chamada de “Corpus Domini” é atualmente venerada na basílica de Santa Rita. Estes são os milagres eucarísticos mais conhecidos. Segundo o professor Felipe Aquino, um estudioso do assunto, há em torno de cento e sessenta milagres devidamente comprovados no mundo.
O CORPUS CHRISTI A Igreja presta uma homenagem especial ao sacramento da Eucaristia no dia de Corpus Christi : A Festa de “Corpus Christi” é a celebração em que solenemente a Igreja comemora o Santíssimo Sacramento da Eucaristia; sendo o único dia do ano que o Santíssimo Sacramento sai em procissão às nossas ruas. Nesta festa os fiéis agradecem e louvam a Deus pelo dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento e remédio de nossa alma. A Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, o próprio Cristo. A Festa de Corpus Christi surgiu em junho de 1246 no séc. XIII, na diocese de Liège, na Bélgica (Europa), por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon, (†1258) que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra da Sagrada Eucaristia. Em outubro de 1264 o papa Urbano IV estendeu a festa para toda a Igreja. Em 1317, o Papa João XXII publicou um documento tornando um dever levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas. A partir daí, a Festa de Corpus Christi passou a ser celebrada todos os anos na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. Começou assim as grandes procissões eucarísticas, as adorações solenes, a Bênção com o Santíssimo sacramento (Hóstia consagrada) no ostensório por entre cânticos. Surgiram também os Congressos Eucarísticos e inúmeras outras homenagens a Jesus na Eucaristia. Muitos se converteram em todo o mundo católico. Fonte: blog.cancaonova.com/felipeaquino Vale lembrar que quem recebe a Eucaristia esta fortalecendo sua alma para ser capaz de viver tudo aquilo que Ele ensinou, a começar pelo amor a Deus e ao nosso próximo. Neste ano a festa de Corpus Christi será comemorada no dia _________ as __________hs, iniciando com a Santa missa na Igreja ou local ______________________________ seguida de procissão com o Santíssimo Sacramento a Catedral Basílica Bom Jesus de Cuiabá Nos sacramentos da iniciação cristã (Batismo, Crisma e a Eucaristia) estão às bases de toda vida cristã.
FIQUE ATENTO! Congresso Eucarístico: Celebram-se Congressos Eucarísticos diocesanos, nacionais e mesmo internacionais. É uma maneira de professar pública e solenemente, nossa fé na Eucaristia dizendo a todos que acreditamos em Jesus, presente na Eucaristia, que cremos no Seu amor, tendo nos amado até o fim. Para Jesus foi tão importante ficar conosco que resolveu se manifestar através de um pedaço de pão e de um pouco de vinho, dando em alimento. VOCÊ SABIA? A palavra Eucaristia vem de eucharistein e significa “reconhecimento”, “ação de graças” a Deus lembrando as maravilhas acontecidas no Antigo ou Primeiro Testamento: a criação do mundo, a redenção e a santificação do povo (cf. CIC 1328). Ela é também denominada “comunhão”, “ceia do Senhor”, “santa ceia”, “refeição noturna do Senhor”. Oração:Senhor Jesus fazei-me um discípulo teu, que eu leve o Teu nome a todos aqueles que não te conhecem, ensinando-os a observar tudo o que nos ensinou. Amém LEITURA COMPLEMENTAR Ler I Cor 11,23-32 A Condenação dos que comungam em estado de pecado grave GLOSSÁRIO Festa Litúrgica: comemoração da ação de Deus entre nós Ministério: serviço Ordem: fraternidade religiosa que se dedica exclusivamente aos trabalhos da Igreja Santo Sudário: lençol de linho que contêm a imagem de um homem crucificado, este teria coberto o corpo de Jesus colocado no túmulo após sua morte
14° ENCONTRO: OS SACRAMENTOS DE CURA
A PENITÊNCIA, CONFISSÃO OU RECONCILIAÇÃO Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou também eu vos envio. Então, soprou sobre eles e lhes disse: ‘Recebei o Espírito Santo’. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados, a quem os retiverdes, lhes serão retidos” Jo, 20,21-23 O sacramento da Penitência também foi instituído pelo próprio Jesus Cristo logo após a sua ressurreição. Tendo Ele aparecido no meio dos apóstolos, enviou-lhes em missão, ordenando que perdoassem os pecados, ou seja, que absolvessem aqueles que viessem a eles se confessar. Através deste sacramento acontece o perdão dos pecados cometidos depois do Batismo, por isso ele também é chamado de sacramento da conversão (visto que é um convite de Jesus a conversão), da confissão (pois declaramos os nossos pecados ao sacerdote), da penitência (pois traz o esforço e a intenção pessoal do arrependimento) e da reconciliação (porque reconcilia o pecador com os outros e com Deus). “Só Deus perdoa os pecados. Por ser Filho de Deus, Jesus diz de si mesmo: ‘O Filho do Homem tem poder de perdoar pecados na terra (Mc2,10)’e exerce esse poder divino: “Teus pecados estão perdoados”(Mc 2,5). Mais ainda: em virtude de sua autoridade divina, transmite esse poder aos homens para que o exerçam em seu nome” CIC 1441 Jesus instituiu este sacramento para aqueles que, depois do Batismo, quebraram a aliança com Deus e com a comunidade pelo pecado grave. Os pecados prejudicam a nós mesmos, a comunidade cristã e a sociedade. A confissão e a absolvição apagam o pecado, mas a pessoa deve reparar os danos que seus pecados causaram. Podemos reparar os danos causados: com a oração, as ofertas, obras de caridade, o jejum, o pedido de perdão a alguém, as privações voluntárias de algo que gostamos muito, etc.
A confissão é individual e feita unicamente ao sacerdote ou ao bispo; pois eles são considerados os “herdeiros” da missão dos apóstolos, sendo obedientes as palavras do Cristo. Ø O que não é confissão? → Pedir conselhos ou desabafar com o sacerdote → Dizer o que faz de bom aos outros → Contar os pecados dos outros → Afirmar ao padre que não tem pecado ou que se confessa diretamente com Deus Ø O que é necessário para fazer uma boa confissão? 1° O exame de consciência 2° Arrepender-se dos males cometidos 3° Fazer o propósito de não mais cometê-los (cf. Jo 8,10-11) 4° Contar os pecados ao padre 5° Cumprir a penitência que o padre pedir Ø Quando devemos nos confessar? – A Igreja nos manda “confessar pelo menos uma vez por ano”. Não se pode levar ao pé da letra esse mandamento, pois confessar-se uma vez por ano é muito pouco. A pessoa deve se confessar quando sentir necessidade do perdão e da reconciliação com Deus e com os irmãos. Recomenda-se uma vez por mês ou a cada dois meses. http://www.webtvcn.net//video?id=111637 (Sugestão de vídeo sobre o sacramento da confissão) Oração: Senhor Jesus, peço-vos perdão por ter ofendido os meus irmãos e por vos ter ofendido, pois sois tão bom e amável. Prometo com a vossa graça esforçar-me para ser bom. Meu Jesus misericórdia. Amém.
SAIBA MAIS… Sobre o Exame de Consciência
Diante de Deus
Que filho estou sendo para Deus? Como demonstro meu amor por Deus? Eu rezo? Quando?
Diante de mim mesmo (a)
De que maneira uso meus dons e qualidades? Como ajudo meus irmãos e minha comunidade?
Diante dos irmãos
Tenho percebido as necessidades de meus irmãos? E de minha comunidade? O que faço quando percebo que ambos precisam de ajuda?
Sobre o Arrependimento – Peça perdão pensando no mal que causou aos outros e a si mesmo (a) Sobre o Propósito – É a promessa, diante de Deus, de que vai melhorar; ficando longe do pecado com ajuda de Deus Sobre a Confissão – É o encontro com o sacerdote, em que dizemos quanto tempo não confessamos; contamos todos os nossos erros e maldades cometidos , recebemos a absolvição ou perdão dos pecados e por fim recebemos a penitência, que pode ser a recitação do terço, a prática da caridade, leitura da Bíblia, ou alguma outra; depende muito da gravidade dos males cometidos LEITURA COMPLEMENTAR Ler Lc 15, 11-32 Parábola do Filho Pródigo ou do Pai bondoso Ler Mt 18,12-14 Parábola da Ovelha Perdida
A UNÇÃO DOS ENFERMOS “Partindo, eles pregavam que todos se arrependessem. E expulsavam muitos demônios, ungiam com óleo numerosos doentes e os curavam” Mc 6,12-13 Até pouco tempo este sacramento era chamado de extrema unção. Quando o padre ia ungir um doente era sinal de que não havia mais esperança, ele ia “encomendar a alma”.
A partir do Concílio Vaticano II este sacramento assume outro nome para valorizar a dimensão da esperança em Cristo e não do desespero resultante da possível morte de um ente querido. A unção dos enfermos vem ajudar o doente a enfrentar a doença e a entregar-se confiante nas mãos de Deus – nossa origem (de onde fomos criados) e destino (para onde voltamos) Através Desse sacramento o cristão que se encontra em risco de morte por motivo de doença recebe uma graça especial. É um sacramento que pode ser recebido várias vezes, sendo administrado com óleo, com a unção da fronte e das mãos do doente. Por esse sacramento o enfermo entra em comunhão com Cristo e a Igreja, obtendo conforto, paz e coragem para enfrentar os sofrimentos da doença ou da idade (no caso idosos), nele é realizado também o perdão dos pecados, caso o doente não possa confessar-se. (cf. Tg 5,14-15) A compaixão de Cristo para com os doentes e suas numerosas curas de enfermos de todo tipo são um sinal evidente de que ‘Deus visitou o seu povo’ e de que o Reino de Deus está bem próximo. Jesus não só tem o poder de curar, mas também de perdoar os pecados: ele veio curar o homem inteiro, alma e corpo; é o médico de que necessitam os doentes. Sua compaixão para com aqueles que sofrem é tão grande que ele se identifica com eles: “Estive doente e me visitastes” (cf. Mt 25,36) CIC 1503 Quando Jesus envia os apóstolos para anunciar a Boa Notícia da chegada doReino de Deus, lhes dá algumas instruções; dentre estas instruções diz: “Curai osdoentes” (Mt, 10,8). Daí a missão da Igreja com este sacramento. Sendo o último dos sacramentos ministrado a pessoa com vida, ele demonstra a misericórdia de Jesus para com todos nós pecadores na hora da morte, concedendonos a possibilidade de arrependimento dos males cometidos, tal como fez com o bom ladrão na cruz: “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso” (cf. Lc 23,39-43) Efeitos da Unção dos Enfermos: v A graça reconfortante, de paz e de coragem que vem do Espírito Santo; v A possibilidade direta ou indireta de cura da doença; v O restabelecimento da comunhão com Deus, pela união do doente com a paixão de Cristo; v Um novo vigor ou força espiritual; v O equilíbrio e a esperança; v O dom da fortaleza, que favorece a perseverança da pessoa no caminho do bem e na luta contra as tentações; v A preparação para a morte – passagem rumo a eternidade; Ø Deus quer o sofrimento e a doença? → A dor e o sofrimento não foram criados por Deus, eles são conseqüências do mau uso da nossa liberdade, dos abusos e também são decorrentes das nossas limitações Ø A quem não é recomendado receber este sacramento? → A quem não foi batizado. Se alguém, que não foi batizado, deseja receber a unção dos enfermos e está preparado, deve ser batizado. → A uma pessoa que não tem fé Ø Como é celebrado este sacramento? → Como todos os sacramentos, a Unção dos Enfermos é uma celebração litúrgica e comunitária, quer tenha lugar na família, no hospital ou na Igreja, para um só enfermo ou para todo um grupo de enfermos Junto com o sacramento da penitência a unção dos enfermos é considerada um sacramento medicinal ou de cura ATIVIDADES: 1) Para receber o Sacramento da Eucaristia é necessário antes receber o sacramento da _________________ ou _____________________ 2) Por que os sacramentos da Penitência ou confissão e da Unção dos Enfermos são chamados de sacramentos de cura? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3) Por que nós católicos prestamos adoração somente ao sacramento da Eucaristia? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ Oração:Senhor Jesus, nós te pedimos por todos os doentes da nossa comunidade; sobretudo aqueles que agonizam nos leitos dos hospitais, abandonados sem nenhum familiar que os visite; que eles lembrem de associar os seus sofrimentos aos vossos sofrimentos divino Jesus. Amém. Leitura Complementar Ler Mt 4,23-24 Jesus e os doentes GLOSSÁRIO Celebração litúrgica: é o culto público dos sacramentos presidido pelo sacerdote juntamente com a assembléia (o povo cristão) reunida Presbíteros: são os sacerdotes ordenados, os padres
15° ENCONTRO: OS SACRAMENTOS DO SERVIÇO A ORDEM “De fato, todo sumo sacerdote é tomado do meio do povo e representa o povo nas suas relações com Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. Ele sabe ter compaixão dos que estão na ignorância e no erro, porque ele mesmo esta cercado de fraqueza” (Hb, 5,1-2) Para cantar: Me Chamastes 1 – Me Chamaste para caminhar na vida Contigo decidi para sempre seguir-te não voltar atrás . Me puseste uma brasa no peito e uma flecha na alma, é difícil agora viver sem lembrar-me de Ti Te amarei Senhor, te amarei Senhor eu só encontro a paz e a alegria bem perto de Ti (bis) 2 – Ó Jesus não me deixes jamais caminhar solitário, pois conheces a minha fraqueza e o meu coração, vem ensina-me a viver a vida na Tua presença, no amor dos irmãos, na alegria, na paz, na união 3 – Eu pensei muitas vezes calar e não dar nem resposta, eu pensei na fuga esconder-me, ir longe de Ti. Mas Tua força venceu e ao final eu fiquei seduzido, é difícil agora viver sem saudades de Ti O SACERDÓCIO NA ANTIGA ALIANÇA * Todos os da tribo de Levi foram destinados ao sacerdócio, tendo a função de oferecer sacrifícios de animais no templo pedindo a Deus perdão pelos pecados do povo (cf. Mc 1,44) * Os sacerdotes judeus (também conhecidos como fariseus) da Antiga Aliança estabelecida entre Deus e Moisés e depois entre Deus e os profetas mataram Jesus (cf. Mt 27,1) * Este sacerdócio era imperfeito. Jesus não se identificava com ele, apontando a hipocrisia de muitos no abuso da autoridade (cf. Mt 12, 38-39; Mt 15, 1-9) * Jesus é o Sumo sacerdote Hb 7,26-27 * Jesus partilha do Seu sacerdócio com os apóstolos: – Ler Mc 3,13-15 O envio dos apóstolos – Ler Lc 10,1-6 O envio dos discípulos – Ler Lc 10,17-20 O regresso * Como batizados somos consagrados no sacerdócio de Cristo dividindo a missão de servir a nossa família, a Igreja e aqueles que não crêem. A INSTITUIÇÃO DO SACERDÓCIO A ordem é o sacramento pelo qual o homem é chamado a servir a Deus de um modo muito especial que é o sacerdócio. Foi o próprio Jesus quem o instituiu na quinta feira santa quando disse: ”… Isto é o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim” (Luc 22,19b) pedindo aos apóstolos que repetissem o que havia feito na ceia. Desta forma os sacerdotes dão continuidade ao ministério e a missão de Jesus; através deles muitos são batizados, são perdoados os pecados, o pão e o vinho se tornam o corpo e sangue de Cristo, os doentes são confortados e curados, os noivos comprometem-se no amor e no serviço mútuo. A origem bíblica deste sacramento está no chamado dos apóstolos (cf. Mt 10,5- 9) feito por Jesus no início de sua vida pública. Durante três anos Jesus os preparou para a grande missão de edificar a Igreja. “Foi Cristo quem escolheu os apóstolos, fazendo-os participar de sua missão e autoridade. Elevado à direita do Pai, Ele não abandonou o seu rebanho, mas guardao por meio dos apóstolos, sob sua constante proteção, e o dirige ainda pelos mesmos pastores que continuam até hoje sua obra. Portanto, é Cristo “que concede” a uns serem apóstolos, a outros pastores. Ele continua agindo por intermédio dos Bispos” CIC 1575 Assim como Jesus preparou os apóstolos antes de instituir o sacramento da ordem, hoje a Igreja prepara os sacerdotes através de uma formação filosófica, teológica, moral, administrativa e espiritual. Após o Concílio de Trento (séc. XIV) os candidatos ao sacerdócio receberam uma formação mais sólida. São Carlos de Borromeu foi o idealizador dos Seminários que hoje em dia formam os padres nas dioceses. OS TRÊS GRAUS DO SACRAMENTO DA ORDEM Os Diáconos: não são ainda sacerdotes, mas servem no altar fazendo batismos, casamentos e anunciando o Evangelho – sua principal missão. O diaconato pode ser permanente (quando o diácono é casado) ou uma etapa para o sacerdócio – quando o futuro sacerdote recebe o primeiro grau do sacramento da ordem (cf. 1Tm 3, 8-13) O Presbítero: é o sacerdote, o padre. Além de celebrar batismos e casamentos ele preside celebrações da Eucaristia consagrando o pão e o vinho, dá Unção aos enfermos e atende confissão. O Episcopado : são os Bispos – sucessores dos apóstolos que viveram com Jesus. Ele confere todos os sacramentos, anima a Diocese ou Arquidiocese e, junto com os demais bispos e o Papa responde pela Igreja Universal (cf. 1 Tm 3,1-7) O diácono, sacerdote e o bispo são ordenados para servir a Igreja, sendo sinais da presença de Deus no meio do povo O CELIBATO O celibato é o compromisso assumido pelos sacerdotes e bispos de que se manterão solteiros e em estado de castidade; ou seja, não poderão contrair matrimônio. A Igreja mantêm o celibato como princípio seguindo aquilo que fez Jesus ao afirmar: “Todo aquele que deixar casa, pai, mãe e irmão para me seguir terá o cêntuplo nesta vida e ainda o reino dos céus” (CITAÇÃO). O celibato é o sinal visível da disposição e entrega ao serviço da Igreja, é a resposta livre e espontânea para viver a radicalidade do amor e a fidelidade a Deus. Jesus era celibatário, por isso a Igreja mantém a tradição de que o celibato é uma das formas de seguir mais profundamente o mistério de Cristo. O celibato serve para deixar o padre ou religioso mais livre para o serviço da Igreja, estando ele a disposição de celebrar ou ministrar qualquer sacramento conforme a necessidade da comunidade. Infelizmente hoje muitos associam a palavra amor ao ato sexual, tomando os dois como sinônimos um do outro; daí quando se fala de homens e mulheres celibatários que vivem o amor, coloca-se em dúvida, não atribuindo-lhes qualquer valor. Muitas pessoas dizem que a Igreja impõe o celibato e que este deveria ser opcional. O celibato não é uma negação do amor humano, nem tampouco a negação da amizade com o sexo oposto. O celibato não é a negação da sexualidade, mas o seu direcionamento consciente que convida a consagrar a feminilidade, a masculinidade e os demais potenciais da pessoa mediante o serviço ao próximo. Deste modo o papa João Paulo II em sua primeira carta aos sacerdotes depois de ter se tornado papa disse o seguinte: “O ponto de vista freqüentemente manifestado de que o celibato clerical na Igreja Católica é uma instituição imposta pela lei aqueles que recebem o sacramento da ordem é resultado de um mal entendido, senão da própria má fé. Todos nós sabemos que não é verdade. Todo cristão que o recebe depois de ter estudado vários anos e após profunda reflexão e orações assíduas. Decide-se por uma vida celibatária só depois de haver-se convencido plenamente de que Cristo está lhe dando esse dom para o bem da Igreja e para o serviço ao próximo. Só então ele se compromete a observar o celibato pelo resto da vida” Ø Como é celebrado este sacramento? → Durante uma missa solene o sacramento é conferido pela imposição das mãos do bispo, seguida de uma oração de consagração onde se pede a Deus o Espírito Santo e as graças necessárias ao exercício do ministério na Igreja. Ø A quem é recomendado receber este sacramento? → A homens adultos (cf. CIC 1577), batizados, dispostos a assumir o celibato e que tenham passado por anos de formação preparatória para este sacramento, estudando Filosofia e Teologia Ø Quais os efeitos do Sacramento da Ordem: → Torna a pessoa semelhante a Cristo, servindo esta de instrumento do Cristo em favor da Igreja. → Confere um caráter espiritual indelével (invisível e por toda vida) → Recebe-se o Espírito Santo e os dons necessários ao exercício deste sacramento. A VIVÊNCIA SACERDOTAL O sacerdócio influi na vida de cada um de nós, até mesmo das pessoas que não vão a Igreja, porque o padre reza diariamente por todo povo, pela conversão dos pecadores e pela reconciliação daqueles que se afastaram da Igreja. Quando alguém se torna sacerdote tem de desistir de tudo o que desejaria fazer por si mesmo e deixar que Jesus, através dele, seja a resposta de todos os problemas. O sacerdote deve reconhecer que, como Maria, ele traz Jesus a vida. Apenas o sacerdote pode nos trazer Jesus Eucarístico. Neste sentido é importante que o sacerdote dentro de sua fraqueza possa dizer: “É necessário que Ele cresça e eu diminua” (cf. Jo 3.30) VOCÊ SABIA? A diferença entre o frei ou “irmão” e o padre é a seguinte: o frei ou “irmão” é um religioso que se consagra a Deus, a fim de servir à Igreja em todas as suas atividades (escola, hospitais, como missionário, na comunicação social, etc), inclusive como padre. O Padre é um colaborador direto do Bispo em auxiliar na condução do seu rebanho especialmente nas paróquias, através da administração dos sacramentos e formação catequética. O frei ou “irmão” pertencem a uma ordem ou congregação, vivendo “em família” nos conventos ou mosteiros; enquanto o Padre pertence a uma diocese é geralmente mora na casa paroquial. Para Refletir: Quando olhamos para uma peça de tapeçaria na parede, vemos apenas o resultado final do trabalho do artista, não vemos todo o esforço e o amor empregados para compor a obra. Olhando do lado avesso, vemos todos os pontos dados e todo trabalho para que se tornasse uma linda obra de arte. Do mesmo modo quando olhamos um padre, vemos a sua força e suas fraquezas, mas não podemos ver o lado avesso, onde o Senhor trabalhou enriquecendo aquela alma com a vocação para o sacerdócio. A vocação sacerdotal é como uma semente lançada nos corações de muitos jovens, mas precisa ser alimentada para poder germinar e produzir frutos. Não permitamos que nossas famílias deixem de ver o sacerdócio como uma dádiva para seus filhos e acabar criando um ambiente separado de Deus, materialista, fundado na sabedoria humana e abafado pela apatia dos pais. Oração pelas Vocações: Senhor da messe e Pastor do rebanho, faz ressoar em nossos ouvidos teu forte e sua convite: “vem e segue-me”! Derrama sobre nós o teu Espírito, que ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz. Senhor, que a Igreja não se perca por falta de operários. Desperta nossas comunidades cristãs para a missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino na vida consagrada e religiosa. Senhor, que o rebanho não se perca por falta de pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres, diáconos e ministros. Dá perseverança aos nossos seminaristas. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja. Senhor da messe e Pastor do rebanho chama-nos para o serviço de teu povo. Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder SIM. Amém. LEITURA COMPLEMENTAR – Ler Ex 19,6 – O sacerdócio na Primeira Aliança – Ler Mc 1,17-18 – Jesus se refere ao sacerdócio – Ler Mc 1,44 – Lc 1,5-9 – Zacarias (tio de Jesus) era sacerdote – Decreto Presbyterorum Ordinis – Sobre o Ministério e a Vida dos Sacerdotes (Documento do Concílio Vaticano II) GLOSSÁRIO: Arquidiocese: é um território geográfico que compreende várias dioceses próximas entre si, a fim de promover a ação pastoral comum e estimular as relações entre os Bispos. Concílio: Assembléia ou grande reunião em que os cardeais e bispos do mundo inteiro se reúnem para discutir assuntos sobre a doutrina (os ensinamentos) da Igreja Diocese:território (formado por paróquias) sujeito a administração de um bispo Missionários: são cristãos leigos, religiosos ou sacerdotes que se colocam a serviço da evangelização em novos espaços de surgem na sociedade, locais de emergência, campanhas de conversão, locais isolados, etc. Votos religiosos: promessa solene, juramento de quem se compromete com Deus. O MATRIMÔNIO “Por isso o homem deixará o seu pai e a sua mãe para se unir a sua mulher, e já não são mais que uma só carne” Gn 2,24 ü Ler Gn 1,27-29 A benção de Deus e a procriação humana ü Ler Gn 2,18. 23-24 A ordem de Deus para o casamento ü Ler Mc 10,7-9 Sobre a separação ü Ler Jo 2,1-12 O primeiro milagre num casamento ü Ler Hb 12,5-11 A Educação Cristã Para cantar: Oração da Família (Pe Zezinho) 1 – Que nenhuma família comece em qualquer de repente, que nenhuma família termine por falta de amor. Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente e que nada no mundo separe um casal sonhador. 2 – Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte, que ninguém interfira no lar e na vida dos dois. Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte. Que eles vivam do ontem, do hoje e em função de um depois. 3 – Que a família comece e termine sabendo onde vai e que o homem carregue nos ombros a graça de um PAI. Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor e que os filhos conheçam a força que brota do amor. Abençoa Senhor as famílias amém! Abençoa Senhor, a minha também. (bis) 4 – Que marido e mulher tenham força de amar sem medida. Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão. Que as crianças aprendam no colo o sentido da vida. Que a família celebre a partilha do abraço e do pão. 5 – Que marido e mulher não se traiam nem traiam seus filhos. Que o ciúme não mate a certeza do amor entre os dois. Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho. Seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois O matrimônio é um sacramento instituído por Cristo (cf. Mt. 19,6) para santificar a união indissolúvel entre o homem e a mulher no casamento. Este sacramento dá a ambos a graça de se amarem mutuamente e de educarem cristamente os filhos nascidos dessa união sagrada. O casamento não é uma instituição simplesmente humana, apesar das inúmeras variações que sofreu ao longo dos séculos, nas diferentes culturas, sociedades e atitudes espirituais, há um sentido especial em relação a união matrimonial. Há três finalidades fundamentais para o matrimônio: 1 – A perpetuação da espécie e formação da família 2 – A mutua doação e auxílio entre os esposos 3 – É um remédio para a concupiscência O poder de procriar é um dom maravilhoso com que Deus dotou a humanidade, esta capacidade precisa estar bem dirigida para garantir a plena realização de ambos: o homem e a mulher. No casamento o relacionamento sexual torna-se uma comunhão entre duas pessoas que se amam e concretizam este amor através dos filhos. Ao gerar os filhos pelo Matrimônio, o casal se torna colaborador ou co-criador com Deus. Todo Poderoso, Deus não precisaria de nós para gerar a vida, contudo, quis que assim fosse dentro de uma realidade segura e estável, onde os filhos pudessem crescer saudáveis e em segurança no seio de uma família. O Matrimônio garante que isso se concretize, na medida em que, pelo compromisso permanente entre o casal, surge a paternidade e a maternidade responsáveis. O casamento é um projeto sério de vida a dois, onde cada um está comprometido em fazer o outro crescer, isto é, ser melhor a cada dia. O “fermento” que faz o outro crescer é o amor, ele é expressão de serviço e entrega ao outro, por isso o Matrimônio é um sacramento que nos ensina a servir. O compromisso duradouro estreita os vínculos afetivos, desenvolvendo a nossa capacidade de amar pensando não mais em mim, mas nos outros. “O vínculo matrimonial é, pois, estabelecido pelo próprio Deus, de modo que o casamento realizado e consumado entre batizados jamais pode ser dissolvido. Este vínculo que resulta do ato humano livre dos esposos e da consumação do casamento é uma realidade irrevogável e dá origem a uma aliança garantida pela fidelidade de Deus. Não cabe ao poder da Igreja pronunciar-se contra esta disposição da sabedoria divina” CIC 1640 Mas porque então muitos casamentos se desfazem hoje? Há vários motivos, dentre os principais temos o despreparo e o pouco tempo de convivência entre o casal, assumindo este o sacramento sem a firme consciência do que está fazendo. A Igreja considera a troca de consentimento entre os esposos como elemento indispensável que “produz o matrimônio” (CDC, cân 1057, 1). Se faltar o consentimento não há casamento e o mesmo pode ser declarado nulo pelo Tribunal Eclesiástico do Matrimônio, que existe em cada Arquidiocese. A Igreja pode, após exame da situação pelo Tribunal Eclesiástico competente, declarar “a nulidade do casamento”, isto é, que o casamento jamais existiu. Assim, os interessados ficam livres para casar-se, e livres das obrigações naturais de uma união anterior. Muitos católicos recorrem ao divórcio segundo as leis civis, contraindo civilmente uma nova união. A Igreja, por fidelidade a palavra de Jesus “Todo aquele que repudiar sua mulher e desposar outra comete adultério contra a primeira; e se essa repudiar seu marido e desposar outro, comete adultério” (Mc 10,11-12), afirma que não pode reconhecer como válida uma nova união se o primeiro casamento foi válido, ou seja, se o casal se uniu consciente e livremente, sendo assistido por testemunhas, tendo gerado filhos, etc. Assim, se os divorciados tornam a casar-se no civil, ficam numa situação que contraria objetivamente a lei de Deus. Portanto, não podem ter acesso a comunhão eucarística enquanto perdurar esta situação. Pela mesma razão não pode exercer certas responsabilidades na Igreja, tais como ser um líder ou representante num movimento ou pastoral. A Igreja acolhe os casais nessa situação, considerando que a abstinência da Eucaristia já é um sinal de que a pessoa tem o devido respeito ao Senhor, já que, “quem comunga em pecado mortal , comunga a sua própria condenação” (cf. 1 Cor 11,27-29/ CIC 1385) O sacramento do matrimônio exprime a união de Cristo com a Igreja e a aliança que Deus fez com a humanidade, concedendo aos esposos a graça de amarem-se com o mesmo amor com que Ele amou a Igreja. Deste modo, o sacramento conduz a perfeição o amor humano dos esposos, consolida a unidade indissolúvel e os santifica na direção da vida eterna. A unidade, a indissolubilidade e a abertura a fecundidade são essenciais ao matrimônio. A poligamia (poli – vários, gamos – casamentos) é incompatível com a unidade do matrimônio (cf. CIC 1645/2387); o divórcio separa o que Deus uniu; a recusa da fecundidade desvia o amor conjugal de sua finalidade: os filhos, a vida. VOCÊ SABIA? – O matrimônio é diferente do casamento civil, neste a união do casal é feita através de um contrato garantido por lei. A separação é facilitada porque o contrato pode ser desfeito quando uma das partes não consente mais na união. A Igreja reprova a utilização de métodos anticoncepcionais artificiais, recomendando os métodos naturais de planejamento familiar. (vide tema transversal n° 6) ATIVIDADES: 1) O que há em comum entre o sacramento da ordem e o sacramento do matrimônio? Explique: _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 2) O Sacramento da Ordem é fruto da escolha livre do estado de vida celibatária. Explique porque o celibato é importante na vida sacramental do sacerdote. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 3) 4) Quais as três finalidades fundamentais do Matrimônio? Explique a importância de cada uma delas. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Nesta semana procuremos exercitar os nossos dons e talentos servindo aos outros, estando atentas as suas necessidades e ajudando aqueles que precisam de auxílio, assim estaremos cumprindo os ensinamentos do mestre Jesus Oração Salmo 127 (adaptado) Felizes os que confiam no Senhor e andam em seus caminhos. Podem viver do trabalho de suas mãos, serão felizes e terão bem estar. A mulher no lar será fecunda e os filhos crescerão como brotos de oliveira; assim, serão abençoados os que confiam em Deus. Amém. FIQUE ATENTO! – A Igreja condena o aborto e a eutanásia como crimes contra a pessoa humana. Desde a concepção a criança tem o direito à vida (Cf. Jr 1,5) LEITURA COMPLEMENTAR Ler Matrimônio de Prof. Felipe Aquino. Coleção Sacramentos Ler a Constituição do Concílio Vaticano II GS – Gaudium ET Spes, II Parte , I – Sobre a promoção da dignidade do Matrimônio e da Família Ler a Familiaris Consortio Exortação Apostólica de João Paulo II sobre a função da família cristã no mundo de hoje, 1981 SAIBA MAIS… A graça se manifesta através dos sacramentos que recebemos durante a nossa vida. Assim como o sol comunica luz e calor ao seu redor, a alma cheia da graça de Deus comunica a vida divina ao seu redor. Graça é um dom sobrenatural de Deus para a nossa alma, é um “presente” interior que o Pai nos concede para a nossa salvação através dos méritos de Cristo em sua morte na cruz, por amor a nós, sem merecimento algum da nossa parte. Por que Deus nos dá a graça sem mérito? Porque o pecado original nos fez perder a graça que é a vida divina em nós. Há dois tipos de graça: SANTIFICANTE: a graça que recebemos no batismo. Por ela Deus vem habitar em nós e nos é restituída a herança celeste. ATUAL: é a que estamos recebendo constantemente nos sacramentos da Igreja. A graça de Deus edifica a pessoa tornando-a uma com Ele. GLOSSÁRIO: Concupiscência: é um conjunto de instintos, impulsos e desejos reais e/ou imaginários que estão em desacordo com as leis de Deus; também se refere ao descontrole das ambições humanas Consentimento matrimonial: é o ato de vontade pelo qual um homem e uma mulher, por aliança irrevogável, se entregam e se recebem mutuamente no matrimônio Eutanásia:morte de uma pessoa que tem uma doença incurável sem que se cause dor ou sofrimento Poligamia: casamento de uma pessoa (geralmente o homem) com outras TEMA TRANSVERSAL TRÊS: MÉTODO BILLINGS E O PLANEJAMENTO FAMILIAR A VIDA SEXUAL DO CASAL E OS SEUS DESVIOS Uma das causas que dificulta a vida de muitos casais é o seu mau relacionamento sexual. A vida sexual do casal é importante para que marido e mulher se completem e sejam felizes. O despreparo nesse campo pode levar muitos casais a separação. O que falta muitas vezes, por parte dos casais, é o conhecimento exato do sentido e do fim da vida sexual. A maioria das pessoas não recebeu uma educação sexual sadia e, muitas vezes, aprenderam sobre sexo de maneira inadequada: nos filmes, com prostitutas, nas revistas pornográficas, com pessoas despreparadas ou maliciosas. Infelizmente, uma falsa idéia sobre o sexo desvencilhado do amor é levada ao casamento. Com a prostituta o jovem aprende que o sexo é diferente do amor, pois ele não a ama. Este é o grande perigo: viver o sexo como um fim em si mesmo e não como um meio de manifestação do amor. Hoje, mais do que nunca o sexo é vilipendiado, explorado, vendido e corrompido. A mulher se deixa usar e se vender como simples mercadoria de consumo e de prazer. Por causa dessa destruidora exploração sexual muitos se casam com o objetivo quase exclusivo de obter sexo “oficializado” e permanente. Grande ilusão que rapidamente se desfaz, pois se busca apenas a satisfação física esquecendo-se das dimensões afetiva, mental e espiritual. Para que o casal tenha um saudável ajustamento sexual é preciso que vença três obstáculos: a ignorância, o medo e o egoísmo. Antes de tudo, o casal deve se conscientizar de que o sexo é belo e legítimo no casamento, enquanto manifestação do amor conjugal. A exploração sexual, hoje, faz com que muitos cônjuges levem para o casamento uma idéia de sexo proibido e malicioso, algo muito errado. O sexo é lindo e saudável; porém, fora do casamento é uma verdadeira bomba relógio. Muitos jovens acham que Deus é cruel quando impede as experiências sexuais antes do casamento. Na verdade Deus está nos orientando como bom pai. Para termos certeza disso olhemos para as conseqüências do sexo fora do casamento: mães solteiras, crianças “órfãs” de pais vivos, casamentos as pressas e sem condições, prostituição, doenças venéreas, crimes de ordem sexual, adultérios, lares desfeitos, abortos, Aids e coisas piores. Em termos sociais isso causa um desajuste e uma desordem generalizada. (Cf. Hb 13,4). Fora do plano de Deus, o sexo se torna um vício (como outro qualquer) tornando-se insaciável, deste modo, o marido viciado em sexo não se satisfará apenas com uma mulher. OS FILHOS E A NECESSIDADE DO PLANEJAMENTO FAMILIAR Infelizmente na sociedade em que vivemos os filhos são considerados (muitas vezes) um empecilho a carreira, ao aperfeiçoamento profissional e a até mesmo a própria felicidade do casal. Daí a popularidade dos métodos contraceptivos artificiais, os quais impedem a concepção do bebê e até mesmo causam um micro aborto; como exemplo tem o DIU – Dispositivo Intra Uterino. A Igreja é contrária as pílulas, preservativos e aos métodos artificiais de interrupção da concepção tais como a vasectomia e a laqueadura porque estes trazem prejuízos ao corpo, estimulando a vivência de uma sexualidade sem compromisso. Como opção de método de planejamento a Igreja propõe os métodos naturais, dentre os quais destacamos o Método Billings ou método de ovulação, baseado em estudos científicos e recomendado pela OMS – organização mundial de saúde. Este método não é somente para casais que não pretendem ter mais filhos, mas é também uma forma de melhor conhecer o próprio corpo e o corpo do outro, aprendendo a se relacionar melhor. Os métodos naturais garantem o exercício da liberdade e do auto controle na medida que o casal pode decidir quando quer ter filhos ou não. Quando for feita a laqueadura ou a vasectomia não há mais possibilidade de escolha visto que são métodos irreversíveis. SUGESTÕES DE DEBATE: – É necessário fazer controle de natalidade para evitar o aumento da miséria e da fome no mundo? O que diz a Igreja sobre isso? Qual o posicionamento da sociedade e dos meios de comunicação social sobre isso? – Controle de natalidade e planejamento familiar são a mesma coisa? Porque as classes sociais mais ricas têm menos filhos? – Porque a Igreja é contrária aos métodos anticoncepcionais artificiais? Quais os prejuízos a saúde causados por tais métodos?
