BUSCA e ENCONTRO
A vida é busca e encontro. Nossa grande busca é Deus, Ele é o amado de nossa alma, como diz São João da Cruz, num dos seus poemas espirituais: “Buscando meu Amor, meu Amado, vou por montes e vales, sem temer mil perigos. Nem flores colherei no caminho, pois segui-lo é preciso sem deter-me ou parar. Já não tenho outro ofício, só amar é o exercício. Solidão povoada, presença amorosa do Amado. Viver ou morrer, sem Ele eu não quero ser”!
Busquemos encontrar Deus e Ele se deixará encontrar. O próprio Deus nos diz, através do profeta Jeremias: “Vocês me procurarão e me encontrarão se me buscarem de todo o coração” (Jr 29,13).
Que Nossa Senhora nos ajude nessa busca e encontro, com a certeza de que a vitória vem depois da cruz.
(Aleteia)
Catequese com Adultos 2023

CATEQUESE COM ADULTOS
SUMÁRIO:
1º Encontro – “Deus Confia Em Nosso Grupo” – O Chamado De Jesus
Ano Litúrgico
2º Encontro – “A Aventura de Crescer” – O corpo de Cristo
3º Encontro – Jesus crescia em Idade e Sabedoria
Mistérios Do Terço
5º Encontro – Deus: Companheiro Fiel de Todas as Horas
Terço da Misericórdia
6º Encontro: Semana Santa
Domingo-De-Ramos , Segunda-Feira Santa , Terça-Feira Santa
Quarta-Feira-Santa – Procissão Do Encontro
Quinta-Feira-Santa – – Santos Óleos – Lava-Pés – Instituição da Eucaristia E do Sacerdócio
Sexta-Feira-Santa – Paixão de Cristo – Via-Sacra
Sábado Santo – Dia de Silêncio – Vigília Pascal – Bênção do Fogo – Círio Pascal – Páscoa
Domingo Da Pascoa – Domingo Da Ressurreição
7º Encontro – “A Revelação da Ternura de Deus na Criação”
8º Encontro – 22/04 – 29/04/ 2.023 – Os Dez Mandamentos
Formação do Povo de Deus – Contexto bíblico: Gênesis, Êxodo, Mandamentos
9º Encontro – 06/05/2023 – “O Amor de Deus Em Nós: Uma Aliança Eterna”
10º Encontro – 13/05/2023 – A Presença de Nossa Senhora na Igreja Católica –
Mistérios Do Terço – Dogmas Marianos
11º Encontro: Por Amor, O Pai Envia Seu Filho Jesus
12º Encontro: Jesus Diz: Eu Sou O Bom Pastor – 19/05/2023
13º Encontro – O Espírito Santo Nos Ensina A Fazer da Nossa Vida
Um Dom – Os 7 dons Infusos
14º Encontro 10/06/2023– “O Projeto De Jesus: O Reino de Deus”
15º Encontro – Jesus Mostra O Reino de Deus Por Meio de Parábolas
16º Encontro: “Jesus, Fundamento da Vida Cristã” – 05/08/2023
Jesus, A Rocha Firme
17º Encontro – “Mandamentos: Caminho Para Seguir Jesus” – 17/08/2023
O Jovem Rico – “… Se Queres Entrar na Vida, Observa Os Mandamentos”
18º Encontro: “As Bem-Aventuranças”
19º Encontro – Jesus Promete O Espírito Santo
20º Encontro: O Credo Apostólico – 02/09/2023
21º Encontro: Sacramento – Sinal Visível Da Graça Invisível – Os Sete Sacramentos
22º Encontro – O Batismo, Fonte de Vida e Missão
23º Encontro – Sacramento da Eucaristia ou Comunhão
24º Encontro – Sacramento da Confissão – 30/09/ 2.023
Pecado Mortal – Venial – Capital – Armadura De Deus
25º Encontro -Sacramento da Crisma – 07/10/2023
1º Encontro – 25/02/2023
“DEUS CONFIA EM NOSSO GRUPO” – A Escolha dos Apóstolos
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo! Amém!
Todos os encontros iniciam com o Sinal da Cruz, lembrando as Palavras de Jesus:
“Onde dois ou mais estiverem reunidos no meu nome, eu estarei no meio deles”. (Mt 18,19-20)
Nossos encontros são inspirados pelo Espírito Santo, por isto o invocamos com a oração:
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos: Oh Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.
Hoje estamos formando este pequeno grupo de Catequese. Como uma flor, a beleza se encontra no conjunto. Somos pessoas diferentes, a começar pelos nossos nomes, que nos identifica. Não estamos sozinhos, somos um grupo. Cada um com suas qualidades, este grupo é formado por pessoas que desejam se aproximar de Deus.
Este grupo, com a presença de cada um, vai ser fermento, capaz de despertar em outras pessoas a vontade de fazer o bem.
Os Apóstolos foram sensíveis ao chamado de Jesus.
Hoje nós também somos chamados a formar um grupo, para aprendermos juntos a conhecer e seguir Jesus.
Cada um com suas virtudes, vamos nos ajudar para nos preparar para a Crisma (Batismo, Primeira Eucaristia)
Leitura Bíblica: Marcos 3, 13-19
“13. Depois, subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram a ele.
14. Designou doze dentre eles para ficar em sua companhia. 15.Ele os enviaria a pregar, com o poder de expulsar os demônios. 16.Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; 17.Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer Filhos do Trovão. 18.Ele escolheu também André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador; 19.e Judas Iscariotes, que o entregou.”

– Palavra da Salvação
– Glória a Vós, Senhor!
Jesus chamou os discípulos para seguirem-no.
Não escolheu os sábios ou preparados. Chamou “OS QUE ELE QUIS”.
Chamou, sim, os disponíveis. Os que souberam responder “sim”.
O conjunto dos apóstolos lhes trouxe a força e estrutura necessária. Hoje nós somos o grupo de seguidores de Jesus. Cada um com seu talento. Todos diferentes uns dos outros.
Hoje Ele chama a cada um pelo nome.
Este é o teu momento de dizer sim e seguir Jesus!
Para meditar:
1- Quem Jesus chamou?
2- O que facilitaria para que eu e colocasse nas mãos de Deus e percebesse que eu também sou uma pessoa convidada a segui-lo, a exemplo dos Apóstolos?
PERCEBA:
Os doze Apóstolos não eram os mais preparados, os mais inteligentes, os mais ricos.
Eles eram os mais disponíveis. Eram pessoas em cujo coração Jesus podia semear a semente do Reino de Deus. Aos poucos, Jesus foi preparando essas pessoas para que pudessem servir a Deus plenamente.
No ano de 2023 a Igreja celebra o Ano Litúrgico A

O Ano litúrgico da Igreja, de doze meses, é dividido em tempos litúrgicos, onde se celebram os mistérios de Cristo, assim como os Santos. O Ano Litúrgico tem três ciclos, anos A, B e C, que se repetem. Cada ano tem uma sequência de leituras próprias. Assim, a organização das leituras próprias para cada ano dá, ao católico, a possibilidade de estudar toda a Bíblia, em suas partes mais importantes, tanto do Antigo como do Novo Testamento, desde que participe de todas as Missas diárias ou estude a Liturgia Diária nesse período de três anos. Mesmo quem só participa das Missas aos domingos, ao longo dos três anos do Ciclo litúrgico, pode meditar os principais textos bíblicos, que alimentam a fé e renovam no coração a certeza da Salvação.
Cada Ano Litúrgico começa com o tempo do Advento, quatros semanas antes do Natal, e termina com a Solenidade de Cristo Rei, no último domingo do Ano Litúrgico, no mês civil de novembro. A Igreja quer que as leituras bíblicas da liturgia dominical voltem a ser lidas novamente após três anos. No Ano A, lemos o Evangelho de São Mateus; no Ano B, o Evangelho de São Marcos; e no Ano C, o Evangelho de São Lucas. O Evangelho de São João é reservado para ocasiões especiais, principalmente festas e solenidades.
Seguindo esse Ciclo dos três anos Litúrgicos A, B e C, consegue-se ter uma grande visão de toda a Bíblia. Assim, nas celebrações dominicais são proclamados textos que falam do anúncio do Messias, da encarnação, da Sua vida pública (missão), do anúncio do Reino, dos sinais que Jesus realizou, do chamado dos discípulos etc., até culminar com Sua morte e ressurreição e, assim, se chegar à esperança da construção do Reino de Deus: a Parusia, com a solenidade de Cristo Rei do Universo.
O Ano Civil começa em 1º de Janeiro e termina em 31 de Dezembro. Já o Ano Litúrgico começa no 1º Domingo do Advento (cerca de quatro semanas antes do Natal) e termina no sábado anterior a ele.
2º Encontro – “A AVENTURA DE CRESCER
Compreender que o ser humano cresce na relação com Deus, com os outros, consigo mesmo e com o universo que o cerca.
Todos nós somos centrados em sonhos e realizações, e dentre nossos altos e baixos de alegrias e tristeza, de buscas, conquistas e vitórias tentamos nos estabelecer em sociedade.
Tudo faz parte do nosso aprendizado existencial e dentro desta aprendizagem teremos todos os tipos de experiências sejam estas boas ou ruins, o que nos cabe é procurar o melhor a seguir, sempre tendo em mente o bom e direito, devemos sempre ter em mente que somos filhos(as) amados(as) de Deus. Buscando sempre em atitudes e atos seguir os ensinamentos através de sua palavra que é proferida por seus apóstolos nas homilias.
Nosso planejamento deve ser sempre centrado em sermos pessoas de bem, comprometidas por nossas escolhas seguindo as atitudes de Jesus.
Compreendendo e aceitando que ninguém deve ser prejulgado pelo que nos tem a fornecer mais em ser uma pessoa amada e querida por Deus enviada a uma missão por menor que seja.
Avaliando seu crescimento a espiritualidade buscando hábitos com sinceridade e honestidade sempre procurando aonde devemos melhorar.
O que nos faz crescer e desenvolver como pessoas felizes?
Confiar no amor de Deus é condição essencial para que a pessoa se desenvolva com esperança de um futuro feliz.
João 15, 15: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu pai.”
Nós contamos com um Deus que nos chama de amigos, que se coloca perto de nós.
Será que correspondemos a esta proximidade de Deus?
Qual a minha participação na união e conhecimento de Jesus Cristo?
Deus nos criou para crescermos em direção a ele. Ele nos chama para a vida na graça.
Efésios 4, 7-15 – Diversidade de Funções
“7.Mas a cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo, 8.pelo que diz: Quando subiu ao alto, levou muitos cativos, cumulou de dons os homens (Sl 67,19). 9.Ora, que quer dizer ele subiu, senão que antes havia descido a esta terra? 10.Aquele que desceu é também o que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas. 11.A uns ele constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores, 12.para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do corpo de Cristo,” 13.até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo. 14.Para que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios enganadores. 15.Mas, pela prática sincera da caridade, cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo.”
No versículo 11 temos: “A uns ele constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores, 12.para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do corpo de Cristo,”
Deus distribuiu os talentos, de forma que todos nós temos talentos e defeitos. Formamos o corpo de Cristo: um é chamado para ser Pastor (os padres), outros são catequistas, outros trabalham com crianças… Outro contribui com seu dinheiro, outros com seus aconselhamentos…
Enfim, formamos o Corpo de Cristo, que é a Igreja. A cabeça da Igreja é Jesus Cristo.
Uma pessoa nunca está pronta, porque dentro dela tem algo de divino, que a chama a crescer sempre mais. Embora sejamos pessoas amadas e queridas por Deus, desde a nossa concepção, carregamos em nós não só qualidades e dons, mas também limites. Porém, há dentro de nós um dinamismo que nos conduz a uma constante transformação. No decorrer da vida, podemos crescer no amor, na amizade, na gratuidade na solidariedade, na identidade como pessoa, na capacidade de construir, recriar, servir…
Para crescer, a pessoa precisa tomar a decisão de forma livre, consciente, aceitar-se como é, com suas qualidades, e melhorar o que precisa ser melhorado.
Oração: Com os santos e anjos, rezemos: Senhor, Deus Trindade, queremos crescer em teu amor. Ajuda-nos a ser pessoas em construção, a serviço do teu Reino. Concede-nos a força do teu Espírito para sermos pessoas de bem querer, de união e de alegria. Confiamos em ti, Deus da vida. Amém!
3º Encontro – JESUS CRESCIA EM IDADE E SABEDORIA
Lucas 2, 41-52:
“41.Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa. 42.Tendo ele atingido doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa. 43.Acabados os dias da festa, quando voltavam, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem. 44.Pensando que ele estivesse com os seus companheiros de comitiva, andaram caminho de um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos. 45.Mas não o encontrando, voltaram a Jerusalém, à procura dele. 46.Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. 47.Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas. 48.Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe: “Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição”. 49.Respondeu-lhes ele: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?”.* 50.Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes dissera. 51.Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas essas coisas no seu coração. 52.E Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens. ”
Nós crescemos em diversas dimensões. Não estamos prontos; estamos dia a dia amadurecendo.
Não podemos nos manter crianças espiritualmente. Já crescemos em idade, tamanho. Mas, além da dimensão física, temos a dimensão afetiva (afeto), dimensão mental (conhecimento, desenvolvimento dos dons que Deus nos dá) e a dimensão espiritual (é o crescimento no amor, na fé, na vida com Deus)
Precisamos de CRESCIMENTO físico, afetivo, mental e espiritual.
– físico: cuidados com a própria saúde
– afetivo: cuidados com o relacionamento familiar, pais, filhos, amigos
– espiritual: você reza?
Lê a Palavra de Deus?
Vai à Missa ou, quando não é possível, acompanha a Missa na
TV ou plataformas digitais?
A Missa é nosso alimento espiritual. Mesmo na Pandemia, muitas coisas não podemos fazer, mas a Missa é essencial.
Jesus desceu com seus pais para Nazaré e crescia em sabedoria, estatura e graça.
O que pode ajudar o meu crescimento espiritual, mental, afetivo e físico?
O nosso crescimento espiritual pode se dar através da oração, leituras. A maior oração é a Missa. Precisamos ter compromisso com Deus e com a Missa Dominical.
A oração do terço é aconselhada pelos Santos e Papas. É uma oração que nos coloca na presença de Deus e que gera muitos frutos.
MISTÉRIOS DO TERÇO:

MISTÉRIOS DA ALEGRIA (gozosos) – Segundas e Sábados
1.º Mistério – A Anunciação do Anjo a Nossa Senhora.
2º Mistério – A Visitação de Nossa Senhora a Santa Isabel
3º Mistério – O Nascimento de Jesus no presépio de Belém
4º Mistério – A Apresentação do Menino Jesus no Templo.
5º Mistério – O Encontro do Menino Jesus no Templo, entre os Doutores.
MISTÉRIOS DA DOR (dolorosos) – Terças e Sextas
1.º Mistério – Oração e Agonia de Jesus no Jardim das Oliveiras.
2º Mistério – A Flagelação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
3º Mistério – O Coroação de espinhos.
4º Mistério – Jesus a caminho do Cálvário e o encontro com Sua Mãe.
5º Mistério – A Cruxificação e Morte de Jesus .
MISTÉRIOS DA GLÓRIA (gloriosos) – Quartas e Domingos
1.º Mistério – A Ressurreição de Jesus Cristo.
2º Mistério – A Ascensão de Jesus ao Céu.
3º Mistério – A descida do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos, reunidos no Cenáculo.
4º Mistério – A Assunção de Nossa Senhora ao Céu em corpo e alma.
5º Mistério – A Coroação de Nossa Senhora, como Rainha do Céu e da Terra.
MISTÉRIOS DA LUZ (luminosos) – Quinta-feira
1.º Mistério – O Baptismo de Jesus no Rio Jordão.
2º Mistério – A Revelação de Jesus nas Bodas de Caná.
3º Mistério – O Anúncio do Reino de Deus. Um convite à conversão
4º Mistério – A Transfiguração de Jesus no Monte Tabor.
5º Mistério – A Última Ceia de Jesus com os Apóstolos e a Instituição da Eucarístia.
4º Encontro – DEUS SABE CUIDAR DE NÓS
“Deus sabe cuidar de nós, como o barro nas mãos do oleiro”
Devemos nos deixar modelar por Deus.
“Eu estou nas mãos de Deus, como o barro nas mãos do oleiro”.
Jeremias 18, 1-6:
“ 1.Foi dirigida a Jeremias a palavra do Senhor nestes termos:* 2.“Vai e desce à casa do oleiro, e ali te farei ouvir minha palavra”. 3.Desci, então, à casa do oleiro, e o encontrei ocupado a trabalhar no torno. 4.Quando o vaso que estava a modelar não lhe saía bem, como costuma acontecer nos trabalhos de cerâmica, punha-se a trabalhar em outro à sua maneira. 5.Foi esta, então, a linguagem do Senhor: “casa de Israel, não poderei fazer de vós o que faz esse oleiro? – oráculo do Senhor. 6.O que é a argila em suas mãos, assim sois vós nas minhas, casa de Israel.”
O Artista supremo faz em suas obras primas, que são os seres humanos, obras únicas. Nada se compara a um ser humano! Deus é um artista, a matéria prima é o barro, transformado em obra de arte pelo divino oleiro!
Porém, permanecemos como uma peça de barro, frágeis e quebradiços. Esta fragilidade, porém, permite que sejamos remodelados. Quando permitimos, Deus nos toma nas mãos e modela de novo. Sempre precisamos de reparos…. como uma linda louça que se quebrou.
Como um vaso quebrado, poderíamos ser jogados fora e substituídos. Mas o Senhor nos modela de novo. Basta permitirmos que Ele nos mude.
Sejamos novas criaturas, modeladas nas mãos do Divino Oleiro!
O barro responde à menor pressão e se deixa modelar. O Espírito Santo “amolece” o nosso coração para ser moldado.
Deus sabe cuidar de nós.
“EU ESTOU NAS MÃOS DE DEUS,
COMO O BARRO NAS MÃOS DO OLEIRO”

O Artista supremo faz em suas obras primas, que são os seres humanos, obras únicas. Nada se compara a um ser humano! Deus é um artista, a matéria prima é o barro, transformado em obra de arte pelo divino oleiro!
Porém, permanecemos como uma peça de barro, frágeis e quebradiços. Esta fragilidade, porém, permite que sejamos remodelados. Quando permitimos, Deus nos toma nas mãos e modela de novo. Sempre precisamos de reparos…. como uma linda louça que se quebrou.
Como um vaso quebrado, poderíamos ser jogados fora e substituídos. Mas o Senhor nos modela de novo. Basta permitirmos que Ele nos mude.
Sejamos novas criaturas, modeladas nas mãos do Divino Oleiro!
A fragilidade do vaso de barro requer atenção, cuidado, delicadeza, flexibilidade no manejo; enfim, um carinho próprio do artista. Como o artista, o divino oleiro purifica o barro que somos e modela nossa vida.
Deus nos quer pessoas refeitas nele, em sintonia com seu amor, justiça, paz, fraternidade, misericórdia, compaixão, perdão.
Em vez de jogar fora o vaso quebrado, o oleiro o refez. Da mesma forma Deus quer modelar-nos continuamente para uma constante conversão de vida, para configurá-la com Jesus. Deus quer fazer de nós um vaso novo, uma criatura nova, conforme II Cor. 5, 17:
“Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!”
Deus o nosso porto seguro, e nós somos ancorados nele. Enraizados no amor do Divino Oleiro, encontramos chão firme para viver o batismo e entusiasmo na preparação da Crisma.
QUESTIONAR:
1) Como colocar-me nas mãos de Deus, como um vaso em transformação?
2) IR à casa do Oleiro, OUVIR o convite do Divino Oleiro, VER o que o Divino Oleiro já realizou em minha vida
PERCEBA: Nas mãos de um oleiro, o barro responde à menor pressão e se deixa modelar. Nós pedimos que seja feira a sua vontade, assim na terra como no céu. Mas será que discutimos com Deus e resistimos à sua vontade?
Deus, Pai amoroso, nos refaz, com um interesse pessoal em nossas vidas.
O QUE PENSO AGORA:
-
- O que significa considerar Deus como o nosso oleiro?
-
- O que dificulta minha disponibilidade como barro nas mãos de Deus, nosso oleiro?
-
- O que facilita para que nos coloquemos como barro nas mãos de Deus, nosso oleiro?
5º Encontro – DEUS: COMPANHEIRO FIEL DE TODAS AS HORAS
Objetivo: Desenvolver a confiança em Deus
“Nada te perturbe, nada te amedronte
tudo passa
a paciência tudo alcança…
a quem tem Deus nada falta
só Deus basta” Santa Tereza D’avila
Isaías 41, 8-10
8. “Mas tu, Israel, meu servo, Jacó que escolhi, raça de Abraão, meu amigo,
9. tu, que eu trouxe dos confins da terra, e que fiz vir do fim do mundo, e a quem eu disse: Tu és meu servo, eu te escolhi, e não te rejeitei;
10. nada temas, porque estou contigo, não lances olhares desesperados, pois eu sou teu Deus; eu te fortaleço e venho em teu socorro, eu te amparo com minha destra vitoriosa.”
Antes de subir ao céu, Jesus disse: (Mt 28, 20) “ Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo”.
Ele está conosco através do Espírito Santo, que nos dá sabedoria, entendimento, fortaleza,
Medos e inseguranças dificultam a nossa felicidade.
Uma das maiores seguranças que uma pessoa pode ter é confiar na ação e no poder de Deus. Antes de subir ao céu, Jesus disse: “eis que estou convosco todos os dias até o fim do mundo” Mateus 28, 20.
Isto é razão para vivermos cheios de alegria: Deus vem ao nosso encontro! Ele é um companheiro fiel de todas as horas.
Jesus é a força de Deus. A Fortaleza, dom do Espírito Santo, é a virtude moral que dá segurança nas dificuldades, firmeza e constância na procura do bem. Torna-nos capazes de vencer o medo da morte inclusive, suportar provações e perseguições.
TERÇO DA MISERICÓRDIA
“As almas que rezarem este Terço serāo envolvidas pela Minha Misericórdia, durante a sua vida e, de modo particular, na hora da morte”. (Diário 754).
+ Utilizamos o Terço comum.
+ Iniciamos com o sinal da Cruz e rezamos um Pai Nosso e uma Avé-Maria.
+ Segue-se o Credo : Creio em Deus Pai todo-poderoso…
+ Rezamos cinco dezenas. Nas contas grandes, em vez do Pai Nosso, rezamos:
“Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divinidade do Vosso muito Amado Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, / em expiação dos nossos pecados e dos pecados de todo o mundo”.
+ Nas contas pequenas, em vez das Avé Marias, rezamos:
“Pela sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro “.
+ Depois da quinta dezena, dizemos três vezes:
“Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, / tende piedade de nós e de todo o mundo”.
6º Encontro: SEMANA SANTA
DOMINGO-DE-RAMOS
O Domingo de Ramos abre, por excelência, a Semana Santa, pois celebra a entrada triunfal de Jesus Cristo, em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, a Morte e a Ressurreição.

Este domingo é chamado assim, porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão por onde o Senhor passaria montado num jumento. Com isso, Ele despertou, nos sacerdotes da época e mestres da Lei, inveja, desconfiança e medo de perder o poder. Começa, então, uma trama para condená-Lo à morte.
A liturgia dos ramos não é uma repetição apenas da cena evangélica, mas um sacramento da nossa fé, na vitória do Cristo na história, marcada por tantos conflitos e desigualdades.
SEGUNDA-FEIRA SANTA
No segundo dia da Semana Santa Nosso Senhor dos Passos começa sua caminhada rumo ao calvário.
Nosso Senhor dos Passos é uma invocação de Jesus Cristo e uma devoção especial na Igreja Católica. Essa procissão faz memória ao trajeto percorrido por Jesus Cristo desde sua condenação à morte no pretório até o seu sepultamento, após ter sido crucificado no Calvário.
A procissão dos Passos, tradição implantada em Portugal pelos Franciscanos ao longo do século XVI, é uma espécie de repetição do caminho de Jesus, desde o Pretório até ao Calvário.
Trata-se de uma reconstituição das ruas de Jerusalém, uma Via Sacra mais imponente e com forte intensidade dramática, em que o próprio Cristo caminha com os devotos que se mantém hoje como catequese viva e apelo profundo à conversão.
O Senhor dos Passos, levando a cruz às costas, atravessa as ruas, como outrora percorreu as de Jerusalém. No meio do percurso dá-se o Encontro de Jesus com a sua Mãe, a “Senhora das Dores”, um dos momentos centrais do cortejo.
Em muitos lugares, a procissão inicia-se com o Sermão do Pretório e termina com o Sermão do Calvário. O figurado processional depende das tradições locais, mas geralmente recorda passagens evangélicas da Paixão, trechos do profeta Isaías, e as personagens que marcaram a passagem terrena do Messias. Os penitentes também estão presentes.
TERÇA-FEIRA SANTA
É o terceiro dia da Semana Santa, em que com grande tristeza, Jesus anuncia a sua morte, causando grande sofrimento aos seus discípulos. Anuncia também a traição, e indica o traidor, beijando Judas.
Com isto Jesus, manifesta em pleno o Seu amor por todos nós, e consciente aceita o destino que O aguarda, como forma de mostrar ao mundo a glória de Deus, e assim, para que a Sua salvação chegue até aos últimos confins da terra.
A terça-feira também é conhecido pela parábola em que Jesus amaldiçoa uma figueira.
Por que a figueira foi amaldiçoada?
“Ora, de manhã, ao voltar à cidade, teve fome; e, avistando uma figueira à beira do caminho, dela se aproximou, e não achou nela senão folhas somente; e disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente. Quando os discípulos viram isso, perguntaram admirados: Como é que imediatamente secou a figueira?” (Mt 21.18-20)
Jesus quis apenas ensinar a seus Apóstolos que Ele tinha poder de exterminar seus inimigos, se o quisesse. Estava Jesus nos últimos dias antes de sua Paixão terrível, e Ele queria deixar claro aos seus discípulos que Ele tinha poder infinito, e que só morreria porque aceitava morrer por nós e por nossos pecados.
Essa figueira foi usada para um fim bem mais elevado do que dar figos para serem mastigados e digeridos. Cristo a utilizou pra nos ensinar como Ele poderia ter exterminado seus inimigos fariseus se assim desejasse. Mostrou também que Israel era uma Nação sem frutos de arrependimento. Deste modo aprendemos muito com essa lição imprescindível!
QUARTA-FEIRA-SANTA
Procissão do encontro
Em muitas paróquias, especialmente no interior do país, realiza-se a famosa “Procissão do Encontro” na Quarta-feira Santa.
Os homens saem, de uma igreja ou local determinado, com a imagem de Nosso Senhor dos Passos; as mulheres saem de outro ponto com Nossa Senhora das Dores. Acontece, então, o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho. O padre proclama o célebre “Sermão das Sete Palavras”, fazendo uma reflexão, que chama os fiéis à conversão e à penitência.
QUINTA-FEIRA-SANTA

Santos óleos
Uma das cerimônias litúrgicas da Quinta-feira Santa é a bênção dos santos óleos usados durante todo o ano pelas paróquias. São três os óleos abençoados nesta celebração: o do Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos.
Ela conta com a presença de bispos e sacerdotes de toda a diocese. É um momento de reafirmar o compromisso de servir a Jesus Cristo.
Lava-pés
O Lava-pés é um ritual litúrgico realizado, durante a celebração da Quinta-feira Santa, quando recorda a última ceia do Senhor.
Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, quer demonstrar Seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de Sua mensagem; portanto, esta celebração é a maior explicação para o grande gesto de Jesus, que é a Eucaristia.
O rito do lava-pés não é uma encenação dentro da Missa, mas um gesto litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus. O bispo ou o padre, que lava os pés de algumas pessoas da comunidade, está imitando Jesus no gesto; não como uma peça de teatro, mas como compromisso de estar a serviço da comunidade, para que todos tenham a salvação, como fez Jesus.
Instituição da Eucaristia
Com a Santa Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde ou na noite da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória da Última Ceia, quando Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o Seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem, mandando-os também oferecer aos seus sucessores.
A palavra “Eucaristia” provém de duas palavras gregas “eu-cháris”, que significa “ação de graças”, e designa a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de Pão e Vinho.
Instituição do sacerdócio
A Santa Missa é, então, a celebração da Ceia do Senhor, quando Jesus, num dia como hoje, véspera de Sua Paixão, “durante a refeição, tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: ‘Tomai e comei, isto é meu corpo’.” (cf. Mt 26,26).
Ele quis, assim como fez na última ceia, que Seus discípulos se reunissem e se recordassem d’Ele abençoando o pão e o vinho: “Fazei isto em memória de mim”. Com essas palavras, o Senhor instituiu o sacerdócio católico e deu-lhes poder para celebrar a Eucaristia.
“Após a Instituição da Eucaristia, na quinta-feira santa, quando nós iniciamos o Tríduo Pascal, não temos a bênção final pois nós fazemos a Transladação do Santíssimo Sacramento. Toda Igreja agora se prepara para esse grande silêncio, para a celebração da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
SEXTA-FEIRA-SANTA

Sexta-Feira Da Paixão
A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da santa cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade.
Via-Sacra
Ao longo da Quaresma, muitos fiéis realizam a Via-Sacra como uma forma de meditar o caminho doloroso que Jesus percorreu até a crucifixão e morte na cruz.
A Igreja nos propõe esta meditação para nos ajudar a rezar e a mergulhar na doação e na misericórdia de Jesus que se doou por nós. Em muitas paróquias e comunidades, são realizadas a encenação da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo por meio da meditação das 14 estações da Via-Crúcis.
SÁBADO SANTO
O Sábado Santo não é um dia vazio, em que “nada acontece”. Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo que pode ir uma pessoa. O próprio Jesus está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de Seu último grito na cruz – “Por que me abandonaste?” –, Ele cala no sepulcro agora. Descanse: “tudo está consumado!”
Vigília Pascal:
Durante o Sábado Santo, a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando Sua Paixão e Morte, Sua descida à mansão dos mortos, esperando, na oração e no jejum, Sua Ressurreição. Todos os elementos especiais da vigília querem ressaltar o conteúdo fundamental da noite: a Páscoa do Senhor, Sua passagem da morte para a vida.
A celebração acontece no sábado à noite. É uma vigília em honra ao Senhor, de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (cf. Lc 12,35-36), tenham acesas as lâmpadas, como os que aguardam seu senhor chegar, para que, os encontre em vigília e os convide a sentar à sua mesa.
Bênção Do Fogo
Fora da Igreja, prepara-se a fogueira. Estando o povo reunido em volta dela, o sacerdote abençoa o fogo novo. Em seguida, o Círio Pascal é apresentado ao sacerdote. Com um estilete, o padre faz nele uma cruz, dizendo palavras sobre a eternidade de Cristo.
Assim, ele expressa, com gestos e palavras, toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo – homens, coisas e tempo – estão sob Sua potestade.
Procissão Do Círio Pascal
As luzes da igreja devem permanecer apagadas. O diácono toma o Círio e o ergue, por algum tempo, proclamando: “Eis a luz de Cristo!”. Todos respondem: “Demos graças a Deus!”.
Os fiéis acendem suas velas no fogo do Círio Pascal e entram na igreja. O Círio, que representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de luz que nos guia pelas trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança em procissão.
Proclamação Da Páscoa

O povo permanece em pé com as velas acesas. O presidente da celebração incensa o Círio Pascal. Em seguida, a Páscoa é proclamada.
Esse hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, a alegria do Céu, da Terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos. Essa alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas. Terminada a proclamação, apagam-se as velas.
Liturgia Da Palavra
Nesta noite, a comunidade cristã se detém mais que o usual na proclamação da Palavra.
As leituras da vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo: “E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes (aos discípulos de Emaús) o que dele se achava dito em todas as Escrituras” (Lc 24, 27).
Liturgia Batismal
A noite de Páscoa é o momento que tem mais sentido celebrar os sacramentos da iniciação cristã. O sacerdote que preside a celebração, nesta noite, tem a faculdade de conferir também a confirmação do batismo, para fazer visível a unidade dos sacramentos da iniciação.
Se houver batismo, deverão chamar os catecúmenos, que serão apresentados pelos padrinhos à Igreja reunida.
Ladainha De Todos Os Santos
Nós, Igreja peregrina, em profunda comunhão com a Igreja do Céu, reafirmamos nossa fé e pedimos a intercessão daqueles que nos precederam na glória do Cristo ressuscitado.
Bênção Da Água Batismal
Durante a oração, o sacerdote mergulha o Círio Pascal na água uma ou três vezes. Se houver batismo, cada catecúmeno renuncia ao demônio, faz a profissão de fé e é batizado.
A bênção da água trata-se, sobretudo, de bendizer a Deus por tudo o que Ele fez, por meio da água, ao longo da História da Salvação. Neste momento, o padre implora ao Senhor que, hoje, também este sinal atualize o Espírito de vida sobre os batizados.
Renovação Das Promessas Batismais
Após o rito do batismo (se houver) ou da bênção da água, todos, em pé e com as velas acesas, renovam as promessas do batismo.
Terminada a renovação das promessas, o sacerdote asperge o povo com a água benta, enquanto todos cantam. Neste dia, é omitido o creio; em seguida, é presidida a oração dos fiéis.
Liturgia Eucarística
A Celebração Eucarística é o ápice da Noite Pascoal. É a Eucaristia central de todo o ano, mais importante que a do Natal ou da Quinta-feira Santa. Cristo, o Senhor Ressuscitado, nos faz participar de Seu Corpo e de Seu Sangue, como memorial da Sua Páscoa. É o ponto mais importante da celebração.
DOMINGO DA PASCOA
Domingo da Ressurreição
É o dia santo mais importante da religião cristã. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. Do hebreu “Peseach”, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade.
A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos. Quando dizemos “Cristo vive” não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança.
15 de abril de 2023
7º Encontro – “A REVELAÇÃO DA TERNURA DE DEUS NA CRIAÇÃO”
“Você está na mente e no coração de Deus desde toda a eternidade.”
Nós fomos modelados por Deus, com amor e ternura.
Deus é o criador da água, fonte de vida.
O Espírito Infunde A Vida De Deus Nas Águas E Elas Tornam-Se Fonte De Vida.
A sede da humanidade, a nossa sede, só pode ser saciada junto à Fonte.
“… estava Jesus de pé e clamava:
Se alguém tiver sede, venha a mim e beba.
38.Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva (Zc 14,8; Is 58,11).
39.Dizia isso, referindo-se ao Espírito que haviam de receber os que cressem nele, pois ainda não fora dado o Espírito, visto que Jesus ainda não tinha sido glorificado.
40.Ouvindo essas palavras, alguns daquela multidão diziam: Este é realmente o profeta.” (João 7, 37-40)
Na criação (livro do Gênesis), depois do agrupamento das águas surge a terra. Deus revela sua vida e ternura, pois a terra é fonte de vida e alimento para toda a criação.
Quando Deus criou todas as coisas desse mundo ele já pensava em criar o homem. Ele precisava dar condições para que esse homem pudesse viver da melhor maneira possível, por isto Deus criou todas as coisas antes e o homem foi a última criação.
Ele criou a luz, criou a água, criou os frutos, criou as aves, criou todas as condições desse mundo para que o homem pudesse ser feliz e viver da melhor forma possível. Em toda a criação podemos perceber que é realmente um carinho muito grande de Deus para conosco e nós devemos retribuir, sendo agradecidos.
O ser humano foi a última e mais perfeita criação de Deus, pois fomos criados à sua imagem e semelhança. E o ser humano foi, ainda, elevado à condição de filhos de Deus.
Leitura: Gênesis 1, 1-31
” 1.No princípio, Deus criou o céu e a terra. 2.A terra estava sem forma e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. 3.Deus disse: “Faça-se a luz!”. E a luz foi feita…..”
– O que o texto narra?
– Quem está falando no texto?
– Par quem é dirigida a palavra no texto lido?
A palavra Gênesis significa começo. A vida ganha na Palavra de Deus importância primordial: o começo da Palavra de Deus é o relato do começo da Vida. O relato deixa em evidência que Deus age a favor da vida e de sua mais valiosa criação: o ser humano. Isso deve deixar impresso em nosso coração que nosso Bom Deus é um Deus cuidadoso, Deus de ternura, que nos valoriza e nos ama.
8º Encontro – 22 de abril / 29 de abril de 2.023
RESUMO – FORMAÇÃO DO POVO DE DEUS – Contexto bíblico: Gênesis, Êxodo
OS DEZ MANDAMENTOS
Religião = Religar o homem a Deus. Pois o homem se desligou de Deus pelo pecado original.
– No principio Deus criou todas as coisas para o Homem e o colocou no Paraíso. O homem se desliga de Deus pelo pecado original e perde o paraíso
Deus ama o homem e com ele faz aliança.
Deus faz aliança com Noé. Destrói o mundo pelo dilúvio e somente aqueles que ficaram dentro da Arca sobrevivem para construir um novo mundo.
– Deus faz aliança com Abraão, prometendo-lhe uma posteridade que seria o Seu Povo.
– Assim, Abraão gera Isaac, Isaac gerá Jacó, que Deus passa a chamar de Israel.
– Israel gera doze filhos, que são as 12 tribos que irão possuir a terra prometida por Deus à posteridade de Abraão
– A geração de Israel então se torna escravo no Egito, então Deus resolve suscitar Moises para libertar seu povo do Faraó.
– Moises lidera o Êxodo do Egito, ou seja, a saída do povo e Deus fere o Egito com as 10 pragas. (Êxodo = saída)
– No deserto o povo se desorienta do Senhor, peca construindo o bezerro de ouro.
– Deus entrega ao povo, por meio de Moises, os DEZ MANDAMENTOS.
– Apesar de ter a Lei e os profetas, o povo se perde e acaba sendo novamente escravizado, agora pelo Império Romano.
– Deus, com sua misericórdia, mais uma vez suscita no povo não só um profeta, mas envia o seu próprio filho Jesus Cristo, que nasce de uma mulher escolhida entre todas da terra: Maria de Nazaré.
– Jesus, o menino-Deus, cresce e assume sua missão aqui na terra, de fazer o bem e proclamar o Reino de Deus, prometendo àqueles que creem a vida eterna.
– Jesus é morto e RESSUSCITA NO TERCEIRO DIA PARA SALVAR TODAS AS NAÇÕES, DO JUGO DO PECADO E DA MORTE.
– Jesus promete aos apóstolos o envio do ESPIRITO SANTO para que eles possam continuar sua missão e pregar a toda criatura o Evangelho, a fim de que todos possam se salvar.
– No dia de Pentecostes os apóstolos recebem o Espirito Santo como línguas de fogo, o que os liberta do medo.
– Abre-se a porta do Cenáculo e os Apóstolos pregam o Evangelho com sabedoria e força do Espírito Santo. NASCE AI A IGREJA DE CRISTO PARA NUNCA MAIS ACABAR, PORQUE NEM AS PORTAS DO INFERNO PODEM COM A IGREJA DE CRISTO.
– A igreja é perseguida, seus apóstolos e seguidores mortos, mas mesmo assim a Igreja nunca acabou.
– A igreja é reestruturada, deixa de ser perseguida e cresce, chegando a todo o mundo.
– A IGREJA CATÓLICA, com a EUCARISTIA, (CORPO E SANGUE DE CRISTO) e os outros SACRAMENTOS, NÃO SE ABALA COM O PASSAR DO TEMPO, chegando até nós, tendo como Salvador Jesus Cristo, como Criador Deus Pai e como Orientador o Espírito Santo.
18. “Eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela.*
19. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.*
(Mateus 16, 18-19)
OS DEZ MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS
1º MANDAMENTO Amar a Deus sobre todas as coisas:
O primeiro mandamento convida a pessoa a crer em Deus, a esperar Nele e a amá-Lo acima de tudo. A superstição é um desvio do verdadeiro culto que prestamos ao verdadeiro Deus, é uma espécie de Idolatria. Adorar a Deus é reconhecer, com respeito e submissão absoluta, o «nada da criatura», que só por Deus existe. Adorar a Deus é, como Maria no Magnificat, louvá-Lo, exaltá-Lo e humilhar-se, confessando com gratidão que Ele fez grandes coisas e que o seu Nome é santo. A adoração do Deus único liberta o homem de se fechar sobre si próprio, da escravidão do pecado e da idolatria do mundo. «Ao Senhor teu Deus adorarás» (Mt 4, 10). Adorar a Deus, prestar-Lhe o culto que Lhe é devido, cumprir as promessas e votos que se Lhe fizeram, são atos da virtude da religião, que traduzem a obediência ao primeiro mandamento. Na medida em que rejeita ou recusa a existência de Deus, o ateísmo é um pecado contra o primeiro mandamento.
2º MANDAMENTO: Não tomar seu santo nome em vão:
Este mandamento proíbe o uso inconveniente do nome de Deus. As promessas feitas a outra pessoa em nome de Deus empenham a honra, a fidelidade a veracidade e a autoridade divinas. Devem ser respeitadas. A blasfêmia consiste em proferir contra Deus palavras de ódio, de ofensa, de desafio e em falar mal de Deus. É também blasfêmia recorrer ao nome de Deus para encobrir práticas criminosas, oprimir o povo, torturar ou matar. Não podemos pôr em dúvida os sentimentos de Temor de Deus, pois temos a visão de um Deus soberano e consciência de sua presença. Ora, na medida em que acreditamos que Ele está presente, este mandamento proíbe também o uso indevido do nome Jesus, de Maria e de todos Santos de maneira injuriosa. Devemos ter tais sentimentos. “Não os ter, é não estar consciente desta realidade, é não crer que Ele está presente.
3º MANDAMENTO Guardar domingos e festas:
O terceiro mandamento do Decálogo refere-se à santificação do sábado: “O sétimo dia é um sábado: um descanso completo consagrado ao Senhor” (Ex 31, 15). O Evangelho relata numerosos incidentes em que Jesus é acusado de violar a lei do sábado. Mas Jesus nunca viola a santidade deste dia. É com autoridade que Ele dá a sua interpretação autêntica desta lei: “O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado” (Mc 2, 27). Cheio de compaixão, Cristo autoriza-Se, em dia de sábado, a fazer o bem em vez do mal, a salvar uma vida antes que perdê-la. O sábado é o dia do Senhor das misericórdias e da honra de Deus. Jesus ressuscitou de entre os mortos «no primeiro dia da semana” (Mc. 16, 2). Enquanto “primeiro dia”, o dia da ressurreição de Cristo lembra a primeira criação. Enquanto “oitavo dia”, a seguir ao sábado, significa a nova criação, inaugurada com a ressurreição de Cristo. Este dia tornou-se para os cristãos o dia do Senhor, o Domingo. Reunimo-nos todos no dia do Sol, porque foi o primeiro dia após o Sábado judaico, mas também o primeiro dia em que Deus, tirando das trevas a matéria, criou o mundo, e porque Jesus Cristo, nosso Salvador, nesse mesmo dia, ressuscitou dos mortos. O domingo distingue-se expressamente do sábado, cuja prescrição ritual para os cristãos substitui o sábado e realiza plenamente na Páscoa de Cristo a verdade espiritual do sábado judaico e anuncia o descanso eterno, do homem, em Deus. Os que viveram segundo a antiga ordem das coisas alcançaram uma nova esperança, não guardando já o sábado, mas o dia do Senhor, em que a nossa vida foi abençoada por Ele e pela sua morte. A celebração do domingo é o cumprimento da prescrição moral de «prestar a Deus um culto exterior, visível, público e regular, sob o signo da sua bondade universal para com os homens». O culto dominical cumpre o preceito moral da Antiga Aliança, cujo ritmo e espírito retoma ao celebrar em cada semana o Criador e o Redentor do seu povo.
4º MANDAMENTO: “Honra teu pai e tua mãe…”:
“Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá”. De acordo com este mandamento, Deus quis que, depois dele, honrássemos nossos pais e todos os que Ele, para o nosso bem, investiu de autoridade. A salvação da pessoa e da sociedade humana está estreitamente ligada ao bem estar da comunidade conjugal e familiar. Os filhos devem aos pais respeito, gratidão, justa obediência e ajuda. O respeito filial favorece a harmonia de toda a vida familiar. A paternidade divina é a fonte da paternidade humana; é o fundamento da honra devida aos pais. O respeito dos filhos, menores ou adultos, pelo pai e pela mãe alimenta-se da afeição natural nascida do vínculo que os une. O quarto mandamento também lembra aos filhos adultos suas responsabilidades para com os pais.
5º MANDAMENTO: “Não matarás”:
“Toda vida humana, desde o momento da concepção até a morte, é sagrada porque a pessoa humana foi querida por si mesma à imagem e semelhança do Deus vivo e santo. O assassinato de um ser humano é gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador”. O quinto mandamento, entretanto, vai além do ato de homicídio voluntário ou a cooperação nele. Entende a Santa Igreja que ele abrange não apenas a morte em si, mas uma série de outras atitudes tais como: a intenção de se destruir uma pessoa, mesmo que não se consiga; o aborto voluntário ou provocado; a eutanásia voluntária; os negócios fraudulentos que provocam a morte ou a fome; a instituição de leis que atentem contra a vida; a criação de estruturas sociais que promovem a exclusão, a fome e o abandono; o desrespeito à integridade corporal e a promoção da guerra. Jesus mostra claramente a abrangência do quinto mandamento quando diz: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: “Não matarás. Aquele que matar terá de responder ao tribunal”. Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão terá de responder no tribunal” (Mt 5,21-22). Toda atitude contra a vida promove a morte. O cristão deve sempre nortear-se pela declaração de Jesus: “O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” João 10,10.
6º MANDAMENTO: “Não cometerás adultério”:
Disse Jesus: “Ouvistes que foi dito: “Não cometerás adultério”. Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração” (Mt 5, 27-28). Deus é amor e vive em Si mesmo um mistério de comunhão pessoal de amor. Ao criar a humanidade do homem e da mulher à sua imagem Deus inscreveu nela a vocação para o amor e para a comunhão e, portanto, a capacidade e a responsabilidade correspondentes. Diz respeito particularmente à afetividade, à capacidade de amar e de procriar, e, de um modo mais geral, à aptidão para criar laços de comunhão com outrem. A sexualidade torna-se pessoal e verdadeiramente humana quando integrada na relação de pessoa a pessoa, no dom mútuo total e temporalmente ilimitado, do homem e da mulher. A virtude da castidade engloba, portanto, a integridade da pessoa e a integralidade da doação e implica na aprendizagem do autodomínio e da fidelidade. A Igreja deu ao matrimônio a dignidade de Sacramento, portanto, “O adultério e o divórcio, a poligamia e a união livre são ofensas graves à dignidade do matrimônio”.