16° ENCONTRO: A LITURGIA E A ORAÇÃO I A liturgia é a celebração do múnus sacerdotal de Jesus Cristo, ou seja, das suas dimensões de sumo sacerdote, Rei e profeta do Pai. Nela também são celebrados todos os sacramentos da Igreja, em especial a Eucaristia. “A liturgia é a fonte primária do verdadeiro espírito cristão.” PauloVI Para cantar: Rei Senhor Rei Senhor, Rei Senhor (Bis) Vem cantar ao Senhor, criador de tudo e receber alegria que não tem no mundo Levanta o braço, abre o coração, morre pra ti mesmo e terás a paz então Vem louvar o Senhor, bendizer o Seu nome e ver que essa dor do teu peito some. Levanta o braço, abre o coração, morre pra ti mesmo e terás a paz então PRIMEIRA PARTE LITURGIA é uma palavra grega que quer dizer: Ação do povo, ação em favor do povo, reunido na fé, em comunhão com toda a Igreja, para celebrar o Mistério Pascal – Morte e Ressurreição de Cristo presente na assembléia, oferecendo-se ao Pai como culto perfeito. O Concílio Vaticano II através do documento “Sacrossanctum Concilium”, publicado em Roma no dia 4 de dezembro de 1963 diz: “Em tão grande obra, que permite que Deus seja perfeitamente glorificado e que os homens se santifiquem, Cristo associa sempre a si a Igreja, sua esposa muito amada, a qual invoca o Senhor e por meio dele rende culto ao Eterno Pai.”(cf. SC 7) O ANO LITÚRGICO O calendário da Igreja é diferente do calendário civil que todos nós já conhecemos muito bem, este começa no dia 1° de janeiro de cada ano terminando no dia 31 de dezembro. Lá nós consultamos o dia e o mês em que estamos ou feriados, etc. A Igreja também tem um calendário em que no decorrer do ano em dias determinados celebramos o mistério de Jesus Cristo. A estas celebrações em suas determinadas datas chamamos de ano litúrgico. Os dias e as comemorações se repetem a cada ano, mas o que celebramos, que é nossa comunhão com Cristo prossegue sempre em frente. A mensagem de Jesus sempre atual. Quando celebramos o Ano litúrgico, estamos atualizando hoje o programa de Jesus apresentado em Lc, 4,16-21. Vamos saber mais sobre o Ano Litúrgico:
ADVENTO Início: 4° domingo antes do Natal Término: em 24/12 a tarde
A palavra advento significa a vinda, chegada do prometido por Deus. Para ajudar nesta preparação usa-se a coroa do Advento, composta por 4 velas. A cada domingo acende-se uma vela, elas representam as várias etapas da salvação. Compõe-se de quatro semanas que antecedem o Natal. É o tempo de preparação do Nascimento do Senhor. A cor litúrgica é o ROXO ou o VIOLETA que simboliza a alegre espera no Senhor que vem ao nosso encontro.
NATAL Início: 25 de dezembro Término: Na festa do Batismo de Jesus (em janeiro)
É a festa que a humanidade ganhou um presente divino: o Filho de Deus. Ele se fez homem igual a nós, exceto no pecado. A cor litúrgica deste tempo é o BRANCO, que simboliza a pureza e a santidade.
TEMPO COMUM I Início: 2° feira após o Batismo de Jesus Término: véspera da 4° feira de cinzas (depois do carnaval)
É dividido em duas partes, uma logo após o Natal e a outra após o Pentecostes. Durante esse tempo, celebram-se vários momentos da vida de Cristo. A cor litúrgica deste tempo é o VERDE, que simboliza a esperança.
QUARESMA Início: 4° feira de cinzas Término: 4° feira santa
Tempo de conversão, oração, penitência. Lembramos dos 40 dias e noites que Jesus passou no deserto e também dos 40 anos que os judeus caminharam até chegar a Terra Prometida. A cor litúrgica deste tempo é o ROXO, que simboliza a renúncia ao pecado, com penitência para estar mais livre para acolher Deus.
PÁSCOA Início: 5° feira santa Término: no pentecostes (50 dias depois do Domingo de Páscoa)
A Ressurreição de Jesus é o ponto central de nossa fé. Páscoa é a passagem do pecado para uma vida nova. A cor litúrgica deste tempo é o BRANCO, que simboliza a pureza e a santidade.
PENTECOSTES
Festa celebrada 50 dias após a Páscoa. È a festa do Espírito Santo em clima de alegria e testemunho de fé. A cor litúrgica deste tempo é o VERMELHO, que simboliza o testemunho de vida e o fogo do Espírito Santo.
TEMPO COMUM II
A cor litúrgica deste tempo é o VERDE, que simboliza a esperança. Aqui celebramos também a caminhada de Jesus ao nosso lado PRETO ou ROXO – usados no luto, em missas de “corpo presente” pela alma e nos sepultamentos
A SEMANA SANTA A semana santa é o ponto central do ano litúrgico, pois nela celebramos todo mistério pascal: a paixão, morte e ressurreição de Jesus, concretizando assim a nova e eterna aliança. A seguir vejamos os momentos especiais desta semana. O Domingo de Ramos Ler Mc 11,7-10 ou Lc 19,38 e Mt 21,9 Neste dia realizamos a procissão dos ramos lembrando a entrada de Jesus em Jerusalém, quando o povo o recebeu aclamando com ramos de oliveira na mão. O ramo verde significa a natureza que exulta a entrada do Rei Jesus, sendo sinal de alegria pela vitória de Cristo. 5ª feira Santa: Ler Mt 26,20-29 A última ceia, a aliança e a traição de Judas Ler Lc 22,14-23 A última ceia, a Eucaristia e a Missa Ler Jo 13,1-15 O Mandamento do amor Neste dia Jesus comeu a última refeição com os apóstolos antes de ressuscitar, a chamada “última ceia”; nela instituiu o sacramento da Eucaristia, da ordem, do amor aos outros e ordenou a celebração da missa. Após a missa do lava pés (gesto de Jesus repetido pelo sacerdote) há uma vigília com o Santíssimo Sacramento, onde atualizamos o sofrimento de Jesus no Getsêmani – horto das Oliveiras (cf. Mt 26,36-46) 6º feira da Paixão Ler Is 53 Na sexta feira santa a Igreja celebra o mistério da morte de Jesus na cruz, após ter sido condenado pelo tribunal de Pilatos Jesus segue a via cruxis ou via dolorosa tomando a cruz sobre os seus ombros e caminhando para o Calvário – lugar da sua crucificação. Este é um dia de jejum e abstinência para nós católicos, pois nos remete ao desapego do corpo e das coisas materiais tal como fez Jesus. Neste dia se faz a exaltação da santa cruz , sinal da salvação operada por Cristo. Em alguns lugares se faz também o descendimento da cruz e a procissão do enterro do Senhor
Sábado de Aleluia Ler Lc 23,55-56 Este é um dia de silêncio, oração e expectativa da ressurreição de Jesus. Celebrase a missa da Vigília Pascal onde acontece a benção do fogo e se acende o Círio Pascal ( uma grande vela que representa o Cristo Jesus vencedor da morte que ressuscita como luz para o mundo) em proclamação da Páscoa. O Círio aceso e a procissão ao seu redor indica a presença de Cristo ressuscitado, iluminando e guiando a comunidade . As várias leituras da liturgia da Palavra nos mostram o amor de Deus pela humanidade e suas intervenções, suas alianças feitas com o homem desde a origem até a plenitude dos tempos – agora que Cristo cumpriu tudo que foi previsto em obediência ao Pai. Nesta missa (Vigília Pascal) também pode-se batizar, sobretudo os adultos – chamados de catecúmenos, estes são chamados da morte (do pecado) a ressurreição (vida nova em Cristo). Domingo de Páscoa Ler Mt 28, 5-6 A palavra páscoa vem do hebreu PESEACH e significa passagem, recordando inicialmente a passagem do Mar vermelho a pé enxuto com Moisés. Jesus redireciona este sentido para a Sua Ressurreição, ou seja, a Sua vitória sobre a morte – passagem da morte a vida, do pecado a graça, provando que a morte não é o fim, mas a passagem rumo a vida eterna Neste dia Jesus ressuscitou! Por isso as missas são bem festivas, comemorando a passagem da morte a vida. Neste mesmo dia Jesus aparece para algumas mulheres (cf. Mt 28,9-10) e para os discípulos (cf. Lc 24,13-16; 24,36-43). Fica claro o significado da cruz a partir da ressurreição – destino último de todos. A ressurreição de Cristo é o ponto central e mais importante da fé cristã. SEGUNDA PARTE OBJETOS LITÚRGICOS (Recomendamos o auxílio de um ministro da Eucaristia ou sacerdote) A seguir vejamos alguns objetos utilizados durante as celebrações litúrgicas em que o povo se reúne para rezar a Deus: O ALTAR é a mesa onde se realiza a ceia eucarística, ela representa o próprio Jesus na Liturgia O CÁLICE é um vaso sagrado no qual se faz a consagração do vinho no Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. A ÂMBULA é um vaso sagrado parecido com o cálice, porém sua parte superior é mais larga e fechada com uma tampa. É usado para conservar as hóstias consagradas no sacrário, após a missa. A PATENA é um pequeno prato raso que serve para cobrir o cálice e receber o Santíssimo Sacramento durante o ofertório. A PALA é a cobertura quadrangular para o cálice. O CORPORAL é pano quadrangular de linho com uma cruz no centro; sobre ele é colocado o cálice, a patena e a âmbula para a consagração. As GALHETAS são recipientes onde se coloca a água e o vinho para serem usados na Celebração Eucarística. O SANGUÍNEO (a esquerda) é um pequeno pano utilizado para o celebrante enxugar a boca, os dedos e o interior do cálice, após a consagração. O MANUSTÉRGIO é uma toalha usada para purificar as mãos antes, durante e depois do ato litúrgico. Os LECIONÁRIOS (a esquerda) são os Livros que contém as leituras da Missa. São de três tipos: Semanal (leituras da semana); Santoral (leitura dos santos) e Dominical (leituras do Domingo). O MISSAL é o livro que contém o ritual da missa, menos as leituras. O CRUCIFIXO: fica sobre o altar ou acima dele, lembra a Ceia do Senhor e é inseparável do seu Sacrifício Redentor. O TURÍBULO (a esq.)é um recipiente de metal usado para queimar o incenso. O INCENSO (no centro) é uma resina de aroma suave, produz uma fumaça que sobe aos céus, simbolizando as nossas preces e orações à Deus. A NAVETA (a direita.) é o recipiente em que se guarda o incenso As VELAS são Símbolo da presença de Cristo Ressuscitado e da nossa fé. O suporte chama-se castiçal. O OSTENSÓRIO é um objeto de ouro destinado a expor o Santíssimo Sacramento à adoração dos fiéis. É uma espécie de sol de ouro cercado de raios em cujo centro está em toda Sua glória e majestade o Senhor Jesus. A TECA é um pequeno recipiente onde se leva a comunhão para pessoas que não podem ir à Missa na Igreja. O SACRÁRIO é o lugar onde ficam depositadas as hóstia consagradas durante a missa O AMBÃO é a estante onde é proclamada a palavra de Deus. VESTES LITÚRGICAS Túnica Amito Casula OPA (JALECO) ESTOLA: símbolo do poder sacerdotal Caracteriza os ministros ordenados, (Vestimenta do Ministro Extraordinário da Eucaristia) Você sabia? Foi São Francisco de Assis, juntamente com a ordem franciscana, quem organizou a via sacra em 15 estações a fim de que meditássemos mais profundamente sobre as dores de Jesus e o significado da Sua entrega. Quarta feira de cinzas: é o primeiro dia da Quaresma, assim chamada por causa do rito em que se deposita um pouco de cinza na fronte do cristão. As cinzas significam penitência, luto, a nossa fragilidade humana. Devemos ver a Quaresma como um tempo de retiro espiritual, condição de voltarmos a Deus, reaquecermos nossa fé , mudarmos de vida superando as atitudes que não combinam com um cristão. Os principais frutos são: a conversão , a reconciliação e a partilha. ORAÇÃO: Onipotente, eterno (S. Francisco) Onipotente, eterno, justo e misericordioso Deus, dai-nos a nós míseros, por causa de vós, fazer o que sabemos que quereis e sempre o que vos agrada, para que, interiormente purificados, interiormente iluminados e abrasados pelo fogo do Santo Espírito, possamos seguir os passos de vosso dileto Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, e, unicamente por vossa graça, chegar a vós, ó Altíssimo, que em Trindade perfeita e unidade simples viveis e reinais e sois glorificado como Deus onipotente por todos os séculos dos séculos. Amém SAIBA MAIS… Os Símbolos da Quaresma: – As cores roxa, cinza e a cruz: lembram penitência e conversão. As missas tem um caráter sério – Ausência do Glória e dos Cantos de aleluia: para facilitar a espiritualidade de recolhimento e revisão de vida – O Jejum e a abstinência de carne: expressam a conversão interior, a mudança de vida e o desprendimento. Leva-nos a dar mais atenção a Palavra de Deus e a população empobrecida – A Campanha da Fraternidade: nos ajuda a viver a experiência da páscoa de Jesus, nos levando a concretizar nosso esforço comunitário de conversão em gestos de solidariedade social Símbolos da Páscoa: – Cordeiro: é o símbolo mais antigo da Páscoa, relembrando o sacrifício realizado pelos israelitas na primeira Páscoa, Hoje Jesus é o cordeiro que dá a vida por nós (Jo 1,29 . 36) – Ovo: nova vida – os cristãos primitivos do oriente foram os primeiros a dar ovos coloridos na Páscoa simbolizando a ressurreição. Ofertar ovos significa desejar que a vida se renove em nós – Coelho: símbolo da fertilidade: são animais que reproduzem com facilidade e em grande quantidade. Representa a capacidade da Igreja produzir novos discípulos e espalhar pelo mundo a mensagem de Cristo – O Pão e o Vinho: lembram que Jesus é o pão vivo e o vinho novo que sustenta nossa vida – Peixe: em grego ICTUS, as iniciais de “Jesus Cristo, Filho de Deus , Salvador” – Círio Pascal: significa a Luz que é Cristo, afugentando as trevas do erro, da morte e do pecado. Ele é o símbolo do Cristo ressuscitado. Fica aceso durante todo período pascal até o dia de Pentecostes, sua chama representa a fé, os cinco cravos nele colocados representam as 5 chagas de Jesus e as letras alfa e ômega representa o princípio e o fim A via Sacra contém 15 estações: I – Jesus é condenado a morte II – Jesus carrega a cruz Verônica enxuga o rosto de Jesus III – Jesus cai pela primeira vez IV – Jesus se encontra com sua mãe Jesus encontra a sua mãe V – Simão Cirineu ajuda Jesus a carregar a cruz VI – Verônica enxuga o rosto de Jesus VII – Jesus cai pela segunda vez VIII – Jesus consola as mulheres de Jerusalém IX – Jesus cai pela terceira vez X – Jesus é despido de suas vestes XI – Jesus é pregado na cruz XII – Jesus morre na cruz XIII – Jesus é descido da cruz XIV – Jesus é sepultado XV – Jesus ressuscitou GLOSSÁRIO: Epifania: manifestação do Senhor Penitência: arrependimento, atitude que demonstra mudança de vida, expiação dos pecados 17° ENCONTRO: A LITURGIA E A ORAÇÃO – II Para cantar: Senhor quem Entrará? Senhor quem entrará no Santuário pra te louvar ?, Senhor quem entrará no Santuário pra te louvar? 2X 1 – Quem tem as mãos limpas e o coração puro, quem não é vaidoso e sabe amar 2X 2- Oh! daí-me mãos limpas e um coração puro, arranca a vaidade, ensina-me a amar 2X A MISSA A missa é a oração mais perfeita elevada a Deus, pois nela celebramos a entrega de Jesus por nós e a nós no sacramento da Eucaristia; contudo, ela não é só uma oração, pois nessa entrega participamos do sacrifício rezando junto com Cristo ao Pai. No Antigo Testamento os homens ofereciam a Deus o sacrifício de animais como bois, ovelhas, carneiros, aves, etc. como forma de pedir o perdão dos pecados cometidos; no Novo Testamento o próprio Jesus se oferece em cada missa celebrada (cf. Sl 50,18-19) pedindo que se repita até que Ele volte novamente. “O mandamento de Jesus de repetir seus gestos e suas palavras “até que ele volte” não pede somente que se recorde de Jesus e do que ele fez. Visa a celebração litúrgica, pelos apóstolos e seus sucessores, do memorial de Cristo, de sua vida, de sua morte, de sua Ressurreição e de sua intercessão junto ao Pai” CIC 1341 “A missa é ao mesmo tempo e inseparavelmente o memorial sacrifical no qual se perpetua o sacrifício da cruz, e o banquete sagrado da comunhão no Corpo e no Sangue do Senhor. Mas a celebração do Sacrifício Eucarístico está toda orientada para a união íntima dos fiéis com Cristo pela Comunhão. Comungar é receber o próprio Cristo que se ofereceu por nós” CIC 1382 A Igreja nos manda participar ao menos da missa aos domingos, pois foi no domingo – “primeiro dia da semana” – que Jesus ressuscitou. PARTES DA MISSA A missa é dividida em duas grandes partes: A Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística, na primeira parte refletimos sobre a mensagem anunciada pelo Cristo e seus apóstolos ao mundo, na segunda parte nos dirigimos a Deus Pai louvando e agradecendo pela Igreja, pelos fiéis vivos e mortos e pela oferenda do pão e do vinho que se transforma no corpo e sangue de Cristo durante a consagração. Vejamos mais detalhadamente os momentos da missa: RITOS INICIAIS – Canto de Entrada: significa a procissão do povo de Deus que se dirigi a casa do Pai; este deve ser alegre e convidativo – Saudação: no início o sacerdote saúda o povo tal como fazia São Paulo com as primeiras comunidades cristãs. O povo responde com uma oração – Ato penitencial: é um convite para cada um olhar dentro de si, reconhecendo o mal praticado e pedir perdão buscando a mudança de vida e reconciliação – Glória: sabendo que Deus nos perdoa, nós o louvamos pela Sua grandeza – Oração de coleta: colocar as intenções que trazemos no coração LITURGIA DA PALAVRA – Primeira Leitura: sempre do Antigo (ou Primeiro) Testamento – Salmo: é a nossa resposta a Deus , uma oração cantada – Segunda Leitura: são sempre tiradas dos Atos dos Apóstolos, das Cartas de São Paulo, das Cartas católicas e do Apocalipse OBS: antes da proclamação do Evangelho faze-se o sinal da cruz dizendo o seguinte: † Na testa – o Senhor esteja na minha mente † Na boca – nos meus lábios † No coração – e no meu coração, para que eu possa entender, anunciar e viver dignamente o Santo Evangelho – Evangelho: sempre retirado dos livros de Mateus, Marcos, Lucas ou João. Narram a vida e as obras de Jesus com os apóstolos. É proclamado pelo sacerdote, pelo diácono ou pelo ministro da Palavra (no caso de uma celebração da Palavra) – Homilia: é a explicação que o padre faz da Palavra dirigida a Assembléia, orientando sobre a mensagem de Deus aplicada a nossa vida. – O credo: é a síntese de todos os ensinamentos de Jesus que nós cremos – Oração da Comunidade: fazemos os nossos pedidos agradecendo a Deus e pedindo pela Igreja, pela nação e por toda realidade que nos cerca. LITURGIA EUCARÍSTICA – Apresentação das ofertas: hora de preparar a mesa para o grande banquete. Além do pão e do vinho oferecemos tudo que somos e temos. – Oração sobre as oferendas: pedimos para Deus acolher o pão e o vinho que estão sendo oferecidos – Consagração do pão e do vinho: o pão e o vinho são transformados em corpo e sangue de Cristo, são sinais visíveis que mostram o invisível – corpo e sangue de Jesus – Oração após a consagração: pedimos por toda a Igreja, pelas almas que padecem no purgatório e rogamos a Virgem Maria, aos anjos e santos que ao final desta vida possamos chegar ao céu – Amém: aceitação de todo mistério pascal. Normalmente cantado com bastante ênfase ou tocado o sino. – Oração da Paz: transmitimos aos irmãos a paz desejada por Cristo – Cordeiro de Deus: oração que diz que só Jesus pode perdoar nossos pecados – Comunhão: é a fusão entre a nossa natureza humana (limitada) e a natureza divina (ilimitada e onipotente) de Jesus, onde o próprio Deus faz morada em nós, sendo nosso alimento espiritual. Como devemos buscar a Eucaristia? Em estado de graça (sem pecado grave), com todo respeito (com veste adequada, pois não podemos aparecer mais do que o Senhor; sem goma de mascar ou bala na boca; em jejum de alimento durante 1 hora e de bebida alcoólica durante 2 horas) – Ação de Graças: agradecemos ao Senhor por tudo que celebramos – Benção Final: o sacerdote abençoa o povo enviando-o a testemunhar o que foi celebrado OS GESTOS NA MISSA A genuflexão (dobrar um dos joelhos): é um gesto de adoração diante do Santíssimo Sacramento, fazemos sempre quando adentramos uma Igreja onde há sacrário. A presença de Jesus no sacrário é indicada por uma luz vermelha que fica ao lado. Em pé: é a posição de Cristo ressuscitado. Posição daquele que ouve e está pronto para obedecer. Sinal de disponibilidade e respeito. Sentados: posição de escuta, atenção para ouvir e acolher as leituras e a homilia De joelhos: ajoelhar-se diante do Santíssimo Sacramento é reconhecer Sua soberania (cf. Fl 2,10). Revela humildade, sendo um ato de profunda adoração a Deus. Nos ajoelhamos na hora da consagração do pão e do vinho Inclinar-se (abaixar a cabeça): é sinal de grande respeito e adoração diante do Santíssimo Sacramento Prostar-se (deitar de bruços no chão): sinal de humildade e entrega total a Deus, é feito no início da celebração da sexta feira santa e nas ordenações de bispos, padres, diáconos e pelos religiosos A procissão: simboliza a peregrinação do povo de Deus para a casa do Pai As mãos levantadas: significa súplica e entrega a Deus. As mãos juntas: significa recolhimento interior, busca de Deus, súplica e confiança A imposição das mãos: simboliza a benção, a transmissão de uma missão e a transmissão do Espírito Santo Dar as mãos: gesto de fraternidade A mão no coração: sinal de arrependimento e confiança no amor de Deus Silêncio: interiorização dos mistérios da fé Erguer o corpo (hóstia) e o sangue (cálice): o padre oferece Jesus ao Pai e agradece pela salvação que Ele nos dá através de Jesus OS CÂNTICOS NA MISSA O canto varia de acordo com o tempo litúrgico e o momento que está sendo celebrado. Por exemplo: na missa – o canto do ato penitencial tem a função de conduzir o povo a arrepender-se dos pecados, reconciliando-se com Deus e os irmãos, já o canto na hora da preparação das ofertas deve conduzir a entrega do trabalho, da vida e de tudo que desejamos devolver a Deus. Quando comemoramos o dia de Santa Maria mãe de Deus o canto expressa o respeito e devoção a mãe de Jesus, já quando celebramos o dia de todos os santos recordamos a pessoa dos santos como modelos de seguimento a Cristo, exaltando, sobretudo a santidade presente em suas vidas; são momentos absolutamente diferentes da realidade litúrgica. OS SACRAMENTAIS Chamamos sacramentais os sinais sagrados instituídos pela Igreja, cujo objetivo é preparar os homens para receber o fruto dos sacramentos e santificar as diferentes circunstâncias da vida; eles são sempre uma oração acompanhada de determinado sinal, como a imposição das mãos, o sinal da cruz ou a aspersão com água benta (que lembra o Batismo) “Pelos sacramentais os homens se dispõem a receber o efeito principal dos sacramentos e são santificadas as diversas circunstâncias da vida” CIC 1667 Os sacramentais são os seguintes: Ø Bênção de pessoas, objetos e lugares Ø A consagração de pessoas a Deus Ø O exorcismo (autorizado pelo bispo) Ø A piedade popular expressa através da veneração de relíquias, visita a santuários, peregrinações, procissões, via-sacra, danças religiosas, o rosário, as medalhas, a água benta (abençoada, não benzida, pelo sacerdote) etc. Estas expressões prolongam a vida litúrgica da Igreja, facilitando a intimidade com o divino e o profundo respeito a ele. VOCÊ SABIA? Quando se responde PALAVRA DA SALVAÇÃO nos referimos as palavras e atos de Jesus, quando dizemos PALAVRA DO SENHOR nos referimos aqueles através dos quais Deus fala e age. A missa é a celebração plena do sacrifício de Cristo com a consagração do pão e do vinho por um sacerdote, já a celebração eucarística é presidida por um ministro da Palavra (leigo) ou diácono, o qual não pode consagrar o pão e o vinho, por isso este momento (geralmente) é substituído por uma adoração ao Santíssimo sacramento ATIVIDADES: 1) Marque V para verdadeiro e F para falso: 1) ( ) O ano litúrgico é dividido em 4 partes: o Natal, o Carnaval, a Quaresma e a Páscoa 2) ( ) Na 6° feira santa lembramos da morte de Jesus através das quinze estações da via-sacra 3) ( ) O tríduo pascal começa no Domingo de Ramos indo até o Domingo de Páscoa 4) ( ) Na 5° feira santa Jesus nos mostra como seremos reconhecidos como seus seguidores; ou seja, como cristãos 5) ( ) Nós católicos descansamos no sábado, pois nesse dia já antecipamos a festa da ressurreição de Jesus 2) O que é a missa e porque ela substitui os antigos sacrifícios de animais realizados pelos judeus no AT? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 3) Complete os espaços com as palavras adequadas: a) Lugar onde são guardadas as hóstias ____________________ b) para expor o Santíssimo sacramento ________________________ c) Gesto feito durante a consagração do pão e do vinho ____________________________ d) Ela representa o poder sacerdotal _________________________ Pense com carinho: existe alguém com quem você tem algum desentendimento? Que tal dar uma chance para essa pessoa? Promova a paz! Comece a construir um mundo melhor iniciando por você! Não esqueça: Jesus ressuscitado está presente em nossas boas atitudes Oração:Senhor Jesus Cristo, dissentes aos vossos apóstolos: Eu vos deixo a paz, Eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja; dai-nos, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo. Amém FIQUE ATENTO! A liturgia também celebra os momentos importantes da vida de Maria (Santa Maria mãe de Deus 1° de janeiro, Assunção de Nossa Senhora 15/08, Imaculada Conceição 8/12 entre outros), lembrando também dos santos como modelos seguidores de Cristo SAIBA MAIS… Os Símbolos Natalinos e o seu Significado – A árvore de Natal: representa a vida que está nascendo. Os enfeites que colocamos nela mostram nossa alegria pelo nascimento de Jesus Cristo. O verde suas folhas é nossa esperança – O presépio: representa o lugar em que Jesus nasceu. Simples, humilde e marcado pelo amor de Deus pelos homens e mulheres do mundo inteiro – A Estrela de Natal: assim como os pastores , a estrela representa a luz de Cristo que guia nossa vida. Nós também devemos ser estrela que guia os irmãos – A Ceia de Natal: a ceia nos coloca ao redor de uma mesma mesa para celebrarmos Cristo. Ele também se reuniu com seus amigos na última ceia. A ceia nos coloca diante do verdadeiro alimento que é Jesus – Presente de Natal: o presente que damos no Natal lembra o gesto de Deus que nos presenteou com seu Filho Jesus para nos salvar – Bolas de Natal: os dons que enfeitam nossas vidas – As velas de Natal: a presença de Cristo como luz do mundo LEITURA COMPLEMENTAR Ler Jo 20, 19-20. 24-29 Aparição de Jesus aos discípulos Ler At 5, 12-16 A imposição das mãos e a sombra de Pedro GLOSSÁRIO: Consagração: o ato de consagrar significa separar para o serviço a Deus e aos irmãos Relíquias : são objetos sagrados ou restos mortais de um santo Peregrinações: são viagens a lugares santos tais como Jerusalém, Nazaré, etc.
18° ENCONTRO: A VIRGEM MARIA NA IGREJA
Se pedíssemos para definir a sua mãe o que diria? Qual palavra usaria? E a mãe de Jesus o que diria dela? Se amamos nossa mãe terrena seria justo desprezar a mãe de Cristo? Estes questionamentos despertam nossa atenção para a necessidade de valorizarmos a mãe de Jesus em nossas vidas e na vida da Igreja. Do Evangelho se deduz que Maria era humilde e pura; que era decidida e corajosa para enfrentar a vida, capaz de calar e meditar quando não entendia; que se preocupava com os outros, sendo serviçal e caritativa. Leal e fiel Maria é, como mulher, um modelo para as mulheres. “Deus enviou Seu Filho” (Gl 4,4), mas, para “formar-lhe um corpo, quis a livre cooperação de uma criatura. Por isso, desde toda eternidade, Deus escolheu, para ser a Mãe de Seu Filho, uma filha de Israel, uma jovem judia de Nazaré na Galiléia, “uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de Davi, e o nome da Virgem era Maria” CIC 488 Maria aceitou obediente o pedido do anjo mesmo sabendo que, aparecendo grávida no momento em que estava noiva de José, corria risco de ser apedrejada em praça pública, já que o costume judaico era de apedrejar a mulher adultera. Ciente da responsabilidade e disposta a ajudar a prima grávida de seis meses e em idade avançada Maria parte as pressas para a casa de Izabel (cf. Lc 1, 39-45) A prima confirma a saudação dita pelo anjo, mostrando a estima de Deus por Maria. (cf. 1,42-45) Se Deus reconhece a plenitude da graça através da boca do anjo: ”Alegra-te cheia de graça! O Senhor está contigo” (Lc 1, 28) quanto mais nós devemos, a exemplo de Izabel, reconhecer o valor da “mãe do meu Senhor”. Por isso nós cristãos católicos temos um grande amor por Maria; contudo, este amor não deve ser confundido com adoração, pois aí estaríamos sendo idólatras. Venerar não é adorar; adora-se somente a Deus (Pai) e a Deus Filho (presente no Santíssimo Sacramento). Maria é o primeiro modelo de fé da Igreja, pois não recusou o anúncio do anjo. A expressão “eis aqui a serva do Senhor” significa aceitação, abertura, disponibilidade e humildade diante do plano de Deus. O papa Paulo VI escreveu uma exortação chamada “O Culto a Virgem Maria” (Marialis cultus) nesse documento, publicado em 1974, Paulo VI entendia que, mudado o papel e a condição social da mulher atual, muitas mulheres não conseguem mais se identificar com a virgem judia dos tempos do Novo Testamento: “A virgem Maria sempre foi proposta pela Igreja a imitação dos fiéis, não exatamente pelo tipo de vida que levou ou, menos ainda, por causa do ambiente sociocultural em que se desenrolou a sua existência … Ela aderiu total e responsavelmente a vontade de Deus (cf. Lc 1,38) ; porque soube acolher a Sua Palavra e pô-la em prática; porque a sua ação foi animada pela caridade e pelo espírito de serviço e porque, em suma, ela foi a primeira e mais perfeita discípula de Cristo – o que, naturalmente tem valor exemplar universal e permanente” (MC 35) Sendo mãe de Cristo ela é também a mãe da Igreja, visto que Cristo é a cabeça da Igreja, tendo nos deixado Maria como mãe através do apóstolo João. “A Virgem de Nazaré teve papel único na história da salvação, concebendo, educando e acompanhando seu filho até o sacrifício definitivo. Desde a cruz Jesus confiou a seus discípulos, representados por João, o dom da maternidade de Maria, que nasce diretamente da hora pascal de Cristo: “E desse momento em diante, o discípulo a recebeu em sua casa” (Jo 19,27). Perseverando junto aos apóstolos a espera do Espírito (cf. At 1,13-14), ela cooperou com o nascimento da igreja missionária, imprimindo-lhe um selo mariano que a identifica profundamente. Como mãe de tantos, fortalece os vínculos fraternos entre todos, estimula a reconciliação e o perdão e ajuda os discípulos de Jesus Cristo a experimentarem como uma família, a família de Deus. Como na família humana, a Igreja–família é gerada ao redor de uma mãe, que confere “alma” e ternura a convivência familiar” (Documento de Aparecida cap. 6; 6.1.5; 284-285) Como vemos, a Igreja traz em si a marca da mãe, sendo Católica – pois acolhe a todos os povos estabelecendo comunhão com todos, Apostólica – herdada dos apóstolos, filhos “herdeiros” da maternidade de Maria e Romana – com sua sede em Roma. Maria é reconhecida como: v Medianeira: acreditando em Jesus, ela pediu o vinho que faltava no casamento (Jo 2,1-12). Deste modo, também pede ao seu Filho por todos nós v Co-redentora: como “ponte” entre a Trindade e os homens, ela colabora decisivamente para que o Filho de Deus execute a sua missão, seja concebendo-o, seja educando-o junto com José seu esposo.
OS DOGMAS SOBRE MARIA v Imaculada Conceição: ao longo dos séculos, a Igreja tomou consciência de que Maria é “cumulada de graça”, sendo redimida desde a concepção; por isso o papa Pio IX proclamou como dogma de fé em 1854, admitindo que a virgem não trouxe em si a mancha do pecado original. v A Virgindade de Maria: a Igreja confessa a virgindade real e perpétua de Maria, mesmo durante e depois do nascimento de Jesus; porém, exulta diante da sua maternidade espiritual estendida a toda humanidade (cf. CIC 499) v A Assunção de Maria: a Igreja entende que terminado o curso da vida terrestre, Maria foi elevada em corpo e alma ao céu, tendo uma singular participação na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos cristãos. Após a ascensão de Jesus, Maria permaneceu muitos anos com os apóstolos e outras mulheres, auxiliando a Igreja nascente. Seu corpo não sofreu a corrupção, conseqüência do pecado original que ela não teve. Este dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII em 1950 (cf. Lc 1,39-56; Ap 11,19; Ap 12,1-6.10, CIC 966) v Maria mãe de Deus: este dogma foi proclamado a partir da assunção de Maria ao céu OS VÁRIOS TÍTULOS ATRIBUÍDOS A MARIA Porque existem tantas imagens e invocações diferentes entre nós católicos? A virgem Maria é uma só. Os diversos nomes e as diferentes imagens referem-se as circunstâncias ou mistérios de sua vida e da vida de Jesus. Assim, surgiram os vários títulos: Nossa Senhora do Bom parto (aludindo ao nascimento de Jesus); Nossa Senhora das dores (lembrando de Maria diante do sofrimento e morte do filho); Imaculada Conceição (aludindo a sagrada concepção de Maria) entre tantos outros. Os outros nomes surgiram a partir dos diferentes lugares em que Maria apareceu, sendo muito celebrada: Nossa Senhora de Guadalupe (em 1649 tendo aparecido no México para um índio chamado Juan Diego); Nossa Senhora da Conceição Aparecida (aparecendo uma imagem pescada por pescadores no rio Paraíba – SP em 1717, período de escravidão no Brasil). Nossa Senhora de Lourdes (tendo aparecido na França em 1858 para uma jovem chamada Bernadete); Nossa Senhora de Fátima (aparecendo no ano de 1917 em Portugal para três pastorinhos: Lúcia, Jacinta e Francisco); Maria tem ainda inúmeros outros títulos que a Igreja lhe confere, sendo invocada segundo a necessidade. Porque a virgem Maria é chamada de Nossa Senhora? Na Idade Média, São Bernardo, vendo que cada “senhor” apresentava sua “senhora” com um tratamento respeitoso, recordou que Jesus nos deu uma “Senhora” para amparar a todos; desde então, Maria é chamada Nossa Senhora de forma carinhosa. Maria também é chamada de Senhora por causa do filho: Nosso Senhor Jesus Cristo. AS APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA Como vemos, a Igreja sempre se refere a virgem Maria relacionando-a ao Filho; não é diferente quando ela aparece, pois sempre fala das dores de Jesus pedindo a conversão da humanidade. A Igreja admite que a Santíssima virgem pode intervir do céu em assuntos humanos; contudo, tem muita prudência e sabedoria, sendo também muito lenta em reconhecer a autenticidade de uma aparição. Primeiro estuda, investiga e comprova, a fim de não induzir ninguém ao engano. Em alguns casos a Igreja se convenceu da autenticidade de uma aparição pela santidade da vida do vidente, pela pureza da mensagem entregue ou pelos fatos ocorridos no lugar da aparição: curas, conversões, etc. Isto é o que ocorre em Lourdes e em Fátima. Em outros casos (em Mediugorje na Iuguslávia onde supostamente aparece a virgem sob o título de Nossa Senhora da Paz desde a década de 80) a Igreja não se pronuncia, esperando que o tempo estabeleça a verdade. Quando apareceu em Fátima aos pastorinhos pediu que rezassem o rosário pedindo a Deus pela humanidade e os seus males vindouros, nesta oportunidade referiu-se a Segunda Guerra Mundial, ao Comunismo (regime político materialista e ateu) e ao afastamento de Deus por parte da humanidade. “Enquanto vamos ao encontro do Deus que vem olhemos para Maria que brilha como sinal de segura esperança e de consolação para o povo de Deus a caminho” Papa Bento XVI ATIVIDADES: 1) Porque há tantas imagens e títulos referentes a Virgem Maria? Explique. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 2) Complete: a) Ele é a maior expressão de devoção a Virgem Maria _____________ b) Dogmas em torno de Maria: ___________________________; _________________ e ______________________________ c) Fala de Maria ao anjo: __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 3) Qual a diferença entre adorar e venerar? Explique. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ Você sabia? A primeira imagem da virgem Maria que se tem notícia foi pintada pelo evangelista Lucas, retratando Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Para Refletir: – Maria foi uma mãe comum como toda dona de casa, foi servidora, teve trabalhos, preocupações e problemas; porém, soube enfrentar porque era uma mulher de fé. Ela foi a catequista de Jesus, foi ela quem ensinou a amar a oração e a estar intimo de Deus. Podemos nos perguntar: porque entre todas as mulheres Deus escolheu Maria? A resposta está escondida no mistério insondável da divina vontade, que nos mostra através dos Evangelhos a evidência da humildade. Oração a Nossa Senhora de Guadalupe Virgem Santíssima, Nossa Senhora de Guadalupe Nós vos pedimos, ó mãe do céu, abençoai e protegei os povos da América Latina para que todos nós, envolvidos pelo Vosso carinho maternal, nos sintamos mais perto de Deus, nosso Pai comum. Amém. FIQUE ATENTO! Maria não teve outros filhos! – Jesus era filho único, isto fica claro na passagem em que Jesus entrega sua mãe a João, pedindo que ele cuide dela (cf. Jo 19,27), se o apóstolo João fosse irmão de Jesus não haveria necessidade de entregá-lo a Maria. Além dessa passagem a palavra “irmãos” (cf. Mt 13,55-56) era empregada para referir-se aos primos (as) e outros parentes próximos, já que na língua de Jesus (o aramaico) não havia uma palavra para designar tais graus de parentesco LEITURA COMPLEMENTAR Gn 3,15 Referindo-se a Maria e ao combate com o maligno Ler Is 7,14 Profecia sobre o nascimento de Jesus Ler Mt 27,55-56 Maria e as mulheres diante da cruz GLOSSÁRIO: Dogma: verdade religiosa, ponto fundamental de um ensinamento religioso TEMA TRANSVERSAL QUATRO: O ROSÁRIO Aqueles que rezam o terço ou o rosário seguem o exemplo da família de Nazaré: põe Jesus no centro. Partilham com Ele alegrias e sofrimentos e colocam em suas mãos necessidades e projetos, recebendo Dele força e providência em suas vidas. BREVE HISTÓRIA DO SANTO ROSÁRIO O Rosário é uma oração cuja origem se perde nos tempos. A tradição diz que foi revelado a S. Domingos de Gusmão (1170-1221), numa aparição de Nossa Senhora, quando ele se preparava para enfrentar a heresia albigense. Na Idade Média os monges beneditinos (originários de São Bento) e os Agostinianos (originários de Santo Agostinho) tinham o costume de recitar os 150 salmos todos os dias. Os monges dominicanos que eram mendicantes não tinham este costume porque em sua maioria eram analfabetos; ao invés dos salmos eles recitavam as 150 Ave-Marias, conhecidas como a “Bíblia dos pobres” ou o “saltério de Nossa Senhora”. “A mais perfeita de todas as devoções é incontestavelmente aquela que nos configura, une e consagra mais perfeitamente a Jesus Cristo. Ora, sendo Maria dentre todas as criaturas a mais configurada a Jesus Cristo, daí se conclui que de todas as devoções, a que melhor consagra e configura uma alma ao Nosso Senhor é a devoção a Maria, sua santa Mãe; e quanto mais uma alma for consagrada a Maria, tanto mais será a Jesus Cristo. Nunca, como no Rosário, o caminho de Cristo e o de Maria aparecem unidos tão profundamente. Maria só vivem em Cristo e em função de Cristo!” João Paulo II (Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, 16/10/2002) O que é o Rosário? É a recitação de 4 terços inteiros meditando sobre a vida, morte, paixão e ressurreição de Jesus Cristo. Nos Mistérios da Alegria meditamos o anúncio e nascimento de Jesus; nos Mistérios Luminosos meditamos a vida pública de Jesus; nos Mistérios Dolorosos meditamos a paixão e morte de Jesus e nos Mistérios Gloriosos meditamos a ressurreição de Jesus, sua ascensão ao céu e a assunção e coroação de Nossa Senhora. SIMBOLOGIA: v Os 5 Mistérios rezados a cada dezena lembram as cinco chagas de Cristo na cruz (a chaga da cabeça, a chaga das mãos, a chaga dos pés e a chaga do peito causada pela lança do soldado romano) v Inicialmente as 150 Ave-Marias que compunham o Rosário na Idade Média reportavam ao número de salmos da Bíblia Como sugestão do Papa os mistérios contemplados no rosário foram distribuídos ao longo da semana da seguinte maneira: MISTÉRIOS DA ALEGRIA OU GOZOSOS: rezados na 2°-feira e no sábado MISTÉRIOS LUMINOSOS: rezados na 5°-feira MISTÉRIOS DOLOROSOS: rezados na 3°- feira e na 6° feira MISTÉRIOS GLORIOSOS: rezados na 4°-feira e no Domingo OS MISTÉRIOS DA ALEGRIA OU GOZOSOS 1° Anunciação do Arcanjo Gabriel a Maria (cf. Lc 1,26-39) 2° Visita de Maria a sua prima Izabel (cf. Lc 1,39-56) 3° O Nascimento de Jesus na gruta de Belém (cf. Lc 2,1-15) 4° Apresentação do Menino Jesus no templo (cf. Lc 2,22-33) 5° Jesus perdido e reencontrado no templo entre os Doutores da Lei (cf. Lc 2,42-52) MISTÉRIOS LUMINOSOS: 1° O batismo de Jesus no Rio Jordão (cf. Mt 3,13-16) 2° Jesus, num casamento em Caná da Galiléia, transforma a água em vinho a pedido de sua mãe (cf. Jo 2,1-12) 3° Jesus anunciando o Reino de Deus e convidando a conversão (cf. Mc 1,14-15) 4° A transfiguração de Jesus no monte Tabor (cf. Lc 9,28-36) 5° A instituição da Eucaristia na última ceia (cf. Mt 26, 26-29) MISTÉRIOS DOLOROSOS: 1°A agonia de Jesus no Horto das Oliveiras (cf. Mc 14,32-43) 2°A flagelação de Jesus açoitado por ordem de Pilatos (cf. Jo 18,38-40) 3° A coroação de espinhos de Jesus (cf. Mt 27,27-32) 4° Jesus carregando a cruz até o Calvário (cf. Lc 23,20-32; Mc 8,34b) 5° A crucificação e morte de Jesus na cruz (cf. Lc 23,33-47) MISTÉRIOS GLORIOSOS: 1° A Ressurreição de Jesus Cristo (cf. Mc 16,1-8) 2° A ascensão de Jesus ao céu (cf. At 1,4-11) 3° A vinda do Espírito Santo sobre a virgem Maria e os apóstolos reunidos no Cenáculo (cf. At 2,1-14) 4° A assunção de Nossa Senhora ao céu (cf. I Cor 15, 20-23. 53-55) 5° A coroação de Nossa Senhora como Rainha do céu e da terra (cf. Ap 12, 1-6) SUGESTÕES DE DEBATE: – A oração espontânea é mais eficaz e sincera do que a oração repetitiva e decorada? – O Rosário é uma oração de “adoração” a Virgem Maria? Quais exageros são realizados em torno desta devoção? – Porque nós cristãos católicos somos tão criticados em relação as devoções em torno de Nossa Senhora? GLOSSÁRIO: Heresia: ensinamento contrário aquilo que Jesus nos ensinou 19° ENCONTRO: OS ANJOS NA IGREJA Para cantar: Anjos Neste Lugar 1 – Se acontecer um barulho perto de você é um anjo chegando para receber suas orações e levá- las a Deus 2 – Então, abre o coração e comece a louvar, sinta o gozo do céu que se derrama no altar e o anjo já vem com a benção nas mãaaos Tem anjos voando neste lugar no meio do povo em cima do altar, subindo e descendo em todas as direções. Não sei se a Igreja subiu ou se o céu desceu, só sei que está cheio de anjos de Deus porque o próprio Deus está aqui. REFRÃO 3 – Quando os anjos passeiam a Igreja se alegra, ela canta, ela chora, ela ri e congrega, abala o inferno e dissipa o mal. Sinta o vento das asas dos anjos agora, confia irmão, pois é a tua hora, a benção chegou e você vai levar Abaixo da Santíssima trindade e da virgem Maria estão os anjos, servidores e mensageiros de Deus, são criaturas espirituais dotados de inteligência e vontade. “Cristo é o centro do mundo angélico. São seus os anjos: “Quando o Filho do Homem vier em sua glória com todos os seus anjos…” (Mt 25,31). São seus porque são criados por e para Ele: “Pois foi nele que foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis: Tronos, Dominações, Principados, Potestades; tudo foi criado por Ele e para Ele“ (Cl 1,16). São seus, mais ainda, porque Ele os fez mensageiros de seu projeto de salvação. CIC 331 Em quais lugares e acontecimentos nós vemos os anjos na Bíblia? Os anjos estão presentes desde a criação do mundo até o fim dos tempos: – Gn 3,24 Os guardiões do paraíso – Gn 19,1 A proteção de Ló – Ex 23,20-23 Conduzindo o povo de Deus – Ex 25, 18-19 Os guardiões da Arca da Aliança – Lc 1,26. 28ss e Lc 2,9-11 O Anúncio do Nascimento de Jesus – Mt 1,20-21 e 2,19-20 O anjo alerta José em sonho – Lc 2,13-15 Louvor dos anjos no nascimento de Jesus – Mt 4,11 Os anjos servem Jesus no deserto – At 5,19-20 Os anjos libertam os apóstolos da prisão – Mt 24,31 O anúncio do juízo final – Ap 12,7-8 Os anjos em combate – ARCANJOS DE DEUS São Miguel: arcanjo da batalha que combate por nós contra o maligno, desfazendo toda mentira e ilusão, ele também conduz as almas ao juízo logo após a morte (cf. Ap 12,7) São Rafael – arcanjo da cura de Tobit (cf. Dn 10,1-21;Tb 5,10) ele nos defende das potências do mal, das doenças e nos acompanha nas viagens São Gabriel – arcanjo do anúncio da Palavra (cf. Lc 1,26) ele apresenta a Deus os nossos pedidos CLASSIFICAÇÃO DOS ANJOS Origem da hierarquia angélica: Século VI Dionísio – convertido por São Paulo em Atenas (At 17,34) Serafins: estimulam nossa entrega ao louvor, ao amor e ao serviço a Deus (cf. Is 6,1-4) Querubins: nos ajudam nas tentações contra a fé,a pureza e os escrúpulos Tronos: ajudam e iluminam as autoridades civis e religiosas Dominações: ajudam nos esclarecimentos, na compreensão, também pelos que se empenham em difundir o Reino de Deus Virtudes: ajudam a melhorar a nossa vida espiritual, dando-nos força e coragem Potestades: desfazem as armadilhas e ciladas do maligno, ajudam as pessoas a se santificarem Principados: defendem e protegem os países, cidades, Igrejas, as casas. Quando decaíram, os anjos assumiram a seguinte configuração: Tronos: Estimulam a corrupção nos governantes, perseguições políticas, as divisões nas Igrejas, cidades, Estados,… Dominações: Ao serem precipitados a terra, querem destruir o Reino de Deus, buscam tudo o que é profanação, separação e divisões nas Igrejas, perseguições religiosas… Principados: quando decaídos, deformaram-se em criaturas para fazer a pessoa se sentir inúteis, sem vontade de viver, fazem acreditar que nada tem jeito… Potestades: De anjos guerreiros agora são destruidores e se transformaram para criar obstáculos e esfriamento da fé, dificultam a santidade das pessoas, fazem as pessoas culpar Deus por seus fracassos… ANJOS DA GUARDA São espíritos celestes a quem Deus confiou a guarda e proteção dos homens guardiões de cada um de nós (cf. Sl 34,8 e Sl 90,10). “Desde o início até a morte, a vida humana é cercada por sua proteção e por sua intercessão. Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo a vida” CIC 336 A cada ser humano, desde a hora de seu nascimento, foi confiado um Anjo da Guarda, que o acompanhará até o dia de sua morte, protegendo e assistindo não só contra os perigos temporais, mas especialmente contra os perigos espirituais. O Anjo da guarda vela por nós, nos defende e desvia das ciladas do demônio. “Como um leão, ruge ao nosso lado”, o demônio procura de todas as formas afastar o homem do caminho da virtude. (cf. I Pd 5,8-9) ANJOS DECAÍDOS São Miguel Arcanjo e seus anjos tiveram que combater o Dragão e seus anjos do mal. Com isto o dragão, chamado Satanás, Diabo (Lúcifer do latim=porta-luz) a antiga serpente, o sedutor do mundo inteiro foi precipitado na terra e com ele os seus anjos (cf. Ap 12,7). Deus não tirou deles seu poder angélico, na sua revolta eles usaram de seus poderes para o mal. “Nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra os principados, poderes, dominações das trevas, contra as forças espirituais da malignidade espalhadas nos ares” (Ef 6,12). Agora nós podemos perceber de onde vem o poder de Lúcifer e seus anjos, pois diz ele ser um deus e se faz passar por príncipe deste mundo. Isto também aconteceu na tentação de Jesus no deserto por 40 dias e noites (Lc 4,1-13). Sabemos que seu reino, é a morte, a destruição da vida plena. O diabo, o anjo que queria ser como Deus, maior que Cristo e o Espírito Santo e agora é tido como rei do mal, o mais orgulhoso e ambicioso dos anjos decaídos; é dele que fala o profeta Isaías: “Como caíste do céu, estrela D´alva, filho da aurora! Como foste atirado a terra… que disseste ao teu coração:’hei de subir até o céu, acima das estrelas de Deus colocarei meu trono, estabelecer-me-ei na montanha da assembléia…subirei acima das nuvens, tornar-me-ei igual ao Altíssimo.’ E contudo foste precipitado no Xeol (inferno), nas profundezas do abismo”. ( Is 14,12-15).”Tu eras um querubim eu estendia as tuas asas… Eu te coloquei sobre o Monte santo de Deus…Eras perfeito em teus caminhos, até que a iniqüidade se achou em ti…Eu te lancei fora do Monte de Deus e te exterminei, ó querubim, do meio das pedras incendiadas”. (Ez 28,15-16) O diabo criou para si o reinado do absolutismo, sendo ele injusto, poderoso por ser um espírito, mas limitado: não tem onipresença (não pode estar em diversos lugares ao mesmo tempo mas pode se deslocar com rapidez), não tem onisciência (não tem poder de entrar em nossos pensamentos), sabe das nossas ações, paixões, gostos, desejos, porque falamos; ele só pode usar dos pensamentos quando há participação no ocultismo, permitindo a pessoa ser usada pelo maligno. Vejamos o que diz o papa João Paulo II sobre ele: “Mostrar-nos Deus como inimigo dos homens e assim colocar na psicologia do homem a semente da oposição a Deus. Ele é o pai da mentira, que pressiona o homem a odiar a Deus, centralizando sua atenção em si, amando-se a si próprio até o ponto de escarnecer de Deus, diz santo Agostinho: ‘O homem chega a declarar a morte de Deus” (Santo Agostinho. Cidade de Deus, XIV, 281) Oração: Levanta-se Deus, por intercessão da Bem aventurada Virgem Maria, de São Miguel Arcanjo e de toda a Milícia Celeste. Que sejam dispersos seus inimigos e que fujam de sua face todos os que vos odeia. Amém. VOCÊ SABIA? A ação do maligno se dá de 4 modos: a tentação (sugestão para fazer o mal), a sujeição (a pessoa se expõe a ele), a infestação (ação maligna nos ambientes, exemplo: as pestes) e a possessão (posse da pessoa pelo mal) Jesus praticou o exorcismo e é Dele que a Igreja recebeu o poder e o encargo de exorcizar (cf. Mc 6,7.13; Mc 16,17-18) FIQUE ATENTO! Jesus venceu e vence Satanás com todos os anjos decaídos (Mc 5,1-17); por isso utilize as “ferramentas da fé” para afastar o maligno: o rosário, a leitura da Bíblia, o jejum, a freqüência aos sacramentos, a missa e o uso dos sacramentais. – Lembramos a oração ensinada pelo papa Leão XVIII rezada sempre após as missas: “São Miguel Arcanjo defendei-nos no combate, sede nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio, ordena-lhe Deus instantemente o pedimos; e vós, Príncipe da Milícia Celeste, pelo poder divino, precipitai ao inferno a satanás e a todos os espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.” – Ler I Jo 4,1-6 Discernimento dos espíritos – VELLA, Frei Elias. O Anticristo – Quem é e Como Age. (Ver Referências) – BAHIA, Pe Vagner. Libertos das Forças Ocultas. (Ver Referências) SAIBA MAIS… Algumas designações: o O Tentador: significa aquele que põe em perigo a salvação eterna dos filhos de Deus. o A Besta: foi concedido que a Besta pelejasse contra os santos (Ap13,7), causando catástrofes, doenças (Mt 9,22) a busca de riquezas – os que querem ser ricos caem em tentações e ciladas, mergulhando na ruína e na perdição ( I Tm 6,9) o A Serpente: não se pode comparar com as cobras, os répteis que o Criador ordenou que a terra produzisse; este desígnio da serpente é por ela ser um animal astuto, rápido, que sabe espreitar a sua presa, sempre a apanha pelas costas, na forma indefesa; a serpente no contexto bíblico baseia-se na narração do livro de Daniel, sobre a adoração do povo babilônico a um deus em forma de serpente. (cf. Dn 14 1-22) o O Maligno: o mau por excelência (Mt 13,19), assim também a desgraça (Mt 5,37; 2Ts 3,3) o Príncipe deste mundo: “dono” desta era, deste tempo que precede sem Deus por isso tudo é objeto de sofrimento. o Espírito Impuro: é a condição que impede o homem que nasceu para a santidade e ter comunicação com Deus. o Espírito de Adivinhação: aquele que as pessoas consultam para ver o futuro (At 16,16-18). o Espíritos Sedutores ou Enganadores: espíritos que seduzem as pessoas, fazendo com que elas se afastem da fé. o O Homicida (Jo 8,44): cujo maior desejo é destruir os filhos de Deus, de provocar a morte, assassinatos, abortos, guerras, pois para ele a morte é perder a glória de Deus. o O Mentiroso: é capaz de convencer as pessoas a pecar, justificando que todo o mundo faz assim. o Dominador deste mundo tenebroso (Ef 6,12); o Adversário(1 Pd 5,8): depois de expulso do céu, não busca outra coisa senão criar inimizade entre os filhos de Deus e o seu Criador. o O Anjo do Abismo (Ap 9,11): danifica os homens, deforma toda a sua beleza e semelhança com Deus (bebidas, drogas e prostituição). o O Dragão (Dn 14,23-27; Ap 12,7): dia e noite ele nos acusa do nosso pecado. o O Sedutor (Ap 20,10): Quer que todos pequem. “Vigiai, sede sóbrio, porque o demônio, vosso, anda a derredor, o bramando como um leão buscando a quem devorar”. (Ap 20,10) o Belzebu( príncipe dos demônios) demônio do orgulho e da heresia. GLOSSÁRIO: Ocultismo: “Ciência” dos fenômenos que parecem não se poder explicar pelas leis naturais, como a levitação, telepatia, astrologia, etc. 20° ENCONTRO: OS SANTOS NA IGREJA São Francisco de Assis e Santa Clara de Assis “Sede santos, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv 19,2) Para cantar: Ou Santos ou Nada (Ricardo Sá) Ou santos ou nada mais queremos ser, ou santos ou nada, ou santos ou nada mais (bis) 1 – Em meu pensar, em meu sentir, quando eu falar, na hora de decidir, em todo o meu proceder, acima de tudo, em meio a tribulação ou santos ou nada. Junto aos anjos, a virgem Maria e a Santíssima trindade estão também os santos, testemunhas fiéis e radicais da pessoa de Cristo. A Igreja os propõe como modelos imitadores de Cristo, mostrando-nos ser possível a vida de santidade. O próprio Jesus nos pede a santidade quando diz: “Sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). Imitar a Jesus é, portanto, viver o amor puro a Deus e ao nosso próximo; Ele mesmo falou que os “benditos de seu Pai” são aqueles que, por causa dele, fazem o bem a todos os necessitados. (cf. Mt 25,34-40) A INTERCESSÃO DOS SANTOS O exemplo de Maria que pediu o milagre ao Filho nas bodas de Caná (cf. Jo 2,1- 12), os santos rogam a Deus por nós. Vejamos alguns textos bíblicos que ilustram a questão da intercessão: v Em Ex 32,11-14 Moisés pede a Deus pela intercessão de Abraão, Isaac e Jacó v Em Mt 10,8 Jesus manda os apóstolos agirem em Seu nome v Em At 3,1-10 Os apóstolos curam em nome de Jesus Muitos irmãos evangélicos não aceitam os santos como intercessores a nosso favor, dizendo que Jesus Cristo é o único Mediador, entre Deus Pai e o homem (cf. 1 Tm 2,5-7). Os santos não são um obstáculo para nos dirigirmos diretamente a Deus Pai, a Jesus e ao Espírito Santo; simplesmente eles, com seu exemplo de fé cristã, nos estimulam a aproximarmo-nos de Deus. Quando a Igreja Católica diz que os santos são nossos intercessores diante de Jesus Cristo não quer dizer que eles são os que fazem os milagres; quem faz os prodígios entre nós são sempre o Deus Pai, Jesus – o Deus Filho e o Espírito Santo. É claro que em nossa veneração aos santos devemos evitar os excessos. Por exemplo, existe muita gente que não busca os santos como modelo de fé cristã, mas somente como remédio para as enfermidades, angústias e dificuldades ou para encontrar um objeto que perdeu. Outro excesso é ajoelhar-se diante da imagem de um santo ou percorrer um longo percurso ajoelhado para pagar promessa. Quando vemos algum exagero é importante ajudar a pessoa, corrigindo-a fraternalmente. OS SANTOS MÁRTIRES No início da Igreja os cristãos foram muito perseguidos por causa da fé em Cristo, por isso muitos foram mortos de maneira trágica, sobretudo no território que compreendia o Império Romano. Daí surgiu o termo mártir. O martírio é o ponto mais alto da santidade porque faz do cristão um seguidor de Jesus Cristo até o ponto de entregar a vida, deixando derramar o seu sangue como testemunho. Os santos mártires são aqueles que deram a sua vida pelo Cristo e pela Igreja. São eles: Santo Estevão (cf. At 7,55-60), São Paulo e os apóstolos que conviveram com Jesus, exceto Judas Iscariotes, o traidor. OS SANTOS FUNDADORES Ao longo da história da Igreja surgiram alguns santos que fundaram ordens religiosas importantes para a evangelização universal, destacamos alguns dentre os mais conhecidos: São Bento (480-547): fundador da ordem beneditina que se baseou no lema “Ora et labora” – trabalha e reza ; Santo Inácio de Loyola (1491-1556): fundou a Companhia de Jesus – responsável pelo trabalho nas escolas católicas e pela catequização; São Francisco de Assis (1182-1226): fundou a ordem franciscana – com o objetivo de resgatar as raízes cristãs, sendo estas expressas em três votos: a pobreza, a castidade e a obediência. OS SANTOS DOUTORES DA IGREJA Alguns santos contribuíram decisivamente para o esclarecimento dos ensinamentos cristãos (a doutrina) deixados por Jesus. Estes vivenciaram o testemunho do amor ao próximo, registrando nos seus escritos considerados verdadeiros “tesouros da fé”. São eles: Santo Agostinho (354-430) em sua obra mais conhecida Cidade de Deus; São Tomás de Aquino (1226-1274) na Súmula Teológica , Santa Teresa de Avila (1515-1582) em sua obra Castelo Interior onde escreve sobre a profundidade da oração, S. Teresa de Lisieux em sua obra História de uma Alma (1873-1897) ou Santa Teresinha do Menino Jesus como é popularmente conhecida. Além destes há muitos outros, apresentamos os mais conhecidos. OS SANTOS PADROEIROS São aqueles escolhidos para serem homenageados, utilizando-se do seu nome para nomear um lugar, estabelecimento ou Igreja em que a religiosidade do povo expressa a sua devoção e respeito ao santo. É bom lembrar que a Virgem Maria também é escolhida muitas vezes como padroeira, porém, ela não se assemelha aos santos no sentido de que não é canonizada pela Igreja. Sendo a mãe de Cristo, ela é denominada Santíssima – consagrada por Deus, não pelo papa. O