7º MANDAMENTO: “Não roubarás”:
“O sétimo mandamento proíbe tomar ou reter injustamente os bens do próximo ou lesá-lo, de qualquer modo. Prescreve a justiça e a caridade na gestão dos bens terrestres e dos frutos do trabalho. Exige, em vista do bem comum, o respeito à destinação universal dos bens e ao direito de propriedade privada. A vida cristã procura ordenar para Deus e para a caridade fraterna os bens deste mundo”. Tudo o que foi criado por Deus, animais, plantas e seres inanimados, estão naturalmente destinados ao bem comum da humanidade, pois o domínio que Deus deu ao homem sobre estas criaturas não foi absoluto. Ele deve ser pautado pela preocupação e profundo respeito pela integridade da vida e de toda a criação.
8º MANDAMENTO: “Não apresentarás falso testemunho contra teu próximo”:
“O oitavo mandamento proíbe falsificar a verdade. Somos testemunhas de Deus, que é e que quer a verdade. As ofensas à verdade exprimem, por palavras ou por atos, a falta de retidão moral: são infidelidades graves para com Deus. Este mandamento proíbe a mentira e ensina que devemos respeitar a integridade da reputação do caráter do próximo. Quem crê em Deus deve amar a verdade que nos torna livres e nos santifica. Assim, o 8º mandamento proíbe que se levante falso testemunho e perjúrio (jurar falso, falar inverdades). Podemos prejudicar o outro por falsidade e omissão da verdade; por propagar qualquer informação que cause prejuízo ao próximo. Isto inclui admitir como verdadeiro, mesmo em silêncio, um defeito moral do próximo, bem como, sem razão ou conhecimento, revelar os defeitos dos outros a pessoas que não o sabem (maledicência). Estas condutas denigrem e desvalorizam a pessoa e por isso também é pecado.
9º MANDAMENTO: “Não desejarás a mulher do próximo” :
O amor puro e verdadeiro para com as pessoas demonstra também o nosso verdadeiro amor a Deus. Tanto ao homem como à mulher, não é permitido o ato de cobiça. E em seu conteúdo está contida a valorização e a dignidade da sexualidade humana, onde deve haver respeito mútuo. Um não possui maior dignidade que o outro. Viver o nono mandamento não significa apenas expressar ao próximo um amor puro e sadio, significa também que me relaciono indistintamente com todos. É uma busca de não nos deixarmos vencer pelas tentações da carne. Esta vitória é possível pela purificação do coração e pela prática da virtude da temperança. O fim último deste mandamento é visualizarmos na beleza humana a grandiosidade de Deus.
10º MANDAMENTO: “Não cobiçarás coisa alguma que pertença a teu próximo”:
Este mandamento completa o anterior ensinando que não podemos cobiçar ou ter inveja do que pertence ao outro, seja um bem material no sentido de propriedade ou de qualquer outra natureza. “O décimo mandamento exige banir a inveja do coração humano. Não cobiçar as coisas alheias, não trabalhar em si o sentimento de inveja e de possuir o que é do outro.

Os Mandamentos da Lei de Deus são como o “olho de gato” na estrada. Nos ajudam a permanecer no caminho!
Precisamos entronizar este conhecimento, para que ele faça parte das nossas ações, sem precisar refletir.
Deus é Vida, Deus é Amor! Tudo o que não está em sintonia não serve para nós.
9º Encontro – 06 de maio de 2023
“O AMOR DE DEUS EM NÓS: UMA ALIANÇA ETERNA”

Aliança significa pacto. Compromisso.
O anel de noivado usado pelos noivos simboliza um pacto mútuo entre as partes. Isso define um compromisso entre pessoas
A relação entre Deus e a humanidade reveste-se de um pacto amoroso de Deus para conosco. Por parte de Deus este acordo é eterno.
A palavra Aliança, na Bíblia, tem significado de amor, combinação, união, comunhão, vínculo, diálogo, casamento.
A Bíblia nos mostra que Deus sempre faz alianças por intermédio de pessoas, como os patriarcas (Abraão, Moisés no Monte Sinai compromisso para com a fidelidade com o seu povo até chegar à nova e definitiva aliança com Jesus Cristo.
É tão forte a Aliança do amor de Deus para com as pessoas que ele nos criou à sua imagem e semelhança. Deus Pai entregou como prova Suprema de amor seu próprio filho a morte para nos salvar.
O amor de Deus por nós é um amor íntimo e concreto. A aliança não é um projeto das pessoas para Deus mas de Deus para as pessoas.
O amor e o compromisso de uma aliança são invisíveis, brotam do coração, mas tem um sinal externo, que vem selar este pacto.
Noé ofereceu um sacrifício a Deus sobre o altar e Deus disse a Noé e aos seus filhos: “Vou fazer uma aliança com vocês e seus descendentes (Gênesis 9, 1-17). Esta aliança foi simbolizada pelo arco-íris.
Deus estabeleceu também uma aliança com a nação de Israel por meio de Moisés. A aliança feita com Moisés – os dez mandamentos, foi gravada em tábuas de pedra. Revela um novo significado para sacrifício e holocausto. É a oferenda da pessoa mesma, a exemplo de Jesus.
A nova aliança tem vínculos indestrutíveis de Misericórdia, de amor e de solidariedade. A Aliança do Sinai é a mais importante do Antigo Testamento e diferentes de todas as alianças.
Nela Deus se manifesta como nosso Deus e nos adota como seu povo por isso somos todos irmãos tendo um único Deus.
A aliança de Deus com o ser humano jamais será quebrada porque partiu do próprio Deus.
10º Encontro de Catequese – 13/05/2023
A PRESENÇA DE NOSSA SENHORA NA IGREJA CATÓLICA
Maria, a Mãe de Jesus, Mãe de Deus e nossa Mãe, é chamada de Nossa Senhora. Ela não faz milagres, mas intercede por nós junto a Deus.
– Palavras de Jesus a João e a Maria: “Eis aí o teu filho”, e a João: “Eis aí a tua mãe”;
– O primeiro milagre de Jesus – a intercessão de Maria;
– A palavra de Maria: “Façam tudo o que Ele vos disser”;
– as palavras de Profecia: “serei chamada a bem-aventurada Virgem Maria” Nós cumprimos esta profecia ao rezar a Ave Maria
DOGMAS
Dogma é uma verdade de fé revelada por Deus. Logo, um dogma é imutável e definitivo.
DOGMAS MARIANOS:
1º Dogma: A Imaculada Conceição de Maria.
“A Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição (concepção), foi por singular graça e privilégio de Deus onipotente, preservada imune de toda mancha de culpa original.”*
2º Dogma: A Perpétua Virgindade de Maria
“A Santíssima Virgem Maria é virgem antes, durante e depois do parto de seu Divino Filho, sendo mantida assim por Deus até a sua gloriosa Assunção.” (Mateus 1, 18-25)
3º Dogma: Maria, Mãe de Deus
“Maria, como uma virgem, gerara a Cristo segundo a natureza humana, mas quem dela nasce, ou seja, o sujeito nascido não é uma pessoa humana pois é a pessoa eterna do Verbo que recebeu de Maria a natureza humana. Daí que o Filho de Maria é propriamente o Verbo que subsiste na natureza humana; então Maria é verdadeira Mãe de Deus, posto que o Verbo é Deus. Cristo: Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem.”
4º Dogma: A Assunção de Maria
“A Virgem Maria foi assumpta ao céu imediatamente depois que acabou sua vida terrena; seu Corpo não sofreu nenhuma corrupção como sucederá com todos os homens que ressuscitarão até o final dos tempos, passando pela decomposição.”
Lucas 1, 26s. 30s. 34-36
Isaías 7, 14
Mateus, 1, 23:
Até mesmo entre os reformadores protestantes se encontram profissões de fé na virgindade de Maria:
Profissão de Fé aprovada por Lutero em 1537: “O Filho do Deus fez-se homem, de modo a ser concebido do Espírito Santo sem o concurso de varão e a nascer de Maria pura, santa e sempre virgem”.
Assim também João Calvino, outros protestantes e o Corão de Maomé professam a virgindade de Maria.
São Gregório Magno, Papa, (1604) disse: “O corpo do Senhor, após a ressurreição, entrou onde estavam os discípulos, passando por portas fechadas, esse mesmo corpo que, ao nascer, saiu do seio fechado de Maria”.
“Todos unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se assiduamente à oração, em companhia de algumas mulheres, entre as quais Maria, a Mãe de Jesus e de Seus irmãos” (At 1,14).
No quadro de Pentecostes, São Lucas destaca a pessoa de Nossa Senhora, a única que é recordada com o próprio nome, além dos apóstolos. Ela promove, na Igreja nascente, a perseverança na oração e a concórdia no amor. É o papel de mulher e de Mãe. São Lucas também faz questão de apresentá-la explicitamente como “a Mãe de Jesus” (cf. At 1,14), de forma a dizer que algo da presença do Filho, que subiu ao céu, permanece na presença da Mãe. Ela, que cuidou de Jesus, passa agora a cuidar da Igreja, o Corpo Místico do Seu Filho. Desde o começo, a Virgem Maria exerce o seu papel de “Mãe da Igreja”.
Com essas palavras pronunciadas na Cruz: “Mulher, eis aí o teu filho” (Jo 19,26), Cristo lhe dá a função de Mãe universal dos crentes. Entregando-a ao discípulo amado como Mãe, Nosso Senhor Jesus Cristo quis também indicar-nos o exemplo de vida cristã a ser imitado. Se Cristo no-la deu aos pés da Cruz, é porque precisamos dela para a nossa salvação.
Essa missão materna e universal da Santíssima Virgem Maria aparece na sua preocupação para com todos os cristãos de todos os tempos.
O lugar de Maria na Igreja:
A palavra de um Pastor Protestante, na Basílica de Aparecida:
11º Encontro: POR AMOR, O PAI ENVIA SEU FILHO JESUS
“Deus amou tanto o mundo que entregou seu Filho único”. (Jo 3, 16)
O amor infinito de Deus é claramente expressado pelo advérbio “tanto”.
A atitude de Deus Pai, ao nos enviar por amor seu Filho, Jesus, nos revela quão grande é este amor. O amor de Deus por nós não tem limite.
O verbo entregar: “entregou seu Filho”, como o advérbio “tanto”, é cheio de significado.
“Entregou seu Filho” expressa o dom radical, total! Por que o Pai fez isto? É pelo RESGATE DO HOMEM! É para que você possa ser salvo, para que eu possa ser salva!
O amor de Deus não castiga, não condena, não mata, não discrimina, não reprime, não exclui. O amor verdadeiro liberta, cura, perdoa, gera vida, acolhe, inclui!
Deus fez e continua fazendo isto de forma admirável. Ele amou e entregou o seu Filho único para que “o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3, 16)
Jesus é a expressão mais alta, única e definitiva da comunicação amorosa de Deus à humanidade.
Revelar quer dizer tirar o véu, que cobre o mistério de Deus Pai.
Com Jesus a humanidade conheceu que Deus é amor e seu plano de amor ara cada um de nós. Jesus nos mostrou que Deus é justo e bom, ama sem excluir ninguém; e a pessoa humana é o centro do seu amor.
Jo 3, 16-17:
“16.Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
17.Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele.
Jesus foi enviado pelo Pai para nascer no coração de uma família. Nascido da virgem Maria, Jesus tornou-se um ser humano semelhante a nós em tudo, menos no pecado.
A encarnação de Jesus é a expressão do grande amor de Deus por Nós.
PERCEBA:
Deus é amor (1 Jo 4, 8-16)
O Amor é o Primeiro dom. Ele contém todos os demais.
Esse amor, Deus o derramou em nossos corações pelo Espirito que nos foi dado. (Romanos 5,5)
Jesus fez da caridade o novo mandamento. Amando os seus “até o fim”.
Jesus manifesta o amor do pai que recebe . Amando-nos uns aos outros , cumprimos o mandamento de Jesus. Por isso Jesus disse: “assim como o Pai me amou, também eu vos amei”. Permanecei em meu amor”. João 15, 9
E ainda: “Este é o meu preceito: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
Toda a vida de Cristo, suas palavras, seus atos, tudo que Ele fez é revelação do Pai. Jesus pode dizer: “ Quem me vê me vê o Pai” e o Pai pode dizer: “ Este é o meu Filho, o Eleito, ouvi-o.” Lucas 9, 35
Vamos agradecer a Deus pela sua bondade e generosidade de Deus e de seu filho jesus contemplemos a ternura e o amor misericordioso de Deus e vamos agradecer o seu amor infinito proposta. Procure mergulhar na misericórdia de Deus e externar agradecimentos, por meio de um gesto de caridade.
12º Encontro: JESUS DIZ: EU SOU O BOM PASTOR – 19/05/2023
Objetivo: identificar Jesus como o bom pastor que nos acolhe e nos conduz.
O pastor é uma realidade natural para o povo a quem Jesus falava que perdurou por séculos até bem pouco tempo atrás, com a transformação da economia Rural em industrial.
Ele cuidava das ovelhas e as guardava do perigo; as levava a pastagem e, deixando seguras todas as outras, saía à procura da que se extraviou. Ele cuidava de suas feridas e a levava novamente ao convívio das demais.
Leitura: Jo 10, 1-6:
“Em verdade, em verdade vos digo: quem não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. 2.Mas quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. 3. A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz à pastagem. 4.Depois de conduzir todas as suas ovelhas para fora, vai adiante delas; e as ovelhas seguem-no, pois lhe conhecem a voz. 5.Mas não seguem o estranho; antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” 6.Jesus disse-lhes essa parábola, mas não entendiam do que ele queria falar. 7.Jesus tornou a dizer-lhes: “Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. 8.Todos quantos vieram [antes de mim] foram ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram.* 9.Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo; tanto entrará como sairá e encontrará pastagem.*”
… 16 – Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco, as quais devo da mesma maneira trazer; elas ouvirão minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor.

Na parábola do Bom Pastor Jesus se compara a um pastor e nós somos comparados as ovelhas. Ele diz: eu sou o bom pastor, conheço as minhas ovelhas e as ovelhas me conhecem.
Na imagem do pastor Deus se mostra como Deus é na sua relação com as pessoas: cuida com carinho e ternura de todos. Deus eu preocupa com todas as pessoas.
É o Pastor que vai ao encontro dos anseios de suas ovelhas.
Jesus dá sua vida a todos que aceitam sua proposta.
Aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. Mas aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. O porteiro abre a porta para ele, ele entra, as ovelhas ouvem sua voz e o seguem. Depois de fazer sair todas as ovelhas, ele caminha na frente delas, e as ovelhas o seguem, por conhecem sua voz.
Por amor Jesus dá sua vida pelas suas ovelhas, em morte sacrificial, permanecendo na Eucaristia.
Somos ovelhas de um mesmo rebanho, cujo pastor é Cristo.
Sugestão: Ouça com o coração: “Eram cem ovelhas”. Disponível no spotify ou youtube
13º Encontro – O ESPÍRITO SANTO NOS ENSINA A FAZER DA NOSSA VIDA UM DOM
Você percebe a manifestação de algum dom do Espírito Santo na sua vida?
O Espírito Santo tem os dons infusos e os dons carismáticos.
Os dons infusos são os 7 dons que todos recebem no Batismo:
1 – Ciência
2 – Entendimento ou Inteligência
3 – Sabedoria
4 – Conselho
5 – Piedade
6 – Fortaleza
7 – Temor de Deus
Estes sete dons são benefícios para a própria pessoa.
Já os dons carismáticos são destinados ao próximo.
https://cleofas.com.br/dons-infusos-do-espirito-santo/embed/#?secret=gSqEbACvnw Os dons carismáticos são os dons de serviço, que o Espírito Santo dá livremente a quem ele quer. São estes os dons carismáticos:
Dom da fé
Dom de interpretação
Dom da profecia
Dom da cura
Dom de línguas
Dom de milagres
Dom do discernimento
Dom de ciência
Dom de sabedoria
(At 2,1-11)
Leitura dos Atos dos Apóstolos:
1Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. 2De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam. 3Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. 4Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava. 5Moravam em Jerusalém judeus devotos, de todas as nações do mundo. 6Quando ouviram o barulho, juntou-se a multidão, e todos ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua. 7Cheios de espanto e admiração, diziam: “Esses homens que estão falando não são todos galileus? 8Como é que nós os escutamos na nossa própria língua? 9Nós, que somos partos, medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, 10da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da Líbia próxima de Cirene, também romanos que aqui residem; 11judeus e prosélitos, cretenses e árabes, todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus em nossa própria língua!”
Palavra da Salvação!
– Glória a Vós Senhor!
Os Apóstolos estavam todos reunidos o mesmo lugar em obediência a Jesus que disse que eles deveriam permanecer em Jerusalém.
O Espírito Santo vem sobre todos, sem discriminação.
Homens temerosos, depois da efusão do Espírito Santo, proclamam Jesus Cristo com eloquência.
Os dons são diferentes e próprios de cada pessoa e quando colocados a serviço da comunidade complementam-se.
A força do Espírito Santo atua escondida e permite que, no cotidiano de nossa vida, manifestemos nossos dons pelo diálogo franco e aberto, para a construção da Paz e da Justiça, na superação da fome e da miséria, na promoção da alegria das crianças, na maior participação da juventude na construção de um mundo melhor, no escutar e amparar carinhosamente o idoso na aceitação da dor, no servir sem privilegiar, na oração silenciosa, no pedir desculpas, na escuta do próximo.
Os dons que recebemos se multiplicam à medida que os partilhamos e utilizamos. As primeiras comunidades cristãs entenderam que sua fé é doação e aprenderam essa lição de Jesus. Em nossas comunidades cristãs há uma diversidade de dons. Uns recebem o dom de coordenar e animar a comunidade (padres e coordenadores); outros, o de aconselhar E demonstrar o caminho (os profetas); outros, o da Graça de explicar e conduzir a fé (catequistas e ministros). o sacramento da crisma habilita o cristão para o serviço na comunidade eclesial, o qual assume é nela a condição de partilhar seus dons, vive a missão de servir, e passo-a-passo assumir o segmento de Jesus.
14º Encontro 10/06/2023– “O PROJETO DE JESUS: O REINO DE DEUS”
Na acolhida da Missa, quando o Padre nos diz: “O Senhor esteja convosco”, nós respondemos: “Ele está no meio de nós”. Jesus pregou o Reino como seu modo de vida. O Reino de Deus significa a superação de tudo que nos afasta de Deus e dos irmãos.
O REINO DE DEUS NÃO É OUTRO MUNDO, mas sim O MUNDO EM QUE VIVEMOS, TRANSFORMADO EM NOVO!
Precisamos dar uma resposta a Deus, pois Ele nos chama à conversão e nos pede mudanças.
CONVERSÃO é MUDANÇA. Seguir Jesus, cortar o mal pela raiz tudo o que provoca o mal. Viver a caridade, a partilha. Perceber os próprios defeitos.
O mundo novo se concretiza a partir de conversões individuais, superação da morte para termos vida em abundância.
PARA VIVER COMO JESUS VIVEU, PRECISAMOS CONHECER SUA VIDA, PRECISAMOS LER OS EVANGELHOS.
Mateus 4, 23-25
“Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, curando todas as doenças e enfermidades entre o povo.
24. Sua fama espalhou-se por toda a Síria: traziam-lhe os doentes e os enfermos, os possessos, os lunáticos, os paralíticos. E ele curava a todos.
25. Grandes multidões acompanharam-no da Galiléia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia e dos países do outro lado do Jordão.”
15º Encontro – JESUS MOSTRA O REINO DE DEUS POR MEIO DE PARÁBOLAS
Os Evangelhos relatam 44 parábolas apresentadas por Jesus. Lucas mostra 31; Mateus, 22; Marcos, 6; e João, apenas 2. Jesus ensinou várias verdades por meio de parábolas, para facilitar o entendimento daqueles que o ouviam. As parábolas que Jesus contava eram sempre tiradas do contexto cultural e social em que ele vivia, contadas com o propósito de transmitir verdades espirituais.
O ponto central das parábolas é o Reino de Deus. Jesus revelava suas mensagens em todos os âmbitos sociais. Ele conhecia as mais diversas realidades culturais e sabia dos anseios da população.
Em diversas parábolas, como a do trigo e o joio e do grão de mostarda, Jesus fala do Reino. Em todas elas, deixa transparecer que o Reino acontece quando a humanidade passa pela vida em plenitude, sonhada por Deus.
A parábola do joio no meio do trigo mostra que a sociedade é campo de semeaduras diferentes e contrastantes. O semeador cumpre o dever de semear boa semente; é o discípulo de Jesus que continua firme na prática da justiça. Contudo, no meio do terreno, cresce também o joio, que é a injustiça. A pequenez da semente de mostarda contrasta com a dimensão dos campos em que é cultivada, mas contém potencial de vida, como as sementes da justiça que faz surgir o Reino.
Perceba! É preciso entrar no Reino, isto é, tornar-se discípulo de Cristo para “conhecer os mistérios do Reino dos Céus” (Mt 13,11). Para os que ficam “de fora” (Mc 4,11), tudo permanece enigmático.
16º Encontro: “JESUS, FUNDAMENTO DA VIDA CRISTÔ – 05/08/2023
Objetivo: Decidir seguir Jesus porque ele é o próprio fundamento da vida.
“Construir a casa sobre a rocha”
– O que pode impedir que uma casa caia?
– O que posso fazer para alicerçar a minha fé?
Em qualquer construção é importante que a base, os alicerces sejam bem firmes para garantir a fortaleza da casa e a segurança dos que a vão habitar. Para isso, os construtores devem cavar até encontrar rocha, para então firmar bem os alicerces.
Quando Jesus quis mostrar a importância de ouvir a Palavra de Deus e coloca-la em prática, falou-nos da construção da casa edificada sobre a areia e de outra construída sobre a rocha, ou seja, sobre os seus valores (os valores de Jesus Cristo).
As pessoas que, nas provações da fé, nas dificuldades da vida, na escuta à palavra de Deus, procura viver a vida cristã com autenticidade, é comparada por Jesus a uma casa construída sobre a rocha. Ela resiste aos ventos, às tempestades e a outros intempéries.
Ao contrário, quem não vive a Palavra de Deus é como a casa construída sobre a areia. Qualquer vento derruba a casa. A casa sobre a rocha é construída pelas pessoas que sabem partilhar, perdoar, dialogar, cuidar dos mais necessitados, viver o amor, viver como cristãos autênticos.
Na vida do cristão, a rocha sobre a qual cada um edifica sua vida e sua história é Jesus Cristo. O Apóstolo Paulo escreve aos Corintios: “Ninguém pode colocar um alicerce diferente daquele que já foi posto, Jesus Cristo.” (1 Cor 3, 11). Portanto, Jesus é a rocha, o fundamento que dá segurança, sustentabilidade à vida de todo cristão.
Par que nossa vida seja construída sobre a rocha que é Jesus Cristo, precisamos:
*Escutar – Um coração receptivo e uma consciência sensata escutam e distinguem a voz de Deus e seus apelos.
*Conhecer – No Evangelho de São João a palavra “conhecer” significa envolver a pessoa por inteiro – sua inteligência, seus sentimentos, sua vontade. É um desafio deixar-se envolver pela Palavra de Deus.
*Seguir – É a atitude decorrente do “escutar” e “conhecer”. É a certeza de que Ele é o Caminho, e fundamento da vida, e por isto garantia de vida feliz. O escutar a Palavra, o conhecer sempre mais Jesus e seguir pelo caminho que é Ele mesmo são passos do processo de quem deseja construir sua vida sobre o fundamento: Jesus Cristo.
Leitura: Mt. 7, 24-27
“24. Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. 25.Caiu a chuva, vieram as ‘’enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha. 26.Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia. 27.Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína.”
Antes disso, Jesus também falou: “nem todo aquele que me diz: “Senhor, Senhor” entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt.7, 21). A parábola parece servir para confirmar isto: não basta falar, é preciso fazer a vontade de Deus. Não adianta somente rezar, é preciso viver a partir de sua Palavra.
O ponto central da parábola da casa sobre a rocha parece estar na Palavra, o Verbo, que é Deus, que estava no princípio, que fez todas as coisas e que rege a nossa vida. Palavra que se encarnou, que veio habitar em nosso meio, para que conheçamos de perto o Reino. É, portanto, sobre essa Palavra que devem se edificar nossas construções.
Diante disso, outra ideia que nos vem deste texto é a da construção. Quando pensamos em construir, vem automaticamente em nossa mente o que construir e em qual lugar. Mesmo quem não entende muito de obras sabe que nelas precisam haver um fundamento, uma base sólida, ou não se sustentará. Entendendo que a casa da história contada por Jesus é a nossa vida ou a nossa família, concluímos: Cristo é a base de tudo, o fundamento de qualquer coisa que pensarmos em erguer: trabalho, estudo, missão, relacionamento… Ele precisa estar na origem.
Uma terceira ideia que vem dessa parábola é a da rocha, fundamento de grandes edificações. Por várias vezes, Deus é citado na Bíblia como rocha, ou rochedo. É também a casa fortificada, abrigo seguro (Cf. II Sam. 22,3). Dessa forma, sábio e prudente é quem resolve construir a própria vida nesse fundamento. Essa casa servirá de refúgio para ele nos momentos da tribulação. O dono da casa pode se abandonar no Senhor, que não deixará a edificação ruir.
Como fazer de Cristo a rocha firme da nossa vida
É preciso que nossos projetos estejam baseados no projeto de Deus a nosso respeito: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constroem”(Sl. 126,1). Na prática, isso quer dizer que tudo o que desejarmos fazer, antes é preciso perguntar a Jesus se é o que Ele quer e como Ele quer. Caso contrário, nossa declaração de Jesus como Senhor das nossas vidas é vã. Infelizmente, começamos com projetos que parecem muitos bons, cristãos, mas que muitas vezes não vêm de Deus.
Detectar a origem de nossos projetos (vem da minha mente? Ou é fruto do questionamento a Deus?) é a primeira forma de colocar Jesus como o fundamento; depois, é interessante perguntarmos de que modo Ele quer que executemos aquilo.
Dessa maneira, o que fizermos irá em frente, pois contaremos com o auxílio do grande arquiteto que é Deus. E algo tão importante quanto perguntar ao Senhor é fazer o que Ele mandar. Não basta ouvir, é preciso fazer acontecer o que o Senhor pede, do jeito que Ele quer; sem isso, a construção nem chega a
acontecer.
Uma fundação segura é ancorada no rochedo, que faz a casa suportar o teste da tempestade.
Ambos os construtores experimentaram a mesma tempestade e a mesma inundação, muito provavelmente essas casas foram construídas à vista uma da outra. Possivelmente o homem que construiu na areia ridicularizou o homem que planejou, investiu e trabalhou duro para ter a base sólida necessária.
O homem insensato não planejou para si nem para sua família; portanto, ele sofreu grande perda. Poderia ter sido diferente se ele tivesse humildemente procurado e obedecido o conselho e a orientação de Deus.
Em qualquer construção é importante que a base os alicerces sejam bem firmes para garantir a fortaleza da casa e a segurança dos que a vão habitar com final para isso, os construtores devem cavar até encontrar Rocha, para então firmar bem os alicerces.
Para meditar:
A Rocha não se abala. Nas provações (tempestades), eu recorro a Deus? Ou deixo a tempestade me abalar?
Quais são os meus planos? De onde saíram, como surgiram? Da minha mente? Ou das sugestões de Deus?
17º Encontro – “MANDAMENTOS: CAMINHO PARA SEGUIR JESUS” – 17/08/2023
Objetivo: compreender que seguir Jesus é viver os mandamentos de Deus.
“Se me amais, observareis meus mandamentos” (Jo 14, 15)
Os dez mandamentos revelam grandes valores da vida humana, defendem os direitos e os deveres básicos das pessoas, dos grupos e dos povos. Eles existem para nos proteger e facilitar a vida de todos. São caminhos que nos conduzem á felicidade. O desejo de ser feliz está no coração de todos.
Mandamentos, leis que educam; Mandamentos, um projeto antigo e atual; Mandamentos, orientação segura para ser feliz; os Mandamentos defendem os direitos básicos das pessoas, dos grupos e dos povos; os Mandamentos revelam grandes valores da vida humana.
Alguém, ao viajar à noite, percebe pequenos faróis ao longo das rodovias? São os chamados “Olhos de Gato”. Os mandamentos nos mantém no caminho de Deus, são orientação segura para que sejamos felizes. O desejo de ser feliz está no coração de todos.
Vamos ler e meditar o Evangelho segundo Mateus, 19, 16-21:
” 16.Um jovem aproximou-se de Jesus e lhe perguntou: “Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?”. Disse-lhe Jesus: 17.“Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos”. – 18.“Quais?” – perguntou ele. Jesus respondeu: “Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho, 19.honra teu pai e tua mãe, amarás teu próximo como a ti mesmo”. 20.Disse-lhe o jovem: “Tenho observado tudo isso desde a minha infância. Que me falta ainda?”. 21.Respondeu Jesus: “Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me!”
No evangelho, encontramos um jovem que procurou Jesus com o desejo de ser bom. O jovem ouviu a resposta de Jesus: “Por que você me pergunta sobre o que é bom?”
“Só Deus é bom. Se você quer entrar na vida, guarda os mandamentos” (Mt 19, 17). Em seguida, Jesus lembra os preceitos que se referem ao amor ao próximo: ame seu próximo como a si mesmo… (Mt 19, 19).
O jovem afirmou que vivia os mandamentos e Jesus então o convida a entrar no caminho da perfeição: “Se você quer ser perfeito, vá venda tudo o que tem, de o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. (Mt 19, 21)
Para o jovem, naquele momento, vender os bens e dar o dinheiro aos pobres se tornou um projeto difícil. Todavia, é um projeto de vida possível para quem decide seguir Jesus, utilizando-se dos bens para gerar mais vida e ajudar as pessoas a crescer na fé, na santidade. Temos exemplos de muitos cristãos santos, como nossos padroeiros. Santos porque se desapegaram de tudo o que os afastavam de Deus e os impedia de servir aos irmãos. Morreram fazendo o bem.
Jesus deu nova dimensão aos mandamentos quando proclamou as bem-aventuranças. Seguir Jesus é pôr em prática as bem-aventuranças proclamados no sermão da montanha (Mt 5, 7). Esse sermão orienta aos mandamentos e os ultrapassa (Mt 5, 20-48), mas começa pela proclamação das bem-aventuranças. Jesus mostra, assim, que os mandamentos estão abertos e orientados para as bem-aventuranças. Essas são indicações para todos aqueles que aspiram ter uma verdadeira vida feliz.
Para meditar:
-
- O que o jovem perguntou a Jesus?
-
- Qual foi a resposta de Jesus ao jovem?
-
- Qual o desafio que Jesus lançou ao jovem?
-
- Vou colocar-me no lugar do jovem rico e perguntar: Senhor, o que devo fazer para salvar a minha vida e ser feliz?
Perceba! Esse jovem rico aparece anonimamente no Evangelho. Nele, podemos reconhecer todos nós que, de um modo ou de outro, nos aproximamos de Cristo para alcançar a vida plena. Este é o desejo profundo de todo ser humano: a vida que produz verdadeira liberdade. Essa pergunta é também um chamado a fazer o bem e a nos colocarmos nas mãos de Deus, reconhecendo nossa dependência do sagrado, para termos plenitude.
O jovem pergunta a Jesus: “o que devo fazer de bom para ter a vida eterna?”
E a resposta de Jesus: 17.“… Se queres entrar na vida, observa os mandamentos”
Para alcançar a salvação Jesus pede ao jovem apenas que cumpra os mandamentos. De depois: “Se queres ser perfeito”… se queres a santidade…
Mas o Senhor não nos pede mais do que podemos lhe dar. Ele nos chama à santidade, mas não vai nos cobrar a perfeição. Apenas o cumprimento dos mandamentos. E os seus mandamentos não são penosos…
18º Encontro: “AS BEM-AVENTURANÇAS”
Objetivo: Identificar a VERDADEIRA FELICIDADE nos ensinamentos de Jesus
Contemplar – Olhar a vida como Deus olha
• Sob um novo olhar, a partir da Palavra, vou colocar-me nas mãos de Deus e contemplar Jesus, proclamando as bem-aventuranças.
Mateus 5, 1-12
” 1.Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele. 2.Então, abriu a boca e lhes ensinava, dizendo:
3.“Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos Céus!
4.Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!
5.Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!
6.Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!
7.Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! 8.Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!
9.Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! 10.Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus!
11.Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim.
12.Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós”.”
No Encontro anterior vimos que “Jesus deu nova dimensão aos mandamentos quando proclamou as bem-aventuranças. Seguir Jesus é pôr em prática as bem-aventuranças proclamados no sermão da montanha. Esse sermão orienta aos mandamentos e os ultrapassa (Mt 5, 20-48), mas começa pela proclamação das bem-aventuranças. Jesus mostra, assim, que os mandamentos estão abertos e orientados para as bem-aventuranças. Essas são indicações para todos aqueles que aspiram ter uma verdadeira vida feliz.”
“Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande recompensa no céu” (Mt 5,12)
Fique ligado!
As bem-aventuranças formam um programa de vida para trazer felicidade àqueles que se propõem a conhecer e seguir Jesus. Elas constituem um fundamento no qual deve sustentar-se a vida cristã. As bem-aventuranças são caminhos de realização humana, um caminho da felicidade para o qual o homem foi criado. Elas anunciam a felicidade porque proclamam a libertação e não o conformismo ou a alienação.
As bem-aventuranças (Mt 5,1-12) são o Código da Nova Aliança; assim como os Mandamentos, o Código da Antiga Aliança (Ex 20, 1-17; Dt 5, 6-21). Na primeira Aliança (os dez mandamentos), Moisés subiu ao Monte e recebeu do Senhor o Decálogo, isto é, os dez mandamentos. Na segunda, Jesus subiu ao Monte entregou aos discípulos as nove bem-aventuranças. Com a iluminação do Espírito Santo, e os ensinamentos da Igreja, muitos fiéis praticam as bem-aventuranças e fazem de Jesus sua vida e sua regra de vida
• Como podemos conquistar a felicidade, a vida eterna?
• As bem-aventuranças foram chamadas o resumo do plano de Deus para a humanidade. Para sua vida, que pontos relevantes contidos nas bem-aventuranças podem indicar a felicidade?
• As bem-aventuranças são propostas de felicidade oferecidas por Deus. Um programa de vida, de ensinamento proposto por Jesus – atitudes e deveres que os cristãos são convidados a assumir.
• O que vou fazer para viver as bem-aventuranças?
• Como posso ser pobre de espírito, misericordioso, puro de coração, construtor da paz, experimentar a felicidade na vida e a alegria em comunhão com Deus?
Perceba! As bem-aventuranças estão no cerne da pregação de Jesus. Seu anúncio retoma as promessas feitas ao povo eleito desde Abraão. “Bem-aventurado” quer dizer “feliz” e buscar a vontade de Deus é ser bem-aventurado. Jesus, revelando as bem-aventuranças aos discípulos e a todo povo de Deus, quis com isso manifestar a vontade do Pai.
• Como as bem-aventuranças interferem no meu modo de assumir minha vida com Deus, ver e transformar o mundo?
• Qual a bem-aventurança que mais me cativa? Por quê?
19º ENCONTRO – JESUS PROMETE O ESPÍRITO SANTO
Objetivo: Identificar na Igreja a continua ação de Jesus por intermédio do Espírito Santo.
“Mas o fruto do Espírito é: Amor, alegria e paz.
Longanimidade, benignidade, bondade e fidelidade!
Gálatas 5 : 22
Jesus promete enviar o Espírito Santo: “Quando vier o Espírito da verdade, ele ensinará a vocês toda verdade” (Jo 16,13). É o Espírito Santo que realiza a comunhão íntima entre Jesus e nós. Com sua paixão, morte e ressurreição, Jesus conquistou o dom do Espírito Santo, para nós. Ao encerrar sua missão nesse mundo, Jesus despede-se dos seus discípulos e inaugura nossa missão. Ele vai para o Pai a fim de ser nosso mediador e enviar o Espírito Santo – Espírito Santo que consola e protege (Jo 14,16); comunica a verdade (Jo 14,17; 16,13); ajuda a lembrar o que Jesus ensinou (Jo 14,26); dá testemunho de Jesus (Jo 15,26); manifesta a glória de Jesus (Jo 16,14); ensina e permite-nos entender a palavra de Jesus.
Em nossa comunidade há pessoas que dedicam parte do seu tempo em benefício de todos? Quem as anima a fazer isto?
(João 14, 15-17)
15 Se me amais, guardai os meus mandamentos.
16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre;
17 O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.
-
- O que diz o texto?
-
- Quem está falando com os discípulos?
-
- O que Jesus fala referente ao Espírito Santo?
Mediante a inspiração do texto é o momento de responder:
· O que fazer para que o Espírito Santo permaneça comigo e me dê força para uma efetiva participação na vida da comunidade?
-
- Como ter a presença do Espírito Santo em mim?
(João 14, 15-17)
15 Se me amais, guardai os meus mandamentos.
16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre;
17 O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.
-
- O que diz o texto?
-
- Quem está falando com os discípulos?
-
- O que Jesus fala referente ao Espírito Santo?
Mediante a inspiração do texto é o momento de responder:
-
- O que fazer para que o Espírito Santo permaneça comigo e me dê força para uma efetiva participação na vida da comunidade?
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- Como ter a presença do Espírito Santo em mim?
Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo. (Romanos 15:13 )
Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus. (1 Coríntios 6:19-20)
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.
Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. (João 14:26)
E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. (Atos 2:3-4 )
Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!
Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem? (Lucas 11:13)
E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado. (Romanos 5:5)
Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?
Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra. (Atos 1:8)
E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. (Atos 2:38)
E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus. (Atos 4:31)
Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, conservai a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna. (Judas 1:20-21)
E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da redenção. Efésios 4:30
Quando, pois, vos conduzirem para vos entregarem, não estejais solícitos de antemão pelo que haveis de dizer; mas o que vos for dado naquela hora, isso falai; porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo.
E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem. Atos 5:32
Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.
E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. (Atos 13:2)
Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, testificará de mim.
E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam. (Atos 19:5-6)
E aconteceu que, como todo o povo se batizava, sendo batizado também Jesus, orando ele, o céu se abriu, e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és meu Filho amado; em ti me tenho comprazido. (Lucas 3:21-22)
Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo. (2 Pedro 1:21)
E, projetando ele isso, eis que, em sonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo. (Mateus 1:20)
E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo. (João 1:33)
20º Encontro: O CREDO APOSTÓLICO – 02/setembro/2023
O Credo Apostólico se divide em 12 artigos:
1) Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do Céu e da Terra
“Nós, cristãos, ao dizermos ‘Eu creio’, estamos pronunciando a frase mais livre que nasce do coração do ser humano, porque ninguém pode obrigar alguém a crer em nada. A fé nasce da liberdade humana.
Eu dizer ‘eu creio’ quer dizer ‘eu aceito’, que confesso isso como uma verdade, um princípio para a minha vida”.
Eu creio:
-
- com o meu entendimento, vendo a criação;
-
- pela fé, que é dom de Deus.
2) E em Jesus Cristo, seu Único Filho, Nosso Senhor
Jesus é gerado pelo Pai e pela ação do Espírito Santo.
Jesus é da mesma natureza de Deus Pai. Nós fomos regenerados pelo batismo e nos tornamos filhos de Deus, não somos da natureza De Deus.
“Jesus, o filho de Deus, é a segunda pessoa da Santíssima Trindade. Ele é Deus Eterno e todo poderoso e ao mesmo tempo Criador e Senhor como o ‘pai’, que o fez homem para nos salvar.”
Jesus é de natureza humana e divina.
Natureza humana, pois foi semelhante ao homem em tudo, menos no pecado.
Natureza divina de Jesus:
Jesus, Salvador, consagrado, escolhido para nos salvar’
“Este é o meu Filho muito amado…” a Voz de Deus Pai no batismo de Jesus
– os milagres de Jesus são sinais da divindade de Jesus;
– a Tradição da Igreja revela que Jesus é Deus.
3) Que foi concebido pelo poder do Espírito Santo
“A encarnação de Jesus, filho de Deus, é obra da bondade e do amor, e as obras que se procedem dessa forma são atribuídas ao Espírito Santo. Toda a Igreja acredita que Jesus Cristo é Deus Encarnado e homem ao mesmo tempo, de modo perfeito em ambas as naturezas”.
4) Nasceu da Virgem Maria
“Refletimos aqui a concepção humana de Jesus, a Encarnação do Verbo. Jesus é Deus Verdadeiro, mas também quis conhecer a realidade dos homens, nos salvar e ser nosso Santíssimo Redentor”.
Gálatas 4
Virgindade de Maria antes, durante e depois do parto
Dogma da Imaculada Conceição
5) Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado
“O Credo cita o governador da Judeia, Pôncio Pilatos, para contextualizar os fatos, servindo como um marco histórico, pois entre o ano 30 e 33 Cristo foi crucificado. Citá-lo traz credibilidade aos fatos pois Jesus era cidadão romano, e os judeus não podiam condenar ninguém à morte”.
6) Desceu à mansão dos mortos (*), ressuscitou ao terceiro dia
“Esse trecho representa o sinal Pascal do mistério do amor de Deus. Mostra a nós que Jesus foi a uma dimensão inferior, ao inferno, um estado de vida que se encontravam todos aqueles que morreram antes de Jesus. Ao se tornar homem, morrer e ressuscitar, Jesus permite que os mortos que estavam sob o pecado de Adão, alcançassem finalmente o seu estado originário a Deus, o Paraíso”.
7) Subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai (**), todo poderoso
“Vemos a partida de Jesus da terra e seu retorno ao céu. Na ascensão Jesus subiu aos céus e retornou ao convívio da Santíssima Trindade mas não nos deixou órfãos, enviou o Espírito Santo para continuar a missão da Igreja e permaneceu na Eucaristia para continuar ao nosso lado como alimento e força para seguirmos com a nossa missão apostólica”.
8) De onde há de vir a julgar os vivos e os mortos (***)
“Do fim do mundo, Jesus cheio de glória, majestade e misericórdia há de vir do céu para julgar todos os homens, os bons e os maus, para dar a cada um, um prêmio conforme a vida que levou, conforme o destino que lhe será proposto. No juízo universal, há de se manifestar a glória de Deus, a segunda vinda de Jesus será momento de glória pois todos hão de reconhecer a justiça com que Deus governa o mundo”.
9) Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos
“O Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, é um espírito perfeito que pode tomar muitas formas e então se revelar a nós como vemos nas Sagradas Escrituras. Ele se manifesta na forma de sopro, de fogo, de pombo, é o espirito de Deus que age na humanidade e nos inspira”
10) Na remissão dos pecados*, na ressurreição da carne, na vida eterna.
“Essas três citações correspondem aos fundamentos da religião cristã e trazem o sinal da nossa vida futura ao crer que seremos redimidos por Jesus, que ressuscitaremos na carne e teremos a vida eterna ao lado dele.”
* Remissão significa perdão.
Jesus virá para trazer a Redenção a todo ser humano, ou seja, para nos salvar, nos resgatar de nossos pecados.
Redimido: salvo, perdoado, reabilitado, remido, resgatado.
11) na ressurreição da carne
A fé da Igreja na ressurreição da carne tem Jesus como modelo. Pelo batismo, o cristão é inserido e incorporado à morte e à Ressurreição de Cristo. E, com isto, é configurado a esta nova vida. Como Cristo ressuscitou, assim também nós ressuscitaremos no fim do mundo, voltando a unir nossa alma ao nosso corpo, para nunca mais se separar e morrer. Esta transfiguração do corpo para ressuscitar é preparada pela nossa participação nos sacramentos, especialmente na Eucaristia. Assim, o corpo de cada um de nós já é ressonância de eternidade. O que é a morte? É a separação da alma e do corpo. Com a morte, a alma se separa do corpo. E o que é ressurreição da carne? No último dia, Deus restituirá a vida ao corpo, e este se junta novamente à alma. Para que ressuscitará nosso corpo? Nosso corpo ressuscitará para ser julgado juntamente com nossa alma e receber o prêmio ou castigo eterno, segundo tenham sido as obras que fizermos aqui na terra.
“Deus não é o Deus dos mortos, mas dos vivos” (Mc 12,27). Jesus depois de ressuscitado, comeu com seus discípulos (Lc 24,42), mandou Tomé colocar os dedos em suas chagas (Jo, 20,27) e, finalmente, disse: “vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede. Um espírito não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho” (Lc 24,39).
12) na vida eterna – O Símbolo Apostólico termina afirmando a nossa fé em que, depois desta vida passageira, há “Outra Vida”, que é eterna. “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos” (Mc 12,27).
Amém
(*) Desceu à mansão dos mortos
Na expressão «Jesus desceu à mansão dos mortos», o Símbolo confessa que Jesus morreu realmente, e que, por ter morrido por nós, venceu a morte e o Diabo «que tem o poder da morte» (Heb 2, 14). 637. Cristo morto, na sua alma unida à pessoa divina, desceu à morada dos mortos.
635. Cristo, portanto, desceu aos abismos da morte (539), para que «os mortos ouvissem a voz do Filho do Homem e os que a ouvissem, vivessem» (Jo 5, 25). Jesus, «o Príncipe da Vida» (540), «pela sua morte, reduziu à impotência aquele que tem o poder da morte, isto é, o Diabo, e libertou quantos, por meio da morte, se encontravam sujeitos à servidão durante a vida inteira» (Heb 2, 14-15). Desde agora, Cristo ressuscitado «detém as chaves da morte e do Hades» (Ap 1, 18) e «ao nome de Jesus todos se ajoelhem, no céu, na terra e nos abismos» (Fl 2, 10).
«Um grande silêncio reina hoje sobre a terra; um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o rei dorme. A terra estremeceu e ficou silenciosa, porque Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos […]. Vai à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Quer visitar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte. Vai libertar Adão do cativeiro da morte. Ele que é ao mesmo tempo seu Deus e seu filho […] “Eu sou o teu Deus, que por ti me fiz teu filho […] Desperta tu que dormes, porque Eu não te criei para que permaneças cativo no reino dos mortos: levanta-te de entre os mortos; Eu sou a vida dos mortos”» (541).