SANTO BRASILEIRO O primeiro santo brasileiro foi canonizado pelo papa Bento XVI em 2007 durante a abertura da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho. Seu nome: Antônio de Sant’Anna Galvão (1739-1822), o frei Galvão. Frei Galvão nasceu em Guaratinguetá (176 km a nordeste de São Paulo), onde há hoje um museu com seus pertences. Na capital paulista, fundou, em 1774, o atual Mosteiro da Luz. Na cidade, a devoção ao frade é sintetizada pela busca por suas pílulas, que teriam o dom de facilitar partos e curar doenças. A CANONIZAÇÃO A canonização é o reconhecimento definitivo pelo qual a Igreja (na pessoa do Papa) declara que alguém, que viveu exemplarmente a fé e participa da glória celeste é digno de veneração pública. Uma pessoa não é santa porque a Igreja canoniza, mas a Igreja a canoniza porque ela é santa. Nos primeiros tempos da Igreja, até meados do séc. VI bastava o reconhecimento da comunidade cristã para que se desse início a veneração do santo. Com o tempo a Igreja exigiu um processo mais detalhado de canonização, pedindo o relato de testemunhas, documentos comprobatórios e a comprovação de pelo menos três curas ou milagres realizados através da intercessão do santo. A partir do séc. XI, para evitar abusos, a Igreja começou a instituir um processo a fim de examinar a vida e os escritos (a doutrina) daqueles que a opinião geral chamava de santos. Começou assim o chamado Processo de Canonização. O processo tinha as seguintes etapas: Primeira: verificava se o candidato a canonização fora reconhecido sem licença da Igreja. Segunda: examinava os escritos e palavras da pessoa que se pretendia canonizar. Havendo qualquer coisa contra a Fé, o processo era encerrado. Terceira: depois, havia o processo sobre as virtudes, no qual se examinavam os dez últimos anos de vida do candidato a santo. Tendo havido um só pecado mortal nesse período de vida, o processo era encerrado negativamente Quarta: eram necessários milagres alcançados através do candidato a ser canonizado. Esses milagres deveriam ter sido realizados após a morte do santo, para provar que ele estava realmente unido a Deus. Milagres realizados durante a sua vida não valeriam para a canonização, pois que o dom dos milagres poderia ser apenas um carisma, e não fruto da união com Deus. Atualmente, todo esse processo rigoroso foi abolido, e substituído por uma biografia positiva do candidato a santo, acrescido da comprovação de dois milagres realizados mediante a intercessão da pessoa. Também são examinados os escritos impressos do candidato e a inspeção do Bispo. O resultado dessas simplificações foi a enxurrada de canonizações e beatificações dos últimos anos. A BEATIFICAÇÃO A beatificação é quando o Papa declara alguém beato, ou seja, reconhece que a pessoa era bem aventurada, sendo dotada de virtudes cristãs dignas da imitação de todos. Qual a diferença entre beatificação e canonização? Ø Na beatificação a Igreja emite uma declaração reconhecendo a vida virtuosa da pessoa, mas não realiza nenhuma celebração solene tal como é feito na canonização de um santo. Ø A canonização é feita somente pelo Papa reunido com os bispos em Concílio, Conferência, etc. Já a beatificação é mais simples. Ø Na canonização a Igreja autoriza o culto público (as orações, invocações e missas) ao santo nas igrejas e oratórios, a veneração oficial de suas relíquias etc. no mundo todo. Já na beatificação a Igreja permite o culto ao beato somente na região ou lugar em que viveu. Ø O processo de beatificação exige um milagre ou cura comprovada e testemunhada; já a canonização exige pelo menos duas curas realizadas mediante a intercessão da pessoa AS IMAGENS “O mandamento divino incluía a proibição de toda representação de Deus por mão do homem. (…) No entanto, desde o Antigo Testamento, Deus ordenou ou permitiu a instituição de imagens que conduziriam simbolicamente a salvação por meio do Verbo encarnado, como são a serpente de bronze (cf. Nm 21,4-9 ),a Arca da Aliança e os querubins (cf. Ex 25,10-22)” CIC 2129-2130 A nossa Igreja recomenda o respeito e a veneração as imagens de Nossa Senhora e dos santos, mas nunca ensinou a adoração a uma imagem; faz isso baseada na distinção entre imagens religiosas e imagens tomadas como “ídolos”, estas são colocadas no lugar de Deus, desviando-nos do Deus verdadeiro. Aprofundaremos este tema na próxima unidade da apostila. Para evitar exageros o Concílio Vaticano II pediu que não se repetisse mais de uma imagem de cada santo nas igrejas e que o lugar central da Igreja seja reservado para a imagem de Cristo, visto que os santos foram imitadores de Jesus. Lembramos que a Igreja não obriga ninguém a invocar e a ter devoção aos santos. Isto depende do gosto, da cultura e da liberdade de cada cristão. Oração ao Santo Antônio de Sant’Ana Galvão: Ó Jesus Santíssimo, mostra-nos o crédito que o vosso servo frei Antônio de Sant’Ana Galvão tem junto ao trono do Vosso misericordioso poder, concedendo-lhe socorrer a todos que em suas necessidades, cheios de confiança, solicitarem a sua intercessão. Isto Vos pedimos se for para a Vossa maior honra e glória. Amém. 1) Explique quem são os anjos e quem são os santos. O que há de comum em ambos? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 2) Como são classificados os anjos e os santos? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 3) Qual a diferença entre uma imagem e uma relíquia? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ A vida de santidade está profundamente relacionada com o cotidiano e com a prática concreta da vida de cada dia; para ser santa, a pessoa não precisa fugir do seu estado de vida. Santo não é somente os que estão nos altares e oratórios, mas os que assumem na sua vida o projeto de Jesus. Busquemos nós também a santidade e façamos o mundo melhor! VOCÊ SABIA? Uma relíquia é um objeto ou “peça” associada a uma história religiosa. Podem ser objetos pessoais ou partes do corpo de um santo. As relíquias são normalmente guardadas em receptáculos próprios chamados relicários. A Igreja se utiliza desta prática baseada nos atos dos apóstolos. Conferir: At 5,14-16 A sombra de Pedro, At 19,11-12 Os objetos de Paulo e os milagres realizados por Deus. SAIBA MAIS… Classificação das Relíquias: A Igreja Católica definiu a seguinte classificação de relíquias: · Primeira Classe: parte do corpo de um santo (ossos, unhas, cabelo, etc.) · Segunda Classe: objetos pessoais de um santo (roupa, um cajado, os pregos da cruz, etc.) · Terceira Classe: inclui pedaços de tecido que tocaram no corpo do santo, ou, no relicário onde uma porção do seu corpo está conservada. É proibido, sob pena de excomunhão, vender, trocar ou exibir para fins lucrativos relíquias de primeira e segunda classe. – Na Igreja há uma festa em honra de todos os santos canonizados no dia 1° de novembro Glossário: Excomunhão: é a proibição pública de receber os sacramentos e as orações da Igreja 21° ENCONTRO: O CÉU, O PURGATÓRIO E O INFERNO “Entrai pela porta estreita, porque largo e espaçoso é o caminho que conduz a perdição” (Mt 7,13) Para cantar: Lindo Céu (Adriana) Por sobre as nuvens Existe um lindo céu Maravilhoso céu Morada dos Anjos Por sobre as nuvens Existe um trono Cujo Rei Está assentado A direita de Deus Céu, lindo céu É o lugar onde eu quero viver Pra sempre Céu, lindo Céu É o lugar que o meu Deus preparou Pra mim Céu, lindo céu Onde com os Anjos eu cantarei adorando ao Senhor Durante a nossa vida temos a oportunidade de escolher estarmos em Deus ou nos apartarmos Dele. As nossas atitudes, comportamentos, intenções e ações de modo geral expressam o nosso desejo de estar junto do bem ou do mal; daí pode-se concluir se estamos em Deus ou não. ü Ler Luc 16,19-31 – A Parábola de Lázaro e o rico ü Ler Mc 9,42-50 – Os escândalos e o corpo ü Ler Mt 25,34-46 – As obras de misericórdia, o céu e o inferno ü Ler Mt 13,34-43 – Parábola do joio e do trigo O JUÍZO PARTICULAR Quando morremos temos o juízo particular (cf. Hb 9,27; II Cor 5,10), onde diante de nós teremos o livro da nossa vida aberto (cf.Ap 20,12) , para que sejamos julgados individualmente de acordo com o que fizemos de bem ou de mal. A Palavra de Deus e os ensinamentos de Jesus serão o parâmetro de decisão a nosso respeito. O que acontece após a morte? A alma que acaba de deixar o corpo sente-se como envolvida por Deus, tão grande é a santidade que a cerca que ela vê toda sua vida terrestre e o que ela merece diante da Justiça Divina. O que acontece quando termina a nossa história e aparecemos diante de Deus? A luz da Verdade descobre tudo e à força da santidade, rejeita a alma manchada (aquela em que há faltas, omissões, atos e delitos, falsidades entre outros). A Fé nos diz que o homem querido por Deus é procurado por Sua graça e Vontade, sendo aceito no céu. O amor do Altíssimo o faz participante da Justiça de Cristo; não que a pessoa merecesse, mas Ele gratuitamente o permite. Quando alguém morre deixa o tempo. “Passou o dia” no qual pode “fazer as obras de Deus” Jo 9,4 ; porém, diante de Deus que é a Verdade atos da existência humana não podem ser ignorados. Seu amor não consiste em apontar nossos erros, mas em extrair estes erros pela raiz. A transformação se dá, sobretudo, pelo arrependimento, admitindo a culpa e reparando o que foi possível, pois o homem entra na luz de Deus e se vê com os seus próprios olhos. Após o juízo somos destinados a uma das três dimensões espirituais: O CÉU “Os que morrem na graça e na amizade de Deus, e que estão totalmente purificados, vivem para sempre com Cristo. São para sempre semelhantes a Deus, porque o vêem ‘tal como ele é’ (I Jo 3,2), face a face (I Cor 13,12) CIC 1023 Ele é um estado de plena alegria, paz e comunhão. (Cf. Mt 5,8). Nele se encontram a Santíssima Trindade, a virgem Maria, os anjos e todos os santos; ou seja, a corte celeste, também chamada de Igreja triunfante. A alma que não tem pecado mortal, mas possui faltas veniais ou culpa, a luz divina significa apenas o juízo, pois o seu estado não condiz com a perfeição de Deus. A alma não agüentaria a permanência no reino da santidade. O PURGATÓRIO “Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do céu. A Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados” CIC 1031 É um estado de purificação da alma, em que esta permanece temporariamente até que esteja limpa de todo mal conseqüente do seu pecado. Mesmo as almas de coração endurecido, que criticam a Deus, interrompendo a sua conversão até a morte, tem chance de arrependimento e purificação. Aí Deus, em sua misericórdia infinita, promove a “limpeza do espírito”. (Cf. Mt 12,32, Mt 5,25-26 e Ap 21,27). As almas que aí se encontram fazem parte da Igreja padecente. A Igreja padecente recebe este nome porque é formada por almas que precisam de ajuda, já não podem (como em vida) satisfazer a justiça divina por obras, necessitando da nossa ajuda. Acerca do purgatório São Tomas de Aquino nos ensina o seguinte: “A alma do homem se compara a uma folha em branco, na qual no decorrer de sua vida lança tudo quanto se refere a sua espiritualidade e conduta moral. A alma assimila o que chegou a conhecer e a amar; porém, durante a sua existência humana o homem pode revirar os valores e considerar o mundo e ele próprio mais importante. Desse modo, o corpo e a matéria se sobressaem aos valores sacrossantos, os quais se distanciam da pessoa. O homem que aprendera a viver na imitação de Cristo (persona Christi) o sentido para se santificar, transforma-se em adversário do Senhor. O mistério da Santa comunhão cede lugar a comunhão profana, onde a malícia, e a perversidade ganham existência em sua alma. Quando na hora da morte o espírito se separa do corpo, nada se modifica em relação aquilo que era aceito em vida; como por exemplo: virtudes e paixões (busca desenfreada de prazeres ligados aos sentidos do corpo), vícios e inclinações secretas (desejos sexuais, desejos de vingança e morte, impulsos da vontade, etc.); é como se a alma estivesse vivendo com a mesma vontade que estava no corpo quando vivo. Enquanto a pessoa possuía um corpo a alma aceitava o prazer dos olhos, da carne e da satisfação do orgulho da vida, a malvadez contra o próximo, a desobediência contrária aos ensinamentos de Deus; pois estes garantiam satisfação ao corpo. Mas agora após a morte a alma experimenta tudo isso que gozava em vida como uma doença espiritual que lhe corrói, experimentando a vergonha, o sofrimento, a escuridão, o desespero e a completa solidão” Diante deste quadro mostrado por São Tomas cabe lembrar que todo sofrimento passado pelas almas no purgatório serve para prepara-las para o encontro com Deus; daí a necessidade de uma purificação correspondente ao mal praticado. Como podemos ajudar as almas? 1 – Participando da missa, não apenas encomendar uma missa. Na missa oferecemos ao Pai Celeste os méritos e sofrimentos de Seu Divino Filho, Suas santas chagas, o sangue precioso e Sua dolorosa morte para reparação dos pecados. 2 – Fazendo sacrifícios. 3 – A reza do terço pedindo pela remissão das almas, recordando que Maria é a porta do céu. 4 – A reza da Via-sacra onde oferecemos a paixão e morte de Nosso Senhor e as lágrimas da Mãe Dolorosa. Ao final de cada estação podemos rezar: “Senhor Jesus, pregado na cruz compadecei-vos de nós e das almas do purgatório”. 5 – A busca de Indulgências plenárias – perdão concedido por Deus para as conseqüências dos pecados já perdoados na confissão. 6 – A prática de virtudes e boas obras, oferecendo a Nossa Senhora e ao anjo da guarda. Exemplo: exercitar a humildade para os que sofrem da soberba, exercitar o jejum para aqueles que são gulosos, paciência e mansidão para os que sofrem com a impaciência e a ira, a esmola para os que sofrem a avareza 7 – Emitindo jaculatórias como: “Em nome do Senhor Jesus tudo por amor a Vós, seja tudo feito por vós, Sagrado Coração de Jesus, através de Vossa santa Mãe”. 8 – A utilização da água benta e a prece da Igreja que sobe ao céu, atraindo graças, pois a água foi abençoada pelo padre, sendo um sacramental da Igreja. 9 – Acender velas bentas na intenção das almas, pois iluminam as pobres almas. A DISCORDÂNCIA Os nossos irmãos evangélicos discordam do Purgatório alegando que esta palavra não se encontra na Bíblia; contudo as palavras “Trindade” e “Encarnação” também não estão presentes nas Escrituras, mas todos nós cristãos católicos e evangélicos acreditamos neste mistério. O INFERNO “Não podemos estar unidos a Deus se não fizermos livremente a opção de amá-lo. Mas não podemos amar a Deus se pecamos gravemente contra Ele, contra o nosso próximo ou contra nós mesmos” (…) Morrer em pecado mortal sem ter-se arrependido dele e sem acolher o amor misericordioso de Deus significa ficar separado do Todo Poderoso para sempre, por nossa própria opção livre. E é este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem aventurados que se designa com a palavra “inferno” CIC 1033 É um estado de intenso sofrimento, em que as almas queimam eternamente, Jesus se refere a tal estado como “Geena”-fogo que não se apaga (cf. Mt 5,22-29), fogo eterno (cf. Mt 25,41), fornalha ardente (cf. Mt 13,41-42). Destino dos escandalosos, dos perversos, enfim, daqueles que se assemelham a satanás e aos seus anjos malignos. (Cf. Ap 20,10. 14-15) – Os ausentes do livro da vida Além da Igreja triunfante e da Igreja padecente nós que fazemos parte do povo de Deus neste mundo somos a Igreja militante. Militamos, ou seja, lutamos por um mundo melhor, procurando começar aqui o Reino de Deus; peregrinamos nesta terra sabendo que esta realidade material em que vivemos é passageira. Nossa esperança é que a vida bem vivida aqui nos garante a eternidade com Deus. É importante lembrar que o céu deve ser o nosso destino, não como um prêmio que ganhamos por termos sido “bonzinhos”, pois aí o bem que fazemos serviria unicamente como um meio para atingir um fim que o EU quer, sem muitas vezes me preocupar com os outros. O merecimento celeste é a conseqüência de uma vida de amor, vivida com despojamento de si e doação de si para os outros. A ORAÇÃO PELOS FINADOS As nossas orações se dirigem ao céu quando rogamos ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo bem como toda corte celeste, mas se dirigem, sobretudo, as almas que estão no purgatório, no processo de purificação, na esperança de que sejam elevadas ao céu. No Antigo Testamento no livro de Macabeus (cf. II Mc 12,42-46) vemos uma narração onde Judas Macabeus ora pelos combatentes mortos na batalha pedindo a Deus que os liberte de seus pecados. No Novo Testamento Paulo refere-se a Onésimo (cf.II Tm 1,1-18) pedindo a Deus que alcançasse a misericórdia. Nas catacumbas ou cemitérios onde eram enterrados os primeiros cristãos ainda existem esculpidas muitas orações pedindo pela alma dos mortos. Os primeiros padres da Igreja escrevem sobre isso. Tertuliano (160-222), São João Crisóstomo (344-407) entre outros. A tradição dos primeiros cristãos ensinou sobre a necessidade de recorrer a Deus também após a morte das pessoas, por isso se faz o velório dos entes queridos, um costume muito difundido entre nós. Oração: Ó meu bom Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu e socorrei aquelas que mais precisarem da Vossa misericórdia. Amém ATIVIDADES: 1) Descreva com as suas palavras o que mais lhe chamou a atenção na parábola do rico e de Lázaro (Lc 16,19-31) _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 2) Se Deus não nos predestina para o Inferno, por que muitas almas são destinadas para lá? O que Jesus nos ensina sobre isso? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 3) Por que nós cristãos rezamos pelas almas do purgatório? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ O exemplo dos primeiros cristãos nós também precisamos rezar pelos nossos finados, em especial por nossos entes queridos. Orar pelos vivos e pelos mortos é uma obra de misericórdia e amor. A vida de santidade está profundamente relacionada com o serviço ao próximo VOCÊ SABIA? – Os apóstolos introduziram a “comemoração” dos fiéis defuntos na celebração dos mistérios (liturgia) crentes de que as suas almas obteriam grandes favores a partir das nossas orações. – São Miguel Arcanjo não é apenas testemunha, mas também o executor da Justiça Divina, sendo encarregado de conduzir as almas à bem-aventurança eterna. FIQUE ATENTO! – O céu, o purgatório e o inferno não são lugares tais como estes que nós conhecemos, pois não tem matéria nem estão no tempo. São eternos, são uma realidade incorruptível, que permanece para sempre. – Peçamos sempre a intercessão da Virgem Maria e dos nossos anjos da guarda por nós e pelas almas do purgatório, especialmente nos seus dias de festas. – Deus não predestina ninguém para o inferno, para isso é preciso uma aversão voluntária a Deus (um pecado mortal) persistindo nele até o fim. SAIBA MAIS… As Doze Bem Aventuranças das almas do purgatório: São Bernardino de Sena (1380-1444) famoso franciscano e missionário italiano nos ensina: Sobre as almas do purgatório 1 – Estão na graça, já não podem cometer pecado 2 – A sua salvação já é certa 3 – Estão na vontade de Deus, por isso aceitam a Sua correção 4 – Aceitam a dor a fim de serem transformadas 5 – Adquiriram o amor dos santos que rezam por elas, fazendo-as participar da luz eterna 6 – São fortalecidas e consoladas pelos anjos que descem ao purgatório como o anjo desceu para encorajar o Senhor no Getsêmani 7 – Pertencem a comunhão dos santos, como Igreja padecente pertencem ao corpo místico de Jesus 8 – São constantemente santificadas 9 – São ajudadas pelas pessoas vivas 10 – Absorvem o que os vivos oferecem a elas 11 – Contribuem para satisfazer a justiça divina 12 – Sentem alegria na contribuição dos seus sofrimentos, para se aproximarem da Justiça Divina LEITURA COMPLEMENTAR Ler sobre os sonhos de Dom Bosco, um santo da Igreja que teve a visão do céu, do purgatório e do inferno. In: www.cot.org.br/igreja/o-sonho-de-dom-bosco-ceu.php GLOSSÁRIO: Jaculatória – frases religiosas Sacrosanctum – algo santo e sagrado
22° ENCONTRO: AS PASTORAIS, MOVIMENTOS DA IGREJA E AS COMUNIDADES DE BASE “Eles eram assíduos ao ensinamento dos apóstolos e a comunhão fraterna, a fração do pão e as orações” (At 2,42) Para cantar: O Senhor tem Muitos Filhos O Senhor tem muitos filhos, muitos filhos Ele tem. Eu sou um deles, você também, louvemos ao Senhor. REFRÃO Braço Direito Braço esquerdo / Perna direita / Perna esquerda / Balança a cabeça / Dá uma voltinha / Dá um pulinho / Abraça o irmão. O Concílio Vaticano II ocorrido na década de 60 renovou a Igreja em todos os sentidos, principalmente na liturgia e nos seus movimentos eclesiais de base. A dimensão social e espiritual foi reorganizada, procurando valorizar mais o trabalho e a participação dos leigos; ou seja, de todos nós batizados. AS PASTORAIS Surgiram as Pastorais – trabalhos voluntários de caráter social que expressam a caridade em ações concretas. Vejamos algumas Pastorais da Igreja: Ø Pastoral Afro – brasileira: desenvolve ações de apoio em defesa do afrodescendente Ø Pastoral da Catequese: responsável pela motivação, pelo ensino e pelo estimulo a vivência do Evangelho Ø Pastoral da Comunicação: promove a evangelização através dos meios de comunicação social Ø Pastoral da Criança: acompanha o crescimento e desenvolvimento das crianças subnutridas e desnutridas, bem como também os seus familiares, prestando assistência em todas as necessidades materiais; promovendo a orientação e capacitação comunitária Ø Pastoral Carcerária: promove a evangelização dos que estão na prisão e nas penitenciarias Ø Pastoral do Dízimo: ver tema transversal n° 6 Ø Pastoral da Família: cria espaço de diálogo e reflexão em torno dos problemas que afetam a família, é responsável pela preparação dos noivos que pretendem se casar Ø Pastoral da Juventude: cria espaços de convivência sadia entre os jovens, permitindo o diálogo e a reflexão sobre a realidade a luz do Evangelho Ø Pastoral Litúrgica: responsável pela animação das missas e demais celebrações eucarísticas, possibilitando a compreensão e a vivência do Evangelho Ø Pastoral da Saúde: presta auxílio terapêutico natural aqueles que não têm condições de recorrer a medicina legal Ø Pastoral da Sobriedade: responsável pelo tratamento e desintoxicação de dependentes químicos, alcoolizados, etc. Ø Pastoral Universitária: promove a evangelização entre os universitários, fomentando a conscientização acerca da responsabilidade profissional e ética Ø Pastoral Vocacional: motiva e acompanha os jovens vocacionados ao sacerdócio ou a vida religiosa, permitindo um processo de discernimento. Além das Pastorais acima citadas há muitas outras; conforme a necessidade local em que se encontra a Igreja cria-se ou organiza-se um serviço pastoral. OS MOVIMENTOS ECLESIAIS Além das Pastorais surgiram também os Movimentos eclesiais – a reunião de leigos com o objetivo de aprofundar a espiritualidade, ou seja, o relacionamento com Deus e com os irmãos: v ECC- Encontro de Casais com Cristo: realizam um trabalho de motivação dos relacionamentos entre os casais e a família constituída v Focolares: reúne-se para viver a fraternidade e a unidade transformadora, mesmo na vida política v Legião de Maria: reúne-se toda semana para rezar o terço e partilhar as vivências, realiza visitas a hospitais, abrigos, cadeias, etc. com o intuito de rezar e partilhar a Palavra v MCC- Movimento Cursilho de Cristandade: tem como objetivo a formação cristã baseada na vivência do primeiro anúncio do Evangelho v Movimento Sacerdotal Mariano: reúne-se para rezar o terço e buscar formação a partir de um livro contendo mensagens ligadas a devoção ao Imaculado Coração de Maria v Renovação Carismática Católica: reúne-se em grupos de oração e ministérios diversos ligados aos grupos, cultivando uma espiritualidade ligada a vivência do batismo no Espírito Santo. Há ainda muitos outros movimentos não mencionados, os acima descritos se destacam pela sua abrangência e eficácia. É importante ressaltar que as Pastorais e Movimentos devem sempre ter o acompanhamento de um “diretor espiritual”, o qual garante a formação doutrinal (fidelidade aos ensinamentos de Cristo) para que as Pastorais não se reduzam a um serviço meramente assistencial e para que os Movimentos não se distanciem da realidade histórico-social. Como vemos, deve haver um equilíbrio entre as dimensões social e espiritual, ambas se completam concretizando os ensinamentos de Jesus. AS COMUNIDADES DE BASE As CEBs são uma reunião de pessoas que vivem na mesma região e possuem a mesma fé. São eclesiais, porque estão unidas à Igreja. São de base porque são constituídas de pessoas das classes populares. Localizam-se em geral na zona rural e na periferia das cidades. Organizam-se em torno das paróquias ou capelas por iniciativa de leigos, padres ou bispos. AS COMUNIDADES DE VIDA São formadas por um conjunto de leigos consagrados a Deus, que se dedicam integralmente ao anúncio da Palavra mantendo-se de doações. Há duas modalidades de consagração: o A Comunidade de Vida – onde a pessoa mora junto com os outros irmãos de comunidade, vivendo da providência divina o A Comunidade de Aliança – onde o membro da comunidade participa das atividades comunitárias, mas tem o seu trabalho, a sua casa e a família; destinando parte do seu tempo para a evangelização Vejamos algumas Comunidades de vida atuantes no Brasil: – Comunidade Canção Nova: evangeliza através dos Meios de Comunicação Social – Comunidade Obra de Maria: evangeliza através de peregrinações (viagens religiosas) a terra santa e aos lugares considerados santos pelo cristianismo – Comunidade Shalon: evangeliza levando a paz onde quer que esteja, seja pela oração, pelo anúncio da Palavra, pelas partilhas, etc. – Comunidade Betânia: evangeliza através da desintoxicação dos dependentes químicos e viciados em geral – Comunidade Mar a Dentro e Comunidade Fraterna no Amor: evangeliza atendendo as pessoas com serviços de Formação, Intercessão e Acolhimento ATIVIDADES: 1) Você já freqüenta alguma Pastoral ou Movimento da Igreja? Qual? Caso não freqüente, gostaria de fazer parte de algum? Qual? ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 2) Qual a diferença entre Pastorais e Movimentos eclesiais? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 3) O que você entendeu sobre as comunidades de base e as comunidades de vida? Explique. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Para Refletir: Se Jesus nos convida a lavar os pés uns dos outros, a procurar o último lugar (de quem serve), a ser pobre de coração, pequeno e humilde como Ele, a descer as escadas ao encontro dos que foram esquecidos é porque Ele nos conhece e sabe que facilmente nos apegamos as funções (poder) que exercemos, seja na sociedade ou na Igreja. Todos nós exercemos muitos dons de Deus e a humildade consiste em pô-los em prática em favor dos outros Em casa procuremos pensar: o que absorve mais o meu tempo? Tenho alguma iniciativa em relação aos outros? A resposta pode trazer uma certeza: desta vida não levamos nada além do bem que fazemos. Oração da Serenidade: Senhor, daí-me coragem para mudar as coisas que precisam ser mudadas, paciência para esperar as que ainda não posso mudar e sabedoria para distingui-las. Amém! FIQUE ATENTO! – A sua comunidade cristã precisa de cristãos corajosos, que participem de uma Pastoral, Movimento ou Comunidade buscando contribuir com um mundo melhor, mais humano, mais digno, mais correto em termos éticos. LEITURA COMPLEMENTAR CIC 2443-2449 A preferência pelos pobres TEMA TRANSVERSAL CINCO: O DÍZIMO Dízimo á a devolução a Deus de uma pequena parcela dos nossos bens em forma de ação de graças pelo muito que Dele recebemos. É aquela parte reservada para a manutenção da Igreja e das pessoas que procuram ajuda na Igreja. Assim diz a Bíblia: “Todos os dízimos da Terra são propriedades do Senhor… São coisas consagradas ao Senhor”. (Lv 27,30) “Faze todas as tuas oferendas com semblante alegre, e com exultação consagra o teu dízimo. Dá ao Altíssimo segundo a doação que Ele te fez.” (Eclo 35,12) “Trazei ao tesouro do templo o dízimo integral, para que haja recursos na minha casa. Fazei comigo a experiência- dia o Senhor dos Exércitos. Vamos ver se não abro as comportas do céu” (Ml 3,10) Consagrar nosso dízimo é colocar nossos bens a serviço do Reino de Deus. Jesus disse: “Recebestes de graça, de graça daí” (Mt 10,8-10) ou ainda “Daí a César o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus” (Mc 12,17). O Dízimo deve ser visto como um dom de Deus, um dom que nos torna abertos para receber as graças de Deus. QUANTO DEVO DAR DE DÍZIMO? Cada um dê conforme o impulso de seu coração, não dê de má vontade ou constrangido, pois Deus ama a quem dá com alegria. É importante ressaltar que na Igreja, você batiza seus filhos, usa para a catequese, você reza, agradece a Deus , manda celebrar missa de louvor, ação de graças, nos momentos de dor e pelos entes queridos. Se a comunidade funciona bem, sua família também será privilegiada. Como em sua casa você tem gastos, a igreja também tem suas despesas mensais. O dinheiro do Dízimo que nós levamos à Igreja vai para as seguintes finalidades: v Finalidade religiosa: folhetos da missa, folhetos de cantos, toalhas, velas, luz, manutenção, funcionária da igreja. jardim. Despesas com as pastorais: catequese, batismo, crisma, encontros de formação de catequistas; casa do padre, combustível, etc. v Finalidade social: atender por motivos diversos pessoas que não podem manter o seu sustento como os doentes, idosos, peregrinos, etc… “O estrangeiro, órfão e a viúva que estiverem em tua cidade, eles comerão à saciedade, para que o Senhor teu Deus te abençoe em todos os teus trabalhos. (Dt 14,29) “Tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber,era peregrino e não me acolhestes, estava nu e não me vestistes, estava enfermo e não me visitastes” (Mt 25,42-43). Por isso o dízimo é criador de um espírito comunitário e me leva ao encontro do irmão necessitado, e eu, acolhendo o irmão, estou acolhendo o próprio Jesus. v Finalidade missionária: Parte do dízimo que levamos é destinado a Diocese, a manutenção do seminário para a formação de futuros Padres, Freis, futuros missionários. Lembre-se que temos que ajudar a todos que se dedicam a evangelização. A evangelização através dos meios de comunicação social é outro destino do dízimo. OFERTAS: são contribuições espontâneas que fazemos durante a Santa Missa, na hora da coleta, momento propício para manifestar nossa gratidão pelos dons recebidos de Deus. Portanto, o dízimo é um dos meios pelos quais cada cristão vivendo como membro do corpo místico de Cristo, partilha um pouco do que tem pela vida e manutenção da Igreja. Além da contribuição material a Igreja precisa também do nosso trabalho voluntário; partilhar um pouco do nosso tempo ajudando nos movimentos e pastorais da Igreja ou fazendo obras de caridade é uma forma de cumprir o mandamento de Jesus: “Amai-vos uns aos outros”. SUGESTÕES DE DEBATE: – Por que devo ser dizimista? – Para onde vai o dinheiro do dízimo? – Dízimo salva a gente? – A Igreja é rica?
23° ENCONTRO: O ECUMENISMO “Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em Mim. Para que todos sejam um.” Jo 17,20-22 Para cantar: Que seja Um Que seja um, é o que Eu quero mais. Que seja um, é o que Eu quero mais. O Meu Amor é o que os torna capazes. Sem medo algum, se amem mais. Sem medo algum, se amem mais. O Meu Espírito é quem age e faz. ü Ler Jo 10,14-18 Sobre a Unidade dos Cristãos ü Ler Ef 4,15 Sobre a unidade entre a Igreja e Cristo ü Ler Jo 17,9-14 Jesus roga pela unidade dos cristãos O Ecumenismo é o movimento nascido sob a ação do Espírito Santo que busca a união dos cristãos de diferentes Igrejas através do diálogo teológico, a oração e o serviço em comum para com os necessitados. Já no pontificado do Papa Paulo VI se fazia um chamado para acelerar passos em direção ao ecumenismo. O Concílio Vaticano II foi a maior ação da Igreja neste sentido, pois convidou outras religiões cristãs para participar dos debates. “Promover a restauração da unidade entre todos os cristãos é um dos principais propósitos do sagrado Concílio Ecumênico Vaticano II. Pois Cristo Senhor fundou uma só e única Igreja. Todavia, são numerosas as Comunhões cristãs que se apresentam aos homens como a verdadeira herança de Jesus Cristo. Todos, na verdade, se professam discípulos do Senhor, mas tem pareceres diversos e caminham por rumos diferentes, como se o próprio Cristo estivesse dividido. Esta divisão, porém, contradiz abertamente a vontade de Cristo e é escândalo para o mundo, como também prejudica a santíssima causa da pregação do Evangelho a toda a criatura” (Papa Paulo VI, UR, Decreto do Concílio Vaticano II, 1964) Quais são as Igrejas co-irmãs da Católica no Ecumenismo? † A Igreja Católica Ortodoxa (Oriental): se separou da Igreja Católica no século XI, ela conservou a mesma doutrina e os sacramentos, mas não reconhece a autoridade do Papa † A Igreja Anglicana: surgiu no século XVI quando Henrique VIII rei da Inglaterra, desejando divorciar-se não obteve autorização da Igreja Católica; daí proclamou-se chefe da Igreja na Inglaterra. Nos Estados Unidos ela tomou o nome de Igreja Presbiteriana. No Brasil existem as duas denominações religiosas. Com os Anglicanos temos quase a mesma doutrina, mas ainda não podemos compartilhar os seus sacramentos. Uma diferença fundamental nos ensinamentos é a doutrina da predestinação: os anglicanos acreditam que Deus já predestina desde o nascimento aqueles que serão salvos, visto que é Onipotente. Nós católicos acreditamos que a salvação operada por Cristo é estendida a todos, devendo apenas seguirmos os passos do Mestre Jesus. † A Igreja Evangélica Luterana: fundada na Alemanha por Martinho Lutero num movimento chamado Reforma Protestante. Os Luteranos conservaram os sacramentos do batismo e da “Eucaristia” (estando Cristo presente somente na missa católica), a fé como única via de salvação, a livre interpretação das Sagradas Escrituras, sem o reconhecimento da autoridade papal. Exceção: O Judaísmo: embora não seja uma religião cristã é considerada uma resposta ao apelo do próprio Deus, já que foi fundada a partir da manifestação de Deus a Moisés e da libertação do povo hebreu (mais ou menos 538 a C), ela é a fonte do catolicismo, visto que o próprio Jesus é judeu. UM BREVE HISTÓRICO SOBRE AS DIVISÕES DA IGREJA CATÓLICA O Cisma do Oriente: em 1054 houve a separação entre a Igreja Bizantina (Católica grega Ortodoxa) com sede em Bizâncio também chamada Constantinopla (hoje Istambul) e a Igreja Católica Apostólica Romana, com sede em Roma. Isto por causa do Imperador que não aceitava obedecer ao Papa, tornando-se autoridade suprema da Igreja em seus territórios. A Reforma Protestante: Em 1543 no século XV Martinho Lutero um frade agostiniano elaborou 95 teses criticando o comportamento do Papa e da Igreja na época. A maior motivação de Lutero foi a venda de indulgências plenárias autorizadas pelos Papas Julio II e Leão X. As contribuições arrecadadas seriam aplicadas na construção da basílica de São Pedro no Vaticano. O Papa Leão X condenou as teses de Lutero através de um documento que foi queimado por Lutero em praça pública. O resultado desse conflito foi a excomunhão de Lutero e a fundação da Igreja Luterana, iniciada a partir dos movimentos conhecidos como “Protestantes” ocorridos na Alemanha. O que mudou com as divisões?
Igreja Católica Apostólica Romana
Igrejas cristãs de raiz “Protestante” e Evangélica
Obedece ao Papa e a hierarquia eclesiástica
Não reconhecem a autoridade do Papa e não tem hierarquia
Reconhece a Santíssima Trindade
Reconhecem a Santíssima Trindade
Utiliza a Bíblia, a Tradição e o Magistério como fontes de fé
Utiliza unicamente a Bíblia “ao pé da letra” como fonte de fé
Reconhece Jesus como Salvador e Senhor
Reconhecem Jesus como Salvador e Senhor
Faz uso dos Sete Sacramentos OBS: cf. CIC 1271 Sobre o Batismo – vínculo de unidade
Fazem uso do Batismo e do Pão e do vinho abençoados (algumas confissões religiosas)
Venera a virgem Maria, os anjos, os santos e as suas imagens sacras
Não veneram e proíbem a utilização de imagens
Crê no juízo particular logo após a morte
Muitas não reconhecem o juízo particular, somente o juízo final
Afirma que a salvação é conquistada com a fé + obras
Muitas afirmam que somente pela fé somos salvos
Valoriza o celibato no sacerdócio
Não recomenda o celibato aos líderes religiosos
AÇÕES PELA UNIÃO Em 1948 foi fundado o Conselho Mundial das Igrejas, impulsionando o espírito ecumênico. Este só aceita como membro as religiões que invocam a Santíssima Trindade e confessam que Jesus é o Filho de Deus feito homem, confirmando isso individualmente e reunidos em assembléia. No Brasil há o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) são elas: Igreja Católica Apostólica Romana (ICR), Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia (ISSO) e Igreja Presbiteriana Unida (IPU). Todas se uniram para sensibilizar a sociedade em torno da Campanha da fraternidade 2010 (cf. Tema transversal n° 6) E nós como podemos concretizar o ecumenismo? ü Podemos rezar pela união entre as Igrejas cristãs, participando (sobretudo) na Semana de Oração pela unidade dos cristãos ü Podemos orar com cristãos de outras Igrejas, mas sem nos deixar atropelar pelas suas convicções ü Praticar boas obras com eles ü Evitar discussões sobre temas polêmicos no que diz respeito a doutrina (ensinamentos diferenciados) ü Respeitar e pedir respeito O que a Igreja Católica nos pede? ü A conversão de coração para saber e ver o que há de bom em cada Igreja cristã ü Alegrar-se pelo muito que temos em comum ü Não buscar motivos de discórdia, mas de colaboração ü Buscar juntos a verdade, com o desejo de ser cada dia mais fiéis a Jesus ü Não ceder nem falhar com o que cremos que é fundamental Oração: Deus Pai querido, te pedimos em nome de teu Filho Jesus e por motivação do Espírito Santo que nós católicos tenhamos um diálogo saudável e responsável com os nossos irmãos não católicos. Que saibamos respeitá-los por aquilo que são e por tu tudo que nos une na fé. Amém ATIVIDADES: 1) Quais são as Igrejas cristãs associadas a nossa Igreja no movimento ecumênico? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 2) Marque U para as ações que unem e D para as ações que dividem as Igrejas: a) ( ) Os sacramentos cristãos b) ( ) A invocação da Santíssima Trindade c) ( ) O diálogo teológico responsável d) ( ) A veneração a virgem Maria e aos santos e) ( ) A Campanha da Fraternidade e a caridade fraterna 3) Porque a divisão do cristianismo é considerada um escândalo pelo Concílio Vaticano II? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ Em casa procuremos pensar: o que fazemos para conviver melhor com os irmãos de outras religiões? O que Jesus faria no meu lugar? FIQUE ATENTO! O Ecumenismo é diferente do Sincretismo Religioso. No primeiro, nós temos um diálogo entre cristãos, sem perdermos a identidade cristã católica, já no segundo acontece uma mistura de elementos religiosos onde a pessoa perde os referenciais cristãos fundamentais LEITURA COMPLEMENTAR Ler Mc 3,23-26 Jesus fala sobre a divisão Ler Decreto Unitatis Redintegratio – sobre o Ecumenismo, Concílio Vaticano II, 1964 GLOSSÁRIO: Cisma: divisão, separação religiosa Concílio Vaticano II: reunião dos Bispos do mundo inteiro para debater sobre as ações da Igreja na contemporaneidade Hierarquia Eclesiástica: ordem, organização das funções de acordo com a responsabilidade. Ex. O Papa, os cardeais, bispos, sacerdotes, diáconos, leigos Indulgências Plenárias: é a remissão (perdão) plena dos pecados cometidos, principalmente das conseqüências de tais pecados Magistério: é o ensinamento dos Papas baseado nas Sagradas Escrituras, ele se expressa através de cartas apostólicas, discursos e palestras. O magistério é também o ensinamento dos bispos e demais sacerdotes. Tradição: é a vivência histórica de Jesus com os apóstolos e a formação da Igreja TEMA TRANSVERSAL SEIS: CAMPANHA DA FRATERNIDADE A Igreja Católica todos os anos na Quaresma, propõe um tema para a reflexão, conhecimento e vivência do povo cristão. É um grande mutirão de evangelização e conscientização da Igreja católica no Brasil com apoio de várias Igrejas. O tema é escolhido a partir de sugestões das Igrejas-membro do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) são elas: Igreja Católica Apostólica Romana (ICR), Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia (ISSO) e Igreja Presbiteriana Unida (IPU). Como já aconteceu em outros anos, a Campanha da Fraternidade tem caráter ecumênico, isto é, aceita e assumida também por boa parte dos cristãos católicos. E tem por objetivo sensibilizar a sociedade sobre a importância de valorizar todas as pessoas, superar o consumismo, criar laços de convivência entre cidadãos, mostrar a relação entre fé e vida a partir da prática da justiça, como dimensão constitutiva do Evangelho, e reconhecer as responsabilidades individuais diante dos problemas decorrentes da vida econômica, em vista da própria conversão. Todos os anos o Papa Bento XVI publica uma mensagem conclamando os fiéis a viverem intensamente este tempo, que não se refere exclusivamente ao tempo da quaresma, mas durante todo ano. Em sua mensagem Bento XVI fala sobre a justiça: “Converter-se a Cristo, acreditar no Evangelho significa sair da ilusão da autosuficiência para descobrir e aceitar a própria indigência dos outros e de Deus, exigência do seu perdão e da sua amizade”. Como opção econômica responsável e solidária a Igreja propõe o estímulo da “Economia solidária”, ou seja, daquelas atividades ligadas a reutilização, reaproveitamento e a reciclagem do lixo, do reaproveitamento de alimentos, evitando assim o desperdício e a fome. Em 2011 o tema será “Fraternidade e a vida no planeta” e o lema “A criação geme em dores de parto” SUGESTÕES DE DEBATE: – O que os temas da Campanha da Fraternidade querem despertar no cristão? – De que forma você pode ajudar para que as ações propostas na Campanha da Fraternidade sejam eficazes? – Que campanhas você participou colocando em prática a proposta de mudança visada na Campanha da Fraternidade? Explique. Caro cristão, após termos estudado sobre os fundamentos da nossa fé, ensinada pelo próprio Jesus aos apóstolos e anunciado pela Santa Madre Igreja, cabe a nós conhecermos um pouco dos ensinamentos que não provem do Cristo, sendo muitas vezes contrário aquilo que Ele ensinou. Peçamos a Deus que após esta terceira Unidade sejamos capazes de discernir entre os ensinamentos que vem de Deus e aqueles que vêm dos homens.
24° ENCONTRO: IDOLATRIAS E SUPERSTIÇÃO NO PASSADO E HOJE “Cuidai que ninguém vos engane. Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu. E seduzirão a muitos”. Mc 13,5-6 A maior arma que satanás usa é fazer com que pensemos que ele não existe, pois assim ele pode agir livremente. Mt 6,24 O tesouro, os olhos, o dinheiro Mt 7,15 Os falsos profetas Ap 12,12 A queda do dragão Jo 3,17-18 Finalidade da missão de Jesus Para cantar: Vocação(Padre Zezinho) Se ouvires a voz do vento Chamando sem cessar Se ouvires a voz do mundo Querendo te enganar A decisão é tua (2x) São muitos os convidados (2x) Quase ninguém tem tempo (2x) Se ouvires a voz do mundo Querendo te enganar Se ouvires a voz de Deus Chamando sem cessar A decisão é tua (2x) São muitos os convidados (2x) Quase ninguém tem tempo (2x) O trigo já se perdeu Cresceu ninguém colheu E o mundo passando fome Passando fome de Deus A decisão é tua (2x) São muitos os convidados (2x) Quase ninguém tem tempo (2x) Muitas vezes nós católicos somos acusados de idolatria sem saber por que e o que ela é exatamente. Para entender o sentido da acusação e o significa de idolatria vejamos: Idolos – imagem ou estátua de falsos “deuses” que eram adoradas no lugar do Deus de Israel. Ex: em Canaã havia o Baal e Astarte; na Babilônia (atual Palestina) Marduc entre outros. Séculos antes de Jesus nascer, no tempo de Moisés, Deus começou a formar o seu povo escolhido – o povo de Israel. Era gente muito simples, tirada do politeísmo e conduzida ao monoteísmo por Moisés. Este e todos os demais povos antigos tinham uma infinidade de deuses que adoravam e representavam sob a forma de touro, leão ou de outros animais. Os povos antigos pensavam que estas imagens tinham um poder mágico ou uma força milagrosa. Os ídolos eram também representações dos poderes e dos vícios do próprio homem. Por exemplo: a imagem do bezerro de ouro que aparece em Êxodo 32 era a expressão da força bruta da natureza, podia representar também a encarnação do poder sexual desorientado e transviado. O ouro do bezerro significava o poder da riqueza que explora o homem. ÍDOLOS E IMAGENS RELIGIOSAS Quando se afirma que a Igreja Católica desrespeita a ordem que Deus deu a Moisés: “não vos pervertais, fazendo para vós uma imagem esculpida em forma de ídolo…” (Dt 4,15-16) se confunde ídolos com imagens religiosas (enfeites, adornos ou sinais religiosos). Os cristãos, desde os primeiros séculos, entenderam, sob a luz do Espírito Santo, que Deus nunca proibiu fazer imagens, e sim “ídolos”, deuses, para adorar. O povo de Deus vivia na terra de Canaã, cercado de povos pagãos que adoravam ídolos em forma de estátuas (Baals, Moloc, etc). Era isso que Deus proibia terminantemente. A prova de que Deus nunca proíbiu imagens, é que Ele próprio ordenou a Moisés que fabricasse imagens de dois Querubins e que também pintasse as suas imagens nas cortinas do Tabernáculo. Os querubins foram colocados sobre a Arca da Aliança. “Farás dois querubins de ouro; e os farás de ouro batido, nas duas extremidades da tampa, um de um lado e outro de outro… Terão esses querubins suas asas estendidas para o alto e protegerão com elas a tampa …” (Ex. 25,18s, Ex 37,7; 1 Rs. 6,23; 2 Cr. 3,10) “Farás o tabernáculo com dez cortinas de linho fino retorcido, de púrpura violeta sobre as quais alguns querubins serão artísticamente bordados” (Ex.26,1.31) Outro trecho importante que mostra a “importância” de uma imagem produzida por mãos humanas é aquela referente a serpente de bronze (cf. Nm 21,8-9). A serpente é usada como um sinal do poder de Deus para com o povo, um “sinal religioso” que mostra a necessidade que temos de Deus mesmo com toda murmuração por causa dos nossos sofrimentos. OS ÍDOLOS HOJE Ao contrário da Antiguidade, em nossos dias os ídolos não se manifestam personificados como estátuas, mas nem por isso deixam de ser perigosos. Hoje vemos o deus “dinheiro”, o deus “poder”, o deus “sexo livre”, o deus “prazer”, os “vícios”, entre tantos outros falsos deuses. Muitos estão sob o poder de tais ídolos, vivendo como se não tivessem criador, como se Jesus não existisse e tanto mais o Espírito Santo de Deus. As conseqüências do apego aos falsos ídolos modernos são a violência, a destruição da amizade, da união familiar e de todos os relacionamentos comprometidos sinceros. Em termos sociais isso causa um desajuste generalizado, rebaixando a dignidade das pessoas as custas do apego exagerado aos bens e do desprezo de Deus. (cf. 1Tm 6,6-10) Vejamos o que diz o Catecismo da Igreja sobre a idolatria: “Existe idolatria quando o homem presta honra e veneração a uma criatura em lugar de Deus, quer se trate de deuses ou de demônios (por exemplo, o satanismo), do poder, do prazer, da raça, dos antepassados, do Estado, do dinheiro etc. (cf. Mt 6, 24). Numerosos mártires morreram por não adorar “a Besta”(cf. Ap,13-14), recusando-se até a simular o seu culto. A idolatria nega o senhorio exclusivo de Deus; é, portanto, incompatível com a comunhão divina” CIC 2113 A seguir apresentamos alguns exemplos de idolatria na Antiguidade e hoje:
Idolatria na Antiguidade
Idolatria Hoje
Presente hoje na necromancia (consulta aos mortos) realizada pelos espiritismos
Astrologia e Horóscopo (estudo dos astros) surgiram na Babilônia
Presente hoje nas práticas esotéricas: numerologia, tarô, búzios e mapa astral
A Feitiçaria e a magia (cf. Dt 18,9-14)
Presentes hoje no vodu, no satanismo e em seitas espiritualistas
O politeísmo (crença em vários deuses)
Presente hoje no hinduísmo, nas religiões afro-brasileiras e em outras seitas espiritualistas
A superstição
Presente hoje nas simpatias, benzimentos, oferendas; no uso de talismãs amuletos, cristais, figas, insensos, ferradura, pêndulos da sorte, pirâmides, imagem do preto velho, fitas, etc. Estão também na crença em gnomos, duendes e fadas
Adivinhação (cf. At 16,16ss) adivinhos e oráculos Todas as práticas acima mencionadas negam a fé cristã, ofendendo a Deus no primeiro Mandamento. O cristão que faz uso delas, ainda que por desconhecimento cause um grande prejuízo espiritual a si mesmo. Vejamos o que nos diz as Sagradas Escrituras: “Quando tiverdes entrado na terra que o Senhor teu Deus te dá, não imites as práticas abomináveis dessas nações. Não haja em teu meio quem faça passar pelo fogo o filho ou a filha, nem quem consulte adivinhos, ou observe sonhos ou agouros, nem que use a feitiçaria; nem quem recorra a magia, consulte oráculos, interrogue espíritos ou evoque os mortos” Dt 18, 9-11 Vejamos também o que nos alerta o Catecismo da Igreja sobre tais práticas: A consulta aos horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e da sorte, os fenômenos de visão, o recurso a médiuns escondem uma vontade poder sobre o tempo, sobre a história e finalmente, sobre os homens, ao mesmo tempo que um desejo de ganhar para si os poderes ocultos. Essas práticas contradizem a honra e o respeito que, unidos ao amoroso temor, devemos exclusivamente a Deus. CIC 2116 Todas as práticas de magia ou de feitiçaria com as quais a pessoa pretende domesticar os poderes ocultos, para colocá-las ao seu serviço – mesmo que seja para proporcionar a este a saúde – são gravemente contrárias a virtude da religião CIC 2117 VOCÊ SABIA? A superstição é um desvio do verdadeiro sentimento religioso, atribuindo importância exagerada a certos objetos ou práticas, tomando estes “ídolos” no lugar de Deus. ATIVIDADES:
1)
Relacione a coluna da esquerda com a coluna da direita:
A Idolatria
( ) Quebrante, passes e o mau olhado
B Imagem religiosa ( ) A droga, a pornografia e a fama
C Superstição
( ) O crucifixo, o rosário e as medalhas ( ) Leitura das mãos e consulta aos astros ( ) Usar trevo de 4 folhas na carteira
2) Porque nós católicos somos muitas vezes acusados de idolatria? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 3) Cite pelo menos três práticas idólatras que violam o 1° Mandamento da Lei de Deus: _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ FIQUE ATENTO! Não acredite em trevos de quatro folhas, ferraduras e coisas do gênero ligadas a sorte. Estas são invenções para nos afastar da crença no verdadeiro Deus que é nosso Pai Em casa procure refletir: Já realizei alguma destas práticas? Conheço alguém que esteja envolvido com idolatria e superstição? Como cristãos devemos alertar os outros, partindo sempre daquilo que Jesus e os apóstolos nos ensinam Oração: Senhor Jesus, Filho amado de Deus Pai, te pedimos por este Sinal da Cruz (fazer o sinal da cruz), que envolva a todos nós, nossos familiares e bens no Seu amor, no Seu poder e no Seu sangue, para que o maligno não nos possa prejudicar, utilizando-se de quaisquer meios de idolatria e superstição que nos afastem de Ti. Amém LEITURA COMPLEMENTAR Lev 19,31 Sobre os que invocam espíritos At 19, 18-20 A libertação operada em nome de Jesus Dt 14,1; Lv 19,28; Lv 21,5-6 Sobre a Tatuagem e as incisões no corpo Dt 4,19 ; Is 47,13; Jer 10,2-3; Dn 2,27 GLOSSÁRIO: Quiromância: leitura das mãos Presságios: pesadelos, más intuições
25° ENCONTRO: O POLITEÍSMO E MONOTEÍSMO “As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas aos demônios e não a Deus. Não quero que tenhais comunhão com os demônios. Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios” I Cor 10,20-22 Para Cantar: Deus te Guarda (Agnus Dei) O Senhor Deus está no meio de ti. O Senhor Deus te guarda. Com amor te renovará e sobre ti se alegrará. E sempre te guiará , com alegria (4X) Guiará… O Senhor Deus está no meio de ti, o Senhor Deus te salva. Com amor te renovará e sobre ti se alegrará E sempre te guiará, com alegria (4X) Guiará … Desde os primeiros séculos antes de Cristo os povos acostumaram a olhar para os elementos da natureza divinizando-os. No Egito, na Palestina, em Roma, na Grécia Antiga, entre tantos outros lugares do mundo Antigo. Deste modo surgiram muitos deuses criados pela vontade humana. No antigo Egito adoravam o deus Rá (considerado deus sol), Isis, Anúbis (deusa da morte) entre tantos outros. Em Canaã os Baals . Na Grécia antiga adoravam a Zeus (considerado pai dos deuses), Afrodite (considerada deusa do amor), Gaia (tida como a mãe terra), Marte (tido como deus da guerra); etc. Na Roma Antiga tinham Júpiter, Mercúrio, entre tantos outros. Em todos estes lugares havia o culto a tais “divindades” e o reconhecimento do governante como se fosse um deus. Por isso houve tanta perseguição aos israelitas depois que Moisés foi enviado por Deus para libertá-los da escravidão no Egito. Semelhante perseguição aconteceu com os cristãos que habitavam as regiões onde dominava o Império Romano, por volta dos anos 64 a 313 d.C. Os imperadores romanos perseguiam os cristãos porque eles se recusavam a adorá-los prestando-lhes honra como a um deus e também não cultuavam as divindades pagãs, já que tinham fé num Deus único, revelado em Jesus. OS DEUSES E OS MITOS Mytho = narração Nos primeiros séculos que antecedem a Cristo era muito comum a existência de mitos para explicar a realidade; estes eram uma narração sobre a interferência dos ”deuses” no mundo, tudo que ocorria era, de certa forma, ligada a vontade de alguma divindade. O surgimento do sol, da terra, uma tempestade, uma guerra, um casamento, etc. eram atribuídos a ação de algum deus. Os deuses eram apresentados com forma humana ou metade humana/metade animal (chamada antropomórfica), tinha sentimentos semelhantes aos humanos e relacionavam-se entre si gerando outros deuses ou semideuses. Os mitos eram também utilizados para ensinar a diferença entre o certo e o errado, mostrando as características de cada elemento existente no mundo; assim, fazia parte da cultura dos primeiros povos. A REVELAÇÃO E OS ÍDOLOS Quando Deus revelou a Moisés a missão de orientar o povo de Israel que vivia no Egito acostumado a crença em vários “deuses” ele se sente incapaz num primeiro momento, pois seria muito difícil mostrar ao povo que havia na verdade um único Deus e não vários deuses como estavam acostumados a adorar. (cf. Ex 6,8-13) A partir da libertação do povo do Egito, da passagem pelo mar Vermelho, do sofrimento no deserto em busca da terra de Canaã Deus vai purificando o povo das “práticas abomináveis” (cf. Dt 18,9-14) e instruindo-o segundo uma nova crença, fundamentada na Revelação contida nos cinco primeiros livros da Bíblia, conhecidos como Torah (“Instrução”) ou Lei (“Nomos”). Daí organizou-se uma religião denominada Judaísmo, centrada na crença num único Deus. Seguindo os passos do Judaísmo, nasce Jesus, numa família judaica, para completar a Lei seguida pelos israelitas e estender a Revelação (agora encarnada sob forma humana) a todos os povos. Como vimos anteriormente no 9° Encontro (pg. 30), Jesus deixa a missão de orientar os povos a crer num só Deus que se apresenta agora sob três pessoas (A Santíssima Trindade). Vejamos o que diz o Ensinamento da Igreja sobre o politeísmo – a crença em vários deuses: O primeiro mandamento condena o politeísmo. Exige que o homem não acredite em outros deuses afora Deus, que não venere outras divindades afora a única. A escritura lembra constantemente esta rejeição de ídolos, ouro e prata, obras das mãos dos homens”, os quais têm boca e não falam, têm olhos e não vêem…” Esses ídolos vãos tornam as pessoas vãs: “Como eles serão os que o fabricaram e quem quer que ponha neles a sua fé” (Sl 115,4-5.8). Deus, pelo contrário, é o ‘Deus vivo’ (Jo 3,10) que faz viver e intervém na história. CIC 2112 No Antigo testamento o próprio Deus orienta Moisés e o povo a afastar-se dos deuses pagãos: Ler Dt 7,1-6 Orientações ao povo de Israel No livro dos atos dos Apóstolos vemos muitos exemplos da pregação dos apóstolos aos povos politeístas: Ler At 17, 16-34 Paulo em Atenas Ler At 14,8-18 Apelo ao abandono dos ídolos em Listra AS RELIGIÕES MONOTEÍSTAS Ao longo da História do Ocidente surgiram três grandes religiões: o Judaísmo, o Cristianismo (a Igreja Católica e as Igrejas de raiz protestante) e o Islamismo. O que as une é o fato de acreditarem num único Deus criador de todas as coisas. No Judaísmo Deus é chamado de Javé – que significa “Eu sou” ou de Adonai – que significa “Senhor”, pois assim se revelou a Moisés (cf. Ex 3,13-14). No Cristianismo Deus é revelado como Pai por Jesus (cf. Lc 11,2) e no Islamismo Deus é chamado Allah. A manifestação de Deus em tais religiões mostra uma preocupação de orientar o povo para que deixe os ídolos voltando aquilo que é essencial – o próprio criador. A grande diferença do cristianismo nascente é o fato de ter sido fundado pelo próprio Filho de Deus – Jesus, enquanto as demais religiões foram fundadas por homens. O Judaísmo é uma exceção por ser a expressão da vontade de Deus quando chama os patriarcas Abraão e Moisés, convocando-os a conduzir o povo israelita. Vejamos o que diz o Catecismo sobre o assunto: “A Igreja reconhece nas outras religiões a busca, ‘ainda nas sombras e sob imagens’, do Deus desconhecido, mais próximo, pois é Ele quem dá a todos vida, respiração e tudo o mais, e porque quer que todos os homens sejam salvos. Assim, a Igreja considera tudo o que pode haver de bom e de verdadeiro nas religiões “como uma preparação evangélica, dada por Aquele que ilumina todo homem para que, finalmente, tenha a vida” CIC 843 BREVE HISTÓRICO O JUDAÍSMO: surgiu, num primeiro momento com a concretização da missão de Moisés; mais adiante, num segundo momento, depois que o povo de Israel foi feito escravo na Babilônia (Exílio na Babilônia 597-538 aC.) ele foi reorganizado. O povo retorna a Jerusalém onde se restaura o Templo e a religião. Nos séculos V-IV aC. O governador Neemias e o escriba-sacerdote Esdras consolidam a organização do povo em Jerusalém. Esdras é considerado o responsável pela leitura, o estudo da Lei (cf. Ne 8) e pela organização das sinagogas; por isso ele é considerado o “pai do Judaísmo”. O CRISTIANISMO: nasceu após a ascensão de Jesus ao céu, por volta do ano 34 na festa de Pentecostes em Jerusalém. A denominação “Católica” surgiu por volta do ano 100, pelo bispo de Antioquia, chamado Inácio, discípulo de João (o Evangelista) e de Pedro.
No ano 49 da Era cristã aconteceu a primeira grande reunião dos representantes da Igreja – o Concílio de Jerusalém, o qual declarou que os seguidores de Cristo estavam desobrigados de obedecer a antiga Lei de Moisés. O ISLAMISMO: fundado por Maomé (Muhammad-ibn-Abdallagibn-Mottalib) por volta do ano 629, ele é derivado do monoteísmo judaico-cristão. Maomé se definiu como continuador da religião de Abraão e de seu filho Ismael. Para justificar sua independência religiosa, Maomé atribuiu a judeus e cristãos “o grande erro de terem falsificado os livros sagrados e o monoteísmo de Abraão e Ismael”. O livro sagrado do islamismo é o Corão (em árabe significa Recitação, declaração), o qual teria sido entregue (em forma de rolo ou pergaminho) pelo anjo Gabriel a Maomé durante uma visão. VOCÊ SABIA? – A palavra “Slam” – significa em árabe, Submissão, Dedicação a vontade de Deus – Uma das diferenças fundamentais entre o Cristianismo e o Islamismo é a poligamia; ou seja, todo homem convertido ao islamismo pode ter 4 esposas legítimas e tantas concubinas escravas quanto seus recursos financeiros lhe permitam. Sobre isso cf. CIC 1645 e 2387 ATIVIDADES: 2) Ainda existem religiões politeístas? Cite pelo menos três delas. ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 3) Por que Deus teve a “necessidade” de Revelar-se através das religiões monoteístas? Explique: ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 4) O que as religiões politeístas têm a ver com os ídolos? Explique: ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ FIQUE ATENTO! O Judaísmo é considerado o “berço” de onde nasceu o cristianismo, tendo preparado o caminho para a fundação da Igreja por Jesus. Em casa procure refletir: tenho sido fiel ao “Pai do céu”, revelado na pessoa de Jesus? Em meu cotidiano tenho respeitado devidamente os seus mandamentos? Oração: Pai celeste, criador do céu e da terra, te agradecemos a oportunidade de entendermos um pouco o Ensinamento que Teu Filho Amado nos deixou. Agora sabemos de fato que há um só Deus, Pai de todos que age em favor de todos, amando a todos nós igualmente. Amém. LEITURA COMPLEMENTAR Ler NA – Nostra Aetati Declaração sobre a Igreja e as religiões não – cristãs (Vaticano II) Filme: O Besouro GLOSSÁRIO: Culto: celebração de uma cerimônia em homenagem a divindade Pagãos: também chamados de gentios na Bíblia, inicialmente eram todos os não judeus, que não eram circuncidados; depois referiam-se a eles como aqueles que não tem a fé num Deus único.