21º Encontro: SACRAMENTO – sinal visível da graça invisível – 16/09/2023
Os sacramentos são sinais sensíveis, gestos e símbolos eficazes do amor de Deus.
Assim como o aperto de mão e o abraço são sinais de amizade, e nos sacramentos o sinal da cruz, a unção com óleo e a comunidade reunida são sinais concretos que nos permitem ir ao encontro de Deus.
Os Sete Sacramentos se dividem em:
-
- Sacramentos de Iniciação Cristã: Batismo, Eucaristia e Crisma
-
- Sacramentos de Cura: penitência (reconciliação) e unção
dos enfermos
- Sacramentos de Cura: penitência (reconciliação) e unção
-
- Sacramentos de Serviço: ordem e matrimônio
Batismo – a porta de entrada para a família de Deus
Confissão – arrependimento dos pecados e garantia do perdão de Deus
Eucaristia – sacramento do corpo e sangue de Cristo, alimento de Deus em nossa vida
Crisma – Sacramento da maturidade da fé, fortalecimento do espírito para assumir o moço o compromisso do batismo
Unção dos enfermos – Sacramento da esperança e do restabelecimento
Matrimônio – Sacramento de amor, união indissolúvel entre homem e mulher, prevista desde o início da criação
Ordem – Sacramento de serviço à comunidade
EUCARISTIA: A igreja vive da Eucaristia. O concílio Vaticano II afirmou que o sacrifício eucarístico é “fonte e centro de toda a vida cristã” (LG, 11). Com efeito, “na Santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, a nossa Páscoa e o Pão vivo que dá aos homens a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espírito Santo
Jesus Cristo é o verdadeiro alimento que nos transforma e nos dá forças para realizarmos a nossa vocação cristã. Exorta vivamente o beato João Paulo II: “Só mediante a Eucaristia é possível viver as virtudes heroicas do Cristianismo: a caridade até o perdão dos inimigos, até o amor pelos que nos fazem sofrer, até a doação da própria vida pelo próximo; a castidade em qualquer idade e situação de vida; a paciência, especialmente na dor e quando estranhamos o silêncio de Deus nos dramas da história ou da nossa existência. Por isso, sede sempre almas eucarísticas para poderdes ser cristãos autênticos”.
O símbolo (sinal visível) de cada sacramento (graça invisível)
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- BATISMO: Água;
-
- CRISMA: Óleo sagrado chamado Santo Crisma;
-
- EUCARISTIA: O pão e o vinho consagrados na santa missa;
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- CONFISSÃO: Os pecados confessados diante do padre;
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- UNÇÃO DOS ENFERMOS: O óleo sagrado chamado Óleo dos Enfermos;
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- ORDEM: A imposição das mãos pelo Bispo;
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- MATRIMÔNIO: A aliança usada em sinal de compromisso .
22º ENCONTRO – O BATISMO, FONTE DE VIDA E MISSÃO
Objetivo: Identificar o batismo como fundamento da vida no seguimento de Jesus
Quem pode receber o Batismo?
«Toda pessoa ainda não batizada – e só ela – é capaz de receber o Batismo»
O batismo é o Sacramento pelo qual fazemos parte do corpo de Cristo e herdeiros do céu
O Batismo é o primeiro Sacramento.
Ele nos traz o perdão dos pecados.
As crianças também recebem o perdão do pecado original.
A Igreja Primitiva batizava os adultos que se convertiam a Jesus. Com o aumento da conversão dos povos, o número de adultos a serem batizados foi diminuindo e o Batismo passou a ser administrado às crianças.
A Igreja Católica aceita o batismo com a água e com a fórmula: em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.
O Batismo é um selo que marca o cristão, a exemplo do gado, que antigamente era marcado com ferro. Hoje é marcado com chip.
De qualquer forma, é uma marca indelével, motivo pelo qual é um Sacramento que não se repete.
O Catecismo da Igreja Católica (CCI) nos ensina:
1210. Os sacramentos da nova Lei foram instituídos por Cristo e são em número de sete, a saber: o Batismo, a Confirmação, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos Enfermos, a Ordem e o Matrimônio. Os sete sacramentos tocam todas as etapas e momentos importantes da vida do cristão: outorgam nascimento e crescimento, cura e missão à vida de fé dos cristãos. Há aqui uma certa semelhança entre as etapas da vida natural e as da vida espiritual (1).
1211. Seguindo esta analogia, exporemos primeiro os três sacramentos da iniciação cristã (capítulo primeiro), depois os sacramentos de cura (capítulo segundo) e finalmente os que estão ao serviço da comunhão e da missão dos fiéis (capítulo terceiro). Esta ordem permite ver que os sacramentos formam um organismo, no qual cada sacramento particular tem o seu lugar vital. Neste organismo, a Eucaristia ocupa um lugar único, como «sacramento dos sacramentos»: «todos os outros sacramentos estão ordenados para este, como para o seu fim»
O sacramento do batismo marca o início da vida cristã. O sinal sagrado mediante o qual a pessoa é incorporada a Cristo e a igreja. Trata-se de um Sacramento que supõe a fé e a esta conduz; Um Novo Nascimento que nos faz filhos no Filho de Deus, consagra para a missão de Jesus de Jesus sacerdote, profeta e servidor.
“Pelo Batismo, somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus: tornamo-nos membros de Cristo e somos incorporados na Igreja e tornados participantes na sua missão”, diz o Catecismo da Igreja Católica (CCI 1213).
No batismo começamos a fazer parte de uma comunidade de fé, na qual cada Sacramento deve ser sinal e realização da presença de Jesus Cristo. Mergulhamos na vida de Jesus, somos incorporados à igreja e participantes de sua missão; incorporamos a Jesus Cristo, tornamos filhos e filhas de Deus irmãos de Jesus. Pelo batismo Recebemos a vida nova de Jesus e a Força Viva do Espírito Santo. Assumimos ainda o compromisso de viver a fé Unidos com os irmãos na luta por uma vida melhor. O batismo transforma em Morada da Santíssima Trindade, liberta-nos do pecado e nos dá força para lutar contra o Mal. Quando recebemos o sacramento do batismo, passamos de criaturas para filhos amados de Deus.
Em sentido figurado, nossa vida cristã é um permanente batismo, Pois devemos sempre nos purificar e professar nossa fé em Jesus e na sua igreja, como atitude de permanente conversão no seguimento de Jesus Cristo, na vivência fraterna dentro da comunidade eclesial. Portanto, o batismo é para quem tem fé em Jesus Cristo, é para quem se compromete com os outros e vive a fé numa comunidade. Com o batismo nos tornamos participantes da missão sacerdotal, real e Profética de Jesus Cristo.
O batismo é o fundamento de toda a vida cristã, a porta da vida no espírito que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo batismo somos lavados do pecado e adotados como filhos de Deus, tornando nos irmãos de Cristo. Na celebração do batismo usamos símbolos. Batizar significa mergulhar, energia, pois na Igreja Primitiva havia um grande número de pessoas adultas que se convertiam do paganismo, e um dos modos como se batizava era precisamente mergulhando a pessoa, como sinal de purificação
Com o passar do tempo, o número de pessoas adultas que se convertiam foi diminuindo, dando espaço a maior número de batizados de crianças, filhos dos que já tinham sido batizados. Por isso, o modo de se batizar foi se adaptando de tal forma que não fosse necessário mergulhar um recém-nascido numa piscina ou no rio. O mergulho na água simboliza o sepultamento do catecúmeno na morte de Cristo, da qual o catecúmeno ressuscita como nova criatura
A luz tira as pessoas da Escuridão, indica caminhos. A vela significa que o Cristão recebe a luz de Cristo, que é luz do mundo. O Cristão torna-se Luz do Mundo no segmento de Jesus, como legítima testemunha diante da comunidade.
O óleo é usado em muitas ocasiões na vida humana. Ele nos acompanha desde o nascimento até a morte, como alimento, remédio, combustível, lubrificante, para iluminar, para fins terapêuticos, estéticos e nos perfumes
O óleo tem o caráter de dar força, resistência, agilidade, sabor, curar e conservar.
A veste Branca significa que somos revestidos como filhos e filhas de Deus.
Todos os símbolos são acompanhados por palavras e, no momento principal do batismo, proferir as palavras: ” eu te batizo em nome do pai e do filho e do Espírito Santo “
Leitura: João 3, 1-6:
” 1.Havia um homem entre os fariseus, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.* 2.Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: “Rabi, sabemos que és um Mestre vindo de Deus. Ninguém pode fazer esses milagres que fazes, se Deus não estiver com ele”. 3.Jesus replicou-lhe: “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus”. 4.Nicodemos perguntou-lhe: “Como pode um homem renascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no seio de sua mãe e nascer pela segunda vez?”. 5.Respondeu Jesus: “Em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus.* 6.O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do Espírito é espírito.”
O batismo é o ponto de partida na vida cristã. O Cristão recebe a plenitude da Vida em Cristo quando vive a fé e se engaja em uma comunidade cristã, participando de sua vida e missão. No momento em que somos batizados, passamos a pertencer à comunidade cristã, que é a Igreja. O batismo é o primeiro dos sacramentos. Convida-nos a viver de acordo com os ensinamentos de Jesus, que se encontram na palavra de Deus, nos Evangelhos. O batismo é um novo Nascimento.
A graça do batismo nos torna filhos de Deus, irmãos e irmãs de Jesus Cristo, membros da igreja. O batismo é uma dádiva Divina que é preciso fazer frutificar ao longo de toda a vida.
23º Encontro – SACRAMENTO DA EUCARISTIA OU COMUNHÃO
Quando dizemos que a Sagrada Eucaristia é o maior dos sacramentos, afirmamos algo evidente. O Batismo é, sem dúvida, o sacramento mais necessário; sem ele, não podemos ir para o céu.
Na Sagrada Eucaristia não temos apenas um instrumento que nos comunica as graças divinas: é-nos dado o próprio doador da graça, Jesus Cristo
Nosso Senhor, real e verdadeiramente presente.
Provém do Novo Testamento. Os quatros escritores sagrados – Mateus, Marcos, Lucas e Paulo- que nos narram a Última Ceia, Dizem nos que Jesus tomou o pão e o vinho em suas mãos e “deu graças”. E assim, da palavra grega “eucharistia”, que significa “ação de graças”, resultou o nome do nosso sacramento: a Sagrada Eucaristia.
O catecismo ensina-nos que a Eucaristia é ao mesmo tempo sacrifício e sacramento. Como sacrifício, a Eucaristia é a Missa, a ação divina em que Jesus, por meio de um sacerdote humano, transforma o pão e o vinho no seu próprio corpo e sangue e continua no tempo o oferecimento que fez a Deus no Calvário, o oferecimento de Si próprio em favor dos homens. O sacramento da Sagrada Eucaristia adquire o ser (ou é “confeccionado”, como dizem os teólogos) na Consagração da Missa; nesse momento, Jesus se torna presente sob as aparências do pão e do vinho. E enquanto essas aparências permanecem, Jesus continua a estar presente e o sacramento da Sagrada Eucaristia continua a existir ali.
O ato de receber a Sagrada Eucaristia chama-se Sagrada Comunhão. Podemos dizer que a Missa é a “confecção” da Sagrada Eucaristia e que a comunhão é a sua recepção. Entre uma e outra, o sacramento continua a existir (como no sacrário), quer o recebamos, quer não.
”Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente. E o
pão que Eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo” Jo 6,51
Mt 26,26-29 ou Mc 14,22-25 A última Ceia
Luc 22,19-20 A instituição da Eucaristia e da Missa
Jo 6,51-58; 6,66-69 Confirmação da presença real de Jesus na Eucaristia Na última ceia, na noite em que foi entregue, Jesus instituiu o sacramento da Eucaristia pedindo que os apóstolos repetissem o sacrifício (a missa) em memória de sua Paixão, Morte e Ressurreição..
A Eucaristia é o centro e o ponto mais alto da vida da Igreja, pois nesse sacramento Cristo reúne os seus membros para celebrar o sacrifício de louvor e ação de graças oferecido de uma vez por todas na cruz . Através do ministério dos sacerdotes, o próprio Jesus oferece o sacrifício eucarístico, estando Ele próprio presente sob as espécies do pão e do vinho, que são as oferendas do sacrifício eucarístico e sobre as quais é invocada a benção do Espírito Santo pronunciando as mesmas palavras que Jesus disse: ”Isto é o meu Corpo que é dado por vós… Este é o cálice do meu sangue… Este momento da missa nós chamamos de consagração, pois
acontece a transubstanciação; ou seja, a conversão do pão em carne e do vinho em sangue de
Cristo.
“O modo de presença de Cristo sob as espécies eucarísticas é único. Ele eleva a
Eucaristia acima de todos os sacramentos e faz com que ela seja ‘como que o
coroamento da vida espiritual e o fim ao qual tendem todos os sacramentos’. No
Santíssimo Sacramento da Eucaristia estão ‘contidos verdadeiramente, realmente e
substancialmente o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a divindade de
Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo”. CIC 1374
Jesus não esta representado nesse sacramento, não é um símbolo apenas, mas é o próprio Cristo que quis se fizer alimento espiritual para nos manter unidos a Ele. É um grande mistério que une céu e terra sob as aparências do pão e do vinho consagrados.
Ao longo da história da Igreja muitos duvidaram da presença real de Jesus no sacramento da Eucaristia, inclusive sacerdotes; por isso ocorreram vários milagres comprovando tal presença.
Ao tratarmos de aprofundar no conhecimento deste sacramento, não temos melhor maneira de fazê-lo do que começando por onde Jesus começou: por aquele dia na cidade de Cafarnaum, em que fez o mais incrível das promessas: a de dar a sua carne e o seu sangue como alimento da nossa alma.
Na véspera, Jesus tinha lançado os alicerces da sua promessa. Sabendo que ia fazer uma tremenda exigência à fé de seus ouvintes, preparou-os para ela. Sentado numa ladeira, do outro lado do mar de Tiberíades, tinha pregado a uma grande multidão, que o havia seguido até ali, e agora, já ao cair da tarde, prepara-se para despedi-los. Mas, movido de compaixão e como preparação para a sua promessa do dia seguinte, faz o milagre dos Paes e dos peixes. Alimenta a multidão –só os homens eram cinco mil- com cinco Paes e dois peixes;
Os discípulos e os que conseguiram entrar aglomeraram-se em seu redor na sinagoga de Cafarnaum. Foi ali e então que Jesus fez a promessa que hoje nos enche de fortaleza e vida: prometeu a sua carne e o seu sangue como alimento; prometeu a Sagrada Eucaristia.
Se tinha poder para multiplicar cinco pães e com eles alimentar cinco mil homens, como não havia de tê-lo para alimentar toda a humanidade com um pão celestial feito por Ele!
Ler capítulo sexto do Evangelho de São João – ambiente, as circunstancias e o desenrolar dos acontecimentos na sinagoga de Cafarnaum. Vou citar somente as linhas pertinentes que começam no versículos 51 e acabam no 67.
“Eu sou o pão vivo que desci do céu”, disse Jesus. “Quem comer deste pão viverá para sempre, e o pão que eu lhe darei é a minha carne para salvação do mundo. Discutiam entre si os judeus, dizendo: Como pode este dar-nos a comer a sua carne? E Jesus disse-lhes: Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho d homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue verdadeira bebida… Este é o pão que desceu do céu; não como o pão que vossos pais comeram e, não obstante, morreram. Quem come deste pão viverá para sempre… Muitos dos seus discípulos disseram: São duras estas palavras! Quem as pode ouvir?
Conhecendo Jesus que os seus discípulos murmuravam por isso, disse-lhes:… As palavras que eu vos disse são espírito e são vida; mas há alguns de vós que não crêem… Desde então, muitos dos seus discípulos se retiraram e já não o seguiam”.
Muitas religiões protestantes recusam a crença na presença real de Jesus na Eucaristia. Na maioria das confissões protestantes de hoje, o “serviço da comunhão” não passa de um simples rito comemorativo da morte do Senhor; o pão continua a ser pão e o vinho continua a ser vinho.
O sentido claro e rotundo. Jesus não poderia ter sido mais enfático:
“A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida”. Não há forma de dizê-lo com mais clareza.
Os discípulos não tiveram fé suficiente para compreender que, se Jesus lhes ia dar a sua carne e o seu sangue em alimento, o faria de forma a não causar repugnância à natureza humana. Por isso o abandonaram, “e já não o seguiam”.
Os discípulos na verdade tinham entendido perfeitamente e por isso o deixavam. O que lhes faltou foi fé, e Jesus, tristemente, tem que resignar-se a vê-los partir.
JESUS MANTÉM A SUA PROMESSA
Na sinagoga de Cafarnaum, quase um ano antes da sua morte, Jesus prometeu dar o seu próprio corpo e o seu próprio sangue como alimento de salvação dos homens. Na Última Ceia, na véspera da sua crucifixão, cumpriu a sua promessa. Legou à Igreja e a cada um de seus membros o dom da sua própria Pessoa viva.
No Novo Testamento, há quatro relatos da instituição da Eucaristia. São os de Mateus (26, 26-28), Marcos (14, 22-24), Lucas (22, 19-20) e Paulo (1Co 11, 23. 29). São João, que é quem
nos conta a promessa da Eucaristia, não se preocupa de repetir a história da instituição deste sacramento. Foi o último Apóstolo a escrever um Evangelho, e conhecia os outros relatos. Em seu lugar, decide transmitir-nos as belíssimas palavras finais de Jesus
aos seus discípulos na Última Ceia.
Eis aqui o relato da instituição da Sagrada Eucaristia segundo nos conta São Paulo: “O Senhor Jesus, na noite em que foi entregue, tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em minha memória. Do mesmo modo, depois de ter ceado, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da Nova Aliança no meu sangue; fazei isto em minha memória todas as vezes que o beberdes”.
As suas palavras não podem ser mais claras. “Isto” quer dizer “esta substância que tenho em minhas mãos e que agora que começo a falar é pão, e ao terminar não será já pão, mas o meu próprio corpo”. “Este cálice” quer dizer “este cálice que agora que começo a falar contém vinho, e ao terminar não será mais vinho, mas o meu próprio sangue”.
“Isto é o meu corpo” e “este cálice… é o meu sangue”. Os Apóstolos tomaram as palavras de Jesus literalmente. Aceitaram como um fato que a substancia que ainda parecia pão era agora o Corpo de Jesus; e que a substancia que continuava a parecer vinho era agora o Sangue de Cristo.
Esta foi a doutrina que os Apóstolos pregaram à Igreja nascente. Esta foi a crença universal dos cristãos durante mil anos.
No século XVI, chegaram Lutero e a reforma protestante. O próprio Lutero não negou inteiramente a presença real de Jesus na Eucaristia. Admitia que as palavras de Jesus eram demasiado terminantes para que fosse possível explicá-las de outro modo.
Mas Lutero queria abolir a Missa, bem como a adoração de Jesus presente no altar. Por isso, tratou de resolver o seu dilema ensinando que, embora o pão continuasse a ser pão e o vinho, vinho, Jesus se faz presente juntamente com as substancias do pão e do vinho; mas sustentava que Jesus está presente apenas no momento em que se recebe o pão e o vinho; não antes nem depois.
Outros reformadores protestantes acabaram por negar completamente a presença real de Jesus na Eucaristia.
Tanto eles como os teólogos protestantes que lhes sucederam sustentam que, quando Jesus disse: “Isto é o meu corpo” e “Isto é o meu sangue”, lançou a mão de um recurso de linguagem, e que o que queria dizer era: “Isto representa o meu corpo” ou “Isto é um símbolo do meu sangue”. Na sua tentativa de alterar as palavras de Cristo, tiveram que valer-se de todo tipo de interpretações inverossímeis, mas
deixaram sem resposta as razoes realmente sólidas que provam que Jesus disse o que queria dizer e que quis dizer o que disse.
A primeira delas reside na solenidade da ocasião: a noite anterior à sua morte. Nela, Jesus faz o seu testamento, deixa-nos a sua última vontade. Um testamento não é lugar apropriado para empregar uma linguagem figurativa; mesmo sob circunstancias as mais favoráveis, os tabeliães têm, às vezes, dificuldade em interpretar as intenções do testador, quanto mais se este emprega uma linguagem simbólica.
Mais ainda: sendo Deus, Jesus sabia que, em consequência das palavras que ia pronunciar naquela noite, milhões e milhões de pessoas lhe prestariam culto sob a aparência de pão. Se não tivesse querido estar realmente sob essas aparências, os adoradores prestariam culto a um simples pedaço de pão e incorreriam no pecado de idolatria, e isto, certamente, não é coisa a que o próprio Deus quisesse induzir-nos, preparando o cenário e utilizando obscuros modos de falar. Que os Apóstolos tomaram literalmente as palavras de Jesus
– Adoração ao Santíssimo
– Milagres Eucarísticos
24º Encontro – SACRAMENTO DA CONFISSÃO – 30/09/ 2.023
A confissão deve vir acompanhada de um propósito de mudança
Quando o pecado trouxe resultados que podem ser corrigidos, é necessário fazê-lo. Por exemplo, se furtou uma coisa do irmão, precisa devolver
Se ofendeu Alguém precisa pedir perdão ao ofendido
O pecado não atinge Deus mas apenas o pecador. Tem também consequências comunitárias, pois nós vivemos em comunidade
Nós estamos unidos a Cristo e Unidos aos irmãos a semelhança do tronco e dos Galhos
Por isso Deus quis que a remissão dos pecados no cristianismo tivesse também um aspecto comunitário
A graça Divina vem sempre através de sinais sensíveis
Se for impossível procurar a confissão que é a reconciliação sacramental, todo homem é recebido por Deus e pode confiantemente pedir no seu coração o perdão de seus pecados
O Cristão que peca o faz como filho da Igreja e contra esta mesma Igreja. Por isso é normal que ele se confesse perante a Igreja, e por meio dela receba o perdão.
O pecador fere a Comunidade, por isto diante dela deve procurar receber o perdão
Fundamento bíblico: Lucas 15 11, 32
A Parábola do filho pródigo ensina que não há pecados que não mereçam perdão. O jovem que voltou para a casa do Pai depois de ter esbanjado a sua parte da herança foi recebido de braços abertos, logo que reconheceu os seus erros e pediu perdão.
O pai, tendo ouvido as palavras de arrependimento do filho, mandou colocá-lo no lugar que ocupava antes de sua partida.
Houve festa pelo retorno do filho que se perdera e voltava vivo.
Jo 20, 22 e seguintes
Na noite de Páscoa Jesus apareceu aos Apóstolos reunidos e disse-lhes: “Assim como o pai me enviou, Eu também vos envio”.
A seguir soprou-lhes na face e disse:
“Recebei o Espírito Santo.
Aqueles a quem perdoardes os pecados serão perdoados. Aqueles a quem não perdoarem, não serão perdoados.”
Após receberem o Espírito Santo os apóstolos foram habilitados a perdoar os pecados.
Jesus disse ao paralítico: “os teus pecados te são perdoados.” – Lucas 5,20
E à pecadora: “perdoados te são os pecados.” – Lucas 7,48
Um poder próprio de Deus, perdoar os pecados, são outorgados aos ministros do Senhor.
Aquilo que Jesus fazia quando Peregrino na terra de Israel ele continua a fazê-lo através dos sucessores dos Apóstolos, que são os Bispos e Padres Jesus quando soprou sobre a face dos Apóstolos, foi apenas sobre estes que deu este poder de perdoar os pecados, e não a toda a Igreja.
Evangelho: João 20, 19-23:
“19.Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: “A paz esteja convosco!”. 20.Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. 21.Disse-lhes outra vez: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós”. 22.Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: “Recebei o Espírito Santo. 23.Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, lhes serão retidos”. – Palavra da Salvação – Glória a Vós Senhor!
https://www.veritatis.com.br/a-confissao/ “Aquele que confessa os seus pecados e os acusa, já está de acordo com Deus. Deus acusa os teus pecados; se tu também os acusas, juntas-te a Deus. O homem e o pecador são, por assim dizer, duas realidades distintas. Quando ouves falar do homem, foi Deus que o criou: quando ouves falar do pecador, foi o próprio homem quem o fez. Destrói o que fizeste, para que Deus salve o que fez. […] Quando começas a detestar o que fizeste, é então que começam as tuas boas obras, porque acusas as tuas obras más. O princípio das obras boas é a confissão das más. Praticaste a verdade e vens à luz” (AGOSTINHO, Santo) Se existe algo pelo qual nós, católicos, temos que agradecer profundamente a Deus, é pela chance que nos é dada de nos voltarmos a Ele; e como se não tivesse bastado Deus nos mostrar o caminho de volta, ainda nos foi dada a capacidade maravilhosa de nos santificarmos diante de Sua presença; ainda neste mundo. Ele que com todo amor nos amou, ao enviar Seu Filho para morrer por nós pecadores, mostrou e nos dispôs, através dos Sacramentos contidos em Sua Igreja, sua graça maravilhosa, restituindo o que foi perdido pelo pecado. Por isto sentimos grande alegria na Confissão, na Eucaristia. Uma alegria diferente, profunda, que invade a alma e transborda. A perda do sentido do pecado é um perigo que espreita o homem de todos os tempos. Se dissermos que não temos pecados, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós”; mais ainda, “o mundo inteiro jaz em poder do malígno”(1 Jo 5,19). Vamos rezar e pedir ao Espírito Santo que nos mostre os nossos pecados para que tenhamos a chance de os confessar e obter o perdão de Deus. Reconhecer o erro é o primeiro passo. Reconhecer a própria miséria e que para ela existe solução quando se busca a conversão, a mudança de vida . E para que ninguém abuse da misericórdia divina, o seu amor e perdão nos convidam ao arrependimento sempre, consciente de nossa fragilidade que nos alicia e corrompe. Regenerar o que foi degenerado pelo pecado foi o objetivo de Deus Pai, quando fez entrar neste mundo Seu Filho unigênito nascido de uma mulher, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, para nos elevar à dignidade de filhos adotivos, pela graça que nos santifica e restaura, fazendo-O morrer na Cruz para efetuar a redenção. São João Batista confirma esta missão, indicando Jesus como o “Cordeiro de Deus, “”Aquele que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). A conversão pregada por João Batismo se inicia com o batismo; já o ‘Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo’ (Jo 1,29), e antecipa já o ‘batismo’ da sua morte sangrenta. Assim, a salvação é, antes de mais nada, redenção do pecado, enquanto impedimento da amizade com Deus, e libertação do estado de escravidão, no qual se encontra o homem que cedeu à tentação do Maligno e perdeu a liberdade dos filhos de Deus (cf. Rom 8,21)” (Carta Apostólica de Nosso Papa João Paulo II sob forma de Motu Próprio – Misericórdia Dei). Por isso, o homem precisa, iluminado pelo Espírito Santo, ao olhar para a Cruz, – consciente de que ali morreu O justo pelos injustos, O Santo pelos pecadores – entender que o amor de Deus é maior que o pecado e que por amor a Ele deve voltar atrás, para poder participar do plano de felicidade que quis Deus para sua alma, e este amor a Deus não é uma questão de sentimentos. O que de verdade prova meu amor a alguém, e sobretudo a Deus, é o que sou capaz de fazer por ela, não o nosso sentimentalismo. Nosso amor a Ele deve ser, portanto, arraigado na verdade, e reconhecer-se pecador, capaz de pecar e de ser induzido ao pecado, é o princípio indispensável do retorno a Deus. O pecado, por leve que seja é uma ofensa a Deus, uma resistência à Sua vontade, uma ingratidão para com o mais amante e o mais amável dos pais e benfeitores, ingratidão que O fere tanto mais quanto é certo que somos seus amigos privilegiados. E assim se volta Ele para nós e diz: ‘Se for um inimigo quem Me ultraja, suportá-lo-ia..Mas tu..tu eras um outro eu, Meu confidente e Meu amigo, vivíamos juntos numa doce intimidade:’ (Sl 54,13-15)… Saibamos escutar estas censuras tão bem merecidas, banhar-nos na humilhação e confusão – Ouçamos também a voz de Jesus, digamo-nos a nós mesmos que as nossas faltas tornaram mais amargo o cálix que lhe foi apresentado no jardim das Oliveiras, mais intensa a Sua agonia. E então, do fundo da nossa miséria, peçamos humildemente perdão. Para tanto, supõe-se uma disposição interior do cristão, que deve se reconhecer pecador com humildade e verdade. “Se dissermos que não temos pecado, enganamos a nós mesmos e a verdade não está em nós. Se confessarmos nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda culpa” (1 Jo 1,8-9). A penitência interior é, portanto, o dinamismo do “coração contrito” (Sal 51,19), movido pela graça divina a responder ao amor misericordioso de Deus. Implica a dor e a repulsa pelos pecados cometidos, o propósito firme de não mais pecar e a confiança na ajuda de Deus. Alimenta-se da esperança na misericórdia divina. Na realidade, reconciliar-se com Deus supõe e inclui o apartar-se com lucidez e determinação do pecado, no qual se caiu. Supõe e inclui, portanto, o fazer penitência no sentido mais pleno do termo: arrepender-se, manifestar o arrependimento, assumir a atitude concreta de arrependido, que é a de quem se coloca no caminho do regresso ao Pai. Quem confessa seus pecados, na realidade, está na verdade que é luz. E esta luz o leva a crescer em santidade. Devemos preparar com um exame profundo, pedindo ajuda ao Senhor, para que possamos conhecê-lo melhor e conhecer-nos melhor. Não existe outro caminho, se queremos converter-nos de novo.? A penitência leva o pecador a tudo suportar de bom grado: no coração, a contrição; na boca, a confissão; nas obras, toda a humildade e frutuosa satisfação” Deus não pede nada a ninguém, a não ser que se confesse a Ele, e para isto temos que entender que somos nada. Isto será imensamente agradável a Deus e quando, porventura, necessitarmos, O invoquemos no dia de nossa tribulação, Ele nos libertará e assim O glorificaremos (Sl 49, 14-15) Jesus deixou o Sacramento da Penitência para que todo fiel recorra ele caso tenha pecado após o Batismo, portanto esta acusação que se deve fazer não é um invento humano, mas divino. A confissão consiste na acusação distinta dos nossos pecados ao confessor, para dele recebermos a absolvição e a penitência. “A confissão é a acusação dos pecados feita a um sacerdote aprovado, para obter dele a absolvição. A necessidade da confissão consiste em que o homem necessita do perdão divino, caso ele caia em pecado após o Batismo” No Evangelho, encontramos os episódios de Madalena e Zaqueu, as parábolas do filho pródigo, do publicano e do fariseu. Nos Atos dos Apóstolos narra-se que, em conseqüência da pregação de São Paulo, “muitos dos que tinham crido, iam confessar e manifestar as suas obras” (At. 19, 18). O Altíssimo, embora conhecedor do pecado de Adão e Eva, interroga-os e incita-os a se reconhecerem culpados. O Antigo Testamento está repleto de textos relativos à humilde confissão de homens prevaricadores. A mais célebre é a do Rei Davi, adúltero e assassino: “Pequei contra o Senhor” (2 Reis 12, 13). Com relação aos Pecados Veniais, pelos quais não ficamos excluídos da graça de Deus, e naquelas que caímos com freqüência ainda que se proceda com boas intenções, proveitosamente e sem nenhuma presunção, expondo-as em confissão, o que é costume das pessoas piedosas, não precisam necessariamente serem omitidas na confissão, pois ficarão perdoadas automaticamente. ” Sem ser estritamente necessária, a confissão das faltas quotidianas (pecados veniais) é contudo vivamente recomendada pela Igreja. Com efeito, a confissão regular dos nossos pecados veniais ajuda-nos a formar a nossa consciência, a lutar contra as más inclinações, a deixarmo-nos curar por Cristo, a progredir na vida do Espírito. Recebendo com maior frequência, neste Sacramento, o dom da misericórdia do Pai, somos levados a ser misericordiosos como Ele”(Catecismo da Igreja Católica n.1458). “Segundo o mandamento da Igreja, «todo o fiel que tenha atingido a idade da discrição, está obrigado a confessar fielmente os pecados graves, ao menos uma vez ao ano» . Aquele que tem consciência de haver cometido um pecado mortal, não deve receber a Sagrada Comunhão, mesmo que tenha uma grande contrição, sem ter previamente recebido a absolvição sacramental; a não ser que tenha um motivo grave para comungar e não lhe seja possível encontrar-se com um confessor. As crianças devem aceder ao Sacramento da Penitência antes de receberem pela primeira vez a Sagrada Comunhão”. Lembremo-nos que o fim do homem nesta vida não é ganhar bens temporais, deste mundo; o fim último do homem é o próprio Deus, que é possuído como antecipação aqui na terra pela graça, e plenamente e para sempre na Glória. Nosso Senhor nos mostra o caminho, de renúncias, arrependimento e desapego, lavando a cruz com ajuda de Sua graça. Nada e nenhum bem neste mundo, é comparável à salvação eterna da alma. Como nos ensina São Tomás: ”o menor bem da graça é superior a todo o bem do universo” (Suma Teológica, I-II,q.113,a.9). Gastemos a vida na busca deste bem que necessariamente passa pelo arrependimento e confissão verdadeira diante do Sacerdote de Cristo. Pedindo o Conhecimento dos Pecados Eterna fonte de luz, Divino Espírito, dissipai as trevas da minha ignorância sobre a malícia do pecado. Não permitais que torne doravante a ofender-Vos, porque é a mais cruel das ingratidões. Concedei-me horror ao pecado, e um eterno amor a Vós. Propósito de Emenda: Como desejaria, Senhor, jamais tornar a ofender-Vos: Embora miserável, quero desde hoje mudar de vida e compensar, com amor, as ofensas que Vos tenho feito. Concedei-me esta graça, e ninguém me poderá apartar do Vosso amor. Amém. “Se na Igreja não existisse a remissão dos pecados, não existiria nenhuma esperança, nenhuma perspectiva de uma vida eterna e de uma libertação eterna. Rendamos graças a Deus que deu à Sua Igreja um tal dom” (Santo AGOSTINHO) |
O PECADO VENIAL
O pecado venial deliberado e não seguido de arrependimento, dispõe, a pouco e pouco, para cometer o pecado mortal, isso significa que se eles não forem confessados, farão muito mal à sua alma.
Existe outro tipo de pecado. É o pecado venial ou leve. Este pecado não priva a alma da graça de Deus nem a condena ao Inferno, mas impede a perfeição e a caminhada da alma para Deus, levando-a ao vício, à escravidão do pecado, ao relaxamento da consciência, ao arrefecimento do amor por Deus e a conseqüente piora dos tipos de pecados.
Pecado venial é pensar, desejar, dizer, fazer ou omitir algo contra a lei de Deus em matéria leve.
É um tipo de pecado essencialmente distinto do pecado mortal. Este tem como castigo o Inferno eterno; aquele não impede de entrar no Céu, mas sim tem como pena o Purgatório por algum tempo, caso não tenha dado tempo deste pecado conduzir ao seu conseqüente pecado mortal, ao qual ele é porta.
O pecado mortal só se perdoa com a confissão (ou com um ato de contrição perfeita que implica o propósito de confessar-se o quanto antes); o venial, em contra partida, através do arrependimento sincero acrescido de muitas maneiras piedosas: mediante uma boa obra, uma oração, uma esmola, água benta, o sinal da cruz, e também mediante a confissão.
Mas ainda que o pecado venial não pareça algo tão grave, não se pode deixar de lutar também contra ele, pois consenti-lo é levar vida medíocre de cristão, e conseqüentemente deixar de caminhar para a santidade. Devemos sim é seguir o conselho de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48).
Não nos deve, porém, desanimar o fato de cairmos muitas vezes em pecado leve, já que “o justo cai sete vezes”, mas “se levanta” (Pr 24,16). E deve-se lutar contra ele não só porque cada vez devemos amar mais a Deus, senão também porque os pecados veniais podem nos ir levando insensivelmente a cometer pecados mais graves, pois “o que menospreza o pouco aos poucos cairá na miséria” (Eclo 19,1), e “moscas mortas fazem com que o perfumista rejeite o óleo, um pouco de insensatez conta mais que a sabedoria e glória” (Ecl 10,1).
A tentação, ainda que nos incita ao pecado, não é no entanto pecado; Jesus foi tentado e no entanto “nele não há pecado” (1Jo 3,5). Quando uma tentação se converte em pecado? Quando não se rejeita a tentação, por exemplo um mau pensamento, e ainda, sabendo que é mau se entretêm nele; então comete pecado mortal ou venial, segundo a gravidade do mesmo. Quando se rejeita a tentação, não somente não cai em pecado, senão que faz um ato de virtude, já que “podia pecar e não pecou, fazer o mal e não o fez” (Eclo 31,10).
O que são Pecados capitais?
Alguns pecados se chamam capitais porque são a origem de outros pecados e de vícios. São a soberba, a avareza, a inveja, a ira, a luxúria, a gula, a preguiça (Cat.I.C., 1866). Eles poderão ser veniais ou mortais de acordo com a matéria em que incidem.
Pecados contra o Espírito Santo
“Aquele, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, jamais será perdoado: é culpado de pecado eterno” (Mc 3,29; cf. Mt 12,32; Lc 12,10). Deus sempre está disposto a perdoar-nos, mas se nós não queremos, respeita nossa liberdade e não nos obriga a aceitarmos seu perdão. Diz-se que nunca se perdoam pela falta de disposição em nós de receber o perdão. Costuma-se enumerar seis tipos de pecados contra o Espírito Santo: desesperar-se de alcançar perdão dos pecados, presumir que sem cumprir os mandamentos de Deus, Ele nos vai salvar, impugnar a verdade conhecida, ter inveja da graça alheia, obstinar-se no mal e impenitência final.
A luta do Cristão
A vida cristã é luta. É luta contra a carne; contra o mundo, inimigo de Deus; é luta contra o Diabo, que busca perder-nos.
O Concílio de Trento nos ensina que devemos “temer por razão da luta que ainda (nos) aguarda com a carne, com o mundo e com o Diabo, da qual não podemos sair vitoriosos se não colaborarmos com a graça de Deus” (Decreto sobre a Justificação) para vencer esses inimigos.
Para combater, disse São Paulo, deve revestir-se com “a armadura de Deus” (Ef 6,10-17). Detalhemos este formoso texto:
– “Cingidos com o cinturão da verdade”. O amor à verdade é uma virtude fundamental para o cristão. Por isso deve-se “abraçar a verdade” (Ef 4,15), deve-se “amar a verdade” (cf. 2Ts 2,10), deve-se lutar por ela; “luta pela verdade até a morte, e o Senhor Deus combaterá por ti” (Eclo 4,33). Por fim, essa verdade é o mesmo Cristo: “Eu sou a Verdade” (Jo 10,6).
Exemplos de pecados veniais:
. O pecado de dar entrada no coração de qualquer suspeita não razoável ou de opinião injusta a respeito do próximo.
. O pecado de iniciar uma conversa sobre os defeitos de outrem, ou de faltar à caridade de qualquer outra maneira, mesmo levemente.
O pecado de omitir, por preguiça, as nossas práticas espirituais, ou de as cumprir com negligência voluntária.
. O pecado de manter um afeto desregrado por alguém.
. O pecado de ter demasiada estima por si próprio, ou de mostrar satisfação vã por coisas que nos dizem respeito.
. O pecado de receber os Santos Sacramentos de forma descuidada, com distrações e outras irreverências, e sem preparação séria.
. Impaciência, ressentimento, recusa em aceitar desapontamentos como vindo da Mão de Deus; porque isto coloca obstáculos no caminho dos decretos e disposições da Divina Providência quanto a nós.
25º Encontro -Sacramento da Crisma – 07/10/2023
Preparação para a CONFIRMAÇÃO ou CRISMA
07/10/2023
A Confirmação ou Crisma representa para cada cristão o seu Pentecostes pessoal. Ela nos consagra interior e plenamente como templos do Espírito Santo e nos dá o poder de testemunhar a nossa fé em público, através de vivência pessoal e de nossas palavras. No Batismo já nos havíamos tornado templos do Espírito, mas, pela Crisma passamos a ter esse Espírito, na plenitude de Seus dons. O Batismo nos apagou os pecados e nos concedeu a graça divina. A Crisma vem completar a obra batismal, de que ela é a plenitude.
Acontece com cada crismando o mesmo que já ocorrera com a Igreja em seus primórdios:
Atos dos Apóstolos, 2, 1-13
1.Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar.*
2.De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados.
3.Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e pousaram sobre cada um deles.
4.Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
5.Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos de todas as nações que há debaixo do céu.
6.Ouvindo aquele ruído, reuniu-se muita gente e maravilhava-se de que cada um os ouvia falar na sua própria língua.
7.Profundamente impressionados, manifestavam a sua admiração: “Não são, porventura, galileus todos estes que falam?
8.Como então todos nós os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?
9.Partos, medos, elamitas; os que habitam a Mesopotâmia, a Judeia, a Capadócia, o Ponto, a Ásia,*
10.a Frígia, a Panfília, o Egito e as províncias da Líbia próximas a Cirene; peregrinos romanos,
11.judeus ou prosélitos, cretenses e árabes; ouvimo-los publicarem em nossas línguas as maravilhas de Deus!”.*
12.Estavam, pois, todos atônitos e, sem saber o que pensar, perguntavam uns aos outros: “Que significam estas coisas?”.
13.Outros, porém, escarnecendo, diziam: “Estão todos embriagados de vinho doce”
Jesus, ao aparecer aos apóstolos após Sua ressurreição, soprou sobre eles dizendo: “Recebei o Espírito Santo”. Mas, apesar de terem recebido o Espírito, os Apóstolos não estavam ainda capacitados para saírem pelo mundo anunciando a Boa Nova, pois estavam, por assim dizer, na infância da sua vida cristã. Somente cinquenta dias depois, no dia de Pentecostes, quando houve a portentosa descida sobre suas cabeças do Espírito, na forma de línguas de fogo, eles começaram a pregar o Evangelho de Jesus.
Nos Atos dos Apóstolos, vemos esses Apóstolos batizarem os primeiros convertidos e, mais tarde, imporem as mãos sobre os membros das comunidades nascentes, para que, num ato distinto do Batismo, pudessem receber a força do Espírito.
Pela imersão na água, o batizando é mergulhado com o Cristo em Sua morte, para ressurgir com Ele para uma nova vida, tornando-se nova criatura e recebendo também o dom do Espírito Santo, que vem nele fazer Sua morada. Mas, somente ao receber a confirmação é que o Espírito habitará no crismando de forma mais íntima e eficaz, permitindo-lhe receber em maior plenitude os dons que o capacitarão a viver e testemunhar como um cristão.
Estará então apto a ser cristão adulto, maduro, fortalecido pelo Divino Espírito Santo, capaz de defender a Fé, de vencer tentações, de procurar a santidade com todas as forças da alma e capacitado a viver toda a grandeza da vida cristã, e com uma irradiação apostólica maior, desde que o deseje e se empenhe por tudo isso.
Ou seja, se pelo Batismo nós nascemos para a vida da graça, pela Crisma nós crescemos nessa mesma vida. Como o Batismo e a Ordem, a Crisma só é recebida uma única vez. Dizemos que ela imprime caráter na alma do cristão.
Os Efeitos da Crisma são:
1-Nos transforma em testemunhas de Cristo e de Seu Evangelho;
2-Potencializa, pela força do Espírito, as realidades operadas em nós no Batismo, ou sejam:
- nossa filiação divina;
- nossa condição de templos do mesmo Espírito;
- nossa participação na vida divina;
- nossa condição de herdeiros do Céu;
- nossa inserção no Corpo Místico de Cristo e
- nossa participação na Comunhão dos Santos;
3-Possibilita-nos a buscar e alcançar a perfeição cristã, se assim o quisermos e para isso nos esforçarmos;
4-Aumenta a graça santificante,
5-Dá-nos o potencial para que o fortalecimento das virtudes, o aumento dos dons e para que enfrentemos perseguições com fortaleza e firmeza de fé.
O Sujeito da Crisma é o crismando.
O Sinal Sensível é a unção com óleo feita pelo Bispo na fronte do crismando, enquanto são proferidas as palavras do Sacramento. Após essa unção, o Bispo dá leve tapa no seu rosto, para significar que se torna soldado de Cristo, com o dever de suportar pacientemente, em nome de Jesus, os sofrimentos e injúrias, defender a Fé quando atacada e de conhecer a doutrina.
A Condição para que se receba a Crisma é que se tenha Fé. Para o crismando é adulto, exige-se o estado de graça, a recepção de catequese prévia, que acredite nas verdades que lhe foram ensinadas e queira ser crismado.
Os Ministros são os Bispos (em condições especiais ele pode indicar um Sacerdote para substituí-lo nessa função). O sacerdote pode também confirmar os seus paroquianos gravemente enfermos.
A Matéria do Sacramento da Crisma é o óleo de oliveira ao qual se junta um bálsamo aromático. É bento pelo senhor Bispo, na Missa da manhã de 5ª feira santa. É chamado óleo do crisma.
A Forma são as palavras: ”Eu te marco com o Sinal da Cruz e te confirmo com o Crisma da Salvação, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
O Padrinho deve ser um bom cristão, adulto e crismado. Deve participar da Crisma em estado de graça e seria muito importante que acompanhasse e orientasse o crismando em sua caminhada cristã.
Não se sabe precisamente quando foi feita a Instituição do Sacramento da Confirmação, mas sabemos que verdadeiramente Jesus o instituiu, porque os Apóstolos o administraram, conforme aparece nos Atos dos Apóstolos (Atos 8, 14) e porque a Igreja sempre ensinou esta verdade. Vejam o ensinamento de S. Cipriano, Bispo martirizado no ano 258: “Os batizados serão conduzidos aos Bispos, a fim de, por sua oração e imposição das mãos, receberem o Espírito Santo, e pelo selo do Senhor, serem perfeitos”.
A Crisma nos introduz mais fortemente na vida da Igreja e nos aumenta os meios para, perseverando na vida da graça, podermos chegar um dia à morada celeste. Na caminhada de nossas vidas, precisaremos relembrar sempre as grandes coisas que esse grande Sacramento realizou em nós e procurar efetivá-las no o viver quotidiano:
- Com a ajuda dos outros Sacramentos, principalmente os da Eucaristia e da Confissão e através da perseverança e da fidelidade ao Bem,;
- Pelo conhecimento das Escrituras e da doutrina Católica;
- Tentando aumentar nosso gosto pela oração;
- Nos esforçando por um sentimento maior de amor pelo próximo, vendo nele a figura de Cristo;
- Inserirmo-nos sempre mais na comunidade eclesial.
- Buscar luzes e força do Espírito, para crescermos sempre mais na santidade de vida.
SEQUÊNCIA DAS PARTES PRINCIPAIS DA ADMINISTRAÇÃO DO SACRAMENTO DA CRISMA
- Normalmente a Crisma é administrada durante a celebração da Santa Missa, após a proclamação do Evangelho.
- Antes de ser iniciada a administração do Sacramento, os crismandos, padrinhos e os outros fiéis presentes à celebração, farão a Renovação das promessas do Batismo.
- Oração do Bispo, pedindo que Deus Pai derrame o Espírito Santo sobre os crismandos, para que os fortaleça com a abundância dos seus dons e, pela sua unção espiritual, os torne imagem perfeita de Cristo, Filho de Deus.
- Nova oração do Bispo, levantando as mão sobre os crismandos. “Deus todo-poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, pela água e pelo Espírito Santo, destes uma vida nova a estes vossos servos e os libertastes do pecado, enviai sobre eles o Espírito Santo Paráclito; dai-lhes, Senhor, o espírito de sabedoria e de inteligência, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de ciência e de piedade, e enchei-os do espírito do vosso temor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.(todos) Amém.
- Administração do Sacramento: O Bispo umedece o polegar da mão direita no Crisma e traça o sinal da cruz na fronte do confirmando, dizendo:
“N., RECEBE, POR ESTE SINAL, O ESPÍRITO SANTO, O DOM DE DEUS.”
- O confirmado responde:
Amém.
- O Bispo acrescenta:
A paz esteja contigo.
- Responde o Confirmado:
E contigo também.
CATEQUESE PARA ADULTOS 2022 SEGUNDA PARTE
01 – PROFISSÃO DE FÉ – CREDO APOSTÓLICO
A FÉ
A fé “é um ato pessoal, uma resposta livre do homem à proposta de Deus que Se revela. Mas não é um ato isolado”. (Catecismo da Igreja Católica, número 166)
A confissão da própria fé é a confissão da fé de todos na Igreja, a fé da Igreja. O credo é, justamente, a oração destinada a confessar, pessoal e comunitariamente, a própria fé.
O sentido de tal ação é, por um lado, dar a adesão pessoal, de coração e mente, à fé recebida, como também dar linguagem comum ao que se crê e, consequentemente, fortalecer os vínculos de Igreja que nos unem.
E qual é o conteúdo do Credo ou Profissão da Fé?
É uma síntese da Fé católica, recebida dos Apóstolos, e que a Igreja recolhe para oferecê-la aos fiéis ao longo dos anos. O Catecismo ensina que foram numerosas as profissões de fé ao longo dos séculos, e que isso se deve ao fato de que a Igreja sempre busca corresponder às necessidades das diferentes épocas.
Dois são os Credos ou Profissões de Fé que têm um lugar muito especial para os batizados e que a atualmente Igreja mais utiliza em suas celebrações litúrgicas: o Credo dos Apóstolos (comum) e o Credo Niceno-Constantinopolitano. Veja como o Catecismo explica cada um deles:
“O Símbolo dos Apóstolos, assim chamado porque se considera, com justa razão, o resumo fiel da fé dos Apóstolos. É o antigo símbolo batismal da Igreja de Roma. A sua grande autoridade vem-lhe deste fato: ‘É o símbolo adotado pela Igreja romana, aquela em que Pedro, o primeiro dos Apóstolos, teve a sua cátedra, e para a qual ele trouxe a expressão da fé comum’ ”
(Catecismo da Igreja Católica, no 194).
“O Símbolo dito de Nicéia-Constantinopla deve a sua grande autoridade ao fato de ser proveniente desses dois primeiros concílios ecumênicos (dos anos de 325 e 381). Ainda hoje continua a ser comum a todas as grandes Igrejas do Oriente e do Ocidente” (
Catecismo da Igreja Católica, no 195).
Não há uma norma estabelecida para que se use um ou outro Credo e muito depende da tradição e dos costumes dos países ou grupos de fiéis. Em alguns lugares, se prefere a oração do Credo dos Apóstolos pelo fato de ser mais curto, reservando-se o Credo Niceno-Constantinopolitano às celebrações mais solenes ou especiais.
Nos últimos anos, porém, em vários lugares vem-se optando pela oração do Credo Niceno-Constantinopolitano de modo ordinário, e não somente para certas ocasiões, pelo fato de que para os fiéis ele discorre sobre as verdades de fé de um modo mais explicado, e assim fortalece a experiência de compenetração nos diversos aspectos da Fé da Igreja.
O Credo Niceno ou Niceno-Constantinopolitano tem sua origem no primeiro Concilio. Esta reunião teve por objetivo tratar de assuntos da fé católica.
O Concílio de Niceia foi reunido principalmente para combater erros que estavam surgindo dentro da fé católica. Entre estes erros o de Ario. Ario era um presbítero de Alexandria, situada no Egito antigo. O erro deste presbítero foi chamado de “arianismo”.
O CREDO NICENO E SUA ORIGEM
A Profissão de Fé que proclamamos em todas as Santas Missas, é muito mais antiga que o Credo Niceno Constantinopolitano, mas também esta formula do Credo é uma Profissão de Fé.
Esta formula do Credo reafirma a divindade de Cristo. Este foi um dos temas tratado no Concílio de Niceia no ano de 325. Pois o arianismo estava negando a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A Profissão de Fé Niceno-Constantinopolitano também recebe este nome, porque sua primeira formulação foi no primeiro Concílio de Niceia, em 325. Posteriormente houve uma nova reformulação no Concílio de Constantinopla, em 381.
CREDO NICENO-CONSTANTINOPOLITANO:
Creio em um só Deus,
Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra,
de todas as coisas visíveis e invisíveis
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigênito de Deus,
nascido do Pai
antes de todos os séculos:
Luz da Luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro,
gerado não criado,
consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E, por nós, homens,
e para a nossa salvação,
desceu dos céus:
e encarnou pelo Espírito Santo,
no seio da Virgem Maria,
e se fez homem.
Também por nós foi crucificado
sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia,
conforme as escrituras;
E subiu aos céus,
onde está sentado à direita do Pai.
E de novo há de vir, em sua glória,
para julgar os vivos e os mortos;
e o seu reino não terá fim.
Creio no Espírito † Santo,
Senhor que dá a vida,
e procede do Pai;
e com o Pai e o Filho
é adorado e glorificado:
Ele que falou pelos profetas.
Creio na Igreja
Una †, Santa, Católica e Apostólica.
Professo um só batismo
para remissão dos pecados.
Espero a ressurreição dos mortos;
E a vida do mundo que há de vir. Amém.
Os Concílios Niceno-Constantinopolitano reafirmam que Jesus é Deus assim como o Espírito Santo é uma pessoa e Deus.
QUANDO PROFESSAMOS O CREDO NICENO NA SANTA MISSA?
Não existe uma norma litúrgica para determinar qual dos dois credos deve ser proclamado. O mais comum, principalmente aqui no Brasil é professar o Credo de formula mais curta, o Credo Apostólico.
Geralmente o Credo Niceno-Constantinopolitano é rezado em Missas mais solenes, como na Páscoa e Natal. Mas nada impede que ele seja recitado em outro tempo litúrgico.
A grande importância da PROFISSÃO DE FÉ ou também como chamamos do CREDO APOSTÓLICO é expressar fielmente o que a IGREJA CRÊ.
Com efeito a Igreja guarda e expressa para todos os fiéis em que é certo e definido para nossa salvação. Sendo a Igreja COLUNA E SUSTENTÁCULO DA VERDADE (I Tim 3,15) não poderia nos ensinar algo errado.
CREDO – PROFISSÃO DE FÉ – O Credo Apostólico se divide em 12 artigos:
1) Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do Céu e da Terra
“Nós, cristãos, ao dizermos ‘Eu creio’, estamos pronunciando a frase mais livre que nasce do coração do ser humano, porque ninguém pode obrigar alguém a crer em nada. A fé nasce da liberdade humana.
Eu dizer ‘eu creio’ quer dizer ‘eu aceito’, que confesso isso como uma verdade, um princípio para a minha vida”.
Eu creio:
- com o meu entendimento, vendo a criação;
- pela fé, que é dom de Deus.
2) E em Jesus Cristo, seu Único Filho, Nosso Senhor
Jesus é gerado pelo Pai e pela ação do Espírito Santo.
Jesus é da mesma natureza de Deus Pai. Nós fomos regenerados pelo batismo e nos tornamos filhos de Deus, não somos da natureza De Deus.
“Jesus, o filho de Deus, é a segunda pessoa da Santíssima Trindade. Ele é Deus Eterno e todo poderoso e ao mesmo tempo Criador e Senhor como o ‘pai’, que o fez homem para nos salvar.”
Jesus é de natureza humana e divina.
Natureza humana, pois foi semelhante ao homem em tudo, menos no pecado.
Natureza divina de Jesus:
Jesus, Salvador, consagrado, escolhido para nos salvar’
“Este é o meu Filho muito amado…” a Voz de Deus Pai no batismo de Jesus
– os milagres de Jesus são sinais da divindade de Jesus;
– a Tradição da Igreja revela que Jesus é Deus.
3) Que foi concebido pelo poder do Espírito Santo
“A encarnação de Jesus, filho de Deus, é obra da bondade e do amor, e as obras que se procedem dessa forma são atribuídas ao Espírito Santo. Toda a Igreja acredita que Jesus Cristo é Deus Encarnado e homem ao mesmo tempo, de modo perfeito em ambas as naturezas”.
4) Nasceu da Virgem Maria
“Refletimos aqui a concepção humana de Jesus, a Encarnação do Verbo. Jesus é Deus Verdadeiro, mas também quis conhecer a realidade dos homens, nos salvar e ser nosso Santíssimo Redentor”.
Gálatas 4
Virgindade de Maria antes, durante e depois do parto
Dogma da Imaculada Conceição
5) Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado
“O Credo cita o governador da Judeia, Pôncio Pilatos, para contextualizar os fatos, servindo como um marco histórico, pois entre o ano 30 e 33 Cristo foi crucificado. Citá-lo traz credibilidade aos fatos pois Jesus era cidadão romano, e os judeus não podiam condenar ninguém à morte”.
6) Desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia
“Esse trecho representa o sinal Pascal do mistério do amor de Deus. Mostra a nós que Jesus foi a uma dimensão inferior, ao inferno, um estado de vida que se encontravam todos aqueles que morreram antes de Jesus. Ao se tornar homem, morrer e ressuscitar, Jesus permite que os mortos que estavam sob o pecado de Adão, alcançassem finalmente o seu estado originário a Deus, o Paraíso”.
7) Subiu aos céus, está sentado a direita de Deus Pai, todo poderoso
“Vemos a partida de Jesus da terra e seu retorno ao céu. Na ascensão Jesus subiu aos céus e retornou ao convívio da Santíssima Trindade mas não nos deixou órfãos, enviou o Espírito Santo para continuar a missão da Igreja e permaneceu na Eucaristia para continuar ao nosso lado como alimento e força para seguirmos com a nossa missão apostólica”.
8) De onde há de vir a julgar os vivos e os mortos
“Do fim do mundo, Jesus cheio de glória, majestade e misericórdia há de vir do céu para julgar todos os homens, os bons e os maus, para dar a cada um, um prêmio conforme a vida que levou, conforme o destino que lhe será proposto. No juízo universal, há de se manifestar a glória de Deus, a segunda vinda de Jesus será momento de glória pois todos hão de reconhecer a justiça com que Deus governa o mundo”.
9) Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos
“O Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, é um espírito perfeito que pode tomar muitas formas e então se revelar a nós como vemos nas Sagradas Escrituras. Ele se manifesta na forma de sopro, de fogo, de pombo, é o espirito de Deus que age na humanidade e nos inspira”
10) Na remissão dos pecados*, na ressurreição da carne, na vida eterna.
“Essas três citações correspondem aos fundamentos da religião cristã e trazem o sinal da nossa vida futura ao crer que seremos redimidos por Jesus, que ressuscitaremos na carne e teremos a vida eterna ao lado dele.”
* Remissão significa perdão.
Jesus virá para trazer a Redenção a todo ser humano, ou seja, para nos salvar, nos resgatar de nossos pecados.
Redimido: salvo, perdoado, reabilitado, remido, resgatado.
11) na ressurreição da carne
A fé da Igreja na ressurreição da carne tem Jesus como modelo. Pelo batismo, o cristão é inserido e incorporado à morte e à Ressurreição de Cristo. E, com isto, é configurado a esta nova vida. Como Cristo ressuscitou, assim também nós ressuscitaremos no fim do mundo, voltando a unir nossa alma ao nosso corpo, para nunca mais se separar e morrer. Esta transfiguração do corpo para ressuscitar é preparada pela nossa participação nos sacramentos, especialmente na Eucaristia. Assim, o corpo de cada um de nós já é ressonância de eternidade. O que é a morte? É a separação da alma e do corpo. Com a morte, a alma se separa do corpo. E o que é ressurreição da carne? No último dia, Deus restituirá a vida ao corpo, e este se junta novamente à alma. Para que ressuscitará nosso corpo? Nosso corpo ressuscitará para ser julgado juntamente com nossa alma e receber o prêmio ou castigo eterno, segundo tenham sido as obras que fizermos aqui na terra.
“Deus não é o Deus dos mortos, mas dos vivos” (Mc 12,27). Jesus depois de ressuscitado, comeu com seus discípulos (Lc 24,42), mandou Tomé colocar os dedos em suas chagas (Jo, 20,27) e, finalmente, disse: “vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede. Um espírito não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho” (Lc 24,39).
12) na vida eterna – O Símbolo Apostólico termina afirmando a nossa fé em que, depois desta vida passageira, há “Outra Vida”, que é eterna. “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos” (Mc 12,27).
Amém
02º Encontro – DOMINGO: DIA DO SENHOR
Qual o significado do domingo para você? Por que ir à Missa aos Domingos?
São Lucas, 24, 1-6
1. “No primeiro dia da semana, muito cedo, dirigiram-se ao sepulcro com os aromas que haviam preparado.
2.Acharam a pedra removida longe da abertura do sepulcro.
3.Entraram, mas não encontraram o corpo do Senhor Jesus.
4.Não sabiam elas o que pensar, quando apareceram em frente delas dois personagens com vestes resplandecente
“5.Como estivessem amedrontadas e voltassem o rosto para o chão, disseram-lhes eles: Por que buscais entre os mortos aquele que está vivo?
6.Não está aqui, mas ressuscitou.”
São Lucas, 24
“13. Nesse mesmo dia, dois discípulos caminhavam para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios. 14.Iam falando um com o outro de tudo o que se tinha passado. 15.Enquanto iam conversando e discorrendo entre si, o mesmo Jesus aproximou-se deles e caminhava com eles. 16.Mas os olhos estavam-lhes como que vendados e não o reconheceram. 17.Perguntou-lhes, então: De que estais falando pelo caminho, e por que estais tristes? 18.Um deles, chamado Cléofas, respondeu-lhe: És tu acaso o único forasteiro em Jerusalém que não sabe o que nela aconteceu estes dias? 19.Perguntou-lhes ele: Que foi? Disseram: A respeito de Jesus de Nazaré… Era um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo. 20.Os nossos sumos sacerdotes e os nossos magistrados o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21.Nós esperávamos que fosse ele quem havia de restaurar Israel e agora, além de tudo isto, é hoje o terceiro dia que essas coisas sucederam. 22.É verdade que algumas mulheres dentre nós nos alarmaram. Elas foram ao sepulcro, antes do nascer do sol; 23.e não tendo achado o seu corpo, voltaram, dizendo que tiveram uma visão de anjos, os quais asseguravam que está vivo. 24.Alguns dos nossos foram ao sepulcro e acharam assim como as mulheres tinham dito, mas a ele mesmo não viram. 25.Jesus lhes disse: Ó gente sem inteligência! Como sois tardos de coração para crerdes em tudo o que anunciaram os profetas! 26.Porventura não era necessário que Cristo sofresse essas coisas e assim entrasse na sua glória? 27.E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava dito em todas as Escrituras. 28.Aproximaram-se da aldeia para onde iam e ele fez como se quisesse passar adiante. 29.Mas eles forçaram-no a parar: Fica conosco, já é tarde e já declina o dia. Entrou então com eles. 30.Aconteceu que, estando sentado conjuntamente à mesa, ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lho. 31.Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram… mas ele desapareceu. 32.Diziam então um para o outro: Não se nos abrasava o coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras? 33.Levantaram-se na mesma hora e voltaram a Jerusalém. Aí acharam reunidos os Onze e os que com eles estavam. 34.Todos diziam: O Senhor ressuscitou verdadeiramente e apareceu a Simão. 35.Eles, por sua parte, contaram o que lhes havia acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão.”
“NA TARDE DO MESMO DIA, QUE ERA O PRIMEIRO DA SEMANA, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus.
Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: A paz esteja convosco!”
(Jo 20, 19)
E foi precisamente a partir do que aconteceu no primeiro dia da semana que os discípulos perceberam que tudo se havia renovado e, desse dia em diante, a vida se tornou mais forte do que a morte.
Assim, no testemunho dos apóstolos, os cristãos passaram a dar um sentido mais profundo ao primeiro dia da semana como o “Dia do Senhor”.
Primeiro, porque lembra o início da criação: no primeiro dia, Deus criou a luz. (conforme Gênesis 1 3-5)
Agora, no despontar do Sol do primeiro dia da semana, desponta o novo sol, a Nova Luz: Jesus ressuscitado.
O Domingo é o dia do começo da nova vida com Jesus vivo entre nós.
Para os cristãos, este dia se tornou memorável e inesquecível, o mais importante da semana, e passaram a chamá-lo “Dia do Senhor”.
Quando falamos “Senhor”, é Jesus Cristo ressuscitado.
Por isto, o primeiro dia da semana é do Senhor, luz que nunca mais se apaga.
Para os discípulos e discípulas, a ressurreição de Jesus os encheu de júbilo porque perceberam que começara um novo tempo.
Assim, o domingo se tornou para os cristãos dia da memória da Páscoa do Senhor, isto é, da sua morte e ressurreição.
Fazemos essa memória na celebração da Eucaristia: anunciamos senhor a vossa Morte e proclamamos a vossa ressurreição diz a oração eucarística da missa. O domingo é também o dia especial para a meditação da palavra de Deus Jesus continua a falar mas também mediante a palavra proclamada nas assembleias dominicais e a alimentar-nos com seu corpo e sangue na Eucaristia.
É dia de agradecer, louvar e pedir forças para a nova semana.
É também dia do repouso bastante apropriado para o revigoramento das energias encontro com as pessoas com a comunidade de dia de visitar amigos, doentes dia de lazer.
O catecismo da Igreja Católica diz: “O dia da Ressurreição de Cristo é ao mesmo tempo o primeiro dia da semana, Memorial do primeiro dia da criação e o oitavo dia em que Cristo depois do seu repouso do Grande sábado, inaugura o dia que o “dia que o senhor fez”, o dia que não conhece ocaso. A ceia do senhor é o seu centro, pois é aqui que toda a comunidade dos fiéis se encontra com o senhor ressuscitado que os convida ao seu banquete.
A missa de sábado vale para o domingo?
Diz o Código de Direito Canônico:
“Cumpre o preceito de participar na Missa quem a ela assiste onde quer que se celebre em rito católico, quer no próprio dia festivo quer na tarde do dia antecedente”
“… A celebração [das solenidades] inicia-se com as Vésperas I no dia anterior. Essa celebração começa com as Vésperas I e com a Missa própria da vigília, no caso de a solenidade a ter.
E a que horas se celebram essas Vésperas I ou essa missa da vigília? Diz o texto: “nas horas vespertinas”. E o que são “horas vespertinas”? São as horas próximas do aparecimento da estrela Vésper, que começa a ver-se ao anoitecer. Diz o dicionário: “Vésper é a estrela da tarde, designação dada ao planeta Vénus, quando se avista à tarde, após o pôr do Sol, por em tempos se ter considerado como estrela”.
Mas esta “tarde” não se refere à parte do dia que tem início às nossas 12,00 horas atuais, mas sim às horas próximas do aparecimento da estrela Vésper (aliás, planeta Vénus). Digamos, portanto, que esta “tarde” se aproxima mais do pôr do sol do que do meio dia ou das três da tarde.
Portanto, a Missa vespertina é celebrada na tarde do dia anterior ao domingo ou à solenidade, nas horas estabelecidas pelo Bispo da diocese, regra geral entre as 17,00 e as 19,00 horas.
2 – A SANTA MISSA PARTE POR PARTE
(https://pt.aleteia.org/2018/07/02/o-sentido-de-cada-parte-da-santa-missa/)
A palavra MISSA vem do latim “missio”, que significa despedida ou envio.
A missa é igual para toda a Assembléia mas a maneira de cada um participar pode ser diferente, pois depende da fé que as pessoas têm e também do grau de formação na religião
A missa é dividida em quatro partes principais: Ritos Iniciais, Liturgia da Palavra, Liturgia Eucarística e Ritos Finais.
I RITOS INICIAIS
1. Monição Ambiental – comentário para introduzir a Liturgia da Palavra (MONIÇÃO AMBIENTAL); ou mesmo: comentário para cada uma das leituras da MISSA (MONIÇÃO À PRIMEIRA LEITURA, MONIÇÃO À SEGUNDA LEITURA e MONIÇÃO AO EVANGELHO). Feita pelo comentarista, ao lado do altar. Um convite à Assembléia para participar da Celebração, criando um clima de oração e fé. Solicita que todos, de pé, recebam o celebrante.
Ao entrar e sair de uma igreja com um sacrário, procedemos à genuflexão um gesto de adoração a Jesus Eucarístico.
2. Canto de Entrada e Sinal da Cruz
Durante o canto, o padre, os ministros e/ou acólitos dirigem-se ao altar. O padre faz uma inclinação profunda e deposita o beijo no altar, endereçado a Cristo.
Em seguida, o padre faz o sinal da cruz e o povo faz com ele (não precisa beijar a mão após o sinal), mas sem dizer nada. Ao final, todos respondem o “Amém”.
A expressão “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” quer dizer a pessoa, não apenas o “nome”. Iniciamos a Missa colocando nossa vida e toda a nossa ação invocando a Santíssima Trindade.
3. Acolhida e Saudação
É o “bom dia” de inspiração divina dado pelo Presidente à Assembléia. Em uma das formas litúrgicas, o padre saúda o povo com as palavras de São Paulo aos Coríntios (2Cor 13,11-13):
– A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco!
Independente da forma utilizada, todos respondem:
– Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
4. Ato Penitencial
“Se estás diante do altar para apresentar a tua oferta e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa tua oferta lá diante do altar. Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão, depois volta para apresentares tua oferta.” (Mt 5,23-24)
Convite para cada um olhar para si (reconhecer os próprios pecados e não os dos outros), buscando um arrependimento sincero.
Precisamos pedir que Jesus purifique nosso coração para termos parte com ele.
A absolvição geral que o padre dá no Ato Penitencial é uma purificação das faltas leves, e realmente nos purificam para participarmos da Ceia do Senhor. Os pecados graves necessitam de uma confissão sacramental.
Kyrie (Latim)
Kyrie, eleison
Christe, eleison
Kyrie, eleison
Senhor
Senhor, tende piedade
Cristo, tende piedade
Senhor, tende piedade
5. Hino de Louvor (Glória)
É um cântico solene, uma das mais perfeitas formas de louvor à Santíssima Trindade, porque se dirige ao Pai e a Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Vem logo após o Ato Penitencial, porque o perdão de Deus nos faz felizes e agradecidos.
Inspirado no canto dos anjos que louvaram a Deus no nascimento de Jesus: “Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens de boa vontade.” (Lc 2,14)
O Glória não é cantado (nem recitado) na Quaresma e no Advento, tempos que não são próprios para se expressar alegria.
6. Coleta
Do latim “collígere”, que quer dizer reunir, recolher, coletar. Tem o sentido de reunir, numa só oração, todas as orações da Assembléia.
Por isso, começa com o “Oremos um convite aos presentes para que se ponham em oração seguida de uma pausa, para que cada um faça mentalmente a sua oração pessoal.
A seguir, o padre eleva as mãos assumindo as intenções dos fiéis e elevando-as a Deus e profere a oração em nome de toda a Igreja. Por fim, todos dizem “Amém” para dizer que a oração do padre também é sua.
É uma oração presidencial, feita apenas pelo padre, como representante de Cristo. Todas as orações presidenciais são compostas por: invocação, pedido e conclusão. As orações são dirigidas ao Pai, em nome de Jesus nosso mediador , na unidade do Espírito Santo.
II LITURGIA DA PALAVRA
Após o “Amém” da Coleta, a comunidade senta-se, aguardando, antes, o Presidente dirigir-se à sua cadeira.
A Eucaristia é o “mistério de nossa fé” e a fé vem pela Palavra de Deus (cf. Rm 10,14). Daí a importância da pregação, abrangida pela Liturgia da Palavra. “Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.” (Mt 4,4)
A Palavra de Deus não é para ser apenas “lida”, mas “proclamada” solenemente. “A fé entra pelos ouvidos.”
As leituras das missas dominicais variam a cada ano, repetindo-se a cada três anos. São os chamados ANOS A, B e C. Em cada ano meditamos o Evangelho segundo Mateus, Marcos e Lucas respectivamente. O Evangelho segundo João intercala-se durante o ano em momentos fortes.
Os 3 primeiros Evangelhos fazem como que uma sinopse dos fatos acerca da vida de Jesus são, por isso, chamados de “sinóticos”. O Evangelho escrito por São João focaliza outros fatos e palavras de Jesus, destacando Sua divindade e penetrando mais o Mistério do Filho de Deus.
A Liturgia da Palavra é tão importante quanto a Liturgia Eucarística e deve ter um lugar reservado para a proclamação a MESA DA PALAVRA.
1. Primeira Leitura
A Primeira Leitura, em geral, é tirada no Antigo Testamento, onde se encontra o passado remoto da História da Salvação. Em alguns tempos litúrgicos também são tiradas de outros livros do Novo Testamento que não sejam os Evangelhos.
2. Salmo Responsorial
É uma resposta cantada ou recitada à mensagem proclamada.
3. Segunda Leitura
Em geral, é uma carta, retirada do Novo Testamento. Só é proclamada em missas dominicais ou de dias festivos, não nas missas feriais (no meio da semana).
Assim, a Liturgia da Palavra, no decorrer das missas do ano, nos dá uma visão de toda a História da Salvação, recordando quase toda a Bíblia.
4. Canto de Aclamação ao Evangelho
Jesus Cristo é a Palavra de Deus. Ele se torna presente na proclamação do Evangelho. Aclamar é aplaudir com alegria, então o canto de Aclamação ao Evangelho é uma espécie de “aplausos” para o Senhor que vai nos falar.
Pode ser antecedido por um breve comentário (não é uma homilia, que não deve antecipar o que vai ser dito no Evangelho), convidando e motivando a Assembléia para ouvir o Evangelho. Na Quaresma e no Advento, o canto não tem “Aleluia”.
5. Proclamação do Evangelho
Antes da proclamação do Evangelho, pode-se fazer uma procissão com a Bíblia ou Lecionário e as velas. Para se dar mais destaque ao anúncio da Palavra de Jesus, dois ministros ou acólitos podem segurar uma vela em cada lado do ambão.
O diácono, e na falta deste o padre, proclama em um lugar mais elevado, para ser visto e ouvido por toda a Assembleia, que deve estar em pé, numa atitude de expectativa para ouvir a Mensagem. É como se o próprio Jesus se colocasse diante de nós.
O diácono/padre saúda a Assembléia:
– O Senhor esteja convosco!
– Todos: Ele está no meio de nós!
– Diácono/Padre: Evangelho de Jesus Cristo, escrito por …
– Todos: Glória a vós, Senhor!
E, ao final do Evangelho:
– Diácono/Padre: Palavra da Salvação! (E beija a Bíblia)
– Todos: Glória a vós, Senhor!
“Bem-aventurado os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.” (Lc 11,28)
6. Homilia (Pregação)
É a interpretação de uma profecia ou a explicação dos textos bíblicos das leituras proclamadas.
Os próprios Apóstolos, depois de ouvirem as parábolas, pediam a Jesus que lhes explicasse o que elas queriam dizer. Assim também é o Povo de Deus, que precisa de alguém que lhes explique as Escrituras,
As Escrituras não são de simples compreensão e não estão sujeitas a interpretações particulares, mas tão somente da Igreja que Cristo fundou, sob o Primado de Pedro:
“Pois, antes de tudo, deveis saber que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal, porque jamais uma profecia se proferiu por vontade humana, mas foi pelo impulso do Espírito Santo que homens falaram da parte de Deus.” (2Pd 1,20-21)
“É o que ele faz em todas as epístolas em que vem a tratar do assunto. Nelas há alguns pontos de difícil inteligência, que homens ignorantes e sem firmeza deturpam, não menos que as demais Escrituras, para sua própria perdição.” (2Pd 3,16)
Além do que, a Bíblia não é a única fonte de doutrina para o cristão, mas, inclusive, a Tradição (Oral e Escrita) e o Magistério da Igreja fundada por Jesus:
7. Creio (Profissão de Fé)
Crer em Deus é confiar nele. Com o Creio, a comunidade afirma que crê na Palavra de Deus que foi proclamada. É como um juramento público.
Há dois textos diferentes para a Profissão de Fé: o Símbolo Apostólico e o Símbolo Niceno- Constantinopolitano.
(vide Encontro anterior)
III LITURGIA EUCARÍSTICA
Onde o mesmo pão é repartido entre muitos… O Sacrifício redentor de Cristo é universal. Destina-se a toda a humanidade. Seu valor é espiritual, infinito para todos.
A Eucaristia, como Sacramento, renova a Ceia Pascal; como Sacrifício, renova a ato redentor de Cristo na Cruz.
Todos os gestos, palavras, preces e cantos da Liturgia da Palavra devem levar a Assembléia a participar da Ceia que o Senhor desejou “ardentemente” celebrar com seus discípulos.
1. PREPARAÇÃO DAS OFERENDAS (OFERTÓRIO)
I) Canto e Procissão das Oferendas
Durante e preparação das oferendas, canta-se o Canto do Ofertório. As principais ofertas são o pão e o vinho. Podem-se trazer outras coisas, como ramos de trigo, cachos de uva, água, flores.
O ato de levar ao altar as ofertas significa que o pão e o vinho estão saindo das mãos do homem que trabalha. As outras oferendas representam também a vida do povo: a flor, símbolo de amor e gratidão; a coleta em dinheiro, fruto do trabalho e da generosidade dos fiéis.
O dinheiro para o ofertório é a nossa oferta para a conservação e manutenção da casa de Deus. Não é uma “esmola”, pois Deus não é mendigo, mas o Senhor de nossa vida. Outra condição para Deus aceitar a nossa oferta é que estejamos em paz como nossos irmãos. A fé pede nossa comunhão com Deus e com os irmãos (cf. Mt 5,23-24).
A procissão é opcional. Quando houver, deve haver alguma colocação do comentarista, explicando o sentido das ofertas, sobretudo quando se leva algo que não seja o pão e o vinho. As ofertas devem ter um significado e ajudar a participação da comunidade na Liturgia.
As pessoas que trazem as oferendas em procissão não as trazem apenas em seu nome, mas representando toda a comunidade.
No início da Missa, o Presidente e seus Ministros ficam nas cadeiras em frente ao altar. Eles não vão para o altar, porque este representa a mesa da Ceia, que começa na Liturgia Eucarística.
Ao fim da Oração dos Fiéis, o Presidente e os Ministros vão para o altar para preparar as oferendas: corporal estendido no centro (como uma toalha), missal aberto, o cálice e a patena com a hóstia grande do sacerdote (que pode vir junto com as hóstias dos fiéis, na âmbula sentido de unidade do Presidente com a Assembléia).
II) APRESENTAÇÃO DO PÃO E DO VINHO
Na Missa, oferecemos a Deus o pão e vinho que, pelo poder do mesmo Deus, mudam-se no Corpo e no Sangue do Senhor. Deus aceita nossa oferta e a transforma numa dádiva de valor infinito a própria Divindade!
O Presidente recebe as ofertas da comunidade e, por sua vez, oferece o pão a Deus, dizendo:
“Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo pão que recebemos de vossa bondade, fruto da terra e do trabalho do homem, que agora vos apresentamos e para nós se vai tornar pão da vida!”
E a Assembléia responde:
“Bendito seja Deus para sempre!”
Então o padre coloca a hóstia (de trigo puro, não fermentado) sobre o corporal e prepara o vinho para oferecê-lo do mesmo modo. Antes, ele põe um pouco de água no vinho e diz: “Pelo mistério desta água e deste vinho, possamos participar da divindade de vosso Filho, que se dignou assumir a nossa humanidade.”
A mistura da água no vinho (puro, de uva) simboliza a união da natureza humana com a divina. Nós (água), na Missa, nos unimos a Cristo (vinho) para formar um só Corpo com Ele. Em seguida, o Presidente eleva o cálice e diz:
“Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo vinho que recebemos de vossa bondade, fruto da videira e do trabalho do homem, que agora vos apresentamos e para nós se vai tornar vinho da salvação!”
E a Assembléia bendiz a Deus:
“Bendito seja Deus para sempre!”
Abençoar é bendizer! Bendizemos a Deus nessa hora porque o pão comum que oferecemos vai se tornar para nós o “Pão da Vida” e o vinho, o “Vinho da Salvação”. E porque recebemos muito mais do que oferecemos.
O cálice com o vinho e a âmbula com as hóstias para a comunidade ficam sobre o corporal, no centro do altar, junto da hóstia grande do Presidente, que é colocada sobre a patena.
III) PRESIDENTE LAVA AS MÃOS
A oração seguinte fala que nosso sacrifício é aceito por Deus quando temos um coração purificado e humilde.
Após colocar o cálice sobre o corporal, o padre inclina-se diante do altar e reza em voz baixa:
“De coração contrito e humilde, sejamos, Senhor, acolhidos por vós; e seja o nosso sacrifício de tal modo oferecido que vos agrade, Senhor, nosso Deus!”
Essa oração é tirada do Livro de Daniel. Deportado para a Babilônia, o Povo de Israel estava longe do Templo e não podia oferecer a Deus os sacrifícios de cordeiros e bois. Então Azarias fez essa bela oração, oferecendo a Deus o seu sacrifício espiritual.
Quando a missa é festiva, costuma-se incensar o altar, o Presidente da Celebração e a Assembléia. O incenso significa que aquele sacrifício deve subir até Deus, como a fumaça.
Antigamente a comunidade levava para o altar ofertas como alimentos e outros objetos que poderiam sujar as mãos do padre, que, por isso, lavava as mãos. Hoje, além da purificação das mãos, há também o sentido da purificação espiritual. Ao lavar as mãos, o padre reza em voz baixa:
“Lavai-me, Senhor, das minhas faltas e purificai-me do meu pecado.” (Sl 50,4)
Essa oração lembra Davi pedindo perdão de seu pecado.
IV) ORAI, IRMÃOS!
O sacerdote intercede por toda a Assembléia, que deve responder ativamente.
Assim, o padre se volta ao povo e pede:
“Orai, irmãos, para que o nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai Todo-Poderoso!”
Ao que a Assembléia responde:
“Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória de seu nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja.”
Em primeiro lugar, a glória de Deus!
V) Oração sobre as Oferendas
Tem por fim colocar nas mãos de Deus os dons que trouxemos para o sacrifício.
É um modo de insistir a mesma coisa diante de Deus, como nas parábola que Jesus contou (cf. Lc 11,5-8 e 18,1-8).
2. Oração Eucarística ou Anáfora
Inicia o centro, o “coração” da Celebração o Mistério da presença real de Jesus no pão e vinho consagrados. Não é “mais uma oração” da missa é a própria Missa.
Para os judeus, santo era todo o lugar onde Deus se manifestava. De modo especial, o Templo era santo. Dentro do Templo, havia uma parte santíssima o “santo dos santos”, uma sala que continha a Arca da Aliança ou Tabernáculo. Lá só o sumo sacerdote entrava, e uma vez por ano apenas, para o sacrifício expiatório. Só depois de se purificar é que o sacerdote podia entrar ali.
Hoje, em termos de presença de Deus, o mais simples templo católico é mais importante que o Templo de Jerusalém, porque tem dentro de si mais que a Arca da Aliança: o próprio Cristo, Deus Vivo, no sacrário, com a luz acesa ao lado. Ele é o verdadeiro “Santo dos Santos”.
Antes do Concílio Vaticano II, havia uma só forma de Oração Eucarística. Atualmente, para que cada povo possa participar mais e utilizarem sua própria cultura existem várias fórmulas que são aprovadas pela Igreja. No Brasil existem 14 formas.
I) PREFÁCIO E “SANTO”
O Prefácio é um hino de “abertura”, que nos introduz no Mistério Eucarístico. Nele, o padre convida o povo a elevar seus corações a Deus e proclamar a santidade de Deus, dando-lhe graças.
No Prefácio, o Presidente sempre reza de braços abertos. Ele inicia com o diálogo:
Padre: O Senhor esteja convosco!
Povo: Ele está no meio de nós.
Padre: Corações ao alto!
Povo: O nosso coração está em Deus.
Padre: Demos graças ao Senhor nosso Deus!
Povo: É nosso dever e nossa salvação.
O trecho seguinte do Prefácio compreende algumas palavras próprias, dependendo do Tempo Litúrgico ou da festa que se celebra.
O final do Prefácio é sempre igual. Termina com o cântico:
“Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus do universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!”
O “Santo” é tirado de Is 6,3. A repetição, dizendo 3 vezes “Santo” significa o máximo de santidade, “Santíssimo”.
II) INVOCAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
Momentos antes da Consagração, o padre estende as mãos sobre o pão e o vinho e pede ao Pai que os santifique, enviando sobre eles o Espírito Santo. Toda invocação do Espírito Santo é feita de pé.
III) NARRATIVA DA CEIA E CONSAGRAÇÃO DO PÃO E DO VINHO
Neste momento a Assembléia se ajoelha, ou mesmo de pé (se não podem ajoelhar-se) porém em posição de adoração (cabeça baixa, em posição de reverência). A Ceia Eucarística celebrada por Jesus com os Apóstolos teve origem na Ceia Pascal Hebraica, que também não é celebrada como uma simples recordação, mas como um acontecimento que se faz presente.
Dentro da missa, esta é a hora da transformação do pão e do vinho, que se tornam o Corpo e o Sangue do Senhor.
Por ordem de Cristo, o Presidente recorda o que Jesus fez na Última Ceia. Ele pega o pão, o apresenta ao povo e pronuncia as palavras de Consagração:
“Tomai, todos, e comei, isto é o meu corpo que será entregue por vós.” (Lc 22,17ss)
Após a consagração do pão, o padre levanta a hóstia à vista da Assembléia. A seguir, genuflecte para adorar Jesus presente no Santíssimo Sacramento.
A mesma coisa faz o padre com o cálice de vinho. Ele recorda que Jesus tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente e o deu a seus discípulos, dizendo:
“Tomai, todos, e bebei: este é o cálice do meu Sangue, o Sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós e por todos, para remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim.”
Novamente, o padre genuflecte para adorar o Cristo presente após a consagração do vinho.
Na Consagração do pão e do vinho o povo deve ajoelhar-se ou ainda fazer uma profunda inclinação de cabeça no momento em que o padre eleva a hóstia e o cálice.
Durante as palavras de Consagração é que há a transubstanciação a transformação das espécies no Corpo Eucarístico. Nessa hora, o silêncio deve ser total não deve haver nem mesmo fundo musical.
Lembremos que na missa o padre age “in persona Christi”, ou seja, em lugar da pessoa de Cristo. É como se Jesus estivesse pessoalmente presidindo a Celebração.
A Igreja celebra a Missa para cumprir a vontade de Jesus, que mandou celebrar a Ceia:
“Fazei isto em memória de mim!”
No início das comunidades cristãs, eles não falavam “missa”, mas “fração do pão” (cf. At 2,42). São Paulo também fala de missas celebradas em algumas comunidades (cf 1Cor 11,17-34), inclusive celebradas por ele (cf. At 20,7-11).
A Eucaristia não é simplesmente uma das coisas que Jesus fez por nós: é a grande surpresa que Ele nos preparou durante toda a sua vida. Ele já havia prometido nos dar “pão vivo descido do céu” e que esse pão seria a sua carne “para a nossa salvação” (cf. Jo 6,35-69).
IV) “EIS O MISTÉRIO DA FÉ!”
Terminada a Consagração, o Presidente proclama solenemente, mostrando o Sacramento:
“Eis o Mistério de nossa fé!”
V) LEMBRANÇA DA MORTE E RESSURREIÇÃO DE JESUS
A Assembléia levanta-se no mesmo momento em que o padre (logo depois da consagração do vinho ele genuflectiu e se levantou) e responde:
“Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!” (Há outras formas de resposta.)
O Mistério só é aceito por quem crê! Assim, as palavras do celebrante soam como que um “desafio à fé”: “Eis o Mistério da fé!” No Emaús temos o costume de cantar o Maranatha que é perfeitamente litúrgico para o momento, é um clamor ao Jesus que vem!
VI) ORAÇÕES PELA IGREJA
A Igreja é o “Corpo Místico de Cristo”. Nela circula a vida da Graça. É o que chamamos de Comunhão dos Santos, dita no “Creio”. Entre todos os membros da Igreja, no céu ou na terra, existe a intercomunicação da Graça. Uns oram pelos outros, pois somos todos irmãos, membros da grande Família de Deus.
Assim, na Missa, dentre as orações pela Igreja, a primeira é pelo Papa e pelo Bispo Diocesano, pelas suas grandes responsabilidades. Pedimos também pelos evangelizadores e evangelizados, pela conversão dos pagãos e pela perseverança dos cristãos.
Oramos também pelos falecidos um ato de caridade. Na Bíblia há um elogio a Judas Macabeu pela sua intercessão e oferecimento de um “sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos do seu pecado” (2Mac 12,45-46).
Finalmente pedimos por nós como “povo santo e pecador”, para que estejamos um dia reunidos com a Virgem Maria, os Apóstolos e todos os bem- aventurados no céu, para louvarmos e bendizermos a Deus. A oração termina “por Jesus Cristo nosso Senhor”, que nos disse:
“Em verdade, em verdade, vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai em meu nome, ele vos dará. Até agora não pedistes nada em meu nome. Pedi e recebereis.” (Jo 16,23-24)
VII) LOUVOR FINAL (“POR CRISTO…”)
É dito pelo sacerdote e somente por ele. Esse é o verdadeiro ofertório, pois é o próprio Cristo que oferece e é oferecido. É por meio de Jesus que damos graças e louvores ao Pai. Ele é o nosso Pontífice, isto é, a nossa “ponte” entre o céu e a terra, como Ele disse:
“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim.” (Jo 14,6)
Por isso, encerra-se a Oração Eucarística proclamando:
Padre: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo, a vós, Deus Pai Todo-Poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e toda a glória, agora e para sempre!”
Depois disso a Assembléia responde o chamado GRANDE AMÉM, que é o principal de toda a missa! Devia ser festivamente dito ou cantado com uma profunda devoção pois é o Amém Síntese da Missa.
Esse até de louvor é dito de pé, sendo que o Presidente levanta a hóstia e o cálice.
3. RITO DA COMUNHÃO
I) Pai-Nosso e Oração Seguinte
Começa a preparação para a Comunhão Eucarística. É a síntese do Evangelho. Para bem rezá-lo, precisamos entrar no pensamento de Jesus e na vontade do Pai. É uma oração de sentido comunitário que, mesmo rezada só, deve-se proferi-la em intenção de todos.
Para comungar o Corpo do Senhor na Eucaristia, preciso estar em comunhão com meus irmãos membros do Corpo Místico de Cristo.
A oração do Pai Nosso é rezada da seguinte forma:
“Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.”
O primeiro céu aparece no plural (céus) na versão em português do Pai-Nosso por significar TODO LUGAR e um estado de espírito, de alegria de VIDA. O segundo céu aparece no singular em oposição a terra, significando realmente o céu no sentido da Vida Eterna.
Dizemos perdoai-NOS com a partícula NOS pois pedimos que Deus perdoe a NÓS e não as nossas ofensas, assim como perdoamos AQUELES que nos ofenderam e não os pecados deles.
Dentro da missa, o Pai Nosso não tem o AMÉM final. A oração do Pai Nosso se estende até o final da oração que o sacerdote reza a seguir, pedindo a Deus que nos livre de todos os males. Porque só quando estamos libertos do mal é que podemos experimentar a paz e dar a paz. Assim como só Deus pode dar a verdadeira paz, também só quem está em comunhão com Deus é que pode comunicar a seus irmãos a paz.
Sac.: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda do Cristo salvador.
O “Amém” do Pai Nosso, dentro da missa é substituído pela oração: “Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!”, que é dito logo após a oração anterior.
II) SAUDAÇÃO DA PAZ
A paz é um dom de Deus, que só ele pode dar:
“Deixo-vos a paz. Dou-vos a minha paz. Não a dou como o mundo a dá.” (Jo 14,27)
Antes de o Presidente convidar a Assembléia para que se saúdem mutuamente no amor de Cristo, ele recorda as palavras de Jesus, fazendo este diálogo com o povo:
Padre: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja; dai-lhe segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.
Povo: Amém!
Padre: A paz do Senhor esteja sempre convosco!
Povo: O amor de Cristo nos uniu.
III) FRAÇÃO DO PÃO
Ao fim da saudação entre os fiéis, o celebrante parte a hóstia grande e coloca um pedacinho dela dentro do cálice com vinho consagrado. Esse ato tem o sinal da fraternidade, da repartição do pão, como Jesus o fez para seus discípulos na Ceia, além do reconhecimento de Cristo, por parte dos discípulos de Emaús, ao partir o pão em sua casa.