26° ENCONTRO: FILOSOFIAS DE VIDA “Cuidai que ninguém vos engane. Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu. E seduzirão a muitos”. Mc 13,5-6 Para Cantar: Eu tenho a Força de Deus (Cristina Mel) Eu não preciso de anéis, pra ficar poderoso Eu não preciso de cristais pra me defender Criptonita não me empede de ser vitorioso Eu não dependo de espinafre pra ter força e poder Eu não invoco os poderes do ar Eu não entrego oferendas no mar É pela força do Senhor Jesus Que eu vou andar na luz Eu tenho a força de Deus Eu tenho a força, tenho a força de Deus Eu tenho a força de Deus Eu tenho a força, tenho a força de Deus Gnomos e Duendes nada podem fazer O Pokemon tem a força mais é só na tv Hallowen nem as cartas do Yo Gui Ho Não tem poder sobre a mente de quem serve ao Senhor Harry Potter não me confundiu Na bruxaria que ele mesmo caiu É pela força do Senhor Jesus Que eu vou andar na luz Eu tenho a força de Deus Eu tenho a força, tenho a força de Deus Eu tenho a força de Deus Eu tenho a força, tenho a força de Deus Hoje vemos uma série de práticas divulgadas pelos meios de comunicação como uma tentativa de aliviar o stress e o cansaço da correria diária, uma forma de esquecer a cobrança do trabalho, das responsabilidades demasiadas e enfim encontrar o “equilíbrio interior”. Como exemplos têm a prática da Ioga, do Zen budista, a recitação de mantras, a meditação, entre tantas outras propostas de “alivio interior” popularizadas por artistas, através de novelas, revistas, filmes e reportagens sobre o Japão, a Índia, a China, o Tibet entre outros países do Oriente. Os que realizam tais práticas muitas vezes não sabem a quem se dirigem e o que realmente estão fazendo, dizem que se “sentem bem”, “aliviados”, “energizados”, “de bem consigo mesmo”, etc. Para além do estado de bem estar, estas práticas trazem uma fundamentação contrária aos ensinamentos de Jesus, coisa que poucos se dão conta. Vejamos por que: No Evangelho de Mateus Jesus nos diz o seguinte: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vós. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11, 28-30) As referidas práticas citadas trazem filosofias de vida centradas no Eu, onde o sujeito é o grande responsável pelo seu equilíbrio. Deste modo, as pessoas vivem como se não precisassem de Deus, buscando por si mesmas respostas aos seus anseios e problemas. Assim, o apelo de Jesus é muitas vezes ignorado. No mesmo trecho do Evangelho Jesus diz: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelastes aos pequeninos. Sim Pai, assim foi do Teu agrado” (Mt 11,25-26) Os “sábios e entendidos” a que Jesus se refere são aqueles que buscam as respostas e soluções sem recorrer aos desígnios de Deus; procuram soluções fáceis, práticas e que produzam os resultados esperados. Portanto, não tem a humildade suficiente para pedir e esperar a ação de Deus em suas vidas. Paulo também alerta Timóteo acerca dos ensinamentos não cristãos já em sua época: “… Proclama a Palavra, insiste oportuna ou inoportunamente, convence, repreende, exorta, com toda a paciência e com preocupação de ensinar. Pois vai chegar um tempo em que muitos não suportarão a sã doutrina, mas conforme seu gosto se cercarão de uma série de mestres que só atiçam o ouvido. E assim deixando de ouvir a verdade, eles se desviarão para as fábulas” (2Tm 4,2-4) Como vemos, já no início do cristianismo haviam doutrinas que desviavam muitos do caminho de Cristo (da sã doutrina ensinada por Jesus). Hoje, não é muito diferente, existe uma multiplicidade de ensinamentos conforme “o gosto do cliente”, tudo muito acessível. Sabendo disso o próprio Jesus nos previne, falando sobre a “porta estreita” e a perdição que vem como conseqüência (cf. Mt 7,13-14). Vejamos como se apresentavam e como se apresentam algumas doutrinas não cristãs: FILOSOFIAS DE VIDA NA ÉPOCA DE JESUS v O Epicurismo: busca do prazer e fuga da dor v O Estoicismo: busca da satisfação, evitando o sofrimento e o conflito v O Hedonismo: busca do prazer pelo prazer e agrado aos sentidos FILOSOFIAS DE VIDA HOJE v Jhorei: fala da energia vital que esta em nós e da cura pela imposição das mãos v Sheicho-noiê: fala da energia vital através da meditação v A Ioga: é uma técnica, método ou treinamento de manipulação do sistema nervoso visando a auto-realização, esta foi desenvolvida pelos antigos líderes religiosos da Índia v O Zen Budista: a busca do autocontrole através da meditação ligada ao taoísmo v O taoísmo: entende a realidade como resultado da combinação de dois princípios imutáveis opostos o yin (princípio da receptividade passiva – as vezes associado a natureza feminina) e o yang( princípio da atividade – as vezes associado a natureza masculina) Alguns princípios estão presentes nas filosofias de vida contemporâneas: – A reencarnação do eu – a falsa idéia de que a alma reassume outro corpo após o corpo ter morrido. Este princípio é contrário a Ressurreição ensinada por Jesus e a expiação dos pecados operada por Ele – O panteísmo : a falsa idéia de que Deus é tudo. Este princípio é contrário a fé em Deus Pai-criador do céu e da terra, pois aí estaria confundido com a criatura (homem, natureza, etc.) Vejamos o que nos diz o Catecismo da Igreja: “Em seu comportamento religioso, porém, os homens mostram também limitações e erros que desfiguram neles a imagem de Deus: muitas vezes os homens, enganados pelo Maligno, se enganaram em seus pensamentos e trocaram a verdade de Deus pela mentira, servindo a criatura mais que ao Criador, ou, vivendo e morrendo sem Deus neste mundo, se expõem ao extremo desespero” CIC 844 A busca de soluções fáceis desligadas de Deus mostra uma situação de desespero da pessoa diante dos problemas e responsabilidades da vida. Aí já não há mais fé, apenas a crença em si mesmo. VOCÊ SABIA? A prática das filosofias de vida contrariam diretamente o primeiro mandamento da lei de Deus (cf. Ex 20,3-6) ATIVIDADES: 1) Porque as filosofias de vida e as suas práticas correspondentes são contrárias ao 1° Mandamento da Lei de Deus? Explique: _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 2) Como Deus é entendido nas doutrinas filosóficas discutidas acima? Explique: _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 3) Porque uma “filosofia de vida” não é considerada uma religião? Explique: _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ FIQUE ATENTO! As filosofias de vida são ensinadas muitas vezes de maneira aplicada como técnicas terapêuticas que aliviam as tensões. Daí estão associadas a massagens, utilização de agulhas, ervas, etc. Procure pesquisar quais são as “filosofias de vida” praticadas em seu bairro e na cidade; caso tenha freqüentado os lugares de suas práticas busque o sacramento da penitência ou confissão Oração: Deus pai Querido, te pedimos perdão pelos que esquecem de Ti; pelos que buscam auxílio e consolo em doutrinas humanas, rejeitando (mesmo sem saber) o sacrifício realizado por Teu Filho Jesus. Peçamos a orientação do Vosso Santo Espírito para que nunca sejamos do caminho que conduz a Ti. Assim seja. Amém LEITURA COMPLEMENTAR 1Tm 1,3-7 Os falsos mestres na época de Paulo Mt 7,15 Os falsos profetas At 4,11-12 A salvação está unicamente em Jesus GLOSSÁRIO: Expiação: reconciliação entre o homem e Deus Mantras: repetição de “frases prontas” com som ritmado; o hinduismo indiano utiliza para manter contato com a divindade numa espécie de “adoração incorporadora”
27° ENCONTRO: AS SEITAS “Como entre o povo antigo houve falsos profetas, também entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão sorrateiramente facções perniciosas, chegando até a renegar o Soberano que os resgatou. Eles atrairão sobre si repentina perdição. Muitos hão de segui-los em suas dissoluções, e por causa deles o caminho da verdade será blasfemado. Por ganância vos explorarão com palavras mentirosas. Há muito tempo, porém, o julgamento deles está em curso, e a sua perdição não está adormecida” 2Pd 2,1-3
Para Cantar: Um Novo Caminho (Mensagem Brasil) Hoje o mundo oferece caminhos demais
Você chora, você ri, nem sempre é feliz, é feliz. O mundo não te satisfaz, pois sua alma é grande demais. Só Deus pode enche-la, pode enche-la. Hoje seus passos se perdem na estrada Nem sempre você tem chegada Entregue seu caminho a Deus, entregue seu caminho a Deus, Entregue seu caminho a Deus, Laia laia lá, hu, hu, hu.tirolirolirolirolá laia laia lá, hu, hu, hu.tirolirolirolirolá Pois Ele quer, transformar sua vida. Alegria e paz encontrarás, quando Nele se apoiar, se apoiar. Hoje seus passos se perdem na estrada Nem sempre. você tem chegada Entregue seu caminho a Deus, entregue seu caminho a Deus, Entregue seu caminho a Deus, laia laia lá, hu, hu, hu.tirolirolirolirolá laia laia lá, hu, hu, hu.tirolirolirolirolá As seitas são grupos auto denominados “religiosos” nascidos das Igrejas Protestantes originadas a partir de Martinho Lutero; nelas há um certo radicalismo que contraria uma idéia, dogma(verdade de fé) ou principio (verdade universal) de uma religião oficial. ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DAS SEITAS · – A obediência a um líder religioso ou guru. · – Luta contra os poderes do mal · – Tendência ao segredo ou sigilo sobre os seus assuntos · – Presença de emoção e afetividade mais do que a razão, com reuniões calorosas e prolongadas · – A caridade e a assistência social aos pobres; aproximando-se assim de Instituições Filantrópicas · – A espera do fim do mundo e a vinda de Cristo, ressuscitado dos mortos · – A disciplina rígida · – Desrespeito a Eucaristia e o desprezo pelo Papa O RADICALISMO · Algumas seitas mais radicais têm um sentido político/religioso e condenam o sistema econômico, político e social em que estão e por vezes agem com violência ou estimulam o suicídio em massa. Ex: Em 1994 na Suíça e no Canadá 53 membros da seita “Ordem do Templo solar” se suicidaram. · Os atos de violência são cometidos em nome de Deus e com o presumido auxílio da Divindade. Ex: O grupo Ramás da seita Xiita que tem a sua origem no Islamismo treina homens bomba para morrer em nome da fé. O próprio Jesus já alerta os apóstolos no período em que os preparou para dar continuidade a Sua missão: “Então se alguém vos disser: Eis, aqui o Cristo! Ou: Ei-lo acolá! Não creiais. Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas, que farão milagres a ponto de seduzir, se isto fosse possível, até mesmo os escolhidos. Eis que estais prevenidos. Se, pois vos disserem: Vinde, ele está no deserto, não saiais. Ou: Lá está ele em casa, não o creiais” (Mt 24,24-25) Embora estas palavras tenham sido ditas há pouco mais de dois mil anos atrás Jesus sabia que antes de regressar a esta terra muitos viriam em Seu nome ensinando doutrinas estranhas aquela partilhada com os apóstolos. Vejamos o que disse João Paulo II sobre as Seitas durante a IV Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe, realizado em 1992 em Santo Domingo (República Dominicana): “É notória a intenção, por vezes virulenta destas seitas de minar as bases da fé do povo, de modo especial no que diz respeito ao culto do Ministério Eucarístico e da Santíssima Virgem, a estrutura hierárquica da Igreja e ao primado de Pedro, que perdura no pastoreio universal do Bispo de Roma, e as expressões da piedade popular” Muitas acusações são feitas a Igreja no sentido de mostrar que ela se afastou do cristianismo primitivo, das primeiras comunidades cristãs fundadas pelos apóstolos e pelos discípulos de Jesus. Daí a tentativa de algumas seitas se auto-denominarem “reformadoras” do cristianismo. VOCÊ SABIA? Algumas seitas podem ter a denominação de “Fraternidade” para transmitir a idéia de uma boa convivência em comum, acolhida e auxílio mutuo Existe uma organização religiosa chamada Católica Apostólica Brasileira (ICAB) fundada por Carlos Duarte Costa em 1945, diferente em seus ensinamentos quando comparada a Igreja Católica Apostólica Romana. ATIVIDADES: 1) Qual a diferença entre a seita, a filosofia de vida e a religião constituída? Explique. ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 2) Cite três dogmas (verdades de fé) da Igreja Católica que são negadas pela maioria das seitas existentes. ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 3) Você já freqüentou alguma seita? Mesmo que não tenha freqüentado cite o nome de três. ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ FIQUE ATENTO! QUATROPASSOS PARA IDENTIFICAR UMA SEITA As seitas se mostram como religiosas, mas contraiam verdades teológicas fundamentais: 1. Tem fontes de autoridade extra-bíblicas. (cf. 2Pd 1,20-21). 2. Negam a divindade de Jesus Cristo. Muitas ensinam que a expiação dos pecados realizada por Cristo não foi totalmente suficiente ou se utilizam dessa expiação de modo errado (convencendo sobre a necessidade de uma vida próspera após a redenção operada por Cristo ) 3. Ensinam que a “Organização ou Denominação” deles tem um papel central na profecia dos Últimos Dias. Elas se auto titulam proféticos antecipando a Vinda de Cristo. 4. Ensinam que a “Organização ou denominação” deles é a única que salva. (cf. Rm 10,9-13; CIC 846-848) Oração: O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é quem defende a minha vida; a quem temerei? Quando me assaltam os malvados para devorar-me são eles, o adversários e inimigos, que tropeçam e caem Amém. (Sl 27) LEITURA COMPLEMENTAR IV CELAM Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe, 1992 n.139 (Documento Final) Jo 3,17-21 Finalidade da missão de Jesu Jo 11,38-44 A ressurreição de Lázaro GLOSSÁRIO: Expiação:pagar a pena, resgatar Proselitismo: Partidarismo
28° ENCONTRO: SINCRETISMO RELIGIOSO E A NOVA ERA “Quanto a vós, não vos façais chamar de ‘rabi’, pois um só é vosso mestre e todos vós sois irmãos (…) Não deixeis que vos chamem de ‘guia’ pois um só é o vosso Guia, o Cristo” Mt 23,8.10 Para cantar: Grito de Alerta (Celina Borges) 1 – Escuta! É preciso falar! Uma era absurda denunciar: Consciência global, reencarnação, maitreya, avatar, mestres do mal, Urano, a governar… Aquário, quer os peixes afogar, escuta cristão! Conserva o que tens, segura a coroa, Filadélfia vem buscar Denuncia, aê, aê… vigia aê, aê…. É certa a vitória pr’aquele que ora Jesus vai voltar Ahhhhhhhhh 2 – Das trevas um Reino de shambaláh, cristais de energia, Feitores do mal, controle mental, gnomos e fadas propagar Agora! Pequena Igreja Fiel é a última hora! Guerreiros marchar, a porta aberta, ninguém pode fechar VOLTA AO REFRÃO 3 – Com Jesus, submete essas trevas à luz, isso tudo é demais, olha os sinais! Ajude os irmãos ao mal dizer um não! Declara o poder e a força de Deus, é a posse do Reino, que os fortes e bravos conquistam com garra… Prá glória do senhor! ü Ler 2 Ts 2,7-12 O Mistério da Iniqüidade ü Ler Cl 2,8 e I Tm 4,1-2 Agora que sabemos a diferença entre as religiões, as filosofias de vida e as seitas seremos capazes de entender o movimento conhecido como New Age ou Nova Era. Trata-se de um movimento místico religioso sincretista surgido na Califórnia – EUA, tendo sua origem ligada a fundação da Sociedade Teosófica pela russa Helena Blavatski em 1875. Ele mistura ensinamentos espiritualistas do Ocidente e as tradições esotéricas do Oriente, fundindo crenças antigas e atuais (inclusive o cristianismo). A mitologia grega com os seus deuses (ídolos); o panteísmo oriental, o hinduísmo com seus representantes (Shiva, Krishna, Buda …), o espiritismo, a mediunidade, as técnicas psicológicas, a meditação transcendental, a yoga, o curandeirismo, a superstição, o esoterismo e a magia são misturados numa proposta “espiritual” diferenciada. O movimento difundiu-se mundialmente a partir da década de 60 com as culturas alternativas: os hippies, os psicodélicos, as medicinas alternativas, o feminismo, o ecologismo e o crescente interesse pelo esoterismo e o espiritismo. A proposta deste movimento é “paz e amor”, nada de violência, sem culpa, sem pecado, sem punição, sem arrependimento, sem comprometimentos sérios, esvaziando a autoridade, a disciplina, o respeito, a moral, o patriotismo, a tradição e as religiões tradicionais. Diante dos mandamentos, dogmas, sacramentos e da moral exigente das religiões monoteístas, em especial o cristianismo, a Nova Era oferece práticas mais leves e agradáveis, capazes de atrair multidões ávidas pela novidade; utiliza pirâmides, cristais, gnose, tarô, a yoga, homeopatia, duendes, etc. insistindo no desenvolvimento máximo da liberdade e da individualidade , na descoberta do EU interior e da sua deidade, afasta-se assim a preocupação com a família, a tradição e a religião em geral. Por outro lado o movimento New Age estimula a tolerância, a cidadania e a cooperação, mas sem comprometimento individual da pessoa. O perigo do envolvimento com a “espiritualidade” Nova Era é que ele promove um esvaziamento da fé cristã, substituindo a Sã Doutrina por alternativas de “assistência psicológica, afetiva e espiritual”. ONDE ENCONTRAMOS A NOVA ERA? Atualmente os meios de comunicação social são os principais promotores da mentalidade New Age; as novelas, minisséries e programas dão cada vez mais destaque ao esoterismo, a reencarnação, a astrologia, a magia e as práticas ligadas ao ocultismo. O cinema também tem se utilizado muito da magia e do ocultismo nos filmes de terror e suspense, invocando a presença do mal como se este fosse tão poderoso quanto Deus. Muitos filmes e desenhos infantis referem-se a gurus, fadas, gnomos, duendes, magias e encantamentos, com o intuito de familiarizar as crianças com os elementos New Age. Em lojas de CD já encontramos o gênero musical New Age ou New Wave (Nova Onda) cujas canções são geralmente instrumentais, com variação de mantras repetidos em coro. OS FUNDAMENTOS DO MOVIMENTO NOVA ERA O movimento possui alguns princípios pertencentes também as Filosofias de Vida (ver 26° Encontro): O PANTEÍSMO: a verdade de que somos criados a imagem e semelhança de Deus foi manipulada para significar que somos todos deuses, já que trazemos em nós a energia vital A REENCARNAÇÃO: crença na evolução espiritual mediante a encarnação em corpos diferentes, em vidas e épocas diferentes O SINCRETISMO: a mistura e combinação de várias práticas A EXPLORAÇÃO DO POTENCIAL HUMANO: não basta apenas acreditar nos ensinamentos da Nova Era é preciso experimentá-los para remover a dilatação da consciência e a auto-deificação pelo “poder da mente” OS SÍMBOLOS DA NOVA ERA O movimento New Age propaga as suas propostas de “espiritualidade” por meio de alguns símbolos, estes são divulgados através da moda, de eventos culturais, dos meios de comunicação social entre outros ambientes de interação humana. Conferir os símbolos da Nova Era e os seus significados no final do encontro. A seguir vejamos a oposição de alguns princípios fundamentais entre a Nova Era e o Cristianismo:
O Cristianismo
A Nova Era
– Deus é pessoa, manifestando-se Uno e Trino
– Deus é uma energia cósmica difusa, estando em todo lugar e sendo tudo que existe
– Deus Pai criador é distinto das suas criaturas
– Deus é identificado com as coisas existentes (panteísmo)
– Tudo que existe é criado por Deus Onipotente
– O que existe é fruto da projeção do EU através da sua vontade e pensamento
– Afirma a existência do bem e do mal na realidade
– Não admite diferença entre o bem e o mal, pois a consciência estaria acima destas distinções
– O mal e o sofrimento são apontados como frutos do pecado
– Nega a existência do pecado dizendo que é uma questão de “ponto de vista” (relativista)
– Acredita na ressurreição do corpo tal como aconteceu com Jesus
– Difunde a reencarnação, onde o espírito reencarnaria em corpos diferente
– Utiliza sinais religiosos para ligar a pessoa a Deus. Ex: crucifixo, os sacramentos, as imagens sacras, entre outros
– Utiliza sinais materiais para ligar a pessoa consigo mesma, com o seu íntimo. Ex: cristais, pirâmides, a meditação, o incenso aromático, etc.
– A promoção do ecumenismo – diálogo inter-religioso entre as Igrejas cristãs
– Difusão do sincretismo (mistura) religioso
Segundo o Papa João Paulo II a Nova Era é “Incompatível com a fé da Igreja” e acrescenta “As idéias do Movimento ‘Nova Era’ (New Age) conseguem, as vezes, insinuar-se na pregação, na catequese, nas obras e nos retiros, e deste modo influenciam até os católicos praticantes que, talvez, não tenham consciência da incompatibilidade entre aquelas idéias e a fé da Igreja” “Na visão sincretista e imanente, esses movimentos para-religiosos dão pouca importância a Revelação; pelo contrário, procuram chegar a Deus mediante a inteligência e a experiência, baseados em elementos provenientes da espiritualidade oriental ou de técnicas psicológicas. Tendem a relativizar a doutrina religiosa, em benefício de uma vaga visão mundial, expressa como sistema de mitos e símbolos, mediante uma linguagem religiosa” “Além disso, apresentam com freqüência um conceito panteísta de Deus, o que é incompatível com a Sagrada Escritura e com a Tradição cristã. Eles substituem a responsabilidade pessoal das próprias ações perante Deus por um sentido de dever em relação ao cosmos, opondo-se, assim, ao verdadeiro conceito de pecado e a necessidade de redenção por meio de Jesus Cristo” (Discurso feito aos Bispos Norte Americanos, 28/05/1993) VOCÊ SABIA? A diferença entre ressurreição e reencarnação Cf. Lc 20,27-39 Jo 5,28-29 ATIVIDADES: 1) Porque o envolvimento com as práticas New Age são um risco espiritual para as pessoas de modo geral? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 2) Quais pontos de oposição entre o Movimento Nova Era e o Cristianismo lhe chamaram mais a atenção? Explique sua resposta. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 3) Você já conhecia este Movimento sincrético Nova Era? Qual a sua opinião sobre ele? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ Em casa, faça um exame de consciência para ver se não experimentou alguma prática ligada a Nova Era ou se tem algum livro, amuleto, cristal, pirâmide, etc. Caso tenha se envolvido busque o sacramento da Confissão e jogue fora. Não tenha medo! Jesus está acima de tudo isso FIQUE ATENTO! A pessoa que se envolve com alguma prática da Nova Era precisa renunciar a cada situação em que teve contato com o falso ensinamento, buscando o sacramento da Confissão para ser libertada e curada de alguma influência maligna ORAÇÃO: Santíssima Trindade que sois um só Deus, Te pedimos perdão por todas as vezes que nos envolvemos em alguma prática ligada a Nova Era. Renunciamos a cada uma delas, pedindo que a Vossa misericórdia nos envolva e nos resgate de todo mal. Amém GLOSSÁRIO: Curandeirismo: busca da cura através de receitas naturais, simpatias e encantos Gnose: conhecimento racional, crença fundada na capacidade racional do homem Esotérico: oculto, reservado só para os iniciados Mantras: são sílabas, palavras ou frases que, repetidas com freqüência, marcam o consciente e o inconsciente da pessoa, servindo-lhe para o relaxamento e a meditação. No contexto New Age servem para reverenciar os deuses pagãos Mediunidade: atividade de comunicação com espíritos desencarnados Mitologia: histórias sobre os deuses pagãos, expressas como mitos (contos, narrativas) Teosofia:é o conhecimento de Deus recebida por iluminação reservada a poucos iniciados (ocultismo) O ENVIO Nesta Unidade Jesus nos envia a fazer um mundo novo, com a certeza de que se Ele não voltar, nós vamos nos apresentar diante Dele após a nossa morte. No 29° Encontro o Senhor nos ensina a atentar aos sinais do seu retorno, vivendo na expectativa confiante de Sua vinda. No 30° Encontro nos deparamos com os desafios que afrontam o nosso “ser cristão” no mundo, refletindo sobre a situação dos cristãos frente aos problemas e exigências da atualidade. O 31° Encontro nos motiva ao cristianismo autêntico, em que nos engajamos no serviço ao próximo, visando a construção de um mundo melhor e de uma civilização renovada no amor.
29° ENCONTRO: A SEGUNDA VINDA DE JESUS “Aparecerá, então, no céu o sinal do Filho do homem. Então todas as tribos da terra baterão no peito e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com grande poder e glória” Mt 24,30 Para cantar: Celebra a Vitória (Walmir Alencar) 1 – Vê! Quem te elegeu, te ungiu e consagrou. Não temas! Nos lábios santos teu Nome ressoou. Não te chamou como um servo qualquer, mas com carinho um filho teu. Te capacitou, tua força te deu, amparou e acolheu. Ergue-te, pois, Deus te fez um vencedor! Celebra a vitória! O Senhor Jesus regressando está! Vitória! Canta com unção tua vida! REFRÃO 2 – Crê! O tempo é curto e não dá pra esperar. Tu não vês? O tentador só procura te enganar dizendo que tens mil motivos, enfim, para tudo abandonar. Abraça o que é teu, permanece fiel, luta sem desanimar. Ergue-te, pois, Deus te fez um vencedor Como vimos na III Unidade, a multiplicidade de ensinamentos e práticas humanas desviantes da Verdade, conduz muitos a afastar-se de Deus. Esse é apontado como um dos sinais que antecedem o retorno definitivo de Jesus. Neste sentido, precisamos estar atentos aos ensinamentos de Jesus aos apóstolos e dos apóstolos para com os discípulos. OS SINAIS ANTECEDENTES Os apóstolos perguntaram a Jesus sobre a Sua vinda e o fim dos tempos. ü Ler Mc 13,10; I Tm 2,4; Mt 24,14 ü Jesus profetiza sobre o anúncio da Boa Nova a todos os povos ü Ler Mt 24,3-8 Jesus fala sobre Conflitos entre os homens e fenômenos naturais ü Ler Mt 24, 9-14 Logo em seguida profetiza sobre os falsos profetas e a perseguição aos apóstolos e as primeiras comunidades cristãs ü Ler Mt 24,15-28 e Dn 12,1-13 A Grande Tribulação e a apostasia da fé ü Ler Mt 24, 29; Lc 21,11 Os Sinais no Céu Após a ascensão de Jesus ao céu e o Pentecostes, a Igreja deu continuidade a missão de Jesus, esperando a Sua vinda. Contudo, muitos desacreditaram da Boa Nova devido a demora do retorno do Senhor. Diante das rebeldias do povo Pedro escreve uma carta exortando-os (cf. 2 Pd 3,8- 10) na expectativa da segunda vinda de Jesus; deixando claro que o nosso tempo é diferente do tempo de Deus. Hoje, não é muito diferente, apesar das inúmeras iniciativas de evangelização, através das pastorais e movimentos, dos meios de comunicação social, das peregrinações a Terra Santa e aos santuários cristãos, das Jornadas Mundiais para juventude, das visitas e viagens pastorais … há muita gente que desacredita da vinda de Jesus, levando a vida como se não precisasse de Deus e da Igreja. O próprio Jesus revela a Sua preocupação ao dizer: “Quando o Filho do homem voltar encontrará fé sobre a Terra?” (Lc 18,8). A advertência de Pedro continua bem atual, mostrando a misericórdia de Deus para com todos, já que “não deseja que ninguém se perca” (2 Pd 3,9). Passamos por um tempo difícil de provação da fé e do testemunho cristão, em que o papa é abertamente criticado e ignorado por muitos, inclusive até no interior da Igreja. Vejamos o que nos diz o Catecismo da Igreja “Antes do advento de Cristo a Igreja deve passar por uma provação final que abalará a fé de muitos crentes. A perseguição que acompanha a peregrinação dela na terra desvendará o “mistério de iniqüidade” sob a forma de uma impostura religiosa que há de trazer aos homens uma solução aparente a seus problemas, a custa da apostasia da verdade. A impostura religiosa suprema é a do Anticristo, isto é, a de um pseudo messianismo em que o homem glorifica a si mesmo em lugar de Deus e de seu messias que veio na carne” CIC 675 Outro sinal importante que avisa o retorno do Senhor é a conversão dos judeus ao cristianismo, sendo que, historicamente eles não reconheceram Jesus como o messias, não dando crédito aos seus ensinamentos Ler Jo 10, 16; Rm 11, 25-28; A conversão de Israel A PRONTIDÃO NA ESPERA DO SENHOR O iminente retorno de Jesus não deve nos amedrontar em face de tantos acontecimentos, pois Ele próprio nos prepara pedindo vigilância da nossa parte: Ler Mt 24,37-44 e Mc 17,26-37 Não sabeis o momento do retorno Ler Mc 13, 33-36 Não sabeis a hora em que virá Ler Lc 21,34-36 As ocupações diárias e a vigilância É importante notar que a vigilância pedida por Jesus não é um estado de espera “passiva”, mas uma espera que age em função daquele que vem, ou seja, esperamos orando, nos unindo, praticando a caridade atentos as necessidades dos outros. Deste modo não seremos pegos de surpresa no dia do juízo. Sendo Jesus a “cabeça” da Igreja, quando voltar haverá o encontro de ambos tais como num casamento (cf. Ap 22,17). Essa descrição em linguagem figurada mostra a vontade do Senhor ao querer a Igreja “ornada” tal como a noiva se prepara para receber o esposo. O JUÍZO UNIVERSAL A segunda vinda de Cristo reúne toda humanidade para o julgamento definitivo, período em que os maus e o Maligno serão destinados ao lago de enxofre, condenados pela eternidade (cf. Mt 13,24-30; Ap 21,8) enquanto os justos que se esforçaram em viver a santidade serão consolados num novo céu e numa nova terra absolutamente transfigurados pela glória divina. CÉUS NOVOS E UMA TERRA NOVA Ler Is 65,17-25; Ap 21,1-27 A Jerusalém Celeste e a concórdia universal Os Novos céus e a nova terra são a expressão da libertação definitiva de toda criação, libertação da corrupção, do pecado generalizado e do sofrimento da humanidade. O vale de lágrimas em que vivemos passará após o juízo universal e o próprio Deus habitará no meio de nós. É a restauração do Jardim do Éden destinado inicialmente a Adão e Eva e agora a toda humanidade. VOCÊ SABIA? O Novo céu e a Nova terra não acontecerão como fruto das mãos humanas, ou seja, através da aplicação do conhecimento científico e da tecnologia; mas é a concretização do projeto de Deus para a sua criação após a grande purificação realizada no mundo (cf. Ap 21,2) ATIVIDADES: 1) Quais sinais nos avisam que a Segunda Vinda de Jesus está próxima? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 2) Como Jesus virá em Seu retorno e o que virá fazer? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 3) Em Mt 25,1-13 e Lc 19,12-21 leia as parábolas contadas por Jesus e responda: O que nós precisamos fazer diante da certeza da Sua Segunda vinda? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ Sejamos vigilantes vivendo como se o Senhor voltasse a qualquer momento, assim podemos antecipar o Novo céu e a Nova terra – expressão definitiva do Reino de Deus FIQUE ATENTO! A mensagem do juízo final é um apelo a conversão enquanto Deus nos concede o tempo favorável para mudar de vida ORAÇÃO: Deus Pai Querido, lembramos de todos aqueles que vivem como se não precisassem de Ti. “Perdoa-lhes pois não sabem o que fazem”, permita mudarem de vida antes que o Teu Filho venha. Amém. SAIBA MAIS… Diz uma lenda que um monge perguntou a outro: – Por que tantos monges voltam para trás? O outro respondeu: – Acontece com os monges algo semelhante ao que se dá com os cães de caça. Um deles vê uma lebre e a persegue latindo com todas as forças. Outros cães, ouvindo os latidos, se alvoroçam, correm e latem também. Daqui a pouco não sabem mais porque estão latindo e voltam para casa. Só aquele que viu a lebre persegue-a até alcançá-la. Somente aquele que tiver lançado, pessoalmente, o seu olhar a Cristo crucificado poderá sustentar a luta até o fim. LEITURA COMPLEMENTAR Ler CIC 1042-1045 O Novo céu e uma Nova Terra GLOSSÁRIO: Apostasia: é o repúdio ou abandono total da fé cristã Messianismo: é um “falso misticismo”