IV) CORDEIRO DE DEUS
Logo após, o Presidente põe um pedaço da Hóstia no cálice e reza em voz baixa:
“Esta união do Corpo e do Sangue de Jesus, o Cristo e Senhor, que vamos receber, nos sirva para a vida eterna!”
Ao mesmo tempo, a Assembléia canta o “Cordeiro de Deus”.
Embora no Ato Penitencial todos já se tenham purificado, ao aproximar-se do momento da Comunhão os fiéis sentem-se indignos de receber o Corpo do Senhor e pedem perdão mais uma vez, dizendo:
“Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós! Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós! Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz!”
Enquanto isso, o padre se inclina diante do Santíssimo Sacramento e pede a Jesus que aquela comunhão seja para a sua salvação.
Ninguém se atreva a receber o Corpo do Senhor indignamente!
No AT e no NT Jesus é apresentado como o “Cordeiro de Deus”. Sete séculos antes de Cristo, o profeta Isaías predisse que o Messias seria levado à morte, “sem abrir a boca, como um cordeiro conduzido ao matadouro” (cf. Is 53,7). João Batista, ao ver Jesus passando, disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). São Paulo disse: “Cristo, nossa Páscoa, foi imolado” (1Cor 5,7b).
E, de fato, na hora em que Jesus morria na cruz, era imolado no Templo o cordeiro pascal para os judeus comemorarem a Páscoa. São Pedro também disse que não fomos resgatados pelo preço vil de ouro ou de prata, mas “pelo sangue precioso de Cristo, o Cordeiro sem mancha” (cf. 1Pd 1,18-19).
V) FELIZES OS CONVIDADOS!
Terminado o “Cordeiro de Deus”, o Presidente levanta a Hóstia consagrada e a apresenta à Assembléia, dizendo: “Felizes os convidados para a Ceia do Senhor! Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! ”
Pelo sangue de Cristo fomos salvos. Jesus é o nosso Libertador. Dele nos aproximamos com alegria. Daí o Presidente nos convidar à comunhão, dizendo “Felizes os convidados”.
Ao que o povo responde:
“Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.”
Essa resposta é tirada da resposta do oficial romano, o centurião, dada a Jesus (cf. Mt 8,8). Na verdade, ninguém é digno de comungar. É por bondade de Jesus que Ele vem a nós. Por isso, nos aproximamos da Comunhão com fé e humildade.
A comunhão eucarística não é um “prêmio” para os justos que já se libertaram de todos os pecados, mas um Alimento que fortalece os pecadores na sua caminhada em busca da libertação de todo o mal.
VI) DISTRIBUIÇÃO DA COMUNHÃO
Comungar é receber Jesus Cristo, Rei dos reis, para alimento de vida eterna. Quem comunga deve meditar um pouco nesse Mistério da presença real do Senhor em sua vida. E não comungar e já ir saindo da Igreja, ou ficar conversando e se distraindo. Não convém nem mesmo ir rezar diante de alguma imagem, pois Jesus deve ser o centro da atenção e piedade nessa hora. Ele é o Hóspede divino que acaba de ser recebido.
Após dizer “Felizes os convidados…”, com a resposta da comunidade, o padre reza em voz baixa:
“Que o Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna.”
Em seguida, comunga o Corpo e o Sangue do Senhor. Depois o padre e os ministros dão a comunhão para os fiéis. Mostrando a Hóstia a cada um, diz:
“O Corpo de Cristo!”
E quem comunga responde: “Amém!”
Quanto ao modo de receber a comunhão, na boca ou na mão, é de competência do Bispo. Quem comunga, recebendo a Hóstia na mão, deve elevar a mão esquerda aberta, para o padre colocar a comunhão na palma da mão. O comungante, imediatamente, pega a Hóstia com a mão direita e comunga ali mesmo, na frente do padre. Não pode sair com a Hóstia na mão e comungar andando.
Para comungar é preciso estar na Graça de Deus (sem pecado grave) e em jejum (uma hora antes da comunhão).
Por uma questão prática, normalmente se dá apenas a Hóstia e não o Vinho Consagrado. Porém, na Hóstia está o Cristo inteiro e vivo, com seu corpo, sangue, alma e divindade.
VII) Canto de Ação de Graças
Após a Comunhão do povo, convém haver alguns momentos de silêncio para interiorização da Palavra de Deus e ação de graças. Pode-se também recitar algum salmo ou cantar algum canto de ação de graças. Não é o momento de dar avisos ou prestar homenagens a alguém.
A Ação de Graças é de toda a Assembléia e não apenas dos cantores ou de algum solista. Ação de graças não é o nome mais apropriado, pois toda a missa é Ação de graças.
VIII) ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO
Apenas após terminada esta oração, que é presidencial, podem-se dar avisos e fazer convites. Se for algo breve, a Assembléia pode ouvir de pé, caso contrário, pode sentar-se.
IV) RITOS FINAIS
1. Comunicados e Convites
2. Bênção Final
Solene, dada pelo Presidente. Antes da bênção, o Presidente da Celebração saúda a Assembléia, dizendo: “O Senhor esteja convosco!”
E todos respondem: “Ele está no meio de nós.”
Nesta hora, se a comunidade estiver sentada, deve levantar-se. Aí vem a bênção, que pode ser com uma fórmula simples ou solene. Por exemplo, uma fórmula é: “Abençoe-vos Deus Todo-Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo!”
E todos respondem “Amém!”
Ao dar a bênção, o padre traça uma cruz sobre a Assembléia e todos devem inclinar a cabeça.
É muito importante a bênção de Deus dada solenemente na Missa! Essa bênção é para cada pessoa presente! É preciso valorizar mais e receber com fé a bênção solene dada no final da Missa.
A Missa termina com a bênção, em seguida, vem o canto final.
3. Despedida
Todos devem esperar o sacerdote sair do altar para depois se retirarem.
CATEQUESE PARA ADULTOS – 2022

CATEQUESE PARA ADULTOS – 2022
1- QUEM É DEUS?
2- O MISTÉRIO DA SANTÍSSIMA TRINDADE
3- A BÍBLIA
4- OS DEZ MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS
5- OS CINCO MANDAMENTOS DA IGREJA
6- A REVELAÇÃO DE DEUS NA CRIAÇÃO
7- O CHAMADO DE JESUS
Tema Extra – DICAS DO VENCEDOR
8- JESUS DA ANUNCIAÇÃO DO ANJO ATÉ A INFÂNCIA
Tema Extra – ORIGEM DA AVE-MARIA E DOS MISTÉRIOS GOZOSOS
9- “O AMOR DE DEUS EM NÓS: UMA ALIANÇA ETERNA”
10- POR AMOR, O PAI ENVIA SEU FILHO JESUS
11- JESUS DIZ: EU SOU O BOM PASTOR
12- “JESUS: CAMINHO, VERDADE E VIDA”
Tema Extra – A SALVAÇÃO É POSSÍVEL?
13- QUINTA-FEIRA SANTA – LAVA-PÉS
14- A INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA e do SACERDÓCIO
15- SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO – 6ª feira Santa
16- SÁBADO SANTO
17- PÁSCOA
18- SACRAMENTOS
19 – O SACRAMENTO DO BATISMO
Tema Extra – ANTECEDENTES DA IGREJA
Tema Extra -O PENTECOSTES E A IGREJA NASCENTE
20- O SACRAMENTO DA EUCARISTIA
Tema Extra – OS MILAGRES EUCARÍSTICOS
21- O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA OU CONFISSÃO
Tema Extra – JOÃO BATISTA E O CHAMADO À CONVERSÃO
22- A PRESENÇA DE MARIA NA IGREJA CATÓLICA
23 – ASCENSÃO E PENTECOSTES
24 – DONS DO ESPÍRITO SANTO
Dons INFUSOS (de santificação)
Dons EFUSOS (de serviço)
25 – JESUS CAMINHO, VERDADE E VIDA
26 – FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO
Tema Extra: O DÍZIMO na Comunidade de Fé
27 – JESUS: A REVELAÇÃO DO ROSTO DE DEUS PARA NÓS
28 – O PECADO, O VÍCIO E A VIRTUDE
29 – JESUS mostra o REINO DE DEUS através de PARÁBOLAS
30 – JESUS, FUNDAMENTO DA VIDA CRISTÃ
01 – QUEM É DEUS?
Ao longo da história, todas as culturas se fizeram esta pergunta; tanto é assim, que os primeiros sinais de civilização se encontram, geralmente, no âmbito religioso e cultural. Crer em Deus está, em primeiro lugar, para o homem de qualquer época.
A diferença essencial está em qual Deus se crê. De fato, em algumas religiões pagãs, o homem adorava as forças da natureza, enquanto manifestações concretas do sagrado, e contavam com uma pluralidade de deuses, ordenada hierarquicamente. Na Grécia Antiga, por exemplo, também a divindade suprema, em um panteão de deuses, era regida, por sua vez, por uma necessidade absoluta que abarcava o mundo e os próprios deuses.
Para muitos estudiosos da história das religiões, em muitos povos ocorreu uma progressiva perda a partir de uma “revelação originária” do único Deus.
A revelação judaico-cristã mudou este quadro e Deus passou a ser representado, na Escritura, como Criador de tudo o que existe e Origem de toda força natural.
2 – O MISTÉRIO DA SANTÍSSIMA TRINDADE
O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Deus se revelou como Pai, Filho e Espírito Santo. Foi Nosso Senhor Jesus Cristo quem nos revelou este mistério. Ele falou do Pai, do Espírito Santo e d’Ele mesmo como Deus. Logo, não é uma verdade inventada pela Igreja, mas revelada por Jesus. Não a podemos compreender, porque o Mistério de Deus não cabe em nossa cabeça, mas é a verdade revelada.
Santo Agostinho (430) dizia: O Espírito Santo procede do Pai enquanto fonte primeira e, pela doação eterna deste último ao Filho, do Pai e do Filho em comunhão (A Trindade, 15,26,47).
Só existe um Deus, mas n’Ele há três Pessoas divinas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Não pode haver mais que um Deus, pois este é absoluto. Se houvesse dois deuses, um deles seria menor que o outro, e Deus não pode ser menor que outro, pois não seria Deus.
3 – A BÍBLIA
A palavra BIBLIA significa Biblioteca, pois é uma coleção de livros que contém a história da Salvação, desde a criação do mundo feita por Deus até as profecias da Segunda vinda gloriosa de Jesus, a Bíblia é a única, dentre os livros sagrados do mundo, não escrita por uma só pessoa.
A Bíblia é a Escritura Sagrada de Deus, todas as passagens contidas nela foram inspiradas pelo Espírito Santo de Deus, isto implica que cada letra escrita é verdadeira. Ela deve ser a luz, para todos os momentos, do nosso caminhar à Casa do Senhor.
A Bíblia é dividida em duas partes:
* Antigo Testamento (46 livros) e
* Novo Testamento (27 livros).
A palavra testamento significa aliança”.
A primeira parte (antigo testamento) revela a Criação do mundo, as alianças que Deus fez com os homens, as profecias que anunciavam a vinda do Messias, a fidelidade e infidelidade do povo de Deus, e principalmente, a preparação do povo escolhido de onde viria Jesus.
O Novo Testamento narra desde a vinda de Jesus até por volta do ano 100 com o falecimento do apóstolo São João.
Possui 27 livros e está dividido em cinco partes:
- Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João
- Atos dos Apóstolos
- Cartas de São Paulo
- Cartas de São Tiago, São Pedro, Cartas de São João, Cartas de São Judas (Epístolas Católicas ou Pastorais: Thiago; Pedro I e II; João I, II e III; e Judas)
- Apocalipse
4 – OS DEZ MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS
1º MANDAMENTO Amar a Deus sobre todas as coisas:
O primeiro mandamento convida a pessoa a crer em Deus, a esperar Nele e a amá-Lo acima de tudo. A superstição é um desvio do verdadeiro culto que prestamos ao verdadeiro Deus, é uma espécie de Idolatria. Adorar a Deus é reconhecer, com respeito e submissão absoluta, o «nada da criatura», que só por Deus existe. Adorar a Deus é, como Maria no Magnificat, louvá-Lo, exaltá-Lo e humilhar-se, confessando com gratidão que Ele fez grandes coisas e que o seu Nome é santo. A adoração do Deus único liberta o homem de se fechar sobre si próprio, da escravidão do pecado e da idolatria do mundo. «Ao Senhor teu Deus adorarás» (Mt 4, 10). Adorar a Deus, prestar-Lhe o culto que Lhe é devido, cumprir as promessas e votos que se Lhe fizeram, são atos da virtude da religião, que traduzem a obediência ao primeiro mandamento. Na medida em que rejeita ou recusa a existência de Deus, o ateísmo é um pecado contra o primeiro mandamento.
2º MANDAMENTO: Não tomar seu santo nome em vão:
Este mandamento proíbe o uso inconveniente do nome de Deus. As promessas feitas a outra pessoa em nome de Deus empenham a honra, a fidelidade a veracidade e a autoridade divinas. Devem ser respeitadas. A blasfêmia consiste em proferir contra Deus palavras de ódio, de ofensa, de desafio e em falar mal de Deus. É também blasfêmia recorrer ao nome de Deus para encobrir práticas criminosas, oprimir o povo, torturar ou matar. Não podemos pôr em dúvida os sentimentos de Temor de Deus, pois temos a visão de um Deus soberano e consciência de sua presença. Ora, na medida em que acreditamos que Ele está presente, este mandamento proíbe também o uso indevido do nome Jesus, de Maria e de todos Santos de maneira injuriosa. Devemos ter tais sentimentos. “Não os ter, é não estar consciente desta realidade, é não crer que Ele está presente.
3º MANDAMENTO Guardar domingos e festas:
O terceiro mandamento do Decálogo refere-se à santificação do sábado: “O sétimo dia é um sábado: um descanso completo consagrado ao Senhor” (Ex 31, 15). O Evangelho relata numerosos incidentes em que Jesus é acusado de violar a lei do sábado. Mas Jesus nunca viola a santidade deste dia. É com autoridade que Ele dá a sua interpretação autêntica desta lei: “O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado” (Mc 2, 27). Cheio de compaixão, Cristo autoriza-Se, em dia de sábado, a fazer o bem em vez do mal, a salvar uma vida antes que perdê-la. O sábado é o dia do Senhor das misericórdias e da honra de Deus. Jesus ressuscitou de entre os mortos «no primeiro dia da semana” (Mc. 16, 2). Enquanto “primeiro dia”, o dia da ressurreição de Cristo lembra a primeira criação. Enquanto “oitavo dia”, a seguir ao sábado, significa a nova criação, inaugurada com a ressurreição de Cristo. Este dia tornou-se para os cristãos o dia do Senhor, o Domingo. Reunimo-nos todos no dia do Sol, porque foi o primeiro dia após o Sábado judaico, mas também o primeiro dia em que Deus, tirando das trevas a matéria, criou o mundo, e porque Jesus Cristo, nosso Salvador, nesse mesmo dia, ressuscitou dos mortos. O domingo distingue-se expressamente do sábado, cuja prescrição ritual para os cristãos substitui o sábado e realiza plenamente na Páscoa de Cristo a verdade espiritual do sábado judaico e anuncia o descanso eterno, do homem, em Deus. Os que viveram segundo a antiga ordem das coisas alcançaram uma nova esperança, não guardando já o sábado, mas o dia do Senhor, em que a nossa vida foi abençoada por Ele e pela sua morte. A celebração do domingo é o cumprimento da prescrição moral de «prestar a Deus um culto exterior, visível, público e regular, sob o signo da sua bondade universal para com os homens». O culto dominical cumpre o preceito moral da Antiga Aliança, cujo ritmo e espírito retoma ao celebrar em cada semana o Criador e o Redentor do seu povo.
4º MANDAMENTO: “Honra teu pai e tua mãe…”:
“Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá”. De acordo com este mandamento, Deus quis que, depois dele, honrássemos nossos pais e todos os que Ele, para o nosso bem, investiu de autoridade. A salvação da pessoa e da sociedade humana está estreitamente ligada ao bem estar da comunidade conjugal e familiar. Os filhos devem aos pais respeito, gratidão, justa obediência e ajuda. O respeito filial favorece a harmonia de toda a vida familiar. A paternidade divina é a fonte da paternidade humana; é o fundamento da honra devida aos pais. O respeito dos filhos, menores ou adultos, pelo pai e pela mãe alimenta-se da afeição natural nascida do vínculo que os une. O quarto mandamento também lembra aos filhos adultos suas responsabilidades para com os pais.
5º MANDAMENTO: “Não matarás”:
“Toda vida humana, desde o momento da concepção até a morte, é sagrada porque a pessoa humana foi querida por si mesma à imagem e semelhança do Deus vivo e santo. O assassinato de um ser humano é gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador”. O quinto mandamento, entretanto, vai além do ato de homicídio voluntário ou a cooperação nele. Entende a Santa Igreja que ele abrange não apenas a morte em si, mas uma série de outras atitudes tais como: a intenção de se destruir uma pessoa, mesmo que não se consiga; o aborto voluntário ou provocado; a eutanásia voluntária; os negócios fraudulentos que provocam a morte ou a fome; a instituição de leis que atentem contra a vida; a criação de estruturas sociais que promovem a exclusão, a fome e o abandono; o desrespeito à integridade corporal e a promoção da guerra. Jesus mostra claramente a abrangência do quinto mandamento quando diz: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: “Não matarás. Aquele que matar terá de responder ao tribunal”. Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão terá de responder no tribunal” (Mt 5,21-22). Toda atitude contra a vida promove a morte. O cristão deve sempre nortear-se pela declaração de Jesus: “O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” João 10,10.
6º MANDAMENTO: “Não cometerás adultério”:
Disse Jesus: “Ouvistes que foi dito: “Não cometerás adultério”. Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração” (Mt 5, 27-28). Deus é amor e vive em Si mesmo um mistério de comunhão pessoal de amor. Ao criar a humanidade do homem e da mulher à sua imagem Deus inscreveu nela a vocação para o amor e para a comunhão e, portanto, a capacidade e a responsabilidade correspondentes. Diz respeito particularmente à afetividade, à capacidade de amar e de procriar, e, de um modo mais geral, à aptidão para criar laços de comunhão com outrem. A sexualidade torna-se pessoal e verdadeiramente humana quando integrada na relação de pessoa a pessoa, no dom mútuo total e temporalmente ilimitado, do homem e da mulher. A virtude da castidade engloba, portanto, a integridade da pessoa e a integralidade da doação e implica na aprendizagem do autodomínio e da fidelidade. A Igreja deu ao matrimônio a dignidade de Sacramento, portanto, “O adultério e o divórcio, a poligamia e a união livre são ofensas graves à dignidade do matrimônio”.
7º MANDAMENTO: “Não roubarás”:
“O sétimo mandamento proíbe tomar ou reter injustamente os bens do próximo ou lesá-lo, de qualquer modo. Prescreve a justiça e a caridade na gestão dos bens terrestres e dos frutos do trabalho. Exige, em vista do bem comum, o respeito à destinação universal dos bens e ao direito de propriedade privada. A vida cristã procura ordenar para Deus e para a caridade fraterna os bens deste mundo”. Tudo o que foi criado por Deus, animais, plantas e seres inanimados, estão naturalmente destinados ao bem comum da humanidade, pois o domínio que Deus deu ao homem sobre estas criaturas não foi absoluto. Ele deve ser pautado pela preocupação e profundo respeito pela integridade da vida e de toda a criação.
8º MANDAMENTO: “Não apresentarás falso testemunho contra teu próximo”:
“O oitavo mandamento proíbe falsificar a verdade. Somos testemunhas de Deus, que é e que quer a verdade. As ofensas à verdade exprimem, por palavras ou por atos, a falta de retidão moral: são infidelidades graves para com Deus. Este mandamento proíbe a mentira e ensina que devemos respeitar a integridade da reputação do caráter do próximo. Quem crê em Deus deve amar a verdade que nos torna livres e nos santifica. Assim, o 8º mandamento proíbe que se levante falso testemunho e perjúrio (jurar falso, falar inverdades). Podemos prejudicar o outro por falsidade e omissão da verdade; por propagar qualquer informação que cause prejuízo ao próximo. Isto inclui admitir como verdadeiro, mesmo em silêncio, um defeito moral do próximo, bem como, sem razão ou conhecimento, revelar os defeitos dos outros a pessoas que não o sabem (maledicência). Estas condutas denigrem e desvalorizam a pessoa e por isso também é pecado.
9º MANDAMENTO: “Não desejarás a mulher do próximo” :
O amor puro e verdadeiro para com as pessoas demonstra também o nosso verdadeiro amor a Deus. Tanto ao homem como à mulher, não é permitido o ato de cobiça. E em seu conteúdo está contida a valorização e a dignidade da sexualidade humana, onde deve haver respeito mútuo. Um não possui maior dignidade que o outro. Viver o nono mandamento não significa apenas expressar ao próximo um amor puro e sadio, significa também que me relaciono indistintamente com todos. É uma busca de não nos deixarmos vencer pelas tentações da carne. Esta vitória é possível pela purificação do coração e pela prática da virtude da temperança. O fim último deste mandamento é visualizarmos na beleza humana a grandiosidade de Deus.
10º MANDAMENTO: “Não cobiçarás coisa alguma que pertença a teu próximo”: Este mandamento completa o anterior ensinando que não podemos cobiçar ou ter inveja do que pertence ao outro, seja um bem material no sentido de propriedade ou de qualquer outra natureza. “O décimo mandamento exige banir a inveja do coração humano. Não cobiçar as coisas alheias, não trabalhar em si o sentimento de inveja e de possuir o que é do outro.
5 – OS CINCO MANDAMENTOS DA IGREJA
1º – “Participar da Missa inteira aos domingos, de outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho”;
2º – “Confessar-se ao menos uma vez por ano”;
3º – “Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição;
4º – “Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja” (No Brasil, isso deve ser feito na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa;
5º – “Ajudar a Igreja em suas necessidades”
“Pagai integralmente os dízimos ao tesouro do templo, para que haja alimento em minha casa. Fazei a experiência – diz o Senhor dos exércitos – e vereis se não vos abro os reservatórios do céu e se não derramo a minha bênção sobre vós muito além do necessário.” Malaquias 3, 10
6 – A REVELAÇÃO DE DEUS NA CRIAÇÃO
Nós fomos modelados por Deus, com amor e ternura.
A sede da humanidade só pode ser saciada junto à Fonte, que é Deus.
Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus. E o ser humano foi, ainda, elevado à condição de filho de Deus
O homem e a mulher tinham o Paraíso para usufruir. Mas o homem pecou e perdeu a possibilidade de estar na presença de Deus.
Depois da desobediência de Adão e Eva, o ser humano perdeu o estado de graça e, com o pecado, passou a necessitar do perdão de Deus.
Deus, por amor, promete seu próprio Filho para resgatar a humanidade.
Por isto, na Palavra de Deus, que é a Bíblia Sagrada, vemos os Profetas que anunciam a chegada do Messias. Um Salvador haveria de nascer para resgatar o homem de seus pecados. E é assim que Deus Pai envia seu Filho para que nasça, no seio de uma família. Jesus é, pois, o Deus encarnado, que veio ao mundo se fazendo semelhante ao homem em tudo, menos no pecado.
7 – O CHAMADO DE JESUS
Marcos 3, 13-19
“13. Depois, subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram a ele.
14. Designou doze dentre eles para ficar em sua companhia. 15.Ele os enviaria a pregar, com o poder de expulsar os demônios. 16.Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; 17.Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer Filhos do Trovão. 18.Ele escolheu também André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador; 19.e Judas Iscariotes, que o entregou.”
Reflexão:
Jesus chamou os discípulos para seguirem-no.
Não escolheu os sábios ou preparados. Chamou “OS QUE ELE QUIS”.
Chamou, sim, os disponíveis. Os que souberam responder “sim”.
O conjunto dos apóstolos lhes trouxe a força e estrutura necessária. Hoje nós somos o grupo de seguidores de Jesus. Cada um com seu talento. Todos diferentes uns dos outros.
Hoje Ele chama a cada um pelo nome.
Sim, ele está chamando você!”
TEMA EXTRA – AS DICAS DE UM VENCEDOR
Assuma seus próprios erros
Saiba que o mal estraga a vida
Afaste-se do que não é bom
Melhore um pouco a cada dia
Procure sempre se esforçar
Cultive seu lado bom
Aceite a ajuda de Deus (livre arbítrio)
8- JESUS – ANUNCIAÇÃO do Anjo e INFÂNCIA
Durante muito tempo o povo de Deus esperou a vinda do Salvador prometido, o Messias. Messias quer dizer ungido, enviado por Deus.
Jesus é a realização da promessa de Deus, conforme foi anunciado pelo Profeta Isaías: “Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, ele recebeu o poder sobre seus ombros, e lhe foi dado este nome: Conselheiro-maravilhoso, Deus-forte, Pai eterno, Príncipe da Paz” (Isaías 9, 5)
Deus cumpre a sua promessa enviando o seu próprio filho Jesus, que veio ao mundo revelar a face de um Deus que é Pai, amor, misericórdia e perdão.
Jesus é o Messias que os profetas anunciavam que seria a descendência de Davi, onde haveria de nascer e quem seria sua mãe. O Profeta Isaías diz ainda que Ele faria milagres, sofreria muito, entregaria a sua vida para a salvação der todos e seria glorificado.
Em Nazaré vivia uma jovem cujo nome era Maria. Era fiel a Deus e pura de coração. Um dia, Deus lhe visitou, escolhendo-a pra ser mãe do Salvador, e o seu sim foi fundamental para o plano de Deusa se realizar. Então, Deus se fez gente no meio de nós.
José, seu noivo, foi também visitado por Deus, que lhe disse: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus…” (Mt 1, 20-21)
Lucas 1, 26-38: “26. No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27.a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria…
Os Pastores visitam Jesus (Lucas 2, 1-20)
A visita dos Magos a Jesus – Mateus 2, 1-12
CONCLUSÃO:
Deus quis enviar seu filho ao mundo, mas não quis agir sozinho. Ele quis que seu filho nascesse em uma família
Escolheu Maria, que aceitou o convite de Deus e se colocou à disposição para fazer a vontade do Senhor.
Deus escolheu também José como pai adotivo de Jesus. O próprio Deus Pai é seu pai verdadeiro.
O nascimento de Jesus, com toda a sua simplicidade, foi um grande acontecimento, que mudaria toda a história da humanidade.
Os Pastores, naquele tempo, não eram muito considerados pela população da cidade, mas oi a eles que Deus avisou sobre o nascimento de Jesus, para que eles fossem os primeiros a visitar o Salvador. É Deus fazendo caso daquelas pessoas de quem o mundo nem sempre fazia caso.
Quando Maria apareceu grávida, José decidiu rejeitá-la secretamente. Porém, um anjo apareceu-lhe em sonhos e lhe disse para receber Maria por esposa, pois ela engravidou por obra do Espírito Santo. Disse ainda que seria um menino, e lhe deviam dar o nome de Jesus, que quer dizer Salvador.
Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta: Isaías: Eis que uma Virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel (Is 7,14), que significa: Deus conosco.
José recebeu em sua casa sua esposa. .E, sem que ele a tivesse conhecido, ela deu à luz o seu filho, que recebeu o nome de Jesus.
Que nós possamos sempre buscar Jesus, como os Reis Magos, e a ele oferecer nosso coração e nosso amor.
TEMA EXTRA – ORIGEM DA AVE-MARIA E DOS MISTÉRIOS GOZOSOS
A Ave Maria inicia com a saudação do anjo:
“Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo”.
E Isabel continua:
Bendita sois entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre”.
Primeiro Mistério Gozoso:
“A Anunciação do Anjo Gabriel à Virgem Maria e a Encarnação do Verbo Divino em seu seio imaculado”.
O Anjo anunciou a Maria, e ela concebeu do Espírito Santo. Sem nenhuma ação do homem. Foi uma ação de Deus, que se deu de forma milagrosa. Maria era virgem e permaneceu virgem, pois Deus colocou Jesus no ventre de Maria de forma milagrosa.
Segundo Mistério Gozoso:
“A visita de Maria à sua prima Isabel”
No mesmo tempo sua parenta Isabel engravidou. Maria, quando soube, foi às pressas ajuda-la, conforme Lucas 1, 39-56.
E Isabel louva a Deus pois percebe a presença do Menino Deus no ventre de Isabel, e louva a Maria com as palavras que serão parte da oração Ave Maria
“Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto de vosso ventre”
O Anjo avisa José que o filho que Maria carrega é obra do Espírito Santo, e assim ele aceita sua esposa.
Terceiro Mistério Gozoso:
“O nascimento de Jesus em Belém”
Por causa do recenseamento tinha muita gente de fora na cidade, e não havia lugar para eles na hospedaria. Jesus nasce em um lugar pobre, e os pais o deitam em um cocho onde os animais comiam palha.
Quarto Mistério Gozoso: Apresentação do Menino Jesus no Templo
Lucas 2, 22-23. “Concluídos os dias da sua purificação segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor, 23.conforme o que está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor” (Ex 13,2)”
Quinto mistério gozoso: A perda e o encontro do Menino Jesus entre os doutores da Lei.
“Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa. Tendo ele atingido doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa. Acabados os dias da festa, quando voltavam, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem…
Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas” Lucas 2, 41-47
9- “O AMOR DE DEUS Em Nós:Uma Aliança Eterna”
Aliança significa pacto. Compromisso.
O anel de noivado usado pelos noivos simboliza um pacto mútuo entre as partes. Isso define um compromisso entre pessoas
A relação entre Deus e a humanidade reveste-se de um pacto amoroso de Deus para conosco. Por parte de Deus este acordo é eterno.
A palavra Aliança, na Bíblia, tem significado de amor, combinação, união, comunhão, vínculo, diálogo, casamento.
A Bíblia nos mostra que Deus sempre faz alianças por intermédio de pessoas, como os patriarcas (Abraão, Moisés no Monte Sinai compromisso para com a fidelidade com o seu povo até chegar à nova e definitiva aliança com Jesus Cristo.
É tão forte a Aliança do amor de Deus para com as pessoas que ele nos criou à sua imagem e semelhança. Deus Pai entregou como prova Suprema de amor seu próprio filho a morte para nos salvar.
O amor de Deus por nós é um amor íntimo e concreto. A aliança não é um projeto das pessoas para Deus mas de Deus para as pessoas.
O amor e o compromisso de uma aliança são invisíveis, brotam do coração, mas tem um sinal externo, que vem selar este pacto.
Noé ofereceu um sacrifício a Deus sobre o altar e Deus disse a Noé e aos seus filhos: “Vou fazer uma aliança com vocês e seus descendentes (Gênesis 9, 1-17). Esta aliança foi simbolizada pelo arco-íris.
Deus estabeleceu também uma aliança com a nação de Israel por meio de Moisés. A aliança feita com Moisés – os dez mandamentos, foi gravada em tábuas de pedra. Revela um novo significado para sacrifício e holocausto. É a oferenda da pessoa mesma, a exemplo de Jesus.
A nova aliança tem vínculos indestrutíveis de Misericórdia, de amor e de solidariedade. A Aliança do Sinai é a mais importante do Antigo Testamento e diferentes de todas as alianças.
Nela Deus se manifesta como nosso Deus e nos adota como seu povo por isso somos todos irmãos tendo um único Deus.
A aliança de Deus com o ser humano jamais será quebrada porque partiu do próprio Deus.
10 – POR AMOR, O PAI ENVIA SEU FILHO JESUS
“Deus amou tanto o mundo que entregou seu Filho único”. (Jo 3, 16)
O amor infinito de Deus é claramente expressado pelo advérbio “tanto”.
A atitude de Deus Pai, ao nos enviar por amor seu Filho, Jesus, nos revela quão grande é este amor. O amor de Deus por nós não tem limite.
O verbo entregar: “entregou seu Filho”, como o advérbio “tanto”, é cheio de significado.
“Entregou seu Filho” expressa o dom radical, total! Por que o Pai fez isto? É pelo RESGATE DO HOMEM! É para que você possa ser salvo, para que eu possa ser salva!
O amor de Deus não castiga, não condena, não mata, não discrimina, não exclui. O amor verdadeiro liberta, cura, perdoa, gera vida, acolhe, inclui!
11 – JESUS DIZ: EU SOU O BOM PASTOR
Objetivo: identificar Jesus como o bom pastor que nos acolhe e nos conduz.
O pastor é uma realidade natural para o povo a quem Jesus falava que perdurou por séculos até bem pouco tempo atrás, com a transformação da economia Rural em industrial.
Ele cuidava das ovelhas e as guardava do perigo; as levava a pastagem e, deixando seguras todas as outras, saía à procura da que se extraviou. Ele cuidava de suas feridas e a levava novamente ao convívio das demais.
Leitura: Jo 10, 1-6:
“São João, 10 1.“Em verdade, em verdade vos digo: quem não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. 2.Mas quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. 3. A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz à pastagem. 4.Depois de conduzir todas as suas ovelhas para fora, vai adiante delas; e as ovelhas seguem-no, pois lhe conhecem a voz. 5.Mas não seguem o estranho; antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” 6.Jesus disse-lhes essa parábola, mas não entendiam do que ele queria falar. 7.Jesus tornou a dizer-lhes: “Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. 8.Todos quantos vieram [antes de mim] foram ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram.* 9.Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo; tanto entrará como sairá e encontrará pastagem.* “
(São João, 10)
Na parábola do Bom Pastor Jesus se compara a um pastor e nós somos comparados as ovelhas. Ele diz: eu sou o bom pastor, conheço as minhas ovelhas e as ovelhas me conhecem.
Na imagem do pastor Deus se mostra como Deus é na sua relação com as pessoas: cuida com carinho e ternura de todos. Deus eu preocupa com todas as pessoas.
É o Pastor que vai ao encontro dos anseios de suas ovelhas.
Jesus dá sua vida a todos que aceitam sua proposta.
Aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. Mas aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. O porteiro abre a porta para ele, ele entra, as ovelhas ouvem sua voz e o seguem. Depois de fazer sair todas as ovelhas, ele caminha na frente delas, e as ovelhas o seguem, por conhecem sua voz.
Por amor Jesus dá sua vida pelas suas ovelhas, em morte sacrificial, permanecendo na Eucaristia.
Somos ovelhas de um mesmo rebanho, cujo pastor é Cristo.
Lembramos ainda da Palavra:
“Tenho ainda outras ovelhas que não são desse aprisco”.
12 – “JESUS: CAMINHO, VERDADE E VIDA”
Uma das verdades mais bonitas que Jesus nos revelou é que ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Nossa confiança e fé em Jesus Cristo nos permitem perceber que em nossa caminhada não estamos sozinhos. Jesus caminha conosco.
Jesus, vendo que os discípulos o seguiam, perguntou-lhes: Que procurais? Eles responderam: Mestre, onde moras? Ele respondeu: Vinde e vede. Foram, viram onde Jesus morava e permaneceram com ele aquele dia” (Jo 1, 38-39).
O seguimento de Jesus é um exercício que inclui procedimentos próprios. Quais os procedimentos para. seguir Jesus? Como encontrar o caminho sem um mapa, guia ou GPS? O próprio Jesus nos dá a resposta em (Jo 14,6):
“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. Seguir Jesus é entrar na dinâmica dos seus ensinamentos, de suas atitudes; é aceitar a proposta que ele faz:
“Vem e segue-me” (Lc 18,22).
O desafio para todo ser humano – assim como para todas as pessoas que aceitam Jesus como caminho – é escutar a voz de Cristo em meio a tantas outras vozes. E nós vamos ao encontro de Cristo!
E necessário ir ao seu encontro. Ele está presente na Sagrada Escritura, na liturgia, sobretudo na Eucaristia; na comunidade reunida em seu nome, nos irmãos e irmãs, especialmente nos mais necessitados.
As celebrações e a oração são espaços importantes nos quais este encontro pessoal acontece e é aprofundado, no silêncio e na contemplação. Nós encontramos o Senhor na leitura dos Evangelhos e na vida comunitária, na qual aprendemos a escutar a voz de Deus no meio das circunstâncias próprias de nosso tempo.
Os primeiros cristãos eram chamados de “seguidores do caminho”, pois seguiam Jesus, que estava sempre caminhando ao encontro das pessoas, principalmente dos pobres, doentes e necessitados.
A vida de Jesus foi uma luta permanente para fazer valer a vontade do Pai, que é vida em abundância para todos e não só para alguns privilegiados! Foi nessa luta pelo Reino do Pai que Jesus foi perseguido, preso e crucificado, mas a vitória da Ressurreição continua iluminando o coração de milhões de pessoas, em todo o mundo, que acreditam que ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Num mundo de tantos caminhos, de tantas propostas tentadoras, de tanta propaganda enganosa que se apresenta como “verdade”, que se diz capaz de dar sentido à vida e fazer feliz a todos, Jesus continua afirmando que ele é o Caminho que conduz ao Pai, que nos faz todos irmãos; a Verdade que nos dá o critério para sabermos o que nos faz verdadeiramente felizes, e a Vida plena, pois, por amor, ele nos deu a vida que estava em Deus e que, por intermédio dele, fez-se presente entre nós.
O GPS surge como indicador do caminho a percorrer.
Mira o ponto final a partir de onde se encontra.
Tema Extra – A SALVAÇÃO É POSSÍVEL?
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos 10, 17-30
“Naquele tempo, quando Jesus saiu a caminhar, veio alguém correndo, ajoelhou-se diante dele e perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?”
Jesus disse: “Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. Tu conheces os mandamentos: não matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe”. Ele respondeu: “Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude”.
Jesus olhou para ele com amor, e disse: “Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me!”
Mas quando ele ouviu isso, ficou abatido e foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico. Jesus então olhou ao redor e disse aos discípulos: “Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!”
Os discípulos se admiravam com estas palavras, mas ele disse de novo: “Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!” Eles ficaram muito espantados ao ouvirem isso, e perguntavam uns aos outros: “Então, quem pode ser salvo?”
Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível”.
Pedro então começou a dizer-lhe: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos”.
Respondeu Jesus: “Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, receberá cem vezes mais agora, durante esta vida — casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, a vida eterna.”
Meditação
1. Uma pessoa vem correndo até Jesus e, de joelhos, pergunta:
“Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?”
Essa, com certeza, não é uma pergunta qualquer, mas a dúvida de alguém cheio de fé, que conhece a sabedoria e a bondade do Senhor, e deseja, acima de tudo, entrar no Céu. Ele ajoelha-se porque reconhece a grandeza de quem está adiante, e sabe que Cristo só deseja o bem do ser humano.
E quando o Senhor lhe manda observar os mandamentos, a sua resposta denota a confiança de uma pessoa que não acha a Lei de Deus pesada demais. Ao contrário, lemos no Evangelho que ele já a cumpria desde a sua juventude.
O cumprimento dos Mandamentos é estritamente necessário para a entrada no Céu. Ninguém pode entrar na Casa de Deus sem o auxílio da graça santificante, que a pessoa perde após uma queda moralmente grave. Por isso sabemos que a pessoa que se aproximou de Jesus estava em estado de graça, porque Cristo olhou-a com amor e alegria. Aliás, Jesus olha com amor e misericórdia para todos aqueles que, arrependidos, buscam de novo a graça através do sacramento da Confissão. O próprio arrependimento já é um toque milagroso do amor de Deus, que nos encaminha para a reconciliação sacramental.
2. O diálogo entre a pessoa e Jesus não se resume, porém, à observância dos Mandamentos. Cristo deseja introduzi-lo no caminho da perfeição, que se apresenta para além dos preceitos sagrados.
Trata-se, antes de tudo, de uma entrega generosa por amor a Deus e ao próximo, de modo que a pessoa tem de abandonar qualquer tipo de apego terreno, seja material ou afetivo.
Para entrar no Reino dos Céus, Deus exige apenas o estado de graça. Mas o seu desejo mais profundo é a nossa santidade.
O Evangelho conta que o jovem respondeu com tristeza ao chamado de Cristo. Essa tristeza diz respeito a uma espécie de acídia, isto é, uma preguiça de realizar a vontade do Senhor na própria vida.
A pessoa encontra-se tão apegada aos seus bens terrenos — dinheiro, família, costumes — que não consegue pensar em “vender tudo” para seguir unicamente o chamado de Deus. Todavia, é impossível trilhar o caminho da santidade sem esse desapego.
3. A santidade consiste no amor, na abnegação da própria vontade e conforto pelo bem do próximo. Não se trata apenas de uma obrigação. É mais do que isso: consiste na realização de atos virtuosos, na entrega amorosa, sem a obrigação de uma lei coercitiva. Essa liberdade de coração torna a vida diferente, pois ultrapassa a lógica da pura obrigação. O coração humano passa a amar de verdade.
As crianças são especialistas nessa entrega generosa. Elas não pretendem comprar as bênçãos de Deus com suas posses e agrados. Ao contrário, elas apenas se abandonam confiantemente nos braços do Pai, para que Ele faça com elas o que desejar.
Neste sentido, o desapego das coisas do mundo necessita de uma infância espiritual, a fim de que Deus seja o único artífice da nossa vocação cristã. Se nos entregarmos como crianças ao coração de Jesus, então Ele fará de nós grandes santos.
Afinal de contas, para o homem essas coisas são impossíveis, mas para Deus, tudo é possível (cf. Mc 10, 27).
Oração. — Senhor Jesus, fazei de mim uma pequena criança, a fim de que eu seja capaz de “vender tudo” para vos seguir. Não quero sair de meu encontro de oração com a tristeza do jovem do Evangelho, mas com a alegria de ter me abandonado inteiramente nos vossos braços. Assim seja!
Propósito. — Sacrificar algum costume ou bem material nesta semana pela conversão dos pecadores e salvação do Brasil.
13 – QUINTA-FEIRA SANTA – LAVA-PÉS
A Quinta-feira Santa é o dia em que celebramos a instituição da Eucaristia.
Acontece neste dia a cerimônia do lava-pés, repetindo o que Jesus fez aos apóstolos, mostrando-lhes que, como Ele, o cristão veio para servir. Com esse ato consciente, Jesus sela a ideia de que Deus é o servidor da humanidade. Fazendo-se servo, torna senhores os seus, mas senhores enquanto conscientemente lavam os pés uns dos outros.
O texto de 1Cor 11,23-26 é o primeiro escrito do Novo Testamento que trata da Eucaristia.
Os versículos proclamados nesta celebração contemplam basicamente a narrativa da instituição da Eucaristia. São Paulo (cf. 1Cor 11,23-26) afirma tê-la recebido do Senhor e transmitido às comunidades coríntias.
A Ceia do Senhor está vinculada a um fato e data históricos – à noite em que o Senhor foi entregue. Essa noite é mais importante do que a noite da saída do Egito, celebrada na ceia pascal judaica, e se reveste de caráter pascal insuperável.
O rito descrito por São Paulo é bastante próximo à tradição dos evangelistas e comporta os seguintes passos, feitos de gestos e palavras: Tomar o pão; dar graças; partir o pão, acompanhado das palavras “Isto é o meu corpo, que é para vocês; façam isto em memória de mim” No fim da Ceia, tomar o cálice acompanhado das palavras: “Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que vocês beberem dele, façam isso em memória de mim”.
Chamam a atenção a ação de graças, a fração do pão e o memorial, que não é simples repetição mecânica de um rito. É reviver os acontecimentos passados, experimentando hoje seus efeitos. São Paulo conclui dizendo: “Todas as vezes que vocês comem deste pão e bebem deste cálice, estão anunciando a morte do Senhor, até que Ele venha.”
A Celebração da Quinta-feira Santa é muito rica em lições que deveriam nos fazer refletir para tentarmos viver uma vida melhor para nós, para os nossos semelhantes e de acordo com o Projeto do Pai.
14 – A Instituição da EUCARISTIA e do SACERDÓCIO
Cristo instituiu a Eucaristia na Quinta-feira Santa “na noite em que ia ser entregue” (1 Cor 11,23), durante a Última Ceia que celebrou com os seus Apóstolos.
As palavras que Cristo pronunciou são as mesmas que o sacerdote pronuncia no momento da consagração: “Tomai todos e comei…”,“Tomai todos e bebei…”. Os três Evangelhos sinóticos e o apóstolo São Paulo relataram a instituição da Eucaristia. São João não a relata, mas apresenta Cristo como o Pão Vivo, que desceu do céu (ver Jo 6), fazendo uma alusão explícita ao sacramento.
Concluindo a consagração do pão e do vinho no seu Corpo e Sangue, Cristo diz: “Fazei isto em memória de mim”. Ele quer que esse sacrifício seja perpetuado até que Ele volte. Assim, em cada canto do mundo onde é celebrada uma Missa, Cristo se faz presente e os cristãos entram em comunhão entre eles (lembremos que a mesma liturgia é celebrada em todo o mundo).
A Eucaristia é o coração da Igreja: a Igreja vive da Eucaristia.
A Eucaristia é o sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele institui para que fosse celebrado até o fim dos tempos.
Jesus se ofereceu na Cruz por nossos pecados uma única vez, de forma cruenta (com derramamento de sangue). Cada vez que se celebra uma Eucaristia se repetisse aquele ato de entrega de Cristo na Cruz, mas de forma incruenta (sem derramamento de sangue)
Por isso, chamamos de memorial do sacrifício de Cristo, porque realmente aquele sacrifício se torna presente e atual sobre o altar de cada igreja, durante a Santa Missa.
A Eucaristia fortalece nossa fé, esperança e caridade, nos cobrindo com a graça que vem do alto e nos preparando para um dia chegarmos à vida eterna.
15 – SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO – Sexta-Feira Santa
A morte de Jesus na cruz é consequência da sua opção radical pelo amor e de sua fidelidade à vontade do Pai.
“Dia de recolhimento e oração, a comunidade cristã se reúne para celebrar a Paixão do Senhor. Nós somos convidados a olhar e contemplar o Cristo que consome sua vida e a entrega na cruz por amor a toda comunidade. Nele encontramos a verdadeira vida”.
Neste dia os cristãos católicos rezam e fazem procissão da Via-Sacra e a adoração da Cruz.
“Neste dia como comunidade somos também convidados a venerar o madeiro santo. O madeiro onde pendeu a Salvação de toda a Humanidade que é o Cristo Senhor”.
16 – SÁBADO SANTO
O Sábado Santo é um dia voltado para o silêncio e para a oração, se preparando para a Vigília Pascal que acontecerá à noite. Não é um silêncio de luto, pois acreditamos que o Senhor não está morto, Ele vive. Temos a certeza de que à noite celebraremos a ressurreição, mas é um silêncio orante e de respeito, pois sabemos que nesse dia o Senhor desceu ao seio da terra.
Normalmente, no Sábado Santo, acontece a preparação da Igreja para a celebração da Vigília Pascal. A Missa do Sábado Santo é extensa, mas riquíssima. Esse dia também é conhecido como Sábado de Aleluia, que vem da tradição na Igreja Católica de não dizer “Aleluia” nas missas durante a Quaresma. No Sábado de Aleluia, finalmente se diz Aleluia, para anunciar o início da Páscoa.
O Sábado Santo nos lembra que Jesus morreu de verdade, assim como todos nós um dia também teremos de morrer. Sua identificação com a humanidade foi completa, até na morte. A sua morte foi necessária para nos salvar e, depois ainda com a sua ressurreição, nos abre um novo caminho, e nos indica que a vida não termina aqui, mas continua ao lado de Deus. Assim como Jesus morreu, mas depois ressuscitou, quem crê nele também morrerá, porém tem a promessa da ressurreição para a vida eterna.
Tenhamos a certeza de que durante o dia, o Senhor está no sepulcro, mas à noite, Ele o deixa vazio.
Que Cristo ressuscitado entre em cada lar e abençoe todas as famílias.
Hoje a Igreja repete, canta, clama: «Jesus ressuscitou!». Mas como? Pedro, João, as mulheres foram ao Sepulcro e viram-no vazio, Ele já não estava lá. Voltaram com o coração apertado pela tristeza, a tristeza de uma derrota: o Mestre, o seu Mestre, que amavam muito tinha sido executado, morreu. E da morte não se volta. Esta é a derrota, este é o caminho da derrota, a via para o sepulcro. Mas o Anjo disse-lhes: «Não está aqui, ressuscitou».
17 – PÁSCOA
A Páscoa é uma festa comemorada pelos Judeus. Eles celebram a libertação da escravidão no Egito. Deus usou a vida de Moisés para tirar o povo do Egito. Deus mandou dez pragas para que o faraó soltasse o povo, e a cada praga o seu coração se endurecia, e na última praga, o primogênito de cada família seria morto, mas os filhos dos judeus foram poupados, porque nas suas portas, eles tinham derramado sangue de um cordeiro. Somente os primogênitos das famílias egípcias morreram. Então o faraó deixou o povo sair do Egito.
Essa celebração recebeu o nome de Pessach, que em hebraico significa passagem, nesse caso da escravidão à liberdade. Daí surgiu a palavra Páscoa.
Jesus ressuscitou na Páscoa. Ele deu um novo significado a esta data. Ele trouxe a “boa-nova”, esperança de uma vida melhor, trouxe ensinamentos para que o povo se libertasse do sofrimento e do mal. Ele veio para nos reconciliar com Deus e nos libertar da morte e do pecado. Mas para que tivéssemos direito a esta herança, Jesus teve que morrer.
A morte de Jesus Cristo representa o fim dos tormentos. A sua ressurreição simboliza o início de uma vida nova, uma vida liberta da escravidão do pecado!
Mensagem de Páscoa do Papa Francisco (2.021):
…”As mulheres esperavam encontrar o cadáver para o ungir; em vez disso, encontraram um túmulo vazio. Foram chorar um morto; em vez disso, escutaram um anúncio de vida.
Aquelas mulheres «estavam cheias de medo e maravilha» (Mc 16, 8), cheias de medo, assustadas e maravilhadas, ao verem a grande pedra do túmulo rolada para o lado e, dentro, um jovem que diz:
«Buscais a Jesus de Nazaré, o crucificado? Ressuscitou» (16, 6).
E depois por este convite: «Ele precede-vos a caminho da Galileia; lá O vereis» (Mc 16, 7). Acolhamos, também nós, este convite, o convite de Páscoa: vamos para a Galileia, onde nos precede o Senhor Ressuscitado. Mas, que significa «ir para a Galileia»?
Ir para a Galileia significa, antes de mais nada, recomeçar.
Ir para a Galileia significa aprender que a fé, para estar viva, deve continuar a caminhar. Deve reavivar cada dia o princípio do caminho, a maravilha do primeiro encontro. E depois confiar, sem a presunção de já saber tudo, mas com a humildade de quem se deixa surpreender pelos caminhos de Deus.
O Senhor convida-nos a deixar-nos surpreender. Vamos para a Galileia descobrir que Deus está vivo, sempre surpreende. Ressuscitado, nunca cessa de nos surpreender.
Aqui está o segundo anúncio de Páscoa: Jesus caminha contigo todos os dias, na situação que estás a viver, na provação que estás a atravessar, nos sonhos que trazes dentro de ti. Abre novos caminhos onde te parece que não existem, impele-te a ir contracorrente relativamente a nostalgias e ao «já visto». Mesmo que tudo te pareça perdido, por favor abre-te maravilhado à sua novidade: surpreender-te-á.
Ir para a Galileia significa, além disso, ir aos confins. Porque a Galileia é o lugar mais distante. O próprio Deus se move até aos confins da existência porque, a seus olhos, ninguém é último, ninguém está excluído.
E hoje também é lá que o Ressuscitado pede aos seus para irem para esta «Galileia» real. É o lugar da vida diária, são os caminhos que percorremos todos os dias, Na Galileia, aprendemos que é possível encontrar o Ressuscitado no rosto dos irmãos, no entusiasmo de quem sonha e na resignação de quem está desanimado, nos sorrisos de quem exulta e nas lágrimas de quem sofre, sobretudo nos pobres e em quem é marginalizado. Ficaremos maravilhados ao ver como a grandeza de Deus se revela na pequenez, como a sua beleza resplandece nos simples e nos pobres.
E assim temos o terceiro anúncio de Páscoa: Jesus, o Ressuscitado, ama-nos sem fronteiras e visita todas as situações da nossa vida. Ele nos convida a superar as barreiras, vencer os preconceitos, aproximar-nos de quem está ao nosso lado dia a dia, para redescobrir a graça da quotidianidade.
Reconheçamo-Lo presente nas nossas «galileias», na vida de todos os dias. Com Ele, a vida mudará. Porque, para além de todas as derrotas, do mal e da violência, para além de todo sofrimento e para além da morte, o Ressuscitado vive e guia a história.
Abre o coração maravilhado ao anúncio da Páscoa:
«Não tenhas medo, ressuscitou! Espera-te na Galileia».
mensagem na íntegra: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/homilies/2021/documents/papa-francesco_20210403_omelia-vegliapasquale.html
18 – SACRAMENTO
Os sacramentos são sinais sensíveis, gestos e símbolos eficazes do amor de Deus.
Assim como o aperto de mão e o abraço são sinais de amizade, e nos sacramentos o sinal da cruz, a unção com óleo e a comunidade reunida são sinais concretos que nos permitem ir ao encontro de Deus.
Batismo – a porta de entrada para a família de Deus
Confissão – arrependimento dos pecados e garantia do perdão de Deus
Eucaristia – sacramento do corpo e sangue de Cristo, alimento de Deus em nossa vida
Crisma – Sacramento da maturidade da fé, fortalecimento do espírito para assumir o moço o compromisso do batismo
Unção dos enfermos – Sacramento da esperança e do restabelecimento
Matrimônio – Sacramento de amor, união indissolúvel entre homem e mulher, prevista desde o início da criação
Ordem – Sacramento de serviço à comunidade
Os sete sacramentos se dividem em:
SACRAMENTOS DE INICIAÇÃO CRISTA: batismo, crisma e eucaristia
SACRAMENTOS DE CURA: confissão e unção dos enfermos
SACRAMENTOS DE SERVIÇO: ordem e matrimônio
EUCARISTIA: A igreja vive da Eucaristia.
O símbolo (sinal visível) de cada sacramento (graça invisível)
- BATISMO: Água;
- CRISMA: Óleo sagrado chamado Santo Crisma;
- EUCARISTIA: O pão e o vinho consagrados na santa missa;
- CONFISSÃO: Os pecados confessados diante do padre;
- UNÇÃO DOS ENFERMOS: O óleo sagrado chamado Óleo dos Enfermos;
- ORDEM: A imposição das mãos pelo Bispo;
- MATRIMÔNIO: A aliança usada em sinal de compromisso .
19 – BATISMO
Jesus Cristo é o verdadeiro alimento que nos transforma e nos dá forças para realizarmos a nossa vocação cristã. Exorta vivamente o beato João Paulo II: “Só mediante a Eucaristia é possível viver as virtudes heroicas do Cristianismo: a caridade até o perdão dos inimigos, até o amor pelos que nos fazem sofrer, até a doação da própria vida pelo próximo; a castidade em qualquer idade e situação de vida; a paciência, especialmente na dor e quando estranhamos o silêncio de Deus nos dramas da história ou da nossa existência. Por isso, sede sempre almas eucarísticas para poderdes ser cristãos autênticos”.
O símbolo (sinal visível) de cada sacramento (graça invisível).
- BATISMO: Água;
- CRISMA: Óleo sagrado chamado Santo Crisma;
- EUCARISTIA: O pão e o vinho consagrados na santa missa;
- CONFISSÃO: Os pecados confessados diante do padre;
- UNÇÃO DOS ENFERMOS: O óleo sagrado chamado Óleo dos Enfermos;
- ORDEM: A imposição das mãos pelo Bispo;
- MATRIMÔNIO: A aliança usada em sinal de compromisso .
BATISMO
Quem crer e for batizado será salvo e quem não crer será condenado, diz Jesus neste Evangelho. Crer, portanto, é a primeira condição para que possamos aderir ao projeto de salvação de Deus.
O batismo é o primeiro Sacramento, e por ele passamos a fazer parte do corpo de Cristo e nos tornamos herdeiros do céu.
As crianças também recebem o perdão do pecado original.
A Igreja Primitiva batizava os adultos que se convertiam a Jesus. Com o aumento da conversão dos povos, o número de adultos a serem batizados foi diminuindo e o Batismo passou a ser administrado às crianças.
A Igreja Católica aceita o batismo com a água e com a fórmula: em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.
O Batismo é um selo que marca o cristão, uma marca indelével, motivo pelo qual é um Sacramento que não se repete.
“Pelo Batismo, somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus: tornamo-nos membros de Cristo e somos incorporados na Igreja e tornados participantes na sua missão”, diz o Catecismo da Igreja Católica (CCI 1213.
O sacramento do batismo marca o início da vida cristã. O sinal sagrado mediante o qual a pessoa é incorporada a Cristo e a igreja. Trata-se de um Sacramento que supõe a fé e a esta conduz; Um Novo Nascimento que nos faz filhos no Filho de Deus, consagra para a missão de Jesus de Jesus sacerdote, profeta e servidor.
O batismo é o fundamento de toda a vida cristã, a porta da vida no espírito que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo batismo somos lavados do pecado e adotados como filhos de Deus, tornando nos irmãos de Cristo.
Tornamo-nos “morada” de Deus. Por isto precisamos respeitar nosso corpo, ele é templo do Espírito Santo.
Na celebração do batismo usamos símbolos. Batizar significa mergulhar, energia, pois na Igreja Primitiva havia um grande número de pessoas adultas que se convertiam do paganismo, e um dos modos como se batizava era precisamente mergulhando a pessoa, como sinal de purificação.
Com o passar do tempo, o número de pessoas adultas que se convertiam foi diminuindo, dando espaço a maior número de batizados de crianças, filhos dos que já tinham sido batizados. Por isso, o modo de se batizar foi se adaptando de tal forma que não fosse necessário mergulhar um recém-nascido numa piscina ou no rio. O mergulho na água simboliza o sepultamento do catecúmeno na morte de Cristo, da qual o catecúmeno ressuscita como nova criatura
A luz tira as pessoas da Escuridão, indica caminhos. A vela significa que o Cristão recebe a luz de Cristo, que é luz do mundo. O Cristão torna-se Luz do Mundo no segmento de Jesus, como legítima testemunha diante da comunidade.
O óleo é usado em muitas ocasiões na vida humana. Ele nos acompanha desde o nascimento até a morte, como alimento, remédio, combustível, lubrificante, para iluminar, para fins terapêuticos, estéticos e nos perfumes
O óleo tem o caráter de dar força, resistência, agilidade, sabor, curar e conservar.
A veste Branca significa que somos revestidos como filhos e filhas de Deus.
A graça do batismo nos torna filhos de Deus, irmãos e irmãs de Jesus Cristo, membros da igreja. O batismo é uma dádiva Divina que é preciso fazer frutificar ao longo de toda a vida.Quem pode batizar?
Os diáconos, os sacerdotes (padres), o Bispo e, em caso de necessidade extrema, qualquer pessoa, mesmo não sendo batizada, mas que tenha a intenção, pode batizar utilizando a fórmula trinitária (cf. CIC 1256)
Tema Extra – ANTECEDENTES DA IGREJA
A Igreja Católica foi fundada por Jesus Cristo, tendo Ele escolhido um dos doze apóstolos para ser o chefe representante e responsável por ela. Assim disse Jesus:…”Por isso, eu te digo: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16,18-19)
Com estas palavras Jesus institui a pessoa do papa e lhe concede autoridade em Seu nome; tudo o que o papa e o conjunto dos apóstolos decidirem na terra será consentido no céu. Hoje temos o papa, os cardeais, bispos, padres, religiosos e Paróquias, religiosos e religiosas, e os leigos que assumem (pelo batismo) a missão de Jesus em favor do povo de Deus.
Deus quis que a Igreja existisse desde o início, tanto é que as várias alianças feitas entre Deus (Pai) e a humanidade foram preparando o povo para viver junto de Deus, fazendo com que acontecesse a “gestação” da Igreja.
Depois da libertação dos israelitas através de Moisés, da peregrinação no deserto em busca da terra de Canaã e do exílio na Babilônia, surgiu o judaísmo (por volta do séc. V-IV a.C), religião baseada nos primeiros livros da Bíblia (no Pentateuco) e nos costumes deixados por Moisés ( a chamada Lei de Moisés).
O cristianismo nasceu como um movimento religioso dentro do judaísmo; assim, Jesus sendo judeu conhecia os livros do Antigo Testamento e os costumes judaicos; por isso dizia que tinha vindo para completar esses costumes (cf. Mt 5,17)
Os judeus perseguiram Jesus porque Ele questionava o rigor dos fariseus que seguiam a Lei de Moisés, mas que não eram misericordiosos com os outros, se utilizando da Lei para obter vantagens para si; foram estes que mataram Jesus em nome da Lei.
Tema Extra – O PENTECOSTES E A IGREJA NASCENTE
At 1,3-5.8 A promessa do Espírito Santo:
“3.E a eles se manifestou vivo depois de sua Paixão, com muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas do Reino de Deus. 4.E comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem aí o cumprimento da promessa de seu Pai, “que ouvistes” – disse ele – “da minha boca; 5.porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias”. 8.mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria e até os confins do mundo”.
At 1,9-11 Ascensão de Jesus ao céu
“9.Dizendo isso, elevou-se da terra à vista deles e uma nuvem o ocultou aos seus olhos. 10.Enquanto o acompanhavam com seus olhares, vendo-o afastar-se para o céu, eis que lhes apareceram dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: 11.“Homens da Galileia, por que ficais aí a olhar para o céu? Esse Jesus que acaba de vos ser arrebatado para o céu voltará do mesmo modo que o vistes subir para o céu”.
“1.Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar.* 2.De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. 3.Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. 4.Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.”
Durante quarenta dias depois da Sua ressurreição Jesus deu instruções aos apóstolos e ascendeu ao céu. Os apóstolos, discípulos e Maria voltaram a Jerusalém e se recolheram em uma sala chamada Cenáculo durante alguns dias para jejuar e rezar, aguardando a vinda do Espírito Santo, o qual Jesus disse que viria.
At 2,1-4 – A vinda do Espírito Santo
Depois da vinda do Espírito Santo os apóstolos começaram a anunciar os ensinamentos de Jesus, tendo junto com o anúncio da Palavra muitas curas e milagres confirmando a ação de Deus entre os homens (cf. At 3,1-10; 5, 15-16).
Assim como Jesus, os cristãos também foram perseguidos, sendo acusados de hereges do judaísmo. As primeiras comunidades cristãs cresciam em número (cf. At 2,44-47) e isso incomodava muitos doutores da Lei judaica. Saulo era o maior perseguidor dos cristãos, prendia e até mandava matar a muitos (cf. 8,1-3).
Quando estava indo para Damasco perseguir outros cristãos, Saulo foi surpreendido por Jesus que lhe disse: “Saulo, Saulo por que me persegues?” e a partir daí Saulo ficou temporariamente cego, até recuperar a visão mediante a oração de um discípulo indicado por Jesus. Depois do encontro com Jesus Saulo mudou completamente, passou a anunciar a Palavra de Deus e teve o nome mudado para Paulo, que significa o menor dos discípulos.
Paulo foi responsável pelo crescimento da Igreja, tendo fundado muitas comunidades cristãs entre os povos não judeus, conhecidos como gentios ou pagãos (não batizados e não crentes). Ele foi muito perseguido pelos judeus, assim como todos os apóstolos; na prisão escreveu várias cartas endereçadas as Igrejas que fundou, são as chamadas cartas paulinas presentes no Novo Testamento.
Como vimos, a história da nossa Igreja começa seguindo os passos do seu fundador: Jesus Cristo. O cristianismo nasceu e cresceu dentro do período político-cultural do Império Romano, sendo visto como uma religião que ofendia o Estado, pois não prestava culto ao Imperador nem aos deuses pagãos da religião dos romanos (politeísta). Nos três primeiros séculos do cristianismo os cristãos eram tão perseguidos que tinham de celebrar as missas e reunir-se às escondidas; faziam dentro das catacumbas, pois sabiam que os romanos não entravam nestes lugares por serem supersticiosos.
No séc. IV d. C o cristianismo começou a ser tolerado pelo Império Romano, no governo de Teodósio; a partir de então se tornou religião oficial no Império, começando a estruturar-se internamente até chegar aos nossos dias.
20 –O SACRAMENTO DA EUCARISTIA
”Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo” Jo 6,51
Mt 26,26-29 ou Mc 14,22-25 A última Ceia
Luc 22,19-20 A instituição da Eucaristia e da Missa
Jo 6,51-58; 6,66-69 Confirmação da presença real de Jesus na Eucaristia
Na última ceia, na noite em que foi entregue, Jesus instituiu o sacramento da Eucaristia pedindo que os apóstolos repetissem o sacrifício (a missa) em memória de sua Paixão, Morte e Ressurreição..
A Eucaristia é o centro e o ponto mais alto da vida da Igreja, pois nesse sacramento Cristo reúne os seus membros para celebrar o sacrifício de louvor e ação de graças oferecido de uma vez por todas na cruz . Através do ministério dos sacerdotes, o próprio Jesus oferece o sacrifício eucarístico, estando Ele próprio presente sob as espécies do pão e do vinho, que são as oferendas do sacrifício eucarístico e sobre as quais é invocada a benção do Espírito Santo pronunciando as mesmas palavras que Jesus disse: ”Isto é o meu Corpo que é dado por vós… Este é o cálice do meu sangue… Este momento da missa nós chamamos de consagração, pois
acontece a transubstanciação; ou seja, a conversão do pão em carne e do vinho em sangue de Cristo.
“O modo de presença de Cristo sob as espécies eucarísticas é único. Ele eleva a Eucaristia acima de todos os sacramentos e faz com que ela seja ‘como que o coroamento da vida espiritual e o fim ao qual tendem todos os sacramentos’.
No Santíssimo Sacramento da Eucaristia estão ‘contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo”. CIC 1374
Jesus não esta representado nesse sacramento, não é um símbolo apenas, mas é o próprio Cristo que quis se fizer alimento espiritual para nos manter unidos a Ele. É um grande mistério que une céu e terra sob as aparências do pão e do vinho consagrados.
Ao longo da história da Igreja muitos duvidaram da presença real de Jesus no sacramento da Eucaristia, inclusive sacerdotes. Deus vem em socorro à nossa falta de fé com os Milagres.
Tema Extra – OS MILAGRES EUCARÍSTICOS
O Milagre em Lanciano – Itália – no ano 700
Em Lanciano – séc. VIII um monge da ordem de São Basílio estava celebrando na Igreja dos santos Degonciano e Domiciano. Terminada a Consagração, que ele realizara, a hóstia transformou-se em carne e o vinho em sangue, depositado dentro do cálice. O exame das relíquias, segundo critérios rigorosamente científicos, foi feito em 1970-71 e outra vez em 1981 pelos Professores Odoardo Linoli, professor de Anatomia e Histologia Patológica e Química e Microscopia Clínica e pelo Professor Ruggero Bertelli, da Universidade de Siena.
Resultados:
1) A hóstia é realmente constituída por fibras musculares estriadas, pertencentes ao miocárdio (parte do coração)
2) Quanto ao sangue, trata-se de sangue humano, grupo sangüíneo‘A’ que pertencem os vestígios de sangue, o sangue contido na carne e o sangue do cálice revelam tratar-se sempre do mesmo sangue grupo ‘AB’ (sangue comum aos Judeus). Este é também o grupo que o professor Pierluigi Baima Bollone, da universidade de Turim, identificou no Santo Sudário.
3) Apesar da sua antigüidade, a carne e o sangue se apresentam com uma estrutura de base intacta e sem sinais de alterações substanciais; este fenômeno se dá sem que tenham sido utilizadas substâncias ou outros fatores aptos a conservar a matéria humana, mas, ao contrário, apesar da ação dos mais variados agentes físicos, atmosféricos, ambientais e biológicos.
O Milagre em Cássia – Itália – no ano 1330
Hoje este milagre é celebrado em Cássia, terra de Santa Rita de Cássia. Em 1330, um sacerdote foi levar a Eucaristia a um enfermo colocando-a indevidamente de maneira apressada e irreverente dentro do seu Breviário para levá-la ao doente em estado grave. No momento da Comunhão, abriu o livro e viu que a Hóstia se liquefez e, quase reduzida a sangue, molhou as páginas do Livro. Então o sacerdote negligente apressou-se a entregar o livro e a Hóstia a um frade agostiniano de Sena (cidade ilaliana), o qual levou para Perúgia a página manchada de sangue e para Cássia a outra página onde a Hóstia ficou presa. A primeira página perdeu-se em 1866, mas a relíquia chamada de “Corpus Domini” é atualmente venerada na basílica de Santa Rita.
Estes são os milagres eucarísticos mais conhecidos. Segundo o professor Felipe Aquino, há em torno de cento e sessenta milagres devidamente comprovados no mundo.
VOCÊ SABIA?
A palavra Eucaristia vem de eucharistein e significa “reconhecimento”, “ação de graças” a Deus lembrando as maravilhas acontecidas no Antigo ou Primeiro Testamento: a criação do mundo, a redenção e a santificação do povo (cf. CIC 1328). Ela é também denominada “comunhão”, “ceia do Senhor”, “santa ceia”.
Oração:
Senhor Jesus fazei-me um discípulo teu, que eu leve o Teu nome a todos aqueles que não te conhecem, ensinando-os a observar tudo o que nos ensinou. Amém
21 – O Sacramento da PENITÊNCIA ou CONFISSÃO
A confissão deve vir acompanhada de um propósito de mudança
Quando o pecado trouxe resultados que podem ser corrigidos é necessário fazer por exemplo se furtou uma coisa do irmão precisa devolver. Se ofendeu Alguém precisa pedir perdão ao ofendido
O pecado não atinge Deus mas apenas o pecador tem também consequências comunitárias pois nós vivemos em comunidade. Nós estamos unidos a Cristo e Unidos aos irmãos a semelhança do tronco e dos Galhos
Por isso Deus quis que a remissão dos pecados no cristianismo tivesse também um aspecto comunitário
A graça Divina vem sempre através de sinais sensíveis
Se for impossível procurar a confissão que é a reconciliação sacramental todo homem é recebido por Deus e pode confiantemente pedir no seu coração o perdão de seus pecados
Mas por que confessar a um sacerdote e não há qualquer questão de vida Santa?
O Cristão que peca o faz como filho da Igreja e contra esta mesma Igreja. Por isso é normal que ele se confesse a Igreja, e por meio dela receba o perdão.
O pecador fere a Comunidade, por isto diante dela deve procurar receber o perdão
Fundamento bíblico: Lucas 15 11, 32
A Parábola do filho pródigo ensina que não há pecados que não mereçam perdão. O jovem que voltou para a casa do Pai depois de ter esbanjado a sua parte da herança foi recebido de braços abertos, logo que reconheceu os seus erros e pediu perdão.
O pai, tendo ouvido as palavras de arrependimento do filho, mandou colocá-lo no lugar que ocupava antes de sua partida.
Houve festa pelo retorno do filho que se perdera e voltava vivo.
Jo 20, 22 e seguintes
Na noite de Páscoa Jesus apareceu aos Apóstolos reunidos e disse-lhes: “Assim como o pai me enviou, Eu também vos envio”.
A seguir soprou-lhes na face e disse:
“Recebei o Espírito Santo.
Aqueles a quem perdoardes os pecados serão perdoados. Aqueles a quem não perdoarem, não serão perdoados.”
Após receberem o Espírito Santo os apóstolos foram habilitados a perdoar os pecados.
As formas passivas “serão perdoados, serão detidos” são expressões que os judeus usavam para não proferir o santo nome de Deus nas expressões: “Javé os perdoará”, “Javé não os perdoará”.
Os israelitas atribuíam somente a Deus a faculdade de perdoar pecados.
Jesus disse ao paralítico: “os teus pecados te são perdoados.” – Lucas 5,20
E à pecadora: “perdoados te são os pecados.” – Lucas 7,48
Um poder próprio de Deus, perdoar os pecados, são outorgados aos ministros do Senhor.
Aquilo que Jesus fazia quando Peregrino na terra de Israel ele continua a fazê-lo através dos sucessores dos Apóstolos, que são os Bispos e Padres Jesus quando soprou sobre a face dos Apóstolos, foi apenas sobre estes que deu este poder de perdoar os pecados, e não a toda a Igreja.
Tema Extra – JOÃO BATISTA E A CONVERSÃO
Em Lucas, 1:13-17, acompanhamos a passagem da revelação do anjo Gabriel a Zacarias, o sacerdote do templo, sobre o nascimento de seu filho João, apesar de sua esposa, Isabel, ser considerada estéril.
“(…) e terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento, porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe.
E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus, e irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.”
Outro ponto importante, apresentado no mesmo evangelho, no versículo 36, é que João Batista era parente de Jesus, pois sua mãe, Isabel, era prima de Maria.
Como foi o ministério de João Batista?
Crescendo, João Batista viveu no deserto da Judéia, até que começasse sua pregação por toda a região ao redor do Rio Jordão, batizando a todos e promovendo a conversão dos pecados. Para isso, usava palavras duras, como vemos em Lucas, 3:7-8.
Já no Antigo Testamento, em Isaías, 40:3, havia o anúncio de um profeta que prepararia o caminho de Jesus. Em Marcos, 1:1-14, confirmamos que a “voz que clama no deserto” é referência ao último profeta — João Batista —, que veio anunciar os ensinamentos de Deus e preparar o povo para a chegada de Jesus.
João Batista chamava o povo à conversão, à mudança de vida, pois o Messias estava chegando.
A mudança de vida começa pelo Batismo. No Batismo sepultamos o homem velho e o Espírito Santo dá vida ao homem novo.
Deus está chamando cada um de vocês à conversão. Alguns através do Matrimônio
O Batismo nos prepara para a salvação. O primeiro efeito do batismo é o perdão dos pecados. Passamos a pertencer à família de Deus, e assim fazemos parte do Reino. Somos filhos do Rei, temos um lugar junto ao Pai.
Jesus já ressuscitou para o perdão dos pecados de toda a humanidade.
E hoje ele nos chama à conversão. Onde precisamos mudar de vida? Onde nos falta Deus?
Deus precisa fazer parte da nossa vida. Da nossa vida familiar, do nosso casamento. Por isto Jesus elevou o casamento a um Sacramento, o Matrimônio.
Deus está no teu trabalho? Ele pode ouvir tudo do que você fala? São palavras boas?
Ele pode ver você entre seus amigos? Há respeito entre os pares, respeito para com os mais velhos?
Lembrem-se que os Mandamentos são o olho de gato que marca e ilumina a nossa estrada, para que não tomemos o caminho errado.
“7.Dizia, pois, ao povo que vinha para ser batizado por ele: “Raça de víboras! Quem vos ensinou a fugir da ira iminente? 8.Fazei, pois, uma conversão realmente frutuosa e não comeceis a dizer: Temos Abraão por pai. Pois vos digo: Deus tem poder para destas pedras suscitar filhos a Abraão. 9.O machado já está posto à raiz das árvores. E toda árvore que não der fruto bom será cortada e lançada ao fogo”. 10.Perguntava-lhe a multidão: “Que devemos fazer?”. 11.Ele respondia: “Quem tem duas túnicas dê uma ao que não tem; e quem tem o que comer, faça o mesmo”. 12.Também publicanos vieram para ser batizados, e perguntaram-lhe: “Mestre, que devemos fazer?”.* 13.Ele lhes respondeu: “Não exijais mais do que vos foi ordenado”. 14.Do mesmo modo, os soldados lhe perguntavam: “E nós, que devemos fazer?”.Respondeu-lhes: “Não pratiqueis violência nem defraudeis a ninguém, e contentai-vos com o vosso soldo”. 15.Ora, como o povo estivesse na expectativa, e como todos perguntassem em seus corações se talvez João fosse o Cristo, 16.ele tomou a palavra, dizendo a todos: “Eu vos batizo na água, mas eis que vem outro mais poderoso do que eu, a quem não sou digno de lhe desatar a correia das sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo.”
Em seu ministério, destaca-se também o próprio batismo de Jesus, no qual ele é revelado como o próprio Filho de Deus, conforme Mateus, 3:16-17.
“E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.”
22 – A Presença de NOSSA SENHORA na Igreja Católica
Maria, a Mãe de Jesus, Mãe de Deus e nossa Mãe, é chamada de Nossa Senhora. Ela não faz milagres, mas intercede por nós junto a Deus.
– Palavras de Jesus a João e a Maria: “Eis aí o teu filho”, e a João: “Eis aí a tua mãe”;
– O primeiro milagre de Jesus – a intercessão de Maria;
– A palavra de Maria: “Façam tudo o que Ele vos disser”;
– as palavras de Profecia: “serei chamada a bem-aventurada Virgem Maria”;
DOGMAS
Dogma é uma verdade de fé revelada por Deus. Logo, um dogma é imutável e definitivo.
DOGMAS MARIANOS:
A Imaculada Conceição de Maria.
“A Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição (concepção), foi por singular graça e privilégio de Deus onipotente, preservada imune de toda mancha de culpa original.”*
A Perpétua Virgindade de Maria
“A Santíssima Virgem Maria é virgem antes, durante e depois do parto de seu Divino Filho, sendo mantida assim por Deus até a sua gloriosa Assunção.”
Maria, Mãe de Deus
“Maria, como uma virgem, gerara a Cristo segundo a natureza humana, mas quem dela nasce, ou seja, o sujeito nascido não é uma pessoa humana pois é a pessoa eterna do Verbo que recebeu de Maria a natureza humana. Daí que o Filho de Maria é propriamente o Verbo que subsiste na natureza humana; então Maria é verdadeira Mãe de Deus, posto que o Verbo é Deus. Cristo: Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem.”
A Assunção de Maria
“A Virgem Maria foi assumpta ao céu imediatamente depois que acabou sua vida terrena; seu Corpo não sofreu nenhuma corrupção como sucederá com todos os homens que ressuscitarão até o final dos tempos, passando pela decomposição.”
* Virgindade de Maria – Fundamento bíblico:
Mateus 1, 18-25
“18.Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. 19.José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. 20.Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: “José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. 21.Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados”.* 22.Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta: 23.Eis que uma Virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel (Is 7,14), que significa: Deus conosco. 24.Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa. 25.E, sem que ele a tivesse conhecido, ela deu à luz o seu filho, que recebeu o nome de Jesus.”
Lucas 1, 26s. 30s. 34-36
“No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27.a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria. 28.Entrando, o anjo disse-lhe: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo”.”
“30.O anjo disse-lhe: “Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. 31.Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. 32.Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó,* 33.e o seu reino não terá fim”. 34.Maria perguntou ao anjo: “Como se fará isso, pois não conheço homem?” 35.Respondeu-lhe o anjo: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso, o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus. 36.Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril, 37.porque a Deus nenhuma coisa é impossível”
Isaías profetiza:
“Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará ‘Deus Conosco’.*”
(Isaías 7, 14)
Esta citação de Isaías aparece no Evangelho de Mateus, 1, 23:
“Eis que uma Virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel (Is 7,14), que significa: Deus conosco. 24.Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa. 25.E, sem que ele a tivesse conhecido, ela deu à luz o seu filho, que recebeu o nome de Jesus.”
Até mesmo entre os reformadores protestantes se encontram profissões de fé na virgindade de Maria:
Profissão de Fé de Augsburg redigida por Filipe Melanchton, aprovada por Lutero em 1537:
“O Filho do Deus fez-se homem, de modo a ser concebido do Espírito Santo sem o concurso de varão e a nascer de Maria pura, santa e sempre virgem”.
Assim também João Calvino, outros protestantes e o Corão de Maomé professam a virgindade de Maria.
São Gregório Magno, Papa, (1604) disse: “O corpo do Senhor, após a ressurreição, entrou onde estavam ois discípulos, passando por portas fechadas, esse mesmo corpo que, ao nascer, saiu do seio fechado de Maria”.
“Todos unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se assiduamente à oração, em companhia de algumas mulheres, entre as quais Maria, a Mãe de Jesus e de Seus irmãos” (At 1,14).
No quadro de Pentecostes, São Lucas destaca a pessoa de Nossa Senhora, a única que é recordada com o próprio nome, além dos apóstolos. Ela promove, na Igreja nascente, a perseverança na oração e a concórdia no amor. É o papel de mulher e de Mãe. São Lucas também faz questão de apresentá-la explicitamente como “a Mãe de Jesus” (cf. At 1,14), de forma a dizer que algo da presença do Filho, que subiu ao céu, permanece na presença da Mãe. Ela, que cuidou de Jesus, passa agora a cuidar da Igreja, o Corpo Místico do Seu Filho. Desde o começo, a Virgem Maria exerce o seu papel de “Mãe da Igreja”.
Com essas palavras pronunciadas na Cruz: “Mulher, eis aí o teu filho” (Jo 19,26), Cristo lhe dá a função de Mãe universal dos crentes. Entregando-a ao discípulo amado como Mãe, Nosso Senhor Jesus Cristo quis também indicar-nos o exemplo de vida cristã a ser imitado. Se Cristo no-la deu aos pés da Cruz, é porque precisamos dela para a nossa salvação.
Essa missão materna e universal da Santíssima Virgem Maria aparece na sua preocupação para com todos os cristãos de todos os tempos.
23 – ASCENSÃO E PENTECOSTES
(Jo 16, 16-20)
Após a Ressurreição, Jesus permanece 40 dias na terra, aparecendo diversas vezes aos Apóstolos, que puderam assim ter sinais concretos de sua Ressurreição e a alegria de o saberem vivo e glorioso. Os Apóstolos ao verem Jesus vivo, após sua morte e ressurreição, puderam reavivar a fé que haviam deixada sepultada sob o medo, a frustração e a covardia.
Obs: A Palavra Pentecostes vem de Penta, Cinco, Cinquenta dias após a Ressurreição.;
A Ascensão de Nosso Senhor aos céus marca o fim das aparições de Jesus ressuscitado aos Apóstolos (cf. At 1, 13).
a) a Cruz, que para ele foi motivo de queda e tristeza, se tornará motivo de gozo e sinal de vitória;
Mas ainda que estas aparições de Jesus os tenha reerguido à fé de antes, era-lhes necessária a graça que só receberiam dez dias mais tarde, na festa de Pentecostes, quando finalmente se lhes infundiria a plena inteligência desses mistérios:
b) a Ressurreição, que experimentaram primeiro como remédio da incredulidade, passarão a vê-la em seu sentido profundo, como complemento da nossa Redenção, causa exemplar da nossa futura glorificação e incentivo eficaz a que pratiquemos o bem nós que fomos libertados do pecado;
c) e a Ascensão, que, embora nos tenha privado em certo sentido da presença corporal de Cristo, não foi um adeus, mas a garantia de que um dia também resuscitaremos e nos uniremos a Cristo.
“Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e vos tomarei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais” (Jo 14, 3). Que já nos toquem hoje o coração aquelas palavras de Cristo: “Se me amardes, certamente haveis de alegrar-vos, que vou para junto do Pai” (Jo 14, 28), e nos encham da santa alegria, porque Nosso Senhor, verdadeiramente ressuscitado, subiu aos céus e nos assiste sempre com as graças do seu Espírito.
Jesus promete enviar o Espírito Santo: “Quando vier o Espírito da verdade, ele ensinará a vocês toda verdade” (Jo 16,13). É o Espírito Santo que realiza a comunhão íntima entre Jesus e nós. Com sua paixão, morte e ressurreição, Jesus conquistou o dom do Espírito Santo, para nós. Ao encerrar sua missão nesse mundo, Jesus despede-se dos seus discípulos e inaugura nossa missão. Ele vai para o Pai a fim de ser nosso mediador e enviar o Espírito Santo que consola e protege (Jo 14,16); comunica a verdade (Jo 14,17; 16,13); ajuda a lembrar o que Jesus ensinou (Jo 14,26); dá testemunho de Jesus (Jo 15,26); manifesta a glória de Jesus (Jo 16,14); ensina e permite-nos entender a palavra de Jesus.
Após Pentecostes os Apóstolos se encheram do Espírito Santo e foram evangelizar e dar prosseguimento àIgreja fundada por Jesus.
Jesus permanece conosco e por intermédio de Espírito Santo dá vida à Igreja.
24 – OS DONS DO ESPÍRITO SANTO
DONS INFUSOS:
SABEDORIA: este dom como que nos emudece diante das maravilhas de Deus. Ele faz sentir e saborear com docilidade os mistérios de Deus. Concedendo-nos uma compreensão não humana dos mistérios e da grandeza divina. É considerado o maior de todos os dons, porque eleva o homem a uma experiência sobrenatural de Deus. Diz o Senhor: “Feliz aquele que encontrou a Sabedoria…” (Pv 3, 13).
ENTENDIMENTO: também conhecido como dom de Inteligência, é o dom que nos faz penetrar na Verdade Divina. Concede-nos um conhecimento que não está limitado ao esforço humano, mas ultrapassa, dando-nos a conhecer a Verdade que, simplesmente pela razão humana, não temos conhecimento.
CONSELHO: é o dom que nos faz agir com esperteza e nos faz escapar das astúcias dos nossos inimigos, muitas vezes, fazendo-nos escapar dos olhos da prudência simplesmente humana. Concede-nos a maneira certa de proceder diante de algumas situações que poderiam pôr em risco o caminho rumo a salvação.
FORTALEZA: é o dom que nos move a executar o que nos ensina o conselho, tendo como finalidade a maior glória de Deus, apesar dos sacrifícios exigidos para isso. É, frequentemente, encontrado na vida dos mártires, aqueles que, conduzidos por uma força divina, deram a vida por Cristo.
CIÊNCIA: este dom está ligado intimamente com a Providência Divina, pois, pelo Dom de Ciência, conseguimos ver a mão de Deus nos acontecimentos mais ordinários do cotidiano. Ensina-nos a olhar os fatos da vida com o olhar de Deus. É característico na vida de alguns pregadores, dos santos doutores e dos diretores espirituais, cuja missão é propagar a fé e conduzir as almas.
PIEDADE: é o dom que nos faz tratar as coisas de Deus como sagradas, e a Ele mesmo com simplicidade, confiança verdadeira, como um filho deveria tratar o seu Pai. A piedade nos ajuda a entender o nosso lugar de filhos para com Deus e nos faz tratá-Lo como Pai.
TEMOR DE DEUS: não é um dom que nos faz ter medo de Deus, mas, em tudo, nos faz querer agradar-Lhe. Segundo o padre Arintero2 ,“a alma possuída por esse dom quer, a todo custo, destruir, o quanto antes, o ‘corpo de pecado’, vivendo sempre cercada da mortificação de Jesus Cristo, para que também, em sua própria carne mortal, manifeste-se a vida do Salvador”. É característico na vida de todo cristão batizado no início de sua caminhada com Jesus Cristo, onde busca moldar a sua vida de acordo com a Lei de Deus.
DONS EFUSOS OU CARISMÁTICOS:
São os “Carismas” – dons de serviço – dons para o serviço da comunidade cristã. São concedidos para a edificação do Corpo de Cristo. São dados para que o homem possa fazer alguma coisa para a comunidade.
Quando falamos em dons carismáticos, falamos de graças de Deus e da ação divina na Igreja e em nossas vidas. Se a Igreja nasce de Deus e é manifestada no mundo aos homens na pessoa e na missão de Jesus, edificada sobre os apóstolos, ela é também vivificada pelo Espírito santo, enviado no Pentecostes, a fim de santificar a Igreja e adorná-la com seus frutos – Ef 4, 11-12; 1Cor 12, 4-7; Gal 5, 22.
É do Espírito Santo que a Igreja recebe seus carismas conforme lhe apraz. Espírito e carisma pertencem à Igreja unicamente porque ela os recebeu como dons gratuitos do Pai por Jesus Cristo. Por conseguinte, os carismas, como todos os outros dons espirituais, são a manifestação de uma única realidade: a vida abundante do Espírito, pois os dons não são separáveis do Doador.
O Espírito Santo é o dom por excelência. É a Ele que devemos aspirar mais do que os dons, como diz Santo Agostinho “não vossos dons, Senhor, mas Vós”. Como primeiro dom de Cristo à sua Igreja, é o Dom que encerra em si todos os outros dons.
Os carismas são graças, isto é, são manifestações de Deus em nós; são ação criadora de Deus presente e atuante no homem. São dados a nós como dons gratuitos, não dependendo de méritos nem esforços humanos, como dons espirituais, que provêm do Espírito Santo, que consistem em um poder, capacidade para realizar algo, e cuja finalidade é um serviço em favor da comunidade cristã.
Os dons em si não aumentam a santidade, podendo levar a ela e devem; não devemos nos impacientar quando seus efeitos não são tão imediatos quanto gostaríamos que fossem. Podemos aperfeiçoar os dons, exercitando-os sempre que possível e necessário e ampliando nossa compreensão, quer pelo estudo, quanto pela oração.
Algumas condições para recebermos e perseverarmos na vida carismática: a simplicidade de coração e sua pureza, a eliminação do pecado e das faltas que são obstáculos à ação de Deus, a vida sacramental, a assiduidade da meditação da Palavra, a vida de oração, o desejo de servir, a perseverança à recepção dos dons espirituais.
*Dons de Elocução –Dom de Línguas2 ; Dom de Profecia ; Dom de Interpretação de Línguas.
*Dons de Poder – Dom da fé ; Dom de Cura ; Dom de Milagres.
*Dons de Revelação – Palavra de Sabedoria, Palavra de Ciência , Discernimento dos Espíritos.
25 – JESUS É O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA
Uma das verdades mais bonitas que Jesus nos revelou é que ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Nossa confiança e fé em Jesus Cristo nos permitem perceber que em nossa caminhada não estamos sozinhos. Jesus caminha conosco. “Jesus, vendo que os discípulos o seguiam, perguntou-lhes: Que procurais? Eles responderam: Mestre, onde moras? Ele respondeu: Vinde e vede. Foram, viram onde Jesus morava e permaneceram com ele aquele dia” (Jo 1,38-39).
O seguimento de Jesus é um exercício que inclui procedimentos próprios. Quais os procedimentos para. seguir Jesus? Como encontrar o caminho sem um mapa, guia ou GPS?
O próprio Jesus nos dá a resposta em (Jo 14,6): “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. Seguir Jesus é entrar na dinâmica dos seus ensinamentos, de suas atitudes; é aceitar a proposta que ele faz: “Vem e segue-me” (Lc 18,22).
O desafio para todo ser humano – assim como para todas as pessoas que aceitam Jesus como caminho – é escutar a voz de Cristo em meio a tantas outras vozes. E nós vamos ao encontro de Cristo!
E necessário ir ao seu encontro. Ele está presente na Sagrada Escritura, na liturgia, sobretudo na eucaristia; na comunidade reunida em seu nome, nos irmãos e irmãs, especialmente nos mais necessitados.
As celebrações e a oração são espaços importantes nos quais este encontro pessoal acontece e é aprofundado, no silêncio e na contemplação. Nós encontramos o Senhor na leitura dos Evangelhos e na vida comunitária, na qual aprendemos a escutar a voz de Deus no meio das circunstâncias próprias de nosso tempo.
Os primeiros cristãos eram chamados de seguidores do caminho, pois seguiam Jesus, que estava sempre caminhando ao encontro das pessoas, principalmente dos pobres, doentes e necessitados. Jesus caminhava com todas as pessoas para anunciar a Boa Notícia do Reino, que é Deus. O Reino de Deus, que Jesus veio trazer é justamente uma nova maneira de caminhar, viver, de pensar, de sentir e de agir.
A vida de Jesus foi uma luta permanente para fazer valer a vontade do Pai, que é vida em abundância para todos e não só para alguns privilegiados! Foi nessa luta pelo Reino do Pai que Jesus foi perseguido, preso e crucificado, mas a vitória da Ressurreição continua iluminando o coração de milhões de pessoas, em todo o mundo, que acreditam que ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Num mundo de tantos caminhos, de tantas propostas tentadoras, de tanta propaganda enganosa que se apresenta como “verdade”, que se diz capaz de dar sentido à vida e fazer feliz a todos, Jesus continua afirmando que ele é o Caminho que conduz ao Pai, que nos faz todos irmãos; a Verdade que nos dá o critério para sabermos o que nos faz verdadeiramente felizes, e a Vida plena, pois, por amor, ele nos deu a vida que estava em Deus e que, por intermédio dele, fez-se presente entre nós. Jesus disse: “eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. Com tal afirmação, Jesus indaga: Por onde queres ir? Eu sou o Caminho. Para onde queres ir? Eu sou a Verdade. Onde queres permanecer? Eu sou a Vida. Jesus, que é Verdade e Vida junto ao Pai, fez-se caminho ao assumir a natureza humana. A fé em Jesus leva-nos a perceber que ele e o Caminho, a Verdade e a Vida.