30° ENCONTRO: OS DESAFIOS DA IGREJA NA ATUALIDADE Para cantar: Segura na Mão de Deu 1 – Se as águas do mar da vida quiserem te afogar. Segura na mão de Deus e vai! Se as tristezas desta vida quiserem te sufocar. Segura na mão de Deus e vai! Segura na mão de Deus. Segura na mão de Deus, pois ela, ela te sustentará. Não temas, segue adiante e não olhes para trás, segura na mão de Deus e vai. REFRÃO 2 – Se a jornada é pesada e te cansas a caminhada. Segura na mão de Deus e vai! Orando, jejuando, confiando e confessando. Segura na mão de Deus e vai! 3 – O Espírito do Senhor sempre te revestirá. Segura na mão de Deus e vai! Jesus Cristo prometeu que jamais te deixará. Segura na mão de Deus e vai! ü Ler 2 Tm 3,1-7 A humanidade nos últimos tempos Depois da discussão sobre as doutrinas não cristãs presente da terceira Unidade e do encontro passado em que nos conscientizamos da eminente vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo novamente, podemos ter uma idéia dos desafios que se apresentam diante de nós cristãos. Vejamos uma resumida lista deles: – O individualismo – O secularismo – O materialismo e o consumismo irresponsável – A busca do prazer a qualquer custo – O crescente ateísmo e a indiferença religiosa O DESAFIO DE VIVER A VOCAÇÃO CRISTÃ HOJE Vivemos num mundo onde os valores do poder, do ter e do prazer são exaltados o tempo todo. A luta pelo poder torna as pessoas indiferentes aos problemas alheios e cada vez mais fechadas em si mesmas. A violência, as guerras, o ódio e as tensões ameaçam o mundo, tornando as pessoas cada vez mais amedrontadas e desconfiadas umas das outras. Deste modo, a convivência social perde a dimensão fraterna e comunitária, tornando-se uma relação muitas vezes competitiva e vaidosa de “si”. A sexualidade torna-se cada vez mais desregrada e irresponsável, fazendo da pessoa do outro um objeto puramente sexual, desprovido de valor e respeito em sua dignidade, a intimidade nos relacionamentos fica cada vez mais exposta, tornando vulnerável qualquer compromisso firmado. A secularização se expande cada vez mais e vai tomando conta das pessoas. O ser humano vai perdendo o sentido profundo de sua vida, o valor do sagrado, sua razão de ser no mundo; tornando-se escravo de si mesmo, das leis criadas por ele mesmo e da tecnologia que deveria estar ao seu serviço. Sobre o secularismo e o relativismo o papa João Paulo II já nos dizia: “… Não tenhais medo de ser santos! Tende a coragem de buscar e encontrar a verdade, para além do relativismo e da indiferença daqueles que tendem a edificar o nosso mundo como se Deus não existisse. Jamais sereis desiludidos se conservardes como ponto de referência na vossa busca, Cristo, verdade do homem. A revelar o mistério do Pai e do seu Amor, Ele ‘manifesta perfeitamente o homem ao próprio homem e descobre-lhe a sublimidade de sua vocação’“ (GS 22). É dentro dessa realidade que nos encontramos como cristãos chamados a transformá-la, vivendo o compromisso que assumimos no Batismo e confirmamos no crisma; sendo “sal na terra e luz no mundo” (cf. Mt 5,13-14) João Paulo II (já no fim de seu pontificado) e o papa atual – Bento XVI nos propõe o desafio de construir a civilização do amor, concretizando o desejo de Deus a nosso respeito. VIDA CRISTÃ versus VIDA “MODERNA” ou SECULAR? O Sínodo Arquidiocesano publicado na Arquidiocese de Cuiabá – MT nos apresenta uma reflexão interessante sobre o comportamento de muitos cristãos católicos diante da realidade acima exposta: (…) “Nem sempre as pessoas que nos conhecem notam que nós somos cristãos. A gente nem sempre nota a presença de cristãos no nosso dia–a-dia: educação, medicina, política, esporte, associação de bairro, acolhida dos migrantes, meios de comunicação, sindicatos, cultura … tem coisa atrapalhando! Tem vez que a gente-igreja se apresenta diante da sociedade de forma envergonhada. Até mesmo nas atividades pastorais, é mais fácil se apresentar como uma organização filantrópica com engajamento social, fazer propaganda… do que se apresentar como uma Igreja que tem um Evangelho para anunciar. (…) é como se a vida do cristão não “batesse” com a mentalidade moderna! “Também tem gente que não gosta da Igreja. (…); de repente, estamos transformando o local–igreja numa “toca”, um lugar onde nos ‘escondemos!’ Assim, a religião não existe para melhorar a nossa vida fora da igreja! Uma religião que fica só dentro de um templo é encenação, é um teatro: uma religião faz-de–conta! Seria triste e desastroso!” (SANTOS, Dom Milton. Documento Conclusivo do Sínodo Arquidiocesano de Cuiabá. II, 63-65) Infelizmente o comportamento de muitos cristãos católicos se confunde com a vida secular, ou seja, a vida é vivida de maneira convencional, misturando ora o que Jesus ensina, ora o que a moda, os meios de comunicação e a sociedade em geral ensina. Aquele ensinamento que exige um pouco mais da pessoa é deixado de lado por ser “radical” demais, inadequado aos novos tempos, a modernidade. Daí provêm uma série de críticas ao nosso modo de viver os ensinamentos de Cristo. Viver o “ser cristão” ao nosso modo pode nos tornar oportunistas e por vezes hipócritas se o nosso olhar não estiver fixo em Jesus. Isto pode nos desviar da fé a ponto de abandoná-la. Vejamos o que diz Pedro em sua epístola, alertando quanto aos desvios da fé: Com efeito, se aqueles que se libertaram da corrupção do mundo pelo conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo se deixam novamente enlear e dominar por elas, seu estado se torna por fim pior do que no início. Pois teria sido melhor para eles não terem conhecido o caminho da justiça do que, tendo-o conhecido, ter se desviado do santo mandamento que lhes fora transmitido. Aconteceu-lhes o que diz, com justeza, o provérbio: “O cão voltou ao próprio vômito” e ainda: “A porca, apenas lavada, se revolve no lamaçal”. 2 Pd 2,20-22 Embora estejamos tão distantes da época em que viveram os apóstolos e discípulos de Jesus, vemos que os problemas e dificuldades enfrentados são os mesmos. Pedro, Paulo, Tiago, João e tantos outros que escreveram o Novo Testamento, o fizeram no sentido de orientar, corrigir e guiar os primeiros povos segundo os ensinamentos de Deus. Eles enfrentaram muitas situações semelhantes as que vivemos hoje, sem perder a fé, a coragem, a esperança e a caridade. Olhando para os desafios do tempo presente, para as nossas limitações e deficiências e para a responsabilidade de ser cristão hoje, percebemos o quanto precisamos caminhar tendo Jesus a nossa frente. Não desanimemos diante das dificuldades; ao contrário, alegremo-nos sempre no Senhor olhando para o exemplo dos apóstolos e mártires que o seguiram no tempo das primeiras perseguições ao cristianismo. O amor é o coração da Igreja como intuiu Santa Teresinha: “Compreendi que a Igreja tem um corpo com diferentes membros. Compreendi que a Igreja tem um coração ardente de amor, compreendi que só o amor faz os membros da Igreja agir; que se o amor viesse a se apagar; os apóstolos não mais anunciariam o Evangelho, os mártires se recusariam a derramar o seu sangue. Compreendi que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo que abraça todos os tempos e todos os lugares”. (MAN. B, 3-3vs) VOCÊ SABIA? Que Jesus preparou os apóstolos para dar continuidade a Sua missão no mundo, encorajando e depois enviando-os (cf. Mt 28,16-20; At 1,8) ATIVIDADES: 1) Cite três desafios enfrentados por nós cristãos atualmente e três ensinamentos de Jesus que são respostas positivas a tais desafios ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 2) Você encontra alguma dificuldade em ser cristão hoje? Explique qual e porquê. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 3) Infelizmente hoje muitos tem vergonha de dizer que são cristãos católicos testemunhas de Jesus. Em sua opinião porque isso acontece hoje? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________
Não tenha medo de testemunhar Jesus Cristo aos outros. Lembre sempre de suas palavras: “Todo aquele que se declarar por mim diante dos homens, o Filho do Homem também se declarará a favor dele diante dos anjos de Deus. Aquele, porém, que me renegar diante dos homens será renegado diante dos anjos de Deus” (Lc 12,8-9) FIQUE ATENTO! – Deus se revela nas pequenas coisas, nas situações do cotidiano, numa pessoa, numa palavra; enfim, Ele caminha conosco! Estejamos atentos aos Seus sinais antes de tomar qualquer decisão importante em nossa vida ORAÇÃO: Senhor Jesus, diante de tantos desafios e sofrimentos vividos em nossos dias te pedimos que guarde a nossa casa, a nossa família de todo perigo, de todo mal. Daí-nos a coragem necessária para nunca nega-lo, ainda que estejamos sofrendo por causa do Teu nome. Amém. GLOSSÁRIO: Organização filantrópica: entidade assistencial com fins caritativos
31° ENCONTRO: O CRISTÃO ENGAJADO “No mundo tereis aflições. Mas tende coragem! Eu venci o mundo” Jo 16,33 “Vós sois a luz do mundo (…) Brilhe a vossa luz diante das pessoas, para que vendo as vossas boas obras louvem o vosso Pai que estais nos céus” Mt 5,14.16 Para cantar: Eis-me aqui Senhor (Pe. Pedro Guimarães/Fr. Fabretti,OFM) Eis-me aqui, Senhor! Eis-me aqui, Senhor! Pra fazer Tua vontade, pra viver no Teu amor. Pra fazer Tua vontade, pra viver no Teu amor, eis-me aqui Senhor! REFRÃO 1 – O Senhor é o Pastor que m conduz, por caminho nunca visto me enviou. Sou chamado a ser fermento, sal e luz, e por isso respondi: aqui estou! 2 – Ele pôs em minha boca uma canção, me ungiu como um profeta trovador, da história e da vida do meu povo, e por isso respondi: aqui estou! 3 – Ponho a minha confiança no Senhor, da esperança sou chamado a ser sinal, seu ouvido se inclinou ao meu clamor, e por isso respondi: aqui estou! Este último Encontro expressa o convite do Senhor a cada um de nós, pedindo que vivamos no mundo sem sermos mundanos. No Encontro anterior percebemos o quanto ser cristão hoje é um desafio corajoso, vimos também que a indiferença dos cristãos diante de tais males só contribui para aumentá-los. Neste sentido o Papa Leão XIII nos ensina que “A audácia dos maus se alimenta da omissão e do silêncio dos bons”. Fazer a diferença no mundo é uma necessidade, isso contribui para que todos vivam bem. É difícil encontrar quem se disponha a servir colocando os dons e talentos em benefício dos outros, o mais comum é utilizar as qualidades para auto afirmação e vanglória; como Jesus deve ficar decepcionado com tais atitudes, recordando os fariseus. (cf. Mt 23,1-12) Infelizmente a sociedade em que vivemos valoriza muitos pontos contrários ao ensinamento cristão: ensina que servir é sinal de humilhação, que a beleza ‘é para ser mostrada’ (mesmo vulgarmente), que as posses são mais importantes que a pessoa, que o título é sinal de autoridade e sabedoria sobre os outros, etc. Como vemos, hoje não é muito diferente da época de Jesus, o trecho bíblico acima citado ilustra bem a semelhança. Vejamos o que nos diz o Sínodo Arquidiocesano de Cuiabá sobre o assunto: “Hoje estamos ‘diante da tentação, muito presente na cultura atual, de ser cristãos sem Igreja e das novas buscas espiritualistas individualistas (…) a fé nos liberta do isolamento do eu, porque nos conduz a comunhão”. Como todos os valores, a comunhão não é um fato instintivo e natural. Natural é, antes, a busca de si, o egocentrismo, o individualismo, a que mais facilmente estamos inclinados, por causa da nossa fraqueza” (SANTOS. Dom Milton. Sínodo, I, 22, p 12) A resposta ao problema apresentado resume-se numa palavra: COMUNHÃO. Para comungar com os outros é preciso renunciar a si mesmo e é exatamente isso que não conseguimos fazer hoje, pois o mundo incentiva exatamente o contrário, colocando o EU no centro das atenções. O cristão engajado é antes de tudo um corajoso, pois aceita servir com o coração aberto, sem esperar aplausos e recompensas humanas, neste sentido ele “rema contra a maré” sendo uma gota no oceano de indiferença e desamor. Não podemos esquecer o modo com que Jesus nos identifica diante dos outros: “Nisto conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” Jo 13,35. O amor é a nossa marca e se não deixamos essa marca impressa no nosso próximo de nada vale intitular-se cristão. O ENGAJAMENTO Você já se perguntou: o que estou fazendo pelos outros? O engajamento é o serviço consciente em prol de um mundo melhor. No 22° Encontro vimos um breve panorama das Pastorais, Movimentos e Comunidades a serviço da Igreja, conduzindo a uma reflexão sobre o meu e o seu lugar na comunidade cristã; agora é o momento de colocar em prática os ensinamentos do mestre Jesus, sentindo-se parte integrante do seu ‘corpo místico’. Para entender melhor a proposta do Senhor a nosso respeito, consulte o 7° tema transversal sobre a Vocação Cristã. Após a reflexão sobre o tema transversal proposto vemos que Jesus pede atitude de nossa parte, isso implica sair do nosso EU indo até as necessidades do próximo como discípulos missionários (cf. Mt 28, 18-20) Muitos católicos acham que “assistir” a missa dominical é atitude suficiente para um cristão. O Senhor nos pede muito mais, pois a missa é na verdade o início do envio, da missão, já que ela nos prepara espiritualmente para o serviço engajado. O cristão atuante que sabe da importância do seu ministério procura equilibrar a dimensão espiritual e a dimensão social de amparo aos necessitados, centrando o seu olhar em Jesus; é Ele quem nos molda segundo a sabedoria de Deus, fortalecendo a nossa fé diante das dificuldades. Quando olhamos para os outros procurando referenciais a seguir nos decepcionamos, pois vemos que são fracos e pecadores como nós, daí a necessidade de não perder o foco. Jesus nos orienta utilizando algumas parábolas: ü Ler Mt 20, 1-16 Parábola dos trabalhadores na vinha ü Ler Mt 25,14-30 Parábola dos Talentos As passagens mostram a necessidade de estarmos a serviço dos outros, ocupando o nosso tempo na multiplicação dos dons e talentos que Deus nos concede. Daí, tendo em vista o que recebemos de graça mais o nosso esforço e persistência seremos julgados no dia do juízo. Contudo, é bom frisar que não devemos fazer o bem esperando unicamente a recompensa do céu, mas fazer porque é necessário para construção de um mundo melhor. ATIVIDADES: 1) O que se entende por engajamento cristão? Apresente exemplos. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 2) Leia o tema transversal n° 7 e responda: Qual a diferença entre Vocação e Profissão? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 3) Quando Jesus envia os apóstolos dizendo “Eis que vos envio como ovelhas em meios a lobos” Mt 10, 16 o que quis dizer com isso? Explique aplicando nos nossos dias _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ Não tenha medo de testemunhar Jesus Cristo aos outros. Lembre sempre de suas palavras: “Todo aquele que se declarar por mim diante dos homens, o Filho ORAÇÃO: Senhor Jesus, príncipe da paz, fazei-nos instrumentos de Vossa paz, de Vossa justiça e misericórdia. Que ao olharem para nossas boas obras lembrem Daquele que é a origem de todo bem. Amém FIQUE ATENTO! O mundo precisa de cristãos críticos, que saibam agir esclarecidos pela Palavra de Deus, unindo justiça e misericórdia em seus julgamentos e atitudes. SAIBA MAIS: A Igreja disponibiliza algumas armas espirituais de combate ao mal que nós cristãos podemos utilizar: – O jejum e a penitência – A armadura do cristão (Ef 6, 14-17) e o salmo 90 (91) – A invocação do nome de Jesus e de Maria – A invocação do Sangue de Jesus – A invocação dos anjos e santos – A oração da medalha de São bento e meditação do rosário – Os seguintes sacramentais (água benta, utilização de crucifixo, acender velas bentas, etc) – A caridade (visita a doentes, assistência alimentar e do vestuário, oração pelos outros …)
TEMA TRANSVERSAL SETE: A VOCAÇÃO CRISTÃ Primeiramente Deus nos chama a vida – dom gratuito e proposital. Depois somos chamados a filiação divina, tornando-nos filhos adotivos de Deus através do sacramento do Batismo: num primeiro momento nossos pais e padrinhos assumem o compromisso por nós, depois quando jovens assumimos no sacramento da Crisma – onde confirmamos as promessas do Batismo. Somos também chamados a santidade (cf. Ef 1,4-5 e Mt 5,48) e a escolha de um estado de vida (cf. CIC 1603-1604 Sobre o Casamento e CIC 1583 Sobre a Ordem). A busca da santidade acontece no dia a dia: nos trabalhos comunitários da Igreja (cf. CIC 863), na vida em sociedade e na família, onde nos colocamos a serviço dos outros estando atentas as suas necessidades. Quando escolhemos um estado de vida, o fazemos a partir das nossas aptidões pessoais: os nossos dons, temperamento, habilidades e a nossa personalidade. O homem e a mulher devem ter em si a propensão para constituir família ao assumir o estado de vida “casado”, Já de um seminarista ou aspirante a vida religiosa espera-se o desejo de servir exclusivamente uma comunidade em suas mais diversas pastorais, movimentos, ministérios; estando ciente da exigência dos trabalhos, da vida de oração e partilha. Assim também com os leigos consagrados que são celibatários, vivendo a vocação de cristão sem constituir família, servindo exclusivamente a Igreja. É importante destacar que o estado de vida é escolhido livremente, sem que ninguém obrigue. Neste sentido se escolhe um estado de vida consciente das suas responsabilidades. O estado de vida casado é o mais conturbado neste sentido, pois muitos escolhem se casar sem ter a certeza de sua vocação; daí as escolhas erradas conduzem a frustração, a decepção, a rejeição dos filhos, do cônjuge e a separação do casal com dolorosas conseqüências para todos. O sacerdócio, a vida religiosa e a condição de leigo consagrado são estados onde a formação é mais intensa, conduzindo o vocacionado a uma escolha consciente e frutuosa; já o chamado a vida matrimonial não é muitas vezes amadurecido e acompanhado, por isso há maiores problemas em relação a escolha acertada. O mês de agosto é dedicado as vocações: sacerdotal (1° Domingo); religiosos (as) no 2° Domingo; Leigos (3° Domingo) e aos catequistas (4° Domingo). Em todos as vocações Deus chama através de fatos, acontecimentos ou pessoas . Escolhe livremente e permite total liberdade de resposta. Deus chama para uma missão de serviço ao povo. Vocação é o encontro de duas liberdades: a de Deus que chama e a do homem que responde. VOCAÇÃO E PROFISSÃO Vocação é diferente de profissão! Na primeira descobre-se a condição do servir já latente no íntimo da pessoa, ou seja, a escolha é uma resposta permanente ao chamado de Deus, é uma espécie de “cumprimento do destino para que fomos criados”. Já em relação a profissão não, pois podemos mudar de profissão quando quisermos ou permanecer num cargo pensando exclusivamente nos seus benefícios. Outra diferença entre vocação e profissão é a natureza do servir: na primeira a atividade é focada nas pessoas, no bem comum e na construção do Reino de Deus, já na segunda o foco é a carreira profissional, a eficiência, a competência, o
aperfeiçoamento, o salário, os benefícios e o bem das pessoas também; porém, as pessoas ficam muitas vezes em último lugar, já que, atualmente, a sociedade em que vivemos centra sua atenção no indivíduo (não nos outros), nos bens materiais e no dinheiro. SUGESTÕES DE DEBATE: – O que preciso fazer para descobrir minha vocação? – Como posso saber se acertei na escolha de minha vocação? – Quais as conseqüências de uma vocação mal escolhida? – Se todos os cristãos batizados são chamados a servir o próximo por que poucos correspondem a esse chamado de Jesus? MAPAS 2.AS QUATRO VIAGENS DO APÓSTOLO PAULO 3 .PALESTINA ANTIGA 4 .PALESTINA NO TEMPO DE JESUS A área da Palestina nos tempos bíblicos, embora tenha variado constantemente, pode-se considerar de uns 25.000 km². Portanto, 333 vezes menor do que o Brasil, 12 vezes menor que o Rio Grande do Sul ou Itália. – Acrescentando-se uns poucos quilômetros às distâncias propostas no mapa, obtém-se a quilometragem aproximada dos caminhos percorridos pelos Patriarcas, Profetas, Apóstolos, Peregrinos e, sobretudo, por Nosso Senhor Jesus Cristo. 5 .DISTÂNCIAS DENTRO DA PALESTINA DO TEMPO DE JESUS
ORAÇÕES Sinal da Cruz + Pelo sinal da santa cruz, +Livrai-nos Deus nosso Senhor, + dos nossos inimigos. Em nome o Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Glória ao Pai Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Pai Nosso Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos daí hoje; perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. Não nos deixeis cair em tentação. Mas livrai-nos do mal. Amém. Ave Maria Ave, Maria, cheia de graças, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. Salve Rainha Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos, os degredados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nos volvei, e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso entre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria. Consagração a Nossa Senhora Ó minha Senhora e também minha mãe, eu me ofereço todo a os, a vós, e em prova da minha devoção para convosco, vos consagro neste e para sempre, meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração, e inteiramente todo o meu ser. E E porque assim sou vossa (o), ó incomparável mãe, guardai-me como coisa e propriedade vossa. Amém. Credo Creio em Deus Pai Todo-poderoso, Criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo. Nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu a mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus, esta sentado a direita de Deus Pai Todo- Poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna. Amém.
Anjo da Guarda Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardado, se a Ti me confiou, a piedade divina sempre me rege, me gurde, me governe, me ilumine. Amém. Vinde Espírito Santo Vinde, Espírito Santo, enchei o coração dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo fazei que apreciemos corretamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por cristo, Senhor nosso. Amém. Ato de Contrição Meu Deus, eu me arrependo de todo o coração de vos ter ofendido, porque sois tão bom e amável. Prometo, com a vossa graça, esforçar – me para ser bom. Meu Jesus, misericórdia. Oração da Paz Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa igreja; daí-lhe segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo. Amém. Oração da Manhã Senhor, no silêncio deste dia que amanhece, venho pedir-te a paz, a sabedoria, a força… Quero olhar hoje o mundo com olhos cheios de amor, ser pacientes, compreensivos, mansos e prudentes, ver além das aparências, teus filhos como te os vês e assim não ver senão o bem de cada um deles. Cerra meus ouvidos a toda calúnia. Guarda a minha língua de toda maldade. Que só de benção se encha o meu espírito. Que eu seja tão bondoso e alegre que todos quantos se achegarem a mim, sintam a Tua presença. Reveste-me de tua luz e que no decurso deste dia eu te revele a todos. Amém. Oração da Noite É noite! Termina mais um dia e outro começa. Há silêncio e mistério. Senhor, com a noite chega para nós o cansaço, a consciência de nossas dificuldades de nossos erros e carência. A noite faz realçar os ânulos de nossos limites, o peso de nossa solidão, a amargura de nossas decepções e a profundidade de nossa dor. Mas com nossa fé que persiste, sabemos, Senhor que não paramos na noite. Caminhamos na escuridão com a certeza de acordar para luz. Enquanto enfrentamos a noite rezamos com o salmista: “Ainda que eu passe por um vale escuro, nada temerei, Senhor, porque estas junto de mim” ( Sl 23). Enquanto enfrentamos a noite, partilhamos sua luz com os que sofrem. E com as luzes que vamos acendendo no coração dos irmãos iluminamos o nosso próprio caminho. Pedimos que nos abençoe, Senhor e que tenhamos chance de acordar para o novo dia cantando alegria de viver. Amém.
CALENDÁRIO JANEIRO 06 Santos Reis Magos 20 São Sebastião 31 São João Bosco FEVEREIRO 08 Santa Josefina Bakhita 11 Nossa Senhora de Lourdes MARÇO 19 São José 25 Madre Paulina ABRIL 26 Nossa Senhora do Bom Conselho MAIO – Mês Mariano 13 Nossa Senhora de Fátima JUNHO – Mês do Sagrado Coração de Jesus 03 Corpus Christi 13 Santo Antônio 24 São João Batista 27 Nossa Senhora do Perpétuo Socorro 29 São Pedro e São Paulo JULHO 16 Nossa Senhora do Carmo AGOSTO – Mês das Vocações 11 Santa Clara de Assis SETEMBRO – Mês da Bíblia 15 Nossa Senhora das Dores 29 São Miguel e São Gabriel OUTUBRO – Mês do Rosário e das Missões 02 Santos Anjos da Guarda 04 São Francisco de Assis 07 Nossa Senhora do Rosário 12 Nossa Senhora da Conceição Aparecida 16 Santa Edwiges NOVEMBRO 01 Todos os Santos 27 Nossa Senhora das Graças DEZEMBRO 08 Imaculada Conceição 12 Nossa Senhora de Guadalupe 13 Santa Luzia 25 Natal 30 Sagrada Família
SIGLAS IMPORTANTES CDC – Código de Direito Canônico CF – Carta as Famílias, n° 11. Escrita pelo Papa João Paulo II CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil CIC – Catecismo da Igreja Católica, 1999 V CELAM – Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe Documento de Aparecida, 2009 GS – Gaudium ET Spes, Constituição Pastoral do Concílio Vaticano I, sobre a Igreja no mundo atual, 1965 LG – Lumen Gentium, Constituição Dogmática do Concílio Vaticano II, sobre a Igreja, 1964 PO – Presbyterorum Ordini, Decreto do Concílio Vaticano II, sobre o ministério e a vida dos prebíteros, 1965 UR – Unitatis Redintegratio, Decreto do Concílio Vaticano II, sobre o Ecumenismo, 1964 REFERÊNCIAS – ABIB, Pe. Jonas. Céus Novos e uma Terra Nova. 7° Ed. São Paulo: Canção Nova, 2003 – Arquidiocese de Cuiabá – XIV Plano de Ação Evangelizadora. Orientações Pastorais para os Sacramentos – AQUINO, Prof. Felipe. Matrimônio. 2° Ed. São Paulo: Canção Nova, 2007 – BAHIA, Pe Vagner. Libertos das Forças Ocultas. 3° Ed. São Paulo: Palavra e Prece, 2007 – Bíblia Sagrada. Tradução CNBB. 6° edição. São Paulo: Canção Nova, 2007 – Bíblia Sagrada. Tradução ecumênica. Teb. São Paulo: Edições Loyola e Paulinas, 1995 (com aprovação da CNBB Cânon 825) – BILLINGS, Evelyn e Ann Westmore. O Método Billings – Controle de fertilidade sem drogas e sem dispositivos artificiais. Tradução Guilherme Gibbons. São Paulo: Paulus, 1983 (Coleção Planejamento Familiar) – BILLINGS, Evelyn. Ensinando o Método de Ovulação Billings; tradução Heloisa Pereira. São Paul: Paulus, 2009 (Coleção Planejamento Familiar) – BUZANELLO, Azílio. Dízimo: Por que devo dar? Ed. Buzanello. Campo Grande, MS – CAMARGO, Pe. Gilson Cezar de. Liturgia da Missa Explicada. 3° Ed. Vozes, Petrópolis, 2005. – Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola, 1999. – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil/ Sou Católico: Vivo minha Fé. Brasília, Edições CNBB, 2007. – DALDEGAN, Viviane Mayer. No Caminho de Jesus. Vozes, Petrópolis, 2007 – DEFILIPPO, Lydia das Dores. Um Passo à Frente. Coleção Deus Conosco– Iniciação II. 15° Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006 – Diocese de Osasco. Livro do Catequista: fé, vida, comunidade/Centro Catequético Diocesano: (coordenação Ir. Mary Donzellini). _ São Paulo: Paulus, 1994 – DUARTE, Pe. Luiz Miguel. Semana Santa. Paulus – ERINALDO, Pe José. Catequese de Adulto – Apostila. Arquidiocese de Cuiabá – GIL, Paulo Cesar. Metodologia Catequética. _ Petrópolis, RJ: Vozes, 2007 – Histórias Bíblicas do Antigo Testamento – Arca de Noé. São Paulo: Editora Canção Nova – Histórias Bíblicas do Antigo Testamento – Adão e Eva. São Paulo: Editora Canção Nova. – IUBEL, Pe. Cristovam. Dízimo: Uma experiência de Fé e Amor. Novena para Grupos. Guarapuava, PR. – LEYEN, Eugênia Van Der. Conversando com as almas do Purgatório. 2° ed. Edições Ave Maria. São Paulo – SP, 1996 – LOPES, Cordeiro Alexsander e autores. Crescer em Comunhão. Livro do Catequizando. Vol. 1 – 18°Ed. Petrópolis, RJ: 2002 – LOPES, Cordeiro Alexsander e autores. Crescer em Comunhão. Livro do Catequista. Vol. 3 – 19°Ed. Petrópolis, RJ: 2002 -LOPES, Cordeiro Alexsander e autores. Crescer em Comunhão.Livro do Catequista. Vol. 4 – 15°Ed. Petrópolis, RJ: 2002 – LOPES, Cordeiro Alexsander e autores. Crescer em Comunhão. Livro do Catequizando. Vol. 2 – 23°Ed. Petrópolis, RJ: 2006 – MCKENNA, Ir. Briege. OSC e LIBERSAT, Henry. Milagres Acontecem de Fato. 3° Edição. Edições Loyola. São Paulo, 2005 -MALECHESK, Cristina Ana e autores. Crescer em Comunhão, construindo o Reino. Livro do Catequista. Vol.4 – 11°Ed. Petrópolis, RJ: 1997 – Manual Oficial da Legião de Maria. Concilium Legionis – Dublin- Irlanda 190 – MAXWEL, Arthur. As Mais Belas Histórias da Bíblia. Vol.1 Trad. Abigail R. Liedke – Santo André, SP. Casa Publicadora Brasileira – MAXWEL, Arthur. As Mais Belas Histórias da Bíblia. Vol.2 Trad. Abigail R. Liedke – Santo André, SP. Casa Publicadora Brasileira – OLIVEIRA, Paulo Cesar Nunes de. Encontros para uma Catequese com Adultos. 5° Ed. São Paulo: Paulus, 2008 – Orações Poderosas e Milagrosas. Asilo São Vicente de Paulo – PILAR, Irmã, Pe Pedro e Pe Miguel Jordá Sureda. Saiba Defender sua Fé Católica. 7° Ed. Londrina: Grafmark, 2003 – SANTOS, Milton. Sínodo Arquidiocesano de Cuiabá. Solenidade de Corpus Christi, 22 de maio de 2008 – SEHNEM , Francisco. Só por Causa de um Cabrito: Aprendendo a perdoar como o Pai. 2° Edição. Editora CN. São Paulo, 2008 – WHITE. Ellen G. Vida de Jesus. 51°Ed. Santo André, SP: Edição de Arte,1977 – VELLA, Frei Elias. O Anticristo – Quem é e Como Age. 2° Ed. São Paulo: Palavra e Prece, 2007 APOSTILAS CONSULTADAS – Estudando sobre a Liturgia – Paróquia Santo Antônio Maria Claret – Comunidade Nossa Senhora das Graças – Apostila de Iniciação. Belo Horizonte, MG.
PERIÓDICOS – Informativo São Gonçalo – Cuiabá – Ano V – n° 03 – 01/03/2010 – Caminho de Comunhão- Cuiabá – Edição 18 – janeiro de 2010 SITES CONSULTADOS http:/ blog.cancaonova.com/felipeaquino http:/www.catequesecaminhando.com.br http:/www.catequesecatólica.com.br http:/www.catequeseeação.com.br http:/www.catolicismo.com.br http:/www.cot.org.br/igreja/osonho-de-dom-bosco-ceu.php http:/www.cleofas.com.br http:/www.guadalupecba.org http:/www.letras.com.br/católicas http:/www.montfort.org.br http:/www.pastoralis.com.br http:/www.santos.org http:/www.wikipédia.org
Como não acreditar que Jesus é o Messias diante destas profecias?
Lendo as 2 passagens, a primeira é a Profecia e a segunda o seu cumprimento:
Gênesis
1. O Messias nasceria da “semente de uma mulher” [Gênesis 3:15a, Lucas 1:34-35]. 2. O Messias derrotaria Satanás [Gênesis 3:15b, 1 João 3:8]. 3. O Messias padeceria ao reconciliar os homens com Deus [Gênesis 3:15c, 1 Pedro 3:18]. 4. O Messias seria descendente de Sete [Gênesis 4:25, Lucas 3:23-38]. 5. O Messias seria descendente de Sem [Gênesis 9:26, Lucas 3:23-36]. 6. O Messias seria descendente de Abraão [Gênesis 12:3, Mateus 1:1]. 7. O Messias seria descendente de Isaque [Gênesis 17:19, Lucas 3:23-34]. 8. O Messias viria para todas as nações [Gênesis 18:18b, Atos 3:24-26]. 9. O Messias seria descendente de Isaque [Gênesis 21:12, Lucas 3:23-34]. 10. O Messias seria como um cordeiro de sacrifício [Gênesis 22:8, João 1:29]. 11. O Messias seria sacrificado no mesmo monte onde Deus testou Abraão [Gênesis 22:14, Lucas 23:33]. 12. O Messias abençoaria todas as nações [Gênesis 22:18, Gálatas 3:14]. 13. O Messias seria descendente de Isaque [Gênesis 26:4, Lucas 3:23-34]. 14. O Messias seria descendente de Jacó [Gênesis 28:14a, Lucas 3:23-34]. 15. O Messias viria para todos os povos [Gênesis 28:14b, Gálatas 3:26-29]. 16. O Messias seria descendente de Judá [Gênesis 49:10a, Lucas 3:23-33]. 17. O Messias seria Rei de Israel [Gênesis 49:10b, João 1:49]. 18. A autoridade do Messias se estenderá a todas as nações [Gênesis 49:10c, Judas 1:25]. 19. O Messias seria a “videira” [Gênesis 49:11, João 15:1-5].
Êxodo
20. Nenhum dos ossos do Messias seria quebrado[Êxodo 12:46, João 19:32-33].
Números
21. Nenhum dos ossos do Messias seria quebrado[Números 9:12, João 19:32-33]. 22. O Messias seria Rei de Israel [Números 24:17, João 19:19].
Deuteronômio
23. O Messias seria Profeta [Deuteronômio 18:15, Mateus 21:11]. 24. O Messias seria Profeta [Deuteronômio 18:18a, Mateus 21:11]. 25. Deus falaria através do Messias [Deuteronômio 18:18b, João 12:49]. 26. O Messias seria feito maldito para redimir o homem [Deuteronômio 21:23, Gálatas 3:13]. 27. O Messias seria cultuado por anjos no seu nascimento [Deuteronômio 32:43, Lucas 2:13-14].
Rute
28. O Messias seria descendente de Boaz e Rute [Rute 4:12-17, Lucas 3:23-32].
1 Samuel
29. O Messias seria exaltado por Deus com poder e força [1 Samuel 2:10, Mateus 28:18].
2 Samuel
30. O Messias seria descendente de Davi [2 Samuel 7:12-13, Mateus 1:1]. 31. O Messias seria o Filho de Deus [2 Samuel 7:13-14, Mateus 3:16-17]. 32. O Messias seria descendente de Davi [2 Samuel 7:16, Mateus 1:1]. 33. O Messias viria para todos os povos [2 Samuel 22:50, Romanos 15:8-9]. 34. O Messias seria a “Pedra” [ 2 Samuel 23:2-4a, 1 Coríntios 10:4]. 35. O Messias seria como a “luz da manhã” [2 Samuel 23:2-4b, Apocalipse 22:16].
1 Crônicas
36. O Messias seria descendente de Judá [1 Crônicas 5:2, Lucas 3:23-33]. 37. O Messias seria descendente de Davi [1 Crônicas 17:11-12a, Lucas 3:23-31]. 38. O Trono do Messias seria eterno [1 Crônicas 17:11-12b, Lucas 1:32-33]. 39. O Messias seria o Filho de Deus [1 Crônicas 17:13-14, Mateus 3:16-17].