O GPS surge como indicador do caminho a percorrer. Mira o ponto final a partir de onde se encontra.
Quais as indicações, procedimentos que posso assumir para que, à semelhança do GPS para o viajante, Jesus seja o indicador do meu caminho?
Onde encontro as indicações para seguir Jesus?
Imita Jesus em sua vida.
Jesus foi humilde, verdadeiro, caridoso. Jesus amava a todos e agia como quem ama.
Vamos colocar em prática o Maior Mandamento: Amar a Deus e ao Próximo!
Pois Deus está no próximo, que tem frio, que tem fome. Sim, é Jesus. Abra o coração para Deus que é Amor!
26 – O REINO DE DEUS
Jesus nos dá a certeza de que o Reino de Deus está no meio de nós. Jesus pregou o Reino como seu modo de vida. O Reino de Deus significa a superação de tudo que nos afasta de Deus e dos irmãos.
O REINO DE DEUS NÃO É OUTRO MUNDO, mas sim O MUNDO EM QUE VIVEMOS, TRANSFORMADO EM NOVO!
Precisamos dar uma resposta a Deus, pois Ele nos chama à fé e conversão e nos pede mudanças.
CONVERSÃO é MUDANÇA. Seguir Jesus, cortar o mal pela raiz tudo o que provoca o mal. Viver a caridade, a partilha. Perceber os próprios defeitos.
O mundo novo se concretiza a partir de conversões individuais, superação da morte para termos vida em abundância.PARA VIVER COMO JESUS VIVEU, PRECISAMOS CONHECER SUA VIDA, PRECISAMOS CONHECER OS EVANGELHOS.
O Evangelho de Mateus retrata de modo especial a missão dos discípulos: curar os enfermos, ressuscitar os mortos, purificar os leprosos, expulsar os demônios. Jesus não só falava sobre o Reino. Ele mesmo era uma manifestação, um testemunho vivo do Reino. Jesus andou por toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, anunciando a Boa Nova do Reino e curando as enfermidades e as doenças do povo.
Mateus 4, 23-25
“Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, curando todas as doenças e enfermidades entre o povo. 24. Sua fama espalhou-se por toda a Síria: traziam-lhe os doentes e os enfermos, os possessos, os lunáticos, os paralíticos. E ele curava a todos. 25. Grandes multidões acompanharam-no da Galiléia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia e dos países do outro lado do Jordão.”
Para que o Reino de Deus se faça presente, precisamos imitar Jesus. Viver como Ele viveu.
Onde encontrava quem o seguia, Jesus falava e transmitia a Boa Notícia de Deus.
Diariamente, sem medo, ele proclamava a Boa Nova do reino.
Jesus ensinava através de Parábolas, e o Ponto Central das Parábolas é o Reino de Deus.
As parábolas partem de coisas simples do dia a dia, ensinando-nos a perceber a presença de Deus.
Nós falamos do Reino de Deus? Precisamos, como Jesus, proclamar o Reino de Deus.
Para meditar:
O que Jesus ensinava?
Qual era a atitude de Jesus perante as necessidades das pessoas?
Que podemos fazer para imitar Jesus em nossa vida?
O livro dos Atos dos Apóstolos conta a experiência dos primeiros cristãos. O Pentecostes, a vindo do Espírito Santo sobre os Apóstolos, está relatada em Atos 2. Leia o texto completo. Segue, com cortes:
Atos dos Apóstolos, 2
1.Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar.* 2.De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. 3.Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. 4.Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. 5.Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos de todas as nações que há debaixo do céu. (…) cada um os ouvia falar na sua própria língua. 7.Profundamente impressionados, manifestavam a sua admiração: “Não são, porventura, galileus todos estes que falam? 8.Como então todos nós os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? (…)14.Pedro, então, pondo-se de pé em companhia dos Onze, com voz forte lhes disse: “Homens da Judeia e vós todos que habitais em Jerusalém: seja-vos isto conhecido e prestai atenção às minhas palavras. 15.Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, visto não ser ainda a hora terceira do dia.* 16.Mas cumpre-se o que foi dito pelo profeta Joel: 17.Acontecerá nos últimos dias – é Deus quem fala –, que derramarei do meu Espírito sobre todo ser vivo: profetizarão os vossos filhos e as vossas filhas. Os vossos jovens terão visões, e os vossos anciãos sonharão. 18.Sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei naqueles dias do meu Espírito e profetizarão. (…)
21.E, então, todo o que invocar o nome do Senhor será salvo (Jl 3,1-5)”. (…)
32.A este Jesus, Deus o ressuscitou: do que todos nós somos testemunhas. 33.Exaltado pela direita de Deus, havendo recebido do Pai o Espírito Santo prometido, derramou-o como vós vedes e ouvis. (..)
38.Pedro lhes respondeu: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo, 39.pois a promessa é para vós, para os vossos filhos e para todos os que ouvirem de longe o apelo do Senhor, nosso Deus”.* (…)
. 42.Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações.* 43.De todos eles se apoderou o temor, pois pelos apóstolos foram feitos também muitos prodígios e milagres em Jerusalém, e o temor estava em todos os corações. 44.Todos os fiéis viviam unidos e tinham tudo em comum. 45.Vendiam as suas propriedades e os seus bens, e dividiam-nos por todos, segundo a necessidade de cada um. 46.Unidos de coração, frequentavam todos os dias o templo. Partiam o pão nas casas e tomavam a comida com alegria e singeleza de coração, 47.louvando a Deus e cativando a simpatia de todo o povo. E o Senhor cada dia lhes ajuntava outros, que estavam a caminho da salvação.*”
27 – OS FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO
São Paulo nos ensina sobre os frutos do Espírito Santo e os frutos da carne, na carta aos Gálatas: “Porque os desejos da carne se opõem aos do Espírito, e estes aos da carne; pois são contrários uns aos outros… Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus!” (Gal 5,17-21).
Em seguida, São Paulo fala dos frutos doces do Espírito: “Ao contrário, o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, bondade, benignidade, fidelidade, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei. Pois os que são de Jesus Cristo crucificaram a carne, com as paixões e concupiscências. Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o Espírito” (Gal 5,22-25).
O Catecismo da Igreja diz que esses “frutos do Espírito são perfeições que o Espírito Santo forma em nós como primícias da glória eterna” (n. 1832). Santo Agostinho explica que São Paulo não tinha o intuito de dar o número exato desses dons, mas apenas mostrar o “gênero de coisas” em que devemos buscá-los. São Tomás de Aquino diz que todos os atos dos dons e das virtudes podem ser reduzidos a esses frutos.
A Caridade, segundo São Tomás, é o fruto mais importante. Pela caridade o Espírito Santo nos faz semelhantes a Deus, que é amor. Ele é o Amor do Pai para com o Filho, e do Filho para com Pai. Quando uma alma é cheia do fruto divino da Caridade, o amor a transforma por completo. Assim acontece com os santos. A caridade nos leva a amar o bem e detestar o mal. “Amarás a teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22, 39). Para Santo Agostinho, “o amor ao próximo é como o princípio do amor a Deus”. E “não há degrau mais seguro para subir ao amor de Deus que a caridade do homem para com seus semelhantes”.
A Alegria é estar sempre junto de Deus, que vence toda tristeza. A alegria é um fruto do amor, pois quem ama se alegra por estar unido ao amado. Por isso, pôde São Paulo dizer: “Estou cheio de consolação, transbordo de gozo em todas as nossas tribulações” (II Cor 7, 4). “Alegrai-vos sempre no Senhor, repito, alegrai-vos” (Fil 4,4).
A Paz é o fruto de quem vive abandonado e obediente a Deus. São Tomás diz que “a perfeição da alegria é a paz”. Mesmo nas tribulações o cristão tem paz. Jesus é o Príncipe da Paz e nos deixou a sua Paz. “Dou-vos a minha Paz…”
A Paciência nos leva ao céu pois vence as tribulações, as dificuldades, as tentações, e tudo que nos afasta de Deus. É virtude dos fortes, dos santos. Segundo Santa Catarina de Sena, doutora da Igreja, a paciência é a “rainha posta na torre da fortaleza, que vence sempre e nunca é vencida”. Jó vendeu pela paciência; tendo perdido as riquezas, os filhos e a saúde, continuava glorificando a Deus: “O Senhor deu, o Senhor tirou: bendito seja o nome do Senhor!” (Jó 1, 21). Não se trata de uma espera passiva, mas de uma coragem que torna forte a nossa alma. É como Santa Mônica que rezou, sem desanimar, por vinte anos, até ver a conversão do seu Agostinho.
A Bondade é a virtude que nos faz agir bem com todos, sem inveja e sem discriminação. Ela nos leva a fazer o bem a todos. “Fazer o bem sem olhar a quem”. E, como fazer o bem, faz bem, ela nos faz feliz. A bondade nos leva a vencer também a preguiça, pois desperta em nós a compaixão pelos que precisam de nós. A Bondade nos faz querer o bem, a Benignidade nos leva a realizá-la.
A Mansidão nos leva a dominar a raiva, a ira e o mal desejo de vingança; e suportar com serenidade os males recebidos dos outros, sempre com o desejo de perdoar como Jesus mandou. Não é fácil perdoar; é preciso a ação do Espírito Santo em nós. Nunca pagar o mal com o mal, mas com o bem. Amar os inimigos e abençoar os que nos amaldiçoam.
O fruto da Fidelidade nos ajuda a manter a palavra dada, cumprir as obrigações assumidas, os contratos assinados, os votos feitos, etc.
A Temperança ou modéstia é o fruto que nos leva a ser moderados e prudentes em tudo o que dizemos e fazemos. Faz-nos vigiar os nossos olhos, boca, risos, movimentos, roupa, tudo, e vencer as paixões desordenadas. Santo Agostinho recomenda particular cuidado com a modéstia exterior, que tanto pode edificar quanto escandalizar os outros. A castidade nos refreia em relação ao que é ilícito, e a continência ao que é lícito. A alma que produz o fruto da castidade torna-se angélica, dizem os santos. O casto já ante goza o Céu na terra. A continência fortalece a vontade para resistir às concupiscências desordenadas. “Os que fazem tudo que é permitido acabarão por fazer o que não é permitido”.
Enfim, assim como o ferro no fogo, aos poucos brilha como a chama; também a alma repleta do Espírito Santo se torna semelhante a Ele.
(Prof. Felipe Aquino)
Tema Extra: O DÍZIMO NA COMUNIDADE DE FÉ
O mês de junho é tido em nossa Diocese como o mês dedicado à conscientização e reflexão acerca do Dízimo.
“O dízimo é um ato de fé que nos faz ajudar a Igreja na obra de evangelização”.
Ato de fé “é algo que nós fazemos porque cremos em Deus. E ter fé é acreditar em Deus e fazer as coisas que Ele nos pede para fazer”. Atos de fé que costumamos fazer: rezar o terço, dar esmola, ir à missa, fazer penitência etc… Dar o dízimo também é um ato de fé.
Não é correto dizer: “PAGAR o dízimo”. A forma correta de se dizer é “DEVOLVER” ou “CONTRIBUIR” com o dízimo, pois se trata de uma devolução feita a Deus, em espírito de fé e gratidão, de uma parte de tudo aquilo que Ele mesmo nos concedeu.
Malaquias 3,10. “Trazei ao tesouro do templo o dízimo integral, para que haja recursos na minha casa. Fazei comigo esta experiência – diz o Senhor dos exércitos. Vamos ver se não abro as comportas do céu, se não derramo sobre vós minhas bênçãos de fartura […].”
No Antigo Testamento, Deus pedia 10% dos rendimentos das colheitas para serem ofertados ao Templo. Esse é o significado da palavra “dízimo”, que vem de “dez”, ou seja, é a décima parte de tudo o que se plantava e colhia.
Tratava-se de um mandamento da Lei antiga. O povo judeu estava obrigado a esse preceito da lei;
Na Nova Aliança, com a vinda de Jesus, o dízimo passa a ter outro significado.
“O dízimo é um ato de fé que nos faz ajudar a Igreja na evangelização”.
Por que precisamos ajudar a Igreja? Porque somos seus membros. Depois do nosso Batismo, tornamo-nos membros do Corpo de Cristo, que é a Igreja. E ser membro da Igreja é tornar-se corresponsável por ela.
“Ajudar a Igreja em quê?” “na obra de evangelização.” Depois de ressuscitar, Jesus apareceu a seus discípulos e deu-lhes a missão de anunciarem a Palavra de Deus a todos os povos (Mt 28,19-20). Isto é evangelizar: conduzir as pessoas ao conhecimento e vivência dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Quando contribuímos com o dízimo, estamos proporcionando à Igreja as condições materiais necessárias para que a Palavra de Deus chegue a mais pessoas.
O dízimo é utilizado para: a) Fazer a manutenção das estruturas físicas da Igreja (água, luz, telefone, internet, aluguel de imóveis, objetos litúrgicos, materiais de limpeza, encargos trabalhistas dos funcionários, transporte etc). Essa finalidade é chamada de dimensão eclesial do dízimo. b) Ajudar na formação dos futuros sacerdotes (manutenção do seminário diocesano) e contribuir financeiramente com as missões que acontecem pelo mundo. Chamamos essa finalidade de dimensão missionária do dízimo. c) Auxiliar materialmente as pessoas em situação de vulnerabilidade social da nossa diocese.
Parte do que é arrecadado nas paróquias destina-se ao órgão caritativo da Diocese (Caritas Diocesana), que ajuda financeiramente os mais pobres. Essa finalidade é chamada de dimensão caritativa do dízimo.
Embora o nome da contribuição que fazemos à Igreja seja “dízimo” (décima parte), não existe a obrigação, no Novo Testamento, de se devolver, estritamente, 10% do que recebemos. É preciso dizer que nós seguimos o que São Paulo ensina em 2 Cor 9,7:
“Que cada um dê conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento, pois “Deus ama quem dá com alegria”.
Diferença entre dízimo e oferta: Enquanto o dízimo é uma contribuição mensal e comprometida destinada à evangelização, a oferta é uma doação esporádica, feita sem regularidade, por vontade pessoal do fiel.
CATEQUESE PARA ADULTOS – 2022
QUEM É DEUS?
O MISTÉRIO DA SANTÍSSIMA TRINDADE
A BÍBLIA
OS DEZ MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS
OS CINCO MANDAMENTOS DA IGREJA
A REVELAÇÃO DE DEUS NA CRIAÇÃO
O CHAMADO DE JESUS
Seja Você Também um Vencedor
JESUS DA ANUNCIAÇÃO DO ANJO ATÉ A INFÂNCIA
ORIGEM DA AVE-MARIA E DOS MISTÉRIOS GOZOSOS
“O AMOR DE DEUS EM NÓS: UMA ALIANÇA ETERNA”
POR AMOR, O PAI ENVIA SEU FILHO JESUS
JESUS DIZ: EU SOU O BOM PASTOR
“JESUS: CAMINHO, VERDADE E VIDA”
A SALVAÇÃO É POSSÍVEL?
QUINTA-FEIRA SANTA – LAVA-PÉS
A INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA e do SACERDÓCIO
SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO – 6ª feira Santa
SÁBADO SANTO
PÁSCOA
SACRAMENTO
OS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTÃ
O SACRAMENTO DO BATISMO
ANTECEDENTES DA IGREJA
O PENTECOSTES E A IGREJA NASCENTE
At 1,9-11 Ascensão de Jesus ao céu
At 2,1-4 – A vinda do Espírito Santo
O SACRAMENTO DA EUCARISTIA
OS MILAGRES EUCARÍSTICOS
O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA OU CONFISSÃO
JOÃO BATISTA E O CHAMADO À CONVERSÃO
A PRESENÇA DE MARIA NA IGREJA CATÓLICA
ASCENSÃO E PENTECOSTES – DONS DO ESPÍRITO SANTO
FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO
QUEM É DEUS?
Ao longo da história, todas as culturas se fizeram esta pergunta; tanto é assim, que os primeiros sinais de civilização se encontram, geralmente, no âmbito religioso e cultural. Crer em Deus está, em primeiro lugar, para o homem de qualquer época.
A diferença essencial está em qual Deus se crê. De fato, em algumas religiões pagãs, o homem adorava as forças da natureza, enquanto manifestações concretas do sagrado, e contavam com uma pluralidade de deuses, ordenada hierarquicamente. Na Grécia Antiga, por exemplo, também a divindade suprema, em um panteão de deuses, era regida, por sua vez, por uma necessidade absoluta que abarcava o mundo e os próprios deuses.
Para muitos estudiosos da história das religiões, em muitos povos ocorreu uma progressiva perda a partir de uma “revelação originária” do único Deus.
A revelação judaico-cristã mudou este quadro e Deus passou a ser representado, na Escritura, como Criador de tudo o que existe e Origem de toda força natural.
O MISTÉRIO DA SANTÍSSIMA TRINDADE
O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Deus se revelou como Pai, Filho e Espírito Santo. Foi Nosso Senhor Jesus Cristo quem nos revelou este mistério. Ele falou do Pai, do Espírito Santo e d’Ele mesmo como Deus. Logo, não é uma verdade inventada pela Igreja, mas revelada por Jesus. Não a podemos compreender, porque o Mistério de Deus não cabe em nossa cabeça, mas é a verdade revelada.
Santo Agostinho (†430) dizia: “O Espírito Santo procede do Pai enquanto fonte primeira e, pela doação eterna deste último ao Filho, do Pai e do Filho em comunhão” (A Trindade, 15,26,47).
Só existe um Deus, mas n’Ele há três Pessoas divinas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Não pode haver mais que um Deus, pois este é absoluto. Se houvesse dois deuses, um deles seria menor que o outro, e Deus não pode ser menor que outro, pois não seria Deus.
A BÍBLIA
A palavra BIBLIA significa Biblioteca, pois é uma coleção de livros que contém a história da Salvação, desde a criação do mundo feita por Deus até as profecias da Segunda vinda gloriosa de Jesus, a Bíblia é a única, dentre os livros sagrados do mundo, não escrita por uma só pessoa.
A Bíblia é a Escritura Sagrada de Deus, todas as passagens contidas nela foram inspiradas pelo Espírito Santo de Deus, isto implica que cada letra escrita é verdadeira. Ela deve ser a luz, para todos os momentos, do nosso caminhar à Casa do Senhor.
A Bíblia é dividida em duas partes:
* Antigo Testamento (46 livros) e
* Novo Testamento (27 livros).
A palavra testamento significa aliança.
A primeira parte (antigo testamento) revela a Criação do mundo, as alianças que Deus fez com os homens, as profecias que anunciavam a vinda do Messias, a fidelidade e infidelidade do povo de Deus, e principalmente, a preparação do povo escolhido de onde viria Jesus.
O Novo Testamento narra desde a vinda de Jesus até por volta do ano 100 com o falecimento do apóstolo São João.
Possui 27 livros e está dividido em cinco partes:
- Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João
- Atos dos Apóstolos
- Cartas de São Paulo
- Cartas de São Tiago, São Pedro, Cartas de São João, Cartas de São Judas (Epístolas Católicas ou Pastorais: Thiago; Pedro I e II; João I, II e III; e Judas)
- Apocalipse
OS DEZ MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS
1º MANDAMENTO Amar a Deus sobre todas as coisas:
O primeiro mandamento convida a pessoa a crer em Deus, a esperar Nele e a amá-Lo acima de tudo. A superstição é um desvio do verdadeiro culto que prestamos ao verdadeiro Deus, é uma espécie de Idolatria. Adorar a Deus é reconhecer, com respeito e submissão absoluta, o «nada da criatura», que só por Deus existe. Adorar a Deus é, como Maria no Magnificat, louvá-Lo, exaltá-Lo e humilhar-se, confessando com gratidão que Ele fez grandes coisas e que o seu Nome é santo. A adoração do Deus único liberta o homem de se fechar sobre si próprio, da escravidão do pecado e da idolatria do mundo. «Ao Senhor teu Deus adorarás» (Mt 4, 10). Adorar a Deus, prestar-Lhe o culto que Lhe é devido, cumprir as promessas e votos que se Lhe fizeram, são atos da virtude da religião, que traduzem a obediência ao primeiro mandamento. Na medida em que rejeita ou recusa a existência de Deus, o ateísmo é um pecado contra o primeiro mandamento.
2º MANDAMENTO: Não tomar seu santo nome em vão:
Este mandamento proíbe o uso inconveniente do nome de Deus. As promessas feitas a outra pessoa em nome de Deus empenham a honra, a fidelidade a veracidade e a autoridade divinas. Devem ser respeitadas. A blasfêmia consiste em proferir contra Deus palavras de ódio, de ofensa, de desafio e em falar mal de Deus. É também blasfêmia recorrer ao nome de Deus para encobrir práticas criminosas, oprimir o povo, torturar ou matar. Não podemos pôr em dúvida os sentimentos de Temor de Deus, pois temos a visão de um Deus soberano e consciência de sua presença. Ora, na medida em que acreditamos que Ele está presente, este mandamento proíbe também o uso indevido do nome Jesus, de Maria e de todos Santos de maneira injuriosa. Devemos ter tais sentimentos. “Não os ter, é não estar consciente desta realidade, é não crer que Ele está presente.
3º MANDAMENTO Guardar domingos e festas:
O terceiro mandamento do Decálogo refere-se à santificação do sábado: “O sétimo dia é um sábado: um descanso completo consagrado ao Senhor” (Ex 31, 15). O Evangelho relata numerosos incidentes em que Jesus é acusado de violar a lei do sábado. Mas Jesus nunca viola a santidade deste dia. É com autoridade que Ele dá a sua interpretação autêntica desta lei: “O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado” (Mc 2, 27). Cheio de compaixão, Cristo autoriza-Se, em dia de sábado, a fazer o bem em vez do mal, a salvar uma vida antes que perdê-la. O sábado é o dia do Senhor das misericórdias e da honra de Deus. Jesus ressuscitou de entre os mortos «no primeiro dia da semana” (Mc. 16, 2). Enquanto “primeiro dia”, o dia da ressurreição de Cristo lembra a primeira criação. Enquanto “oitavo dia”, a seguir ao sábado, significa a nova criação, inaugurada com a ressurreição de Cristo. Este dia tornou-se para os cristãos o dia do Senhor, o Domingo. Reunimo-nos todos no dia do Sol, porque foi o primeiro dia após o Sábado judaico, mas também o primeiro dia em que Deus, tirando das trevas a matéria, criou o mundo, e porque Jesus Cristo, nosso Salvador, nesse mesmo dia, ressuscitou dos mortos. O domingo distingue-se expressamente do sábado, cuja prescrição ritual para os cristãos substitui o sábado e realiza plenamente na Páscoa de Cristo a verdade espiritual do sábado judaico e anuncia o descanso eterno, do homem, em Deus. Os que viveram segundo a antiga ordem das coisas alcançaram uma nova esperança, não guardando já o sábado, mas o dia do Senhor, em que a nossa vida foi abençoada por Ele e pela sua morte. A celebração do domingo é o cumprimento da prescrição moral de «prestar a Deus um culto exterior, visível, público e regular, sob o signo da sua bondade universal para com os homens». O culto dominical cumpre o preceito moral da Antiga Aliança, cujo ritmo e espírito retoma ao celebrar em cada semana o Criador e o Redentor do seu povo.
4º MANDAMENTO: “Honra teu pai e tua mãe…”:
“Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá”. De acordo com este mandamento, Deus quis que, depois dele, honrássemos nossos pais e todos os que Ele, para o nosso bem, investiu de autoridade. A salvação da pessoa e da sociedade humana está estreitamente ligada ao bem estar da comunidade conjugal e familiar. Os filhos devem aos pais respeito, gratidão, justa obediência e ajuda. O respeito filial favorece a harmonia de toda a vida familiar. A paternidade divina é a fonte da paternidade humana; é o fundamento da honra devida aos pais. O respeito dos filhos, menores ou adultos, pelo pai e pela mãe alimenta-se da afeição natural nascida do vínculo que os une. O quarto mandamento também lembra aos filhos adultos suas responsabilidades para com os pais.
5º MANDAMENTO: “Não matarás”:
“Toda vida humana, desde o momento da concepção até a morte, é sagrada porque a pessoa humana foi querida por si mesma à imagem e semelhança do Deus vivo e santo. O assassinato de um ser humano é gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador”. O quinto mandamento, entretanto, vai além do ato de homicídio voluntário ou a cooperação nele. Entende a Santa Igreja que ele abrange não apenas a morte em si, mas uma série de outras atitudes tais como: a intenção de se destruir uma pessoa, mesmo que não se consiga; o aborto voluntário ou provocado; a eutanásia voluntária; os negócios fraudulentos que provocam a morte ou a fome; a instituição de leis que atentem contra a vida; a criação de estruturas sociais que promovem a exclusão, a fome e o abandono; o desrespeito à integridade corporal e a promoção da guerra. Jesus mostra claramente a abrangência do quinto mandamento quando diz: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: “Não matarás. Aquele que matar terá de responder ao tribunal”. Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão terá de responder no tribunal” (Mt 5,21-22). Toda atitude contra a vida promove a morte. O cristão deve sempre nortear-se pela declaração de Jesus: “O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” João 10,10.
6º MANDAMENTO: “Não cometerás adultério”:
Disse Jesus: “Ouvistes que foi dito: “Não cometerás adultério”. Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração” (Mt 5, 27-28). Deus é amor e vive em Si mesmo um mistério de comunhão pessoal de amor. Ao criar a humanidade do homem e da mulher à sua imagem Deus inscreveu nela a vocação para o amor e para a comunhão e, portanto, a capacidade e a responsabilidade correspondentes. Diz respeito particularmente à afetividade, à capacidade de amar e de procriar, e, de um modo mais geral, à aptidão para criar laços de comunhão com outrem. A sexualidade torna-se pessoal e verdadeiramente humana quando integrada na relação de pessoa a pessoa, no dom mútuo total e temporalmente ilimitado, do homem e da mulher. A virtude da castidade engloba, portanto, a integridade da pessoa e a integralidade da doação e implica na aprendizagem do autodomínio e da fidelidade. A Igreja deu ao matrimônio a dignidade de Sacramento, portanto, “O adultério e o divórcio, a poligamia e a união livre são ofensas graves à dignidade do matrimônio”.
7º MANDAMENTO: “Não roubarás”:
“O sétimo mandamento proíbe tomar ou reter injustamente os bens do próximo ou lesá-lo, de qualquer modo. Prescreve a justiça e a caridade na gestão dos bens terrestres e dos frutos do trabalho. Exige, em vista do bem comum, o respeito à destinação universal dos bens e ao direito de propriedade privada. A vida cristã procura ordenar para Deus e para a caridade fraterna os bens deste mundo”. Tudo o que foi criado por Deus, animais, plantas e seres inanimados, estão naturalmente destinados ao bem comum da humanidade, pois o domínio que Deus deu ao homem sobre estas criaturas não foi absoluto. Ele deve ser pautado pela preocupação e profundo respeito pela integridade da vida e de toda a criação.
8º MANDAMENTO: “Não apresentarás falso testemunho contra teu próximo”:
“O oitavo mandamento proíbe falsificar a verdade. Somos testemunhas de Deus, que é e que quer a verdade. As ofensas à verdade exprimem, por palavras ou por atos, a falta de retidão moral: são infidelidades graves para com Deus. Este mandamento proíbe a mentira e ensina que devemos respeitar a integridade da reputação do caráter do próximo. Quem crê em Deus deve amar a verdade que nos torna livres e nos santifica. Assim, o 8º mandamento proíbe que se levante falso testemunho e perjúrio (jurar falso, falar inverdades). Podemos prejudicar o outro por falsidade e omissão da verdade; por propagar qualquer informação que cause prejuízo ao próximo. Isto inclui admitir como verdadeiro, mesmo em silêncio, um defeito moral do próximo, bem como, sem razão ou conhecimento, revelar os defeitos dos outros a pessoas que não o sabem (maledicência). Estas condutas denigrem e desvalorizam a pessoa e por isso também é pecado.
9º MANDAMENTO: “Não desejarás a mulher do próximo” :
O amor puro e verdadeiro para com as pessoas demonstra também o nosso verdadeiro amor a Deus. Tanto ao homem como à mulher, não é permitido o ato de cobiça. E em seu conteúdo está contida a valorização e a dignidade da sexualidade humana, onde deve haver respeito mútuo. Um não possui maior dignidade que o outro. Viver o nono mandamento não significa apenas expressar ao próximo um amor puro e sadio, significa também que me relaciono indistintamente com todos. É uma busca de não nos deixarmos vencer pelas tentações da carne. Esta vitória é possível pela purificação do coração e pela prática da virtude da temperança. O fim último deste mandamento é visualizarmos na beleza humana a grandiosidade de Deus.
10º MANDAMENTO: “Não cobiçarás coisa alguma que pertença a teu próximo”:
Este mandamento completa o anterior ensinando que não podemos cobiçar ou ter inveja do que pertence ao outro, seja um bem material no sentido de propriedade ou de qualquer outra natureza. “O décimo mandamento exige banir a inveja do coração humano. Não cobiçar as coisas alheias, não trabalhar em si o sentimento de inveja e de possuir o que é do outro.
CINCO MANDAMENTOS DA IGREJA
1º – “Participar da Missa inteira aos domingos, de outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho”;
2º – “Confessar-se ao menos uma vez por ano”;
3º – “Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição;
4º – “Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja” (No Brasil, isso deve ser feito na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa;
5º – “Ajudar a Igreja em suas necessidades”, conforme a passagem abaixo:
“Pagai integralmente os dízimos ao tesouro do templo, para que haja alimento em minha casa. Fazei a experiência – diz o Senhor dos exércitos – e vereis se não vos abro os reservatórios do céu e se não derramo a minha bênção sobre vós muito além do necessário.” Malaquias 3, 10
A REVELAÇÃO DE DEUS NA CRIAÇÃO
Nós fomos modelados por Deus, com amor e ternura.
A sede da humanidade só pode ser saciada junto à Fonte, que é Deus.
Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus. E o ser humano foi, ainda, elevado à condição de filho de Deus
O homem e a mulher tinham o Paraíso para usufruir. Mas o homem pecou e perdeu a possibilidade de estar na presença de Deus.
Depois da desobediência de Adão e Eva, o ser humano perdeu o estado de graça e, com o pecado, passou a necessitar do perdão de Deus.
Deus, por amor, promete seu próprio Filho para resgatar a humanidade.
Por isto, na Palavra de Deus, que é a Bíblia Sagrada, vemos os Profetas que anunciam a chegada do Messias. Um Salvador haveria de nascer para resgatar o homem de seus pecados. E é assim que Deus Pai envia seu Filho para que nasça, no seio de uma família. Jesus é, pois, o Deus encarnado, que veio ao mundo se fazendo semelhante ao homem em tudo, menos no pecado.
O CHAMADO DE JESUS
Marcos 3, 13-19
“13. Depois, subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram a ele.
14. Designou doze dentre eles para ficar em sua companhia. 15.Ele os enviaria a pregar, com o poder de expulsar os demônios. 16.Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; 17.Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer Filhos do Trovão. 18.Ele escolheu também André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador; 19.e Judas Iscariotes, que o entregou.”
Reflexão:
Jesus chamou os discípulos para seguirem-no.
Não escolheu os sábios ou preparados. Chamou “OS QUE ELE QUIS”.
Chamou, sim, os disponíveis. Os que souberam responder “sim”.
O conjunto dos apóstolos lhes trouxe a força e estrutura necessária. Hoje nós somos o grupo de seguidores de Jesus. Cada um com seu talento. Todos diferentes uns dos outros.
Hoje Ele chama a cada um pelo nome.
Sim, ele está chamando você!”
SEJA VOCÊ TAMBÉM UM VENCEDOR:
Assuma seus próprios erros
Saiba que o mal estraga a vida
Afaste-se do que não é bom
Melhore um pouco a cada dia
Procure sempre se esforçar
Cultive seu lado bom
Aceite a ajuda de Deus (livre arbítrio)
JESUS DA ANUNCIAÇÃO DO ANJO ATÉ A INFÂNCIA
Durante muito tempo o povo de Deus esperou a vinda do Salvador prometido, o Messias. Messias quer dizer ungido, enviado por Deus.
Jesus é a realização da promessa de Deus, conforme foi anunciado pelo Profeta Isaías: “Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, ele recebeu o poder sobre seus ombros, e lhe foi dado este nome: Conselheiro-maravilhoso, Deus-forte, Pai eterno, Príncipe da Paz” (Isaías 9, 5)
Deus cumpre a sua promessa enviando o seu próprio filho Jesus, que veio ao mundo revelar a face de um Deus que é Pai, amor, misericórdia e perdão.
Jesus é o Messias que os profetas anunciavam que seria a descendência de Davi, onde haveria de nascer e quem seria sua mãe. O Profeta Isaías diz ainda que Ele faria milagres, sofreria muito, entregaria a sua vida para a salvação der todos e seria glorificado.
Em Nazaré vivia uma jovem cujo nome era Maria. Era fiel a Deus e pura de coração. Um dia, Deus lhe visitou, escolhendo-a pra ser mãe do Salvador, e o seu sim foi fundamental para o plano de Deusa se realizar. Então, Deus se fez gente no meio de nós.
José, seu noivo, foi também visitado por Deus, que lhe disse: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus…” (Mt 1, 20-21)
Lucas 1, 26-38: “26. No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27.a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria…
Os Pastores visitam Jesus (Lucas 2, 1-20)
A visita dos Magos a Jesus – Mateus 2, 1-12
CONCLUSÃO:
Deus quis enviar seu filho ao mundo, mas não quis agir sozinho. Ele quis que seu filho nascesse em uma família
Escolheu Maria, que aceitou o convite de Deus e se colocou à disposição para fazer a vontade do Senhor.
Deus escolheu também José como pai adotivo de Jesus. O próprio Deus Pai é seu pai verdadeiro.
O nascimento de Jesus, com toda a sua simplicidade, foi um grande acontecimento, que mudaria toda a história da humanidade.
Os Pastores, naquele tempo, não eram muito considerados pela população da cidade, mas oi a eles que Deus avisou sobre o nascimento de Jesus, para que eles fossem os primeiros a visitar o Salvador. É Deus fazendo caso daquelas pessoas de quem o mundo nem sempre fazia caso.
Quando Maria apareceu grávida, José decidiu rejeitá-la secretamente. Porém, um anjo apareceu-lhe em sonhos e lhe disse para receber Maria por esposa, pois ela engravidou por obra do Espírito Santo. Disse ainda que seria um menino, e lhe deviam dar o nome de Jesus, que quer dizer Salvador.
Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta: Isaías: Eis que uma Virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel (Is 7,14), que significa: Deus conosco.
José recebeu em sua casa sua esposa. .E, sem que ele a tivesse conhecido, ela deu à luz o seu filho, que recebeu o nome de Jesus.
Que nós possamos sempre buscar Jesus, como os Reis Magos, e a ele oferecer nosso coração e nosso amor.
ORIGEM DA AVE-MARIA E DOS MISTÉRIOS GOZOSOS DO SANTO ROSÁRIO
A Ave Maria inicia com a saudação do anjo:
“Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo”.
E Isabel continua:
Bendita sois entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre”.
Primeiro Mistério Gozoso:
“A Anunciação do Anjo Gabriel à Virgem Maria e a Encarnação do Verbo Divino em seu seio imaculado”.
O Anjo anunciou a Maria, e ela concebeu do Espírito Santo. Sem nenhuma ação do homem. Foi uma ação de Deus, que se deu de forma milagrosa. Maria era virgem e permaneceu virgem, pois Deus colocou Jesus no ventre de Maria de forma milagrosa.
Segundo Mistério Gozoso:
“A visita de Maria à sua prima Isabel”
No mesmo tempo sua parenta Isabel engravidou. Maria, quando soube, foi às pressas ajuda-la, conforme Lucas 1, 39-56.
E Isabel louva a Deus pois percebe a presença do Menino Deus no ventre de Isabel, e louva a Maria com as palavras que serão parte da oração Ave Maria
“Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto de vosso ventre”
O Anjo avisa José que o filho que Maria carrega é obra do Espírito Santo, e assim ele aceita sua esposa.
Terceiro Mistério Gozoso:
“O nascimento de Jesus em Belém”
Por causa do recenseamento tinha muita gente de fora na cidade, e não havia lugar para eles na hospedaria. Jesus nasce em um lugar pobre, e os pais o deitam em um cocho onde os animais comiam palha.
Quarto Mistério Gozoso: Apresentação do Menino Jesus no Templo
Lucas 2, 22-23. “Concluídos os dias da sua purificação segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor, 23.conforme o que está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor” (Ex 13,2)”
Quinto mistério gozoso: A perda e o encontro do Menino Jesus entre os doutores da Lei.
“Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa. Tendo ele atingido doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa. Acabados os dias da festa, quando voltavam, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem…
Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas” Lucas 2, 41-47
“O AMOR DE DEUS EM NÓS: UMA ALIANÇA ETERNA”
Aliança significa pacto. Compromisso.
O anel de noivado usado pelos noivos simboliza um pacto mútuo entre as partes. Isso define um compromisso entre pessoas
A relação entre Deus e a humanidade reveste-se de um pacto amoroso de Deus para conosco. Por parte de Deus este acordo é eterno.
A palavra Aliança, na Bíblia, tem significado de amor, combinação, união, comunhão, vínculo, diálogo, casamento.
A Bíblia nos mostra que Deus sempre faz alianças por intermédio de pessoas, como os patriarcas (Abraão, Moisés no Monte Sinai compromisso para com a fidelidade com o seu povo até chegar à nova e definitiva aliança com Jesus Cristo.
É tão forte a Aliança do amor de Deus para com as pessoas que ele nos criou à sua imagem e semelhança. Deus Pai entregou como prova Suprema de amor seu próprio filho a morte para nos salvar.
O amor de Deus por nós é um amor íntimo e concreto. A aliança não é um projeto das pessoas para Deus mas de Deus para as pessoas.
O amor e o compromisso de uma aliança são invisíveis, brotam do coração, mas tem um sinal externo, que vem selar este pacto.
Noé ofereceu um sacrifício a Deus sobre o altar e Deus disse a Noé e aos seus filhos: “Vou fazer uma aliança com vocês e seus descendentes (Gênesis 9, 1-17). Esta aliança foi simbolizada pelo arco-íris.
Deus estabeleceu também uma aliança com a nação de Israel por meio de Moisés. A aliança feita com Moisés – os dez mandamentos, foi gravada em tábuas de pedra. Revela um novo significado para sacrifício e holocausto. É a oferenda da pessoa mesma, a exemplo de Jesus.
A nova aliança tem vínculos indestrutíveis de Misericórdia, de amor e de solidariedade. A Aliança do Sinai é a mais importante do Antigo Testamento e diferentes de todas as alianças.
Nela Deus se manifesta como nosso Deus e nos adota como seu povo por isso somos todos irmãos tendo um único Deus.
A aliança de Deus com o ser humano jamais será quebrada porque partiu do próprio Deus.
POR AMOR, O PAI ENVIA SEU FILHO JESUS
“Deus amou tanto o mundo que entregou seu Filho único”. (Jo 3, 16)
O amor infinito de Deus é claramente expressado pelo advérbio “tanto”.
A atitude de Deus Pai, ao nos enviar por amor seu Filho, Jesus, nos revela quão grande é este amor. O amor de Deus por nós não tem limite.
O verbo entregar: “entregou seu Filho”, como o advérbio “tanto”, é cheio de significado.
“Entregou seu Filho” expressa o dom radical, total! Por que o Pai fez isto? É pelo RESGATE DO HOMEM! É para que você possa ser salvo, para que eu possa ser salva!
O amor de Deus não castiga, não condena, não mata, não discrimina, não exclui. O amor verdadeiro liberta, cura, perdoa, gera vida, acolhe, inclui!
JESUS DIZ: EU SOU O BOM PASTOR
Objetivo: identificar Jesus como o bom pastor que nos acolhe e nos conduz.
O pastor é uma realidade natural para o povo a quem Jesus falava que perdurou por séculos até bem pouco tempo atrás, com a transformação da economia Rural em industrial.
Ele cuidava das ovelhas e as guardava do perigo; as levava a pastagem e, deixando seguras todas as outras, saía à procura da que se extraviou. Ele cuidava de suas feridas e a levava novamente ao convívio das demais.
Leitura: Jo 10, 1-6:
“São João, 10 1.“Em verdade, em verdade vos digo: quem não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. 2.Mas quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. 3. A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz à pastagem. 4.Depois de conduzir todas as suas ovelhas para fora, vai adiante delas; e as ovelhas seguem-no, pois lhe conhecem a voz. 5.Mas não seguem o estranho; antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” 6.Jesus disse-lhes essa parábola, mas não entendiam do que ele queria falar. 7.Jesus tornou a dizer-lhes: “Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. 8.Todos quantos vieram [antes de mim] foram ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram.* 9.Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo; tanto entrará como sairá e encontrará pastagem.*”
Na parábola do Bom Pastor Jesus se compara a um pastor e nós somos comparados as ovelhas. Ele diz: eu sou o bom pastor, conheço as minhas ovelhas e as ovelhas me conhecem.
Na imagem do pastor Deus se mostra como Deus é na sua relação com as pessoas: cuida com carinho e ternura de todos. Deus eu preocupa com todas as pessoas.
É o Pastor que vai ao encontro dos anseios de suas ovelhas.
Jesus dá sua vida a todos que aceitam sua proposta.
Aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. Mas aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. O porteiro abre a porta para ele, ele entra, as ovelhas ouvem sua voz e o seguem. Depois de fazer sair todas as ovelhas, ele caminha na frente delas, e as ovelhas o seguem, por conhecem sua voz.
Por amor Jesus dá sua vida pelas suas ovelhas, em morte sacrificial, permanecendo na Eucaristia.
Somos ovelhas de um mesmo rebanho, cujo pastor é Cristo.
Lembramos ainda da Palavra:
“Tenho ainda outras ovelhas que não são desse aprisco”.
“JESUS: CAMINHO, VERDADE E VIDA”
Uma das verdades mais bonitas que Jesus nos revelou é que ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Nossa confiança e fé em Jesus Cristo nos permitem perceber que em nossa caminhada não estamos sozinhos. Jesus caminha conosco.
Jesus, vendo que os discípulos o seguiam, perguntou-lhes: Que procurais? Eles responderam: Mestre, onde moras? Ele respondeu: Vinde e vede. Foram, viram onde Jesus morava e permaneceram com ele aquele dia” (Jo 1, 38-39).
O seguimento de Jesus é um exercício que inclui procedimentos próprios. Quais os procedimentos para. seguir Jesus? Como encontrar o caminho sem um mapa, guia ou GPS? O próprio Jesus nos dá a resposta em (Jo 14,6):
“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. Seguir Jesus é entrar na dinâmica dos seus ensinamentos, de suas atitudes; é aceitar a proposta que ele faz:
“Vem e segue-me” (Lc 18,22).
O desafio para todo ser humano – assim como para todas as pessoas que aceitam Jesus como caminho – é escutar a voz de Cristo em meio a tantas outras vozes. E nós vamos ao encontro de Cristo!
E necessário ir ao seu encontro. Ele está presente na Sagrada Escritura, na liturgia, sobretudo na eucaristia; na comunidade reunida em seu nome, nos irmãos e irmãs, especialmente nos mais necessitados.
As celebrações e a oração são espaços importantes nos quais este encontro pessoal acontece e é aprofundado, no silêncio e na contemplação. Nós encontramos o Senhor na leitura dos Evangelhos e na vida comunitária, na qual aprendemos a escutar a voz de Deus no meio das circunstâncias próprias de nosso tempo.
Os primeiros cristãos eram chamados de “seguidores do caminho”, pois seguiam Jesus, que estava sempre caminhando ao encontro das pessoas, principalmente dos pobres, doentes e necessitados.
A vida de Jesus foi uma luta permanente para fazer valer a vontade do Pai, que é vida em abundância para todos e não só para alguns privilegiados! Foi nessa luta pelo Reino do Pai que Jesus foi perseguido, preso e crucificado, mas a vitória da Ressurreição continua iluminando o coração de milhões de pessoas, em todo o mundo, que acreditam que ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Num mundo de tantos caminhos, de tantas propostas tentadoras, de tanta propaganda enganosa que se apresenta como “verdade”, que se diz capaz de dar sentido à vida e fazer feliz a todos, Jesus continua afirmando que ele é o Caminho que conduz ao Pai, que nos faz todos irmãos; a Verdade que nos dá o critério para sabermos o que nos faz verdadeiramente felizes, e a Vida plena, pois, por amor, ele nos deu a vida que estava em Deus e que, por intermédio dele, fez-se presente entre nós.
O GPS surge como indicador do caminho a percorrer.
Mira o ponto final a partir de onde se encontra.
Tema Extra: A SALVAÇÃO É POSSÍVEL?
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos 10, 17-30
“Naquele tempo, quando Jesus saiu a caminhar, veio alguém correndo, ajoelhou-se diante dele e perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?”
Jesus disse: “Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. Tu conheces os mandamentos: não matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe”. Ele respondeu: “Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude”.
Jesus olhou para ele com amor, e disse: “Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me!”
Mas quando ele ouviu isso, ficou abatido e foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico. Jesus então olhou ao redor e disse aos discípulos: “Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!”
Os discípulos se admiravam com estas palavras, mas ele disse de novo: “Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!” Eles ficaram muito espantados ao ouvirem isso, e perguntavam uns aos outros: “Então, quem pode ser salvo?”
Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível”.
Pedro então começou a dizer-lhe: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos”.
Respondeu Jesus: “Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, receberá cem vezes mais agora, durante esta vida — casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, a vida eterna.”
Meditação
1. Uma pessoa vem correndo até Jesus e, de joelhos, pergunta:
“Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?”
Essa, com certeza, não é uma pergunta qualquer, mas a dúvida de alguém cheio de fé, que conhece a sabedoria e a bondade do Senhor, e deseja, acima de tudo, entrar no Céu. Ele ajoelha-se porque reconhece a grandeza de quem está adiante, e sabe que Cristo só deseja o bem do ser humano.
E quando o Senhor lhe manda observar os mandamentos, a sua resposta denota a confiança de uma pessoa que não acha a Lei de Deus pesada demais. Ao contrário, lemos no Evangelho que ele já a cumpria desde a sua juventude.