Salmos
40. O Messias seria rejeitado pelos Gentios [Salmo 2:1 Atos, 4:25-28]. 41. Líderes Políticos e religiosos conspirariam contra o Messias [Salmo 2:2, Mateus 26:3-4]. 42. O Messias seria Rei [Salmo 2:6, João 12:12-13]. 43. O Messias seria o Filho de Deus [Salmo 2:7a, Lucas 1:31-35]. 44. O Messias declararia que ele era o Filho de Deus [Salmo 2:7b, João 9:35-37]. 45. O Messias seria ressuscitado e coroado como Rei [Salmo 2:7c, Atos 13:30-33]. 46. O Messias pediria a Deus pela Sua herança [Salmo 2:8a, João 17:4-24]. 47. O Messias receberia autoridade sobre todos [Salmo 2:8b, Mateus 28:18]. 48. O Messias seria o Filho de Deus [Salmo 2:12a, Mateus 17:5]. 49. O Messias rejeitaria aqueles que não creram nele [Salmo 2:12b, João 3:36]. 50. Crianças dariam louvor ao Messias [Salmo 8:2, Mateus 21:15-16]. 51. Ao Messias seria dado autoridade sobre todas as coisas [Salmo 8:6, Mateus 28:18]. 52. O Messias seria ressuscitado [Salmo 16:8-10a, Mateus 28:6]. 53. O Corpo do Messias não seria exposto à corrupção [Salmo 16:8-10b, Atos 13:35-37]. 54. O Messias seria exaltado á presença de Deus [Salmo 16:11, Atos 2:25-33]. 55. O Messias viria para todos os povos [Salmo 18:49, Efésios 3:4-6]. 56. O Messias clamaria a Deus [Salmo 22:1a, Mateus 27:46]. 57. O Messias seria desamparado por Deus [Salmo 22:1b, Marcos 15:34]. 58. O Messias, angustiado, oraria sem cessar [Salmo 22:2, Mateus 26:38-39]. 59. O Messias seria desprezado [Salmo 22:6, Lucas 23:21-23]. 60. O povo zombaria do Messias, meneando suas cabeças [Salmo 22:7, Mateus 27:39]. 61. Escarnecedores diriam do Messias, “Confiou em Deus, livre-o agora” [” Salmo 22:8, Mateus 27:41-43]. 62. O Messias teria ciência do seu Pai desde a sua mocidade [Salmo 22:9, Lucas 2:40]. 63. O Messias seria chamado para o serviço de Deus desde o ventre [Salmo 22:10, Lucas 1:30-33]. 64. O Messias seria abandonado pelos discípulos [Salmo 22:11, Marcos 14:50]. 65. O Messias seria cercado por espíritos malignos [Salmo 22:12-13, Colossenses 2:15]. 66. O Coração do Messias iria se partir, fluindo sangue e água [Salmo 22:14a, João 19:34]. 67. O Messias seria crucificado [Salmo 22:14b, Mateus 27:35]. 68. O Messias teria sede [Salmo 22:15a, João 19:28]. 69. O Messias teria sede um pouco antes de sua morte [Salmo 22:15b, João 19:30]. 70. O Messias seria cercado por gentios na sua crucificação [Salmo 22:16a, Lucas 23:36]. 71. O Messias seria cercado por inimigos na sua crucificação [Salmo 22:16b, Mateus 27:41-43]. 72. As mãos e os pés do Messias seriam transpassados [Salmo 22:16c, Mateus 27:38]. 73. Nenhum dos ossos do Messias seria quebrado[Salmo 22:17a, João 19:32-33]. 74. O povo fixaria os olhos no Messias durante a sua crucificação [Salmo 22:17b, Lucas 23:35]. 75. As vestes do Messias seriam repartidas [Salmo 22:18a, João 19:23-24]. 76. Sortes seriam lançadas pela roupa do Messias [Salmo 22:18b, João 19:23-24]. 77. O ato expiatório do Messias possibilitaria aos crentes serem seus irmãos [Salmo 22:22, Hebreus 2:10-12]. 78. Os inimigos do Messias tropeçariam e cairiam quando viessem por ele [Salmo 27:2, João 18:3-6]. 79. O Messias seria acusado por falsas testemunhas [Salmo 27:12, Mateus 26:59-61]. 80. O Messias bradaria “Nas tuas mãos encomendo o meu espírito” [Salmo 31:5, Lucas 23:46]. 81. Haveriam planos para matar o Messias [Salmo 31:13, Mateus 27:1]. 82. Nenhum dos ossos do Messias seria quebrado[Salmo 34:20, João 19:32-33]. 83. O Messias seria acusado por falsas testemunhas [Salmo 35:11, Marcos 14:55-59]. 84. O Messias seria odiado por muitos sem motivo [Salmo 35:19, João 18:19-23]. 85. O Messias emudeceria diante de seus acusadores [Salmo 38:13-14, Mateus 26:62-63]. 86. A auto-oferta do Messias substituiria todos os sacrifícios [Salmo 40:6-8a, Hebreus 10:10-13]. 87. O Messias diria que as Escrituras testificam dele [Salmo 40:6-8b, Lucas 24:44]. 88. O Messias viria para fazer a vontade de Deus [Salmo 40:7-8, João 5:30]. 89. O Messias não ocultaria a sua missão da congregação [Salmo 40:9-10, Lucas 4:16-21]. 90. O traidor do Messias seria um amigo com quem ele partiu pão [Salmo 41:9, Marcos 14:17-18]. 91. O Messias falaria com uma mensagem de graça [Salmo 45:2, Lucas 4:22]. 92. O Trono do Messias seria perpétuo [Salmo 45:6-7a, Lucas 1:31-33]. 93. O Messias seria Deus [Salmo 45:6-7b, Hebreus 1:8-9]. 94. O Messias agiria com retidão [Salmo 45:6-7c, João 5:30]. 95. O Messias seria traído por um amigo [Salmo 55:12-14, Lucas 22:47-48]. 96. O Messias ascenderia ao céu [Salmo 68:18a, Lucas 24:51]. 97. O Messias daria dons aos homens [Salmo 68:18b, Mateus 10:1]. 98. O Messias seria odiado por muitos sem motivo [Salmo 69:4, Lucas 23:13-22]. 99. O Messias suportaria acusações, por amor a Deus [Salmo 69:7, Mateus 26:65-67]. 100. O Messias seria rejeitado pelo seu povo [Salmo 69:8a, João 1:11]. 101. Os irmãos do Messias não creriam nele [Salmo 69:8b, João 7:3-5]. 102. O Messias se enfureceria pelo desrespeito para com o templo [Salmo 69:9a, João 2:13-17]. 103. O Messias suportaria acusações, por amor a Deus [Salmo 69:9b, Romanos 15:3]. 104. O coração do Messias iria se partir [Salmo 69:20a, João 19:34]. 105. Os discípulos do Messias o abandonariam na sua hora de necessidade [Salmo 69:20b, Marcos 14:33-41]. 106. Ao Messias seria oferecido fel e vinagre [Salmo 69:21a, Mateus 27:34]. 107. O Messias teria sede [Salmo 69:21b, João 19:28]. 108. O campo do oleiro ficaria desabitado [Salmo 69:25, Atos 1:16-20]. 109. O Messias falaria em parábolas [Salmo 78:2, Mateus 13:34-35]. 110. O Messias estaria à destra de Deus [Salmo 80:17, Atos 5:31]. 111. O Messias seria descendente de Davi [Salmo 89:3-4, Mateus 1:1]. 112. O Messias chamaria a Deus de “meu Pai” [Salmo 89:26, Mateus 11:27]. 113. O Messias seria o “primogênito” de Deus [ Salmo 89:27, Marcos 16:6]. 114. O Messias seria descendente de Davi [Salmo 89:29, Mateus 1:1]. 115. O Messias seria descendente de Davi [Salmo 89:35-36, Mateus 1:1]. 116. O Messias seria eterno [Salmo 102:25-27a, Colossenses 1:17]. 117. O Messias seria o criador de todas as coisas [Salmo 102:25-27b, João 1:3]. 118. O Messias seria acusado por falsas testemunhas [Salmo 109:2, João 18:29-30]. 119. O Messias oraria pelos seus inimigos [Salmo 109:4, Lucas 23:34]. 120. O traidor do Messias teria uma vida curta [Salmo 109:8a, Atos 1:16-18]. 121. O traidor do Messias seria substituído [Salmo 109:8b, Atos 1:20-26]. 122. O povo zombaria do Messias, meneando suas cabeças [Salmo 109:25, Marcos 15:29-30]. 123. O Messias seria Senhor [Salmo 110:1a, Mateus 22:41-45]. 124. O Messias estaria à destra de Deus [Salmo 110:1b, Marcos 16:19]. 125. O Messias seria um sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque [Salmo 110:4, Hebreus 6:17-20]. 126. O Messias estaria à destra de Deus [Salmo 110:5, 1 Pedro 3:21-22]. 127. O Messias seria a “pedra” rejeitada por Israel [Salmo 118:22, Mateus 21:42-43]. 128. O Messias viria em nome do Senhor [Salmo 118:26, Mateus 21:9]. 129. O Messias seria descendente de Davi [Salmo 132:11, Mateus 1:1]. 130. O Messias seria descendente de Davi [Salmo 132:17, Mateus 1:1].
Provérbios
131. O Messias seria oriundo da eternidade [Provérbios 8:22-23, João 17:5]. 132. O Messias ascenderia e desceria do céu [Provérbios 30:4a, João 3:13]. 133. Deus teria um Filho [Provérbios 30:4b, Mateus 3:16-17].
Isaías
134. Israel teria um coração endurecido contra o Messias [Isaías 6:9-10a, João 12:37-40]. 135. O Messias falaria em parábolas [Isaías 6:9-10b, Mateus 13:13-15]. 136. O Messias seria descendente de Davi [Isaías 7:13-14, Mateus 1:1]. 137. O Messias nasceria de uma virgem [Isaías 7:14a, Lucas 1:34-35]. 138. O Messias seria Emanuel, “Deus conosco.” Isaías 7:14b, Mateus 1:21-23]. 139. O Messias seria Deus [Isaías 7:14c, João 12:45]. 140. O Messias seria uma “pedra de tropeço” para Israel [Isaías 8:14, Mateus 21:43-44]. 141. O Messias ministraria na Galiléia [Isaías 9:1-2a, Mateus 4:12-17]. 142. O Messias seria uma luz para os Gentios [Isaías 9:1-2b, Lucas 2:28-32]. 143. O nascimento do Messias [Isaías 9:6a, Lucas 2:11]. 144. O Messias seria o Filho de Deus [Isaías 9:6b, Lucas 1:35]. 145. O Messias seria o “Maravilhoso Conselheiro” [Isaías 9:6c, João 7:46]. 146. O Messias seria homem e Deus, o “Deus Forte” [Isaías 9:6d, João 10:30]. 147. O Messias seria o “Pai da Eternidade” [Isaías 9:6e, Apocalipse 1:8]. 148. O Messias seria o “Príncipe da Paz” [Isaías 9:6f, Colossenses 1:20]. 149. O Messias seria descendente de Jessé [Isaías 11:1a, Lucas 3:23-32]. 150. O Messias cresceria em uma família pobre [Isaías 11:1b, Lucas 2:7]. 151. O Messias cresceria em Nazaré [Isaías 11:1c, Mateus 2:21-23]. 152. O Messias teria o Espírito de Deus sobre ele [Isaías 11:2a, Mateus 3:16-17]. 153. O Messias teria o Espírito de Sabedoria [Isaías 11:2b, Lucas 2:40]. 154. O Messias teria o Espírito de Entendimento [Isaías 11:2c, Lucas 2:40]. 155. O Messias teria o Espírito de Conselho [Isaías 11:2d, Mateus 7:28-29]. 156. O Messias teria o Espírito de Fortaleza [Isaías 11:2e, Mateus 8:27]. 157. O Messias teria o Espírito de Conhecimento do Senhor [Isaías 11:2f, João 7:29]. 158. O Messias teria o Espírito de Temor do Senhor [Isaías 11:2g, Hebreus 5:7]. 159. O Messias teria um intenso entendimento no temor do Senhor [Isaías 11:3a, Lucas 2:46-47]. 160. O Messias não julgaria com base em representações externas [Isaías 11:3b, João 7:24]. 161. O Messias julgaria os pobres com justiça [Isaías 11:4, Marcos 12:41-44]. 162. O Messias seria descendente de Jessé [Isaías 11:10a, Lucas 3:23-32]. 163. O Messias viria para todos os povos [Isaías 11:10b, Atos 13:47-48]. 164. O Messias teria a chave de Davi [Isaías 22:22, Apocalipse 3:7]. 165. O Messias derrotaria a morte [Isaías 25:8, Apocalipse 1:18]. 166. Outros ressurgiriam à vida na ressurreição do Messias [Isaías 26:19, Mateus 27:52-53]. 167. O Messias seria a pedra de esquina [Isaías 28:16, 1 Peter 2:4-6]. 168. O Messias curaria o cego [Isaías 35:5a, Marcos 10:51-52]. 169. O Messias curaria o surdo [Isaías 35:5b, Marcos 7:32-35]. 170. O Messias curaria o coxo [Isaías 35:6a, Mateus 12:10-13]. 171. O Messias curaria o mudo [Isaías 35:6b, Mateus 9:32-33]. 172. O precursor do Messias viveria no deserto [Isaías 40:3a, Mateus 3:1-4]. 173. O precursor prepararia o povo para a vinda do Messias [Isaías 40:3b, Lucas 1:17]. 174. O Messias seria Deus [Isaías 40:3c, João 10:30]. 175. O Messias seria como um pastor [Isaías 40:11, João 10:11]. 176. O Messias seria o servo de Deus [Isaías 42:1a, João 4:34]. 177. O Messias teria o Espírito de Deus sobre ele [Isaías 42:1b, Mateus 3:16-17]. 178. O Messias agradaria a Deus [Isaías 42:1c, Mateus 3:16-17]. 179. O Messias não chamaria atenção para si próprio [Isaías 42:2, Mateus 12:15-21]. 180. O Messias teria compaixão dos pobres e necessitados [Isaías 42:3, Mateus 11:4-5]. 181. O Messias receberia orientação de Deus [Isaías 42:6a, João 5:19-20]. 182. O Messias seria guardado por Deus [Isaías 42:6b, João 8:29]. 183. O Messias seria a nova aliança [Isaías 42:6c, Mateus 26:28]. 184. O Messias seria uma luz para os Gentios [Isaías 42:6d, João 8:12]. 185. O Messias curaria o cego [Isaías 42:7, Mateus 9:27-30]. 186. O Messias seria oriundo da eternidade [Isaías 48:16a, João 1:1-2]. 187. O Messias seria enviado por Deus [Isaías 48:16b, João 7:29]. 188. O Messias viria para todos os povos [Isaías 49:1a, 1 Timóteo 2:4-6]. 189. O Messias seria chamado para o serviço de Deus desde o ventre [Isaías 49:1b, Mateus 1:20-21]. 190. O Messias seria chamado pelo seu nome antes de nascer [Isaías 49:1c, Lucas 1:30-31]. 191. As palavras do Messias seriam como uma espada aguda [Isaías 49:2a, Apocalipse 2:12-16]. 192. O Messias seria protegido por Deus [Isaías 49:2b, Mateus 2:13-15]. 193. O Messias seria responsável pelo juízo da humanidade [Isaías 49:2c, João 5:22-29]. 194. O Messias seria o servo de Deus [Isaías 49:3a, João 17:4]. 195. A obra do Messias glorificaria a Deus [Isaías 49:3b, Mateus 15:30-31]. 196. O Messias seria afligido pela incredulidade de Israel [Isaías 49:4, Lucas 19:41-42]. 197. O Messias seria o servo de Deus [Isaías 49:5a, João 6:38]. 198. O Messias viria para trazer Israel de volta para Deus [Isaías 49:5b, Mateus 15:24]. 199. O Messias seria o servo de Deus [Isaías 49:6a, João 12:49-50]. 200. O Messias seria uma luz para os Gentios [Isaías 49:6b, Atos 13:47-48]. 201. O Messias seria desprezado [Isaías 49:7, João 10:20]. 202. O Messias falaria com sabedoria dada a ele por Deus [Isaías 50:4, João 12:49]. 203. O Messias não seria rebelde à vontade de Deus [Isaías 50:5, João 12:27]. 204. As costas do Messias seria açoitada [Isaías 50:6a, Mateus 27:26]. 205. O Messias teria a sua face esbofeteada e cuspida [Isaías 50:6b, Mateus 26:67]. 206. O Messias direcionaria firmemente sua face para a sua missão [Isaías 50:7, Lucas 9:51-53]. 207. O Messias seria justificado pela sua retidão [Isaías 50:8, 1 Timóteo 3:16]. 208. O Messias colocaria a sua confiança em Deus [Isaías 50:8-10, João 11:7-10]. 209. O Messias seria o servo de Deus [Isaías 52:13a, João 9:4]. 210. O Messias seria grandemente exaltado [Isaías 52:13b, Filipenses 2:9-11]. 211. A face do Messias seria desfigurada por meio de batidas violentas [Isaías 52:14, Mateus 26:67-68]. 212. O sangue do Messias seria derramado para fazer expiação por todos os pecados [Isaías 52:15, Apocalipse 1:5]. 213. O povo do Messias não creria que ele fosse o Cristo [Isaías 53:1, João 12:37-38]. 214. O Messias cresceria em Nazaré [Isaías 53:2a, Mateus 2:21-23]. 215. O Messias teria a aparência de um homem ordinário [Isaías 53:2b, Filipenses 2:7-8]. 216. O Messias seria desprezado [Isaías 53:3a, Lucas 4:28-29]. 217. O Messias seria rejeitado [Isaías 53:3b, Mateus 27:21-23]. 218. O Messias possuiria grande dor e tristeza [Isaías 53:3c, Lucas 19:41-42]. 219. Homens evitariam associações com o Messias [Isaías 53:3d, Marcos 14:50-52]. 220. O Messias teria um ministério de cura [Isaías 53:4a, Lucas 6:17-19]. 221. O Messias carregaria e suportaria sobre si os pecados do mundo [Isaías 53:4b, 1 Pedro 2:24]. 222. Pensariam que o Messias tivesse sido amaldiçoado por Deus [Isaías 53:4c, Mateus 27:41-43]. 223. O Messias suportaria a punição pelos pecados da humanidade [Isaías 53:5a, Lucas 23:33]. 224. O sacrifício do Messias proveria paz entre Deus e o homem [Isaías 53:5b, Colossenses 1:20]. 225. As costas do Messias seria açoitada [Isaías 53:5c, Mateus 27:26]. 226. O Messias seria, para toda a humanidade, o “carregador-dos-pecados” [Isaías 53:6, Gálatas 1:4]. 227. O Messias seria oprimido e afligido [Isaías 53:7a, Mateus 27:27-31]. 228. O Messias estaria calado perante seus acusadores [Isaías 53:7b, Mateus 27:12-14]. 229. O Messias seria como um cordeiro de sacrifício [Isaías 53:7c, João 1:29]. 230. O Messias seria preso e atormentado [Isaías 53:8a, Mateus 26:47-27:31]. 231. O Messias seria julgado [Isaías 53:8b, João 18:13-22]. 232. O Messias seria morto [Isaías 53:8c, Mateus 27:35]. 233. O Messias morreria pelos pecados do mundo [Isaías 53:8d, 1 João 2:2]. 234. O Messias seria sepultado no túmulo de um rico [Isaías 53:9a, Mateus 27:57]. 235. O Messias seria inocente e não cometeria injúria [Isaías 53:9b, Marcos 15:3]. 236. O Messias não possuiria engano em sua boca [Isaías 53:9c, João 18:38]. 237. Era a vontade de Deus que o Messias morresse por toda a humanidade [Isaías 53:10a, João 18:11]. 238. O Messias seria uma oferta pelo pecado [Isaías 53:10b, Mateus 20:28]. 239. O Messias ressuscitaria e viveria para sempre [Isaías 53:10c, Marcos 16:16]. 240. O Messias prosperaria [Isaías 53:10d, João 17:1-5]. 241.Deus ficaria plenamente satisfeito com o sofrimento do Messias [Isaías 53:11a, João 12:27]. 242. O Messias seria o servo de Deus [Isaías 53:11b, Romanos 5:18-19]. 243. O Messias justificaria o homem perante Deus [Isaías 53:11c, Romanos 5:8-9]. 244. O Messias seria, para toda a humanidade, o “carregador-dos-pecados” [Isaías 53:11d, Hebreus 9:28]. 245. Por causa do seu sacrifício, o Messias seria grandemente exaltado por Deus [Isaías 53:12a, Mateus 28:18]. 246. O Messias entregaria a sua vida para salvar a humanidade [Isaías 53:12b, Lucas 23:46]. 247. O Messias seria ajuntado com os malfeitores [Isaías 53:12c, Lucas 23:32]. 248. O Messias seria, para toda a humanidade, o “carregador-dos-pecados” [Isaías 53:12d, 2 Coríntios 5:21]. 249. O Messias intercederia a Deus em favor da humanidade [Isaías 53:12e, Lucas 23:34]. 250. O Messias seria ressuscitado por Deus [Isaías 55:3, Atos 13:34]. 251. O Messias seria uma testemunha [Isaías 55:4, João 18:37]. 252. O Messias viria para prover salvação [Isaías 59:15-16a, João 6:40]. 253. O Messias seria o intercessor entre Deus e o homem [Isaías 59:15-16b, Mateus 10:32-33]. 254. O Messias viria a Sião como o seu Redentor [Isaías 59:20, Lucas 2:38]. 255. O Messias teria o Espírito de Deus sobre ele [Isaías 61:1, Mateus 3:16-17]. 256. O Messias pregaria as boas novas [Isaías 61:1-2, Lucas 4:18-21]. 257. O Messias viria para prover salvação [Isaías 63:5, João 3:17]. 258. O Messias seria achado por um povo que não o buscava [Isaías 65:1, Mateus 15:22-28]. 259. O Messias seria rejeitado por Israel [Isaías 65:2, João 5:37-40].
Jeremias
260. O Messias seria descendente de Davi [Jeremias 23:5, Lucas 3:23-31]. 261. O Messias seria Senhor [Jeremias 23:6, João 13:13]. 262. Crianças morreriam durante uma tentativa de matar o Messias [Jeremias 31:15, Mateus 2:16]. 263. O Messias nasceria de uma virgem [Jeremias 31:22, Mateus 1:18-20]. 264. O Messias seria a nova aliança [Jeremias 31:31, Mateus 26:28]. 265. O Messias seria descendente de Davi [Jeremias 33:14-15, Lucas 3:23-31].
Lamentações
266. O Messias seria golpeado na face [Lamentações 3:30, João 18:22].
Ezequiel
267. O Messias seria descendente de Davi [Ezequiel 17:22-24, Lucas 3:23-31]. 268. O Messias seria descendente de Davi [Ezequiel 34:23-24, Mateus 1:1].
Daniel
269. O Messias ascenderia ao céu [Daniel 7:13-14a, Atos 1:9-11]. 270. O Messias seria altamente exaltado [Daniel 7:13-14b, Efésios 1:20-22]. 271. O domínio do Messias seria eterno [Daniel 7:13-14c, Lucas 1:31-33]. 272. O Messias viria para dar fim aos pecados [Daniel 9:24a, Gálatas 1:3-5]. 273. O Messias seria santo [Daniel 9:24b, Lucas 1:35]. 274. O Messias seria anunciado ao seu povo 483 anos após o dia exato do decreto para a reedificação da cidade de Jerusalém [Daniel 9:25, João 12:12-13]. 275. O Messias seria morto [Daniel 9:26a, Mateus 27:35]. 276. O Messias morreria pelos pecados do mundo [Daniel 9:26b, Hebreus 2:9]. 277. O Messias seria morto antes da destruição do templo [Daniel 9:26c, Mateus 27:50-51]. 278. Uma visão do Messias em estado glorificado [Daniel 10:5-6, Apocalipse 1:13-16].
Oséias
279. O Messias seria o Filho de Deus [Oséias 11:1a, Mateus 2:13-15]. 280. O Messias seria chamado do Egito [Oséias 11:1b, Mateus 2:13-15]. 281. O Messias venceria a morte [Oséias 13:14, 1 Coríntios 15:55-57].
Joel
282. O Messias ofereceria a salvação para todos [Joel 2:32, Romanos 10:12-13].
Amós
283. Deus faria com que o céu se escurecesse ao meio-dia [Amós 8:9, Mateus 27:45-46].
Miquéias
284. O Messias nasceria em Belém [Miquéias 5:2a, Mateus 2:1-2]. 285. O Messias seria o servo de Deus [Miquéias 5:2b, João 15:10]. 286. O Messias seria oriundo da eternidade [Miquéias 5:2c, Apocalipse 1:8].
Ageu
287. O Messias visitaria o Segundo Templo [Ageu 2:6-9, Lucas 2:27-32]. 288. O Messias seria descendente de Zorobabel [Ageu 2:23, Lucas 3:23-27].
Zacarias
289. O Messias seria Deus na forma de homem e habitaria entre o seu povo [Zacarias 2:10-11a, João 1:14]. 290. O Messias seria enviado por Deus [Zacarias 2:10-11b, João 8:18-19]. 291. O Messias seria descendente de Zorobabel [Zacarias 3:8a, Lucas 3:23-27]. 292. O Messias seria o servo de Deus [Zacarias 3:8b, João 17:4]. 293. O Messias seria Sacerdote e Rei [Zacarias 6:12-13, Hebreus 8:1]. 294. O Messias seria recebido com alegria em Jerusalém [Zacarias 9:9a, Mateus 21:8-10]. 295. O Messias seria visto como Rei [Zacarias 9:9b, João 12:12-13]. 296. O Messias seria justo [Zacarias 9:9c, João 5:30]. 297. O Messias traria salvação [Zacarias 9:9d, Lucas 19:10]. 298. O Messias seria humilde [Zacarias 9:9e, Mateus 11:29]. 299. O Messias seria apresentado a Jerusalém montado num jumento [Zacarias 9:9f, Mateus 21:6-9]. 300. O Messias seria a pedra de esquina [Zacarias 10:4, Efésios 2:20]. 301. A rejeição do Messias faria com que Deus removesse Sua proteção sobre Israel [Zacarias 11:10, Lucas 19:41-44]. 302. O Messias seria traído por trinta moedas de prata [Zacarias 11:12, Mateus 26:14-15]. 303. Trinta moedas de prata seriam lançadas na casa do Senhor [Zacarias 11:13a, Mateus 27:3-5]. 304. Trinta moedas de prata seriam usadas para comprar o campo do oleiro [Zacarias 11:13b, Mateus 27:6-7]. 305. O corpo do Messias seria transpassado [Zacarias 12:10, João 19:34]. 306. O Messias seria um com Deus [Zacarias 13:7a, João 14:9]. 307. Os discípulos do Messias se dispersariam [Zacarias 13:7b, Mateus 26:31-56].
Malaquias
308. Um mensageiro prepararia o caminho para o Messias [Malaquias 3:1a, Mateus 11:10]. 309. O Messias apareceria subitamente no templo [Malaquias 3:1b, Marcos 11:15-16]. 310. O Messias seria o mensageiro da nova aliança [Malaquias 3:1c, Lucas 4:43]. 311. O precursor do Messias viria no espírito de Elias [Malaquias 4:5, Mateus 3:1-2]. 312. O precursor do Messias converteria muitos à eqüidade [Malaquias 4:6, Lucas 1:16-17].
São Sebastião foi um mártir cristão que viveu nos primeiros séculos . Era um soldado do exército romano, propagava o Evangelho e ajudava os cristãos.
É o padroeiro da cidade do Rio de Janeiro e até hoje é alvo de grande devoção no Brasil.
São Sebastião viveu na Itália no auge da perseguição contra os cristãos, entre os anos de 256 e 287, durante o império de Diocleciano. Era um soldado importante do exército do imperador romano. Em segredo, Sebastião dedicava-se no auxílio dos cristãos. Chegou um dia em que ele foi descoberto pelo imperador, que mandou torturá-lo. Apesar disso, ele sobreviveu e continuou pressionando o imperador para que libertasse os cristãos, e então foi condenado a ser açoitado até a morte no ano de 287.
São Sebastião nasceu na França, no ano de 256, durante um período de intensa perseguição contra os cristãos no império romano.
São Sebastião decidiu seguir os passos de seu pai e se tornar soldado do exército romano. Logo passou a ser considerado um dos favoritos do imperador e conquistou o cargo de Capitão da 1ª guarda pretoriana, posto que era reservado a homens ilustres e que se destacavam no serviço.
Apesar de ser um excelente militar e cumprir com o seu papel, Sebastião também era um cristão devoto e secretamente visitava cristãos presos, oferecendo-lhes apoio físico e espiritual, sua fé era firme e ele não participava dos martírios dos cristãos e nem adorava aos deuses pagãos.
Com o tempo, as denúncias sobre a fé cristã de São Sebastião chegaram aos ouvidos do imperador romano Diocleciano, que ficou enfurecido e se sentiu traído por um de seus melhores e mais confiáveis soldados. Na intenção de não perder um soldado tão importante, o imperador tentou, sem sucesso, convencê-lo a abandonar o cristianismo e a adorar aos deuses pagãos.
Como São Sebastião permaneceu firme e inabalável em sua fé, Diocleciano ordenou que o matassem. Amarraram-no em um tronco de árvore e Sebastião foi alvejado por flechas pelos seus antigos companheiros de trabalho.
Milagrosamente, Sebastião resistiu às flechadas e permaneceu vivo. Após ser resgatado por Irene, uma cristã que depois também tornou-se uma santa da Igreja Católica, ele continuou a evangelizar e ajudar os cristãos.
Seu desejo de liberdade para os cristãos era tão grande que decidiu apresentar-se novamente ao imperador Diocleciano, a fim de implorar para que ele acabasse com a perseguição aos cristãos e desse a eles liberdade de culto.
O Imperador ficou ainda mais furioso e, desta vez, condenou Sebastião a ser açoitado até que estivesse indubitavelmente morto, e a ter o seu corpo jogado no esgoto da cidade, a fim de que os cristãos não o venerassem ou resgatassem.
Novamente o corpo de São Sebastião foi recolhido e, desta vez, por uma mulher chamada Luciana. Conta-se que o próprio Sebastião pediu a ela em sonho para que sepultasse o seu corpo próximo às catacumbas dos Apóstolos.
São Sebastião foi canonizado e ganhou o título deDefensor Glorioso da Igreja de Cristo,=.
A devoção a São Sebastião cresceu ainda mais quando Constantino converteu-se à fé católica, dando liberdade de culto aos cristãos e construindo uma Basílica em homenagem ao santo.
Em 1331, com apenas 8 anos de idade, Ismelda entrou para o convento. Aos 10, recebeu o hábito de monja dominicana. Embora tivesse tão pouca idade era uma freirinha em tudo exemplar nas atividades da vida religiosa. Entretanto, algo a intrigava: que as pessoas recebessem a Sagrada Comunhão e continuassem a viver.
Como Ismelda não tinha idade para comungar, costumava perguntar às religiosas: “A Irmã comungou Jesus e não morreu?”. As freiras respondiam assustadas: “Que é isso, menina? Porquê morrer?”. A pequenina religiosa respondia: “Como pode receber Jesus, em Comunhão, e não morrer de amor e de tanta felicidade?”
Pois aconteceu que na madrugada do dia 12 de Maio de 1333, véspera do Domingo da Ascensão do Senhor, Ismelda estava na Santa Missa e já não aguentava mais de tanta vontade de comungar. Perguntava-se ela: “Se Jesus mandou ir a Ele as criancinhas, por que não posso comungar?” O Padre já tinha acabado de dar a Sagrada Comunhão às religiosas quando todos viram: uma hóstia saiu do cibório e voou pela capela. Parou em cima da cabeça de Ismelda. O padre, então, entendeu que era hora dela comungar.
Ao receber a Santíssima Eucaristia, Ismelda colocou-se em profunda adoração. Após horas de oração, a Madre Superiora foi até à freirinha e disse: “Está bem, Irmã Ismelda. Já adorou bastante a Jesus. Podemos seguir… Vamos para as outras atividades do convento”. Ismelda, entretanto, permanecia imóvel. Após a insistência da Superiora, nada acontecia. Foi, então, que a Madre pegou amorosamente Ismelda pelos bracinhos e ela caiu nos seus braços. Ismelda havia morrido na sua Primeira Comunhão. Cumpriu-se a indagação da pequena grande Ismelda: “Como pode alguém receber Jesus, na Sagrada Comunhão, e não morrer de felicidade?” Aos 11 anos, Ismelda morreu de amor e de felicidade por ter recebido Jesus!
O corpo de Santa Ismelda Lambertini encontra-se incorrupto na Capela de São Segismundo, em Bolonha (Itália). O Papa São Pio X proclamou-a padroeira das crianças que vão fazer a Primeira Comunhão.