O cumprimento dos Mandamentos é estritamente necessário para a entrada no Céu. Ninguém pode entrar na Casa de Deus sem o auxílio da graça santificante, que a pessoa perde após uma queda moralmente grave. Por isso sabemos que a pessoa que se aproximou de Jesus estava em estado de graça, porque Cristo olhou-a com amor e alegria. Aliás, Jesus olha com amor e misericórdia para todos aqueles que, arrependidos, buscam de novo a graça através do sacramento da Confissão. O próprio arrependimento já é um toque milagroso do amor de Deus, que nos encaminha para a reconciliação sacramental.
2. O diálogo entre a pessoa e Jesus não se resume, porém, à observância dos Mandamentos. Cristo deseja introduzi-lo no caminho da perfeição, que se apresenta para além dos preceitos sagrados.
Trata-se, antes de tudo, de uma entrega generosa por amor a Deus e ao próximo, de modo que a pessoa tem de abandonar qualquer tipo de apego terreno, seja material ou afetivo.
Para entrar no Reino dos Céus, Deus exige apenas o estado de graça. Mas o seu desejo mais profundo é a nossa santidade.
O Evangelho conta que o jovem respondeu com tristeza ao chamado de Cristo. Essa tristeza diz respeito a uma espécie de acídia, isto é, uma preguiça de realizar a vontade do Senhor na própria vida.
A pessoa encontra-se tão apegada aos seus bens terrenos — dinheiro, família, costumes — que não consegue pensar em “vender tudo” para seguir unicamente o chamado de Deus. Todavia, é impossível trilhar o caminho da santidade sem esse desapego.
3. A santidade consiste no amor, na abnegação da própria vontade e conforto pelo bem do próximo. Não se trata apenas de uma obrigação. É mais do que isso: consiste na realização de atos virtuosos, na entrega amorosa, sem a obrigação de uma lei coercitiva. Essa liberdade de coração torna a vida diferente, pois ultrapassa a lógica da pura obrigação. O coração humano passa a amar de verdade.
As crianças são especialistas nessa entrega generosa. Elas não pretendem comprar as bênçãos de Deus com suas posses e agrados. Ao contrário, elas apenas se abandonam confiantemente nos braços do Pai, para que Ele faça com elas o que desejar.
Neste sentido, o desapego das coisas do mundo necessita de uma infância espiritual, a fim de que Deus seja o único artífice da nossa vocação cristã. Se nos entregarmos como crianças ao coração de Jesus, então Ele fará de nós grandes santos.
Afinal de contas, para o homem essas coisas são impossíveis, mas para Deus, tudo é possível (cf. Mc 10, 27).
Oração. — Senhor Jesus, fazei de mim uma pequena criança, a fim de que eu seja capaz de “vender tudo” para vos seguir. Não quero sair de meu encontro de oração com a tristeza do jovem do Evangelho, mas com a alegria de ter me abandonado inteiramente nos vossos braços. Assim seja!
Propósito. — Sacrificar algum costume ou bem material nesta semana pela conversão dos pecadores e salvação do Brasil.
QUINTA-FEIRA SANTA – LAVA-PÉS
A Quinta-feira Santa é o dia em que celebramos a instituição da Eucaristia.
Acontece neste dia a cerimônia do lava-pés, repetindo o que Jesus fez aos apóstolos, mostrando-lhes que, como Ele, o cristão veio para servir. Com esse ato consciente, Jesus sela a ideia de que Deus é o servidor da humanidade. Fazendo-se servo, torna senhores os seus, mas senhores enquanto conscientemente lavam os pés uns dos outros.
O texto de 1Cor 11,23-26 é o primeiro escrito do Novo Testamento que trata da Eucaristia.
Os versículos proclamados nesta celebração contemplam basicamente a narrativa da instituição da Eucaristia. São Paulo (cf. 1Cor 11,23-26) afirma tê-la recebido do Senhor e transmitido às comunidades coríntias.
A Ceia do Senhor está vinculada a um fato e data históricos – à noite em que o Senhor foi entregue. Essa noite é mais importante do que a noite da saída do Egito, celebrada na ceia pascal judaica, e se reveste de caráter pascal insuperável.
O rito descrito por São Paulo é bastante próximo à tradição dos evangelistas e comporta os seguintes passos, feitos de gestos e palavras: Tomar o pão; dar graças; partir o pão, acompanhado das palavras “Isto é o meu corpo, que é para vocês; façam isto em memória de mim” No fim da Ceia, tomar o cálice acompanhado das palavras: “Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que vocês beberem dele, façam isso em memória de mim”.
Chamam a atenção a ação de graças, a fração do pão e o memorial, que não é simples repetição mecânica de um rito. É reviver os acontecimentos passados, experimentando hoje seus efeitos. São Paulo conclui dizendo: “Todas as vezes que vocês comem deste pão e bebem deste cálice, estão anunciando a morte do Senhor, até que Ele venha.”
A Celebração da Quinta-feira Santa é muito rica em lições que deveriam nos fazer refletir para tentarmos viver uma vida melhor para nós, para os nossos semelhantes e de acordo com o Projeto do Pai.
A INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA e do SACERDÓCIO
Cristo instituiu a Eucaristia na Quinta-feira Santa “na noite em que ia ser entregue” (1 Cor 11,23), durante a Última Ceia que celebrou com os seus Apóstolos.
As palavras que Cristo pronunciou são as mesmas que o sacerdote pronuncia no momento da consagração: “Tomai todos e comei…”,“Tomai todos e bebei…”. Os três Evangelhos sinóticos e o apóstolo São Paulo relataram a instituição da Eucaristia. São João não a relata, mas apresenta Cristo como o Pão Vivo, que desceu do céu (ver Jo 6), fazendo uma alusão explícita ao sacramento.
Concluindo a consagração do pão e do vinho no seu Corpo e Sangue, Cristo diz: “Fazei isto em memória de mim”. Ele quer que esse sacrifício seja perpetuado até que Ele volte. Assim, em cada canto do mundo onde é celebrada uma Missa, Cristo se faz presente e os cristãos entram em comunhão entre eles (lembremos que a mesma liturgia é celebrada em todo o mundo).
A Eucaristia é o coração da Igreja: a Igreja vive da Eucaristia.
A Eucaristia é o sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele institui para que fosse celebrado até o fim dos tempos.
Jesus se ofereceu na Cruz por nossos pecados uma única vez, de forma cruenta (com derramamento de sangue). Cada vez que se celebra uma Eucaristia se repetisse aquele ato de entrega de Cristo na Cruz, mas de forma incruenta (sem derramamento de sangue)
Por isso, chamamos de memorial do sacrifício de Cristo, porque realmente aquele sacrifício se torna presente e atual sobre o altar de cada igreja, durante a Santa Missa.
A Eucaristia fortalece nossa fé, esperança e caridade, nos cobrindo com a graça que vem do alto e nos preparando para um dia chegarmos à vida eterna.
SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO – 6ª feira Santa
A morte de Jesus na cruz é consequência da sua opção radical pelo amor e de sua fidelidade à vontade do Pai.
“Dia de recolhimento e oração, a comunidade cristã se reúne para celebrar a Paixão do Senhor. Nós somos convidados a olhar e contemplar o Cristo que consome sua vida e a entrega na cruz por amor a toda comunidade. Nele encontramos a verdadeira vida”.
Neste dia os cristãos católicos rezam e fazem procissão da Via-Sacra e a adoração da Cruz.
“Neste dia como comunidade somos também convidados a venerar o madeiro santo. O madeiro onde pendeu a Salvação de toda a Humanidade que é o Cristo Senhor”.
SÁBADO SANTO
O Sábado Santo é um dia voltado para o silêncio e para a oração, se preparando para a Vigília Pascal que acontecerá à noite. Não é um silêncio de luto, pois acreditamos que o Senhor não está morto, Ele vive. Temos a certeza de que à noite celebraremos a ressurreição, mas é um silêncio orante e de respeito, pois sabemos que nesse dia o Senhor desceu ao seio da terra.
Normalmente, no Sábado Santo, acontece a preparação da Igreja para a celebração da Vigília Pascal. A Missa do Sábado Santo é extensa, mas riquíssima. Esse dia também é conhecido como Sábado de Aleluia, que vem da tradição na Igreja Católica de não dizer “Aleluia” nas missas durante a Quaresma. No Sábado de Aleluia, finalmente se diz Aleluia, para anunciar o início da Páscoa.
O Sábado Santo nos lembra que Jesus morreu de verdade, assim como todos nós um dia também teremos de morrer. Sua identificação com a humanidade foi completa, até na morte. A sua morte foi necessária para nos salvar e, depois ainda com a sua ressurreição, nos abre um novo caminho, e nos indica que a vida não termina aqui, mas continua ao lado de Deus. Assim como Jesus morreu, mas depois ressuscitou, quem crê nele também morrerá, porém tem a promessa da ressurreição para a vida eterna.
Tenhamos a certeza de que durante o dia, o Senhor está no sepulcro, mas à noite, Ele o deixa vazio.
Que Cristo ressuscitado entre em cada lar e abençoe todas as famílias.
Hoje a Igreja repete, canta, clama: «Jesus ressuscitou!». Mas como? Pedro, João, as mulheres foram ao Sepulcro e viram-no vazio, Ele já não estava lá. Voltaram com o coração apertado pela tristeza, a tristeza de uma derrota: o Mestre, o seu Mestre, que amavam muito tinha sido executado, morreu. E da morte não se volta. Esta é a derrota, este é o caminho da derrota, a via para o sepulcro. Mas o Anjo disse-lhes: «Não está aqui, ressuscitou».
PÁSCOA
A Páscoa é uma festa comemorada pelos Judeus. Eles celebram a libertação da escravidão no Egito. Deus usou a vida de Moisés para tirar o povo do Egito. Deus mandou dez pragas para que o faraó soltasse o povo, e a cada praga o seu coração se endurecia, e na última praga, o primogênito de cada família seria morto, mas os filhos dos judeus foram poupados, porque nas suas portas, eles tinham derramado sangue de um cordeiro. Somente os primogênitos das famílias egípcias morreram. Então o faraó deixou o povo sair do Egito.
Essa celebração recebeu o nome de Pessach, que em hebraico significa passagem, nesse caso da escravidão à liberdade. Daí surgiu a palavra Páscoa.
Jesus ressuscitou na Páscoa. Ele deu um novo significado a esta data. Ele trouxe a “boa-nova”, esperança de uma vida melhor, trouxe ensinamentos para que o povo se libertasse do sofrimento e do mal. Ele veio para nos reconciliar com Deus e nos libertar da morte e do pecado. Mas para que tivéssemos direito a esta herança, Jesus teve que morrer.
A morte de Jesus Cristo representa o fim dos tormentos. A sua ressurreição simboliza o início de uma vida nova, uma vida liberta da escravidão do pecado!
Mensagem de Páscoa do Papa Francisco (2.021):
…”As mulheres esperavam encontrar o cadáver para o ungir; em vez disso, encontraram um túmulo vazio. Foram chorar um morto; em vez disso, escutaram um anúncio de vida.
Aquelas mulheres «estavam cheias de medo e maravilha» (Mc 16, 8), cheias de medo, assustadas e maravilhadas, ao verem a grande pedra do túmulo rolada para o lado e, dentro, um jovem que diz:
«Buscais a Jesus de Nazaré, o crucificado? Ressuscitou» (16, 6).
E depois por este convite: «Ele precede-vos a caminho da Galileia; lá O vereis» (Mc 16, 7). Acolhamos, também nós, este convite, o convite de Páscoa: vamos para a Galileia, onde nos precede o Senhor Ressuscitado. Mas, que significa «ir para a Galileia»?
Ir para a Galileia significa, antes de mais nada, recomeçar.
Ir para a Galileia significa aprender que a fé, para estar viva, deve continuar a caminhar. Deve reavivar cada dia o princípio do caminho, a maravilha do primeiro encontro. E depois confiar, sem a presunção de já saber tudo, mas com a humildade de quem se deixa surpreender pelos caminhos de Deus.
O Senhor convida-nos a deixar-nos surpreender. Vamos para a Galileia descobrir que Deus está vivo, sempre surpreende. Ressuscitado, nunca cessa de nos surpreender.
Aqui está o segundo anúncio de Páscoa: Jesus caminha contigo todos os dias, na situação que estás a viver, na provação que estás a atravessar, nos sonhos que trazes dentro de ti. Abre novos caminhos onde te parece que não existem, impele-te a ir contracorrente relativamente a nostalgias e ao «já visto». Mesmo que tudo te pareça perdido, por favor abre-te maravilhado à sua novidade: surpreender-te-á.
Ir para a Galileia significa, além disso, ir aos confins. Porque a Galileia é o lugar mais distante. O próprio Deus se move até aos confins da existência porque, a seus olhos, ninguém é último, ninguém está excluído.
E hoje também é lá que o Ressuscitado pede aos seus para irem para esta «Galileia» real. É o lugar da vida diária, são os caminhos que percorremos todos os dias, Na Galileia, aprendemos que é possível encontrar o Ressuscitado no rosto dos irmãos, no entusiasmo de quem sonha e na resignação de quem está desanimado, nos sorrisos de quem exulta e nas lágrimas de quem sofre, sobretudo nos pobres e em quem é marginalizado. Ficaremos maravilhados ao ver como a grandeza de Deus se revela na pequenez, como a sua beleza resplandece nos simples e nos pobres.
E assim temos o terceiro anúncio de Páscoa: Jesus, o Ressuscitado, ama-nos sem fronteiras e visita todas as situações da nossa vida. Ele nos convida a superar as barreiras, vencer os preconceitos, aproximar-nos de quem está ao nosso lado dia a dia, para redescobrir a graça da quotidianidade.
Reconheçamo-Lo presente nas nossas «galileias», na vida de todos os dias. Com Ele, a vida mudará. Porque, para além de todas as derrotas, do mal e da violência, para além de todo sofrimento e para além da morte, o Ressuscitado vive e guia a história.
Abre o coração maravilhado ao anúncio da Páscoa:
«Não tenhas medo, ressuscitou! Espera-te na Galileia».
mensagem na íntegra:
SACRAMENTO – sinal visível de uma graça invisível
Os sacramentos são sinais sensíveis, gestos e símbolos eficazes do amor de Deus.
Assim como o aperto de mão e o abraço são sinais de amizade, e nos sacramentos o sinal da cruz, a unção com óleo e a comunidade reunida são sinais concretos que nos permitem ir ao encontro de Deus.
Batismo – a porta de entrada para a família de Deus
Confissão – arrependimento dos pecados e garantia do perdão de Deus
Eucaristia – sacramento do corpo e sangue de Cristo, alimento de Deus em nossa vida
Crisma – Sacramento da maturidade da fé, fortalecimento do espírito para assumir o moço o compromisso do batismo
Unção dos enfermos – Sacramento da esperança e do restabelecimento
Matrimônio – Sacramento de amor, união indissolúvel entre homem e mulher, prevista desde o início da criação
Ordem – Sacramento de serviço à comunidade
Os sete sacramentos se dividem em:
SACRAMENTOS DE INICIAÇÃO CRISTA: batismo, crisma e eucaristia
SACRAMENTOS DE CURA: confissão e unção dos enfermos
SACRAMENTOS DE SERVIÇO: ordem e matrimônio
EUCARISTIA: A igreja vive da Eucaristia.
Jesus Cristo é o verdadeiro alimento que nos transforma e nos dá forças para realizarmos a nossa vocação cristã. Exorta vivamente o beato João Paulo II: “Só mediante a Eucaristia é possível viver as virtudes heroicas do Cristianismo: a caridade até o perdão dos inimigos, até o amor pelos que nos fazem sofrer, até a doação da própria vida pelo próximo; a castidade em qualquer idade e situação de vida; a paciência, especialmente na dor e quando estranhamos o silêncio de Deus nos dramas da história ou da nossa existência. Por isso, sede sempre almas eucarísticas para poderdes ser cristãos autênticos”.
O símbolo (sinal visível) de cada sacramento (graça invisível)
- BATISMO: Água;
- CRISMA: Óleo sagrado chamado Santo Crisma;
- EUCARISTIA: O pão e o vinho consagrados na santa missa;
- CONFISSÃO: Os pecados confessados diante do padre;
- UNÇÃO DOS ENFERMOS: O óleo sagrado chamado Óleo dos Enfermos;
- ORDEM: A imposição das mãos pelo Bispo;
- MATRIMÔNIO: A aliança usada em sinal de compromisso .
BATISMO
Quem crer e for batizado será salvo e quem não crer será condenado, diz Jesus neste Evangelho. Crer, portanto, é a primeira condição para que possamos aderir ao projeto de salvação de Deus.
O batismo é o primeiro Sacramento, e por ele passamos a fazer parte do corpo de Cristo e nos tornamos herdeiros do céu.
As crianças também recebem o perdão do pecado original.
A Igreja Primitiva batizava os adultos que se convertiam a Jesus. Com o aumento da conversão dos povos, o número de adultos a serem batizados foi diminuindo e o Batismo passou a ser administrado às crianças.
A Igreja Católica aceita o batismo com a água e com a fórmula: em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.
O Batismo é um selo que marca o cristão, uma marca indelével, motivo pelo qual é um Sacramento que não se repete.
“Pelo Batismo, somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus: tornamo-nos membros de Cristo e somos incorporados na Igreja e tornados participantes na sua missão”, diz o Catecismo da Igreja Católica (CCI 1213.
O sacramento do batismo marca o início da vida cristã. O sinal sagrado mediante o qual a pessoa é incorporada a Cristo e a igreja. Trata-se de um Sacramento que supõe a fé e a esta conduz; Um Novo Nascimento que nos faz filhos no Filho de Deus, consagra para a missão de Jesus de Jesus sacerdote, profeta e servidor.
O batismo é o fundamento de toda a vida cristã, a porta da vida no espírito que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo batismo somos lavados do pecado e adotados como filhos de Deus, tornando nos irmãos de Cristo.
Tornamo-nos “morada” de Deus. Por isto precisamos respeitar nosso corpo, ele é templo do Espírito Santo.
Na celebração do batismo usamos símbolos. Batizar significa mergulhar, energia, pois na Igreja Primitiva havia um grande número de pessoas adultas que se convertiam do paganismo, e um dos modos como se batizava era precisamente mergulhando a pessoa, como sinal de purificação.
Com o passar do tempo, o número de pessoas adultas que se convertiam foi diminuindo, dando espaço a maior número de batizados de crianças, filhos dos que já tinham sido batizados. Por isso, o modo de se batizar foi se adaptando de tal forma que não fosse necessário mergulhar um recém-nascido numa piscina ou no rio. O mergulho na água simboliza o sepultamento do catecúmeno na morte de Cristo, da qual o catecúmeno ressuscita como nova criatura
A luz tira as pessoas da Escuridão, indica caminhos. A vela significa que o Cristão recebe a luz de Cristo, que é luz do mundo. O Cristão torna-se Luz do Mundo no segmento de Jesus, como legítima testemunha diante da comunidade.
O óleo é usado em muitas ocasiões na vida humana. Ele nos acompanha desde o nascimento até a morte, como alimento, remédio, combustível, lubrificante, para iluminar, para fins terapêuticos, estéticos e nos perfumes
O óleo tem o caráter de dar força, resistência, agilidade, sabor, curar e conservar.
A veste Branca significa que somos revestidos como filhos e filhas de Deus.
A graça do batismo nos torna filhos de Deus, irmãos e irmãs de Jesus Cristo, membros da igreja. O batismo é uma dádiva Divina que é preciso fazer frutificar ao longo de toda a vida.
OS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTÃ
A Igreja nos oferece sete sacramentos: Batismo, Eucaristia, o Crisma, Confissão ou Reconciliação, o Matrimônio, a Ordem e a Unção dos Enfermos; sendo os três primeiros de iniciação a vida cristã, estes sacramentos nos capacitam a atuar na Igreja servindo aos irmãos.
“Enquanto todo o povo era batizado e Jesus, batizado estava em oração, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre Ele, em forma corpórea, como pomba. E do céu veio uma voz: “Tu és o meu filho amado; em Ti esta o meu agrado”. Lc 3,21-22
Jesus recebeu o Batismo para constituir-se um bom exemplo para nós.
O Rito do Batismo: mergulha-se a pessoa na água ou se derrama água sobre a sua cabeça, pronunciando as seguintes palavras: Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O batismo simboliza a vida nova em Cristo, na esperança de ressuscitar com Ele (cf. Rm 6,1-11)
Os Sinais do Batismo:
A água: simboliza a vida, a participação na ressurreição de Cristo e o
A vela: significa a luz que é Cristo brilhando na alma batizada (cf. Mt 5,14)
O Óleo: símbolo de força, resistência ao pecado e missão do cristão
A veste branca: significa a pureza
– Porque somos batizados quando bebês?
– A Igreja ensina que a criança é batizada na fé dos pais e dos padrinhos, os quais transmitem esse dom para os seus filhos, conforme a criança cresce a fé recebida deve ser orientada até chegar a maturidade cristã (cf. CIC 1250); por isso é muito importante que pais e padrinhos sejam bem instruídos nos ensinamentos de Cristo e tenham uma vivência cristã.
Ø Quem pode batizar?
Os diáconos, os sacerdotes (padres), o Bispo e, em caso de necessidade extrema, qualquer pessoa, mesmo não sendo batizada, mas que tenha a intenção, pode batizar utilizando a fórmula trinitária (cf. CIC 1256)
O batismo é o primeiro Sacramento, nos faz parte do corpo de Cristo e herdeiros do céu. Ele nos traz o perdão dos pecados. As crianças também recebem o perdão do pecado original.
A Igreja Primitiva batizava os adultos que se convertiam a Jesus. Com o aumento da conversão dos povos, o número de adultos a serem batizados foi diminuindo e o Batismo passou a ser administrado às crianças.
A Igreja Católica aceita o batismo com a água e com a fórmula: em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.
O Batismo é um selo que marca o cristão, uma marca indelével, motivo pelo qual é um Sacramento que não se repete.
“Pelo Batismo, somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus: tornamo-nos membros de Cristo e somos incorporados na Igreja e tornados participantes na sua missão”, diz o Catecismo da Igreja Católica (CCI 1213.
O sacramento do batismo marca o início da vida cristã. O sinal sagrado mediante o qual a pessoa é incorporada a Cristo e a igreja. Trata-se de um Sacramento que supõe a fé e a esta conduz; Um Novo Nascimento que nos faz filhos no Filho de Deus, consagra para a missão de Jesus de Jesus sacerdote, profeta e servidor.
No batismo começamos a fazer parte de uma comunidade de fé, na qual cada Sacramento deve ser sinal e realização da presença de Jesus Cristo. Mergulhamos na vida de Jesus, somos incorporados à igreja e participantes de sua missão; incorporamos a Jesus Cristo, tornamos filhos e filhas de Deus irmãos de Jesus. Pelo batismo Recebemos a vida nova de Jesus e a Força Viva do Espírito Santo. Assumimos ainda o compromisso de viver a fé Unidos com os irmãos na luta por uma vida melhor. O batismo transforma em Morada da Santíssima Trindade, liberta-nos do pecado e nos dá força para lutar contra o Mal. Quando recebemos o sacramento do batismo, passamos de criaturas para filhos amados de Deus.
Em sentido figurado, nossa vida cristã é um permanente batismo, Pois devemos sempre nos purificar e professar nossa fé em Jesus e na sua igreja, como atitude de permanente conversão no seguimento de Jesus Cristo, na vivência fraterna dentro da comunidade eclesial. Portanto, o batismo é para quem tem fé em Jesus Cristo, é para quem se compromete com os outros e vive a fé numa comunidade. Com o batismo nos tornamos participantes da missão sacerdotal, real e Profética de Jesus Cristo.
O batismo é o fundamento de toda a vida cristã, a porta da vida no espírito que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo batismo somos lavados do pecado e adotados como filhos de Deus, tornando nos irmãos de Cristo. Na celebração do batismo usamos símbolos. Batizar significa mergulhar, energia, pois na Igreja Primitiva havia um grande número de pessoas adultas que se convertiam do paganismo, e um dos modos como se batizava era precisamente mergulhando a pessoa, como sinal de purificação
Com o passar do tempo, o número de pessoas adultas que se convertiam foi diminuindo, dando espaço a maior número de batizados de crianças, filhos dos que já tinham sido batizados. Por isso, o modo de se batizar foi se adaptando de tal forma que não fosse necessário mergulhar um recém-nascido numa piscina ou no rio. O mergulho na água simboliza o sepultamento do catecúmeno na morte de Cristo, da qual o catecúmeno ressuscita como nova criatura
A luz tira as pessoas da Escuridão, indica caminhos. A vela significa que o Cristão recebe a luz de Cristo, que é luz do mundo. O Cristão torna-se Luz do Mundo no seguimento de Jesus, como legítima testemunha diante da comunidade.
O óleo é usado em muitas ocasiões na vida humana. Ele nos acompanha desde o nascimento até a morte, como alimento, remédio, combustível, lubrificante, para iluminar, para fins terapêuticos, estéticos e nos perfumes
O óleo tem o caráter de dar força, resistência, agilidade, sabor, cura e conservação.
A veste Branca significa que somos revestidos como filhos e filhas de Deus.
Todos os símbolos são acompanhados por palavras e, no momento principal do batismo, proferir as palavras: ” eu te batizo em nome do pai e do filho e do Espírito Santo “
O batismo é o ponto de partida na vida cristã. O Cristão recebe a plenitude da Vida em Cristo quando vive a fé e se engaja em uma comunidade cristã, participando de sua vida e missão. No momento em que somos batizados, passamos a pertencer à comunidade cristã, que é a Igreja. O batismo é o primeiro dos sacramentos. Convida-nos a viver de acordo com os ensinamentos de Jesus, que se encontram na palavra de Deus, nos Evangelhos. O batismo é um novo Nascimento.
No final do Evangelho Jesus ordena aos discípulos:
“Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. 16.Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.” (…)
19.Depois que o Senhor Jesus lhes falou, foi levado ao céu e está sentado à direita de Deus. 20.Os discípulos partiram e pregaram por toda parte. O Senhor cooperava com eles e confirmava a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.”
Mc 16
Tema Extra: ANTECEDENTES DA IGREJA
A Igreja Católica foi fundada por Jesus Cristo, tendo Ele escolhido um dos doze apóstolos para ser o chefe representante e responsável por ela. Assim disse Jesus:…”Por isso, eu te digo: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16,18-19)
Com estas palavras Jesus institui a pessoa do papa e lhe concede autoridade em Seu nome; tudo o que o papa e o conjunto dos apóstolos decidirem na terra será consentido no céu. Hoje temos o papa, os cardeais, bispos, padres, religiosos e Paróquias, religiosos e religiosas, e os leigos que assumem (pelo batismo) a missão de Jesus em favor do povo de Deus.
Deus quis que a Igreja existisse desde o início, tanto é que as várias alianças feitas entre Deus (Pai) e a humanidade foram preparando o povo para viver junto de Deus, fazendo com que acontecesse a “gestação” da Igreja.
Depois da libertação dos israelitas através de Moisés, da peregrinação no deserto em busca da terra de Canaã e do exílio na Babilônia, surgiu o judaísmo (por volta do séc. V-IV a.C), religião baseada nos primeiros livros da Bíblia (no Pentateuco) e nos costumes deixados por Moisés ( a chamada Lei de Moisés).
O cristianismo nasceu como um movimento religioso dentro do judaísmo; assim, Jesus sendo judeu conhecia os livros do Antigo Testamento e os costumes judaicos; por isso dizia que tinha vindo para completar esses costumes (cf. Mt 5,17)
Os judeus perseguiram Jesus porque Ele questionava o rigor dos fariseus que seguiam a Lei de Moisés, mas que não eram misericordiosos com os outros, se utilizando da Lei para obter vantagens para si; foram estes que mataram Jesus em nome da Lei.
Tema Extra: O PENTECOSTES E A IGREJA NASCENTE
At 1,3-5.8 A promessa do Espírito Santo:
“3.E a eles se manifestou vivo depois de sua Paixão, com muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas do Reino de Deus. 4.E comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem aí o cumprimento da promessa de seu Pai, “que ouvistes” – disse ele – “da minha boca; 5.porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias”. 8.mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria e até os confins do mundo”.
At 1,9-11 Ascensão de Jesus ao céu
“9.Dizendo isso, elevou-se da terra à vista deles e uma nuvem o ocultou aos seus olhos. 10.Enquanto o acompanhavam com seus olhares, vendo-o afastar-se para o céu, eis que lhes apareceram dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: 11.“Homens da Galileia, por que ficais aí a olhar para o céu? Esse Jesus que acaba de vos ser arrebatado para o céu voltará do mesmo modo que o vistes subir para o céu”.
“1.Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar.* 2.De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. 3.Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. 4.Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.”
Durante quarenta dias depois da Sua ressurreição Jesus deu instruções aos apóstolos e ascendeu ao céu. Os apóstolos, discípulos e Maria voltaram a Jerusalém e se recolheram em uma sala chamada Cenáculo durante alguns dias para jejuar e rezar, aguardando a vinda do Espírito Santo, o qual Jesus disse que viria.
At 2,1-4 – A vinda do Espírito Santo
Depois da vinda do Espírito Santo os apóstolos começaram a anunciar os ensinamentos de Jesus, tendo junto com o anúncio da Palavra muitas curas e milagres confirmando a ação de Deus entre os homens (cf. At 3,1-10; 5, 15-16).
Assim como Jesus, os cristãos também foram perseguidos, sendo acusados de hereges do judaísmo. As primeiras comunidades cristãs cresciam em número (cf. At 2,44-47) e isso incomodava muitos doutores da Lei judaica. Saulo era o maior perseguidor dos cristãos, prendia e até mandava matar a muitos (cf. 8,1-3).
Quando estava indo para Damasco perseguir outros cristãos, Saulo foi surpreendido por Jesus que lhe disse: “Saulo, Saulo por que me persegues?” e a partir daí Saulo ficou temporariamente cego, até recuperar a visão mediante a oração de um discípulo indicado por Jesus. Depois do encontro com Jesus Saulo mudou completamente, passou a anunciar a Palavra de Deus e teve o nome mudado para Paulo, que significa o menor dos discípulos.
Paulo foi responsável pelo crescimento da Igreja, tendo fundado muitas comunidades cristãs entre os povos não judeus, conhecidos como gentios ou pagãos (não batizados e não crentes). Ele foi muito perseguido pelos judeus, assim como todos os apóstolos; na prisão escreveu várias cartas endereçadas as Igrejas que fundou, são as chamadas cartas paulinas presentes no Novo Testamento.
Como vimos, a história da nossa Igreja começa seguindo os passos do seu fundador: Jesus Cristo. O cristianismo nasceu e cresceu dentro do período político-cultural do Império Romano, sendo visto como uma religião que ofendia o Estado, pois não prestava culto ao Imperador nem aos deuses pagãos da religião dos romanos (politeísta). Nos três primeiros séculos do cristianismo os cristãos eram tão perseguidos que tinham de celebrar as missas e reunir-se às escondidas; faziam dentro das catacumbas, pois sabiam que os romanos não entravam nestes lugares por serem supersticiosos.
No séc. IV d. C o cristianismo começou a ser tolerado pelo Império Romano, no governo de Teodósio; a partir de então se tornou religião oficial no Império, começando a estruturar-se internamente até chegar aos nossos dias.
A EUCARISTIA
”Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo” Jo 6,51
Mt 26,26-29 ou Mc 14,22-25 A última Ceia
Luc 22,19-20 A instituição da Eucaristia e da Missa
Jo 6,51-58; 6,66-69 Confirmação da presença real de Jesus na Eucaristia
Na última ceia, na noite em que foi entregue, Jesus instituiu o sacramento da Eucaristia pedindo que os apóstolos repetissem o sacrifício (a missa) em memória de sua Paixão, Morte e Ressurreição..
A Eucaristia é o centro e o ponto mais alto da vida da Igreja, pois nesse sacramento Cristo reúne os seus membros para celebrar o sacrifício de louvor e ação de graças oferecido de uma vez por todas na cruz . Através do ministério dos sacerdotes, o próprio Jesus oferece o sacrifício eucarístico, estando Ele próprio presente sob as espécies do pão e do vinho, que são as oferendas do sacrifício eucarístico e sobre as quais é invocada a benção do Espírito Santo pronunciando as mesmas palavras que Jesus disse: ”Isto é o meu Corpo que é dado por vós… Este é o cálice do meu sangue… Este momento da missa nós chamamos de consagração, pois
acontece a transubstanciação; ou seja, a conversão do pão em carne e do vinho em sangue de Cristo.
“O modo de presença de Cristo sob as espécies eucarísticas é único. Ele eleva a Eucaristia acima de todos os sacramentos e faz com que ela seja ‘como que o coroamento da vida espiritual e o fim ao qual tendem todos os sacramentos’.
No Santíssimo Sacramento da Eucaristia estão ‘contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo”. CIC 1374
Jesus não esta representado nesse sacramento, não é um símbolo apenas, mas é o próprio Cristo que quis se fizer alimento espiritual para nos manter unidos a Ele. É um grande mistério que une céu e terra sob as aparências do pão e do vinho consagrados.
Ao longo da história da Igreja muitos duvidaram da presença real de Jesus no sacramento da Eucaristia, inclusive sacerdotes. Deus vem em socorro à nossa falta de fé com os Milagres.
OS MILAGRES EUCARÍSTICOS
O Milagre em Lanciano – Itália – no ano 700
Em Lanciano – séc. VIII um monge da ordem de São Basílio estava celebrando na Igreja dos santos Degonciano e Domiciano. Terminada a Consagração, que ele realizara, a hóstia transformou-se em carne e o vinho em sangue, depositado dentro do cálice. O exame das relíquias, segundo critérios rigorosamente científicos, foi feito em 1970-71 e outra vez em 1981 pelos Professores Odoardo Linoli, professor de Anatomia e Histologia Patológica e Química e Microscopia Clínica e pelo Professor Ruggero Bertelli, da Universidade de Siena.
Resultados:
1) A hóstia é realmente constituída por fibras musculares estriadas, pertencentes ao miocárdio (parte do coração)
2) Quanto ao sangue, trata-se de sangue humano, grupo sangüíneo‘A’ que pertencem os vestígios de sangue, o sangue contido na carne e o sangue do cálice revelam tratar-se sempre do mesmo sangue grupo ‘AB’ (sangue comum aos Judeus). Este é também o grupo que o professor Pierluigi Baima Bollone, da universidade de Turim, identificou no Santo Sudário.
3) Apesar da sua antigüidade, a carne e o sangue se apresentam com uma estrutura de base intacta e sem sinais de alterações substanciais; este fenômeno se dá sem que tenham sido utilizadas substâncias ou outros fatores aptos a conservar a matéria humana, mas, ao contrário, apesar da ação dos mais variados agentes físicos, atmosféricos, ambientais e biológicos.
O Milagre em Cássia – Itália – no ano 1330
Hoje este milagre é celebrado em Cássia, terra de Santa Rita de Cássia. Em 1330, um sacerdote foi levar a Eucaristia a um enfermo colocando-a indevidamente de maneira apressada e irreverente dentro do seu Breviário para levá-la ao doente em estado grave. No momento da Comunhão, abriu o livro e viu que a Hóstia se liquefez e, quase reduzida a sangue, molhou as páginas do Livro. Então o sacerdote negligente apressou-se a entregar o livro e a Hóstia a um frade agostiniano de Sena (cidade ilaliana), o qual levou para Perúgia a página manchada de sangue e para Cássia a outra página onde a Hóstia ficou presa. A primeira página perdeu-se em 1866, mas a relíquia chamada de “Corpus Domini” é atualmente venerada na basílica de Santa Rita.
Estes são os milagres eucarísticos mais conhecidos. Segundo o professor Felipe Aquino, há em torno de cento e sessenta milagres devidamente comprovados no mundo.
VOCÊ SABIA?
A palavra Eucaristia vem de eucharistein e significa “reconhecimento”, “ação de graças” a Deus lembrando as maravilhas acontecidas no Antigo ou Primeiro Testamento: a criação do mundo, a redenção e a santificação do povo (cf. CIC 1328). Ela é também denominada “comunhão”, “ceia do Senhor”, “santa ceia”.
Oração:
Senhor Jesus fazei-me um discípulo teu, que eu leve o Teu nome a todos aqueles que não te conhecem, ensinando-os a observar tudo o que nos ensinou. Amém
O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA OU CONFISSÃO
A confissão deve vir acompanhada de um propósito de mudança
Quando o pecado trouxe resultados que podem ser corrigidos é necessário fazer por exemplo se furtou uma coisa do irmão precisa devolver
Se ofendeu Alguém precisa pedir perdão ao ofendido
O pecado não atinge Deus mas apenas o pecador tem também consequências comunitárias pois nós vivemos em comunidade
Nós estamos unidos a Cristo e Unidos aos irmãos a semelhança do tronco e dos Galhos
Por isso Deus quis que a remissão dos pecados no cristianismo tivesse também um aspecto comunitário
A graça Divina vem sempre através de sinais sensíveis
Se for impossível procurar a confissão que é a reconciliação sacramental todo homem é recebido por Deus e pode confiantemente pedir no seu coração o perdão de seus pecados
Mas por que confessar a um sacerdote e não há qualquer questão de vida Santa?
O Cristão que peca o faz como filho da Igreja e contra esta mesma Igreja. Por isso é normal que ele se confesse a Igreja, e por meio dela receba o perdão.
O pecador fere a Comunidade, por isto diante dela deve procurar receber o perdão
Fundamento bíblico: Lucas 15 11, 32
A Parábola do filho pródigo ensina que não há pecados que não mereçam perdão. O jovem que voltou para a casa do Pai depois de ter esbanjado a sua parte da herança foi recebido de braços abertos, logo que reconheceu os seus erros e pediu perdão.
O pai, tendo ouvido as palavras de arrependimento do filho, mandou colocá-lo no lugar que ocupava antes de sua partida.
Houve festa pelo retorno do filho que se perdera e voltava vivo.
Jo 20, 22 e seguintes
Na noite de Páscoa Jesus apareceu aos Apóstolos reunidos e disse-lhes: “Assim como o pai me enviou, Eu também vos envio”.
A seguir soprou-lhes na face e disse:
“Recebei o Espírito Santo.
Aqueles a quem perdoardes os pecados serão perdoados. Aqueles a quem não perdoarem, não serão perdoados.”
Após receberem o Espírito Santo os apóstolos foram habilitados a perdoar os pecados.
As formas passivas “serão perdoados, serão detidos” são expressões que os judeus usavam para não proferir o santo nome de Deus nas expressões: “Javé os perdoará”, “Javé não os perdoará”.
Os israelitas atribuíam somente a Deus a faculdade de perdoar pecados.
Jesus disse ao paralítico: “os teus pecados te são perdoados.” – Lucas 5,20
E à pecadora: “perdoados te são os pecados.” – Lucas 7,48
Um poder próprio de Deus, perdoar os pecados, são outorgados aos ministros do Senhor.
Aquilo que Jesus fazia quando Peregrino na terra de Israel ele continua a fazê-lo através dos sucessores dos Apóstolos, que são os Bispos e Padres Jesus quando soprou sobre a face dos Apóstolos, foi apenas sobre estes que deu este poder de perdoar os pecados, e não a toda a Igreja.
Tema Extra: JOÃO BATISTA E A CONVERSÃO
Em Lucas, 1:13-17, acompanhamos a passagem da revelação do anjo Gabriel a Zacarias, o sacerdote do templo, sobre o nascimento de seu filho João, apesar de sua esposa, Isabel, ser considerada estéril.
“(…) e terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento, porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe.
E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus, e irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.”
Outro ponto importante, apresentado no mesmo evangelho, no versículo 36, é que João Batista era parente de Jesus, pois sua mãe, Isabel, era prima de Maria.
Como foi o ministério de João Batista?
Crescendo, João Batista viveu no deserto da Judéia, até que começasse sua pregação por toda a região ao redor do Rio Jordão, batizando a todos e promovendo a conversão dos pecados. Para isso, usava palavras duras, como vemos em Lucas, 3:7-8.
Já no Antigo Testamento, em Isaías, 40:3, havia o anúncio de um profeta que prepararia o caminho de Jesus. Em Marcos, 1:1-14, confirmamos que a “voz que clama no deserto” é referência ao último profeta — João Batista —, que veio anunciar os ensinamentos de Deus e preparar o povo para a chegada de Jesus.
João Batista chamava o povo à conversão, à mudança de vida, pois o Messias estava chegando.
A mudança de vida começa pelo Batismo. No Batismo sepultamos o homem velho e o Espírito Santo dá vida ao homem novo.
Deus está chamando cada um de vocês à conversão. Alguns através do Matrimônio
O Batismo nos prepara para a salvação. O primeiro efeito do batismo é o perdão dos pecados. Passamos a pertencer à família de Deus, e assim fazemos parte do Reino. Somos filhos do Rei, temos um lugar junto ao Pai.
Jesus já ressuscitou para o perdão dos pecados de toda a humanidade.
E hoje ele nos chama à conversão. Onde precisamos mudar de vida? Onde nos falta Deus?
Deus precisa fazer parte da nossa vida. Da nossa vida familiar, do nosso casamento. Por isto Jesus elevou o casamento a um Sacramento, o Matrimônio.
Deus está no teu trabalho? Ele pode ouvir tudo do que você fala? São palavras boas?
Ele pode ver você entre seus amigos? Há respeito entre os pares, respeito para com os mais velhos?
Lembrem-se que os Mandamentos são o olho de gato que marca e ilumina a nossa estrada, para que não tomemos o caminho errado.
“7.Dizia, pois, ao povo que vinha para ser batizado por ele: “Raça de víboras! Quem vos ensinou a fugir da ira iminente? 8.Fazei, pois, uma conversão realmente frutuosa e não comeceis a dizer: Temos Abraão por pai. Pois vos digo: Deus tem poder para destas pedras suscitar filhos a Abraão. 9.O machado já está posto à raiz das árvores. E toda árvore que não der fruto bom será cortada e lançada ao fogo”. 10.Perguntava-lhe a multidão: “Que devemos fazer?”. 11.Ele respondia: “Quem tem duas túnicas dê uma ao que não tem; e quem tem o que comer, faça o mesmo”. 12.Também publicanos vieram para ser batizados, e perguntaram-lhe: “Mestre, que devemos fazer?”.* 13.Ele lhes respondeu: “Não exijais mais do que vos foi ordenado”. 14.Do mesmo modo, os soldados lhe perguntavam: “E nós, que devemos fazer?”.Respondeu-lhes: “Não pratiqueis violência nem defraudeis a ninguém, e contentai-vos com o vosso soldo”. 15.Ora, como o povo estivesse na expectativa, e como todos perguntassem em seus corações se talvez João fosse o Cristo, 16.ele tomou a palavra, dizendo a todos: “Eu vos batizo na água, mas eis que vem outro mais poderoso do que eu, a quem não sou digno de lhe desatar a correia das sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo.”
Em seu ministério, destaca-se também o próprio batismo de Jesus, no qual ele é revelado como o próprio Filho de Deus, conforme Mateus, 3:16-17.
“E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.”
A PRESENÇA DE NOSSA SENHORA NA IGREJA CATÓLICA
Maria, a Mãe de Jesus, Mãe de Deus e nossa Mãe, é chamada de Nossa Senhora. Ela não faz milagres, mas intercede por nós junto a Deus.
– Palavras de Jesus a João e a Maria: “Eis aí o teu filho”, e a João: “Eis aí a tua mãe”;
– O primeiro milagre de Jesus – a intercessão de Maria;
– A palavra de Maria: “Façam tudo o que Ele vos disser”;
– as palavras de Profecia: “serei chamada a bem-aventurada Virgem Maria”;
DOGMAS
Dogma é uma verdade de fé revelada por Deus. Logo, um dogma é imutável e definitivo.
DOGMAS MARIANOS:
A Imaculada Conceição de Maria.
“A Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição (concepção), foi por singular graça e privilégio de Deus onipotente, preservada imune de toda mancha de culpa original.”*
A Perpétua Virgindade de Maria
“A Santíssima Virgem Maria é virgem antes, durante e depois do parto de seu Divino Filho, sendo mantida assim por Deus até a sua gloriosa Assunção.”
Maria, Mãe de Deus
“Maria, como uma virgem, gerara a Cristo segundo a natureza humana, mas quem dela nasce, ou seja, o sujeito nascido não é uma pessoa humana pois é a pessoa eterna do Verbo que recebeu de Maria a natureza humana. Daí que o Filho de Maria é propriamente o Verbo que subsiste na natureza humana; então Maria é verdadeira Mãe de Deus, posto que o Verbo é Deus. Cristo: Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem.”
A Assunção de Maria
“A Virgem Maria foi assumpta ao céu imediatamente depois que acabou sua vida terrena; seu Corpo não sofreu nenhuma corrupção como sucederá com todos os homens que ressuscitarão até o final dos tempos, passando pela decomposição.”
* Virgindade de Maria – Fundamento bíblico:
Mateus 1, 18-25
“18.Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. 19.José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. 20.Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: “José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. 21.Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados”.* 22.Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta: 23.Eis que uma Virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel (Is 7,14), que significa: Deus conosco. 24.Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa. 25.E, sem que ele a tivesse conhecido, ela deu à luz o seu filho, que recebeu o nome de Jesus.”
Lucas 1, 26s. 30s. 34-36
“No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27.a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria. 28.Entrando, o anjo disse-lhe: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo”.”
“30.O anjo disse-lhe: “Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. 31.Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. 32.Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó,* 33.e o seu reino não terá fim”. 34.Maria perguntou ao anjo: “Como se fará isso, pois não conheço homem?” 35.Respondeu-lhe o anjo: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso, o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus. 36.Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril, 37.porque a Deus nenhuma coisa é impossível”
Isaías profetiza:
“Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará ‘Deus Conosco’.*”
(Isaías 7, 14)
Esta citação de Isaías aparece no Evangelho de Mateus, 1, 23:
“Eis que uma Virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel (Is 7,14), que significa: Deus conosco. 24.Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa. 25.E, sem que ele a tivesse conhecido, ela deu à luz o seu filho, que recebeu o nome de Jesus.”
Até mesmo entre os reformadores protestantes se encontram profissões de fé na virgindade de Maria:
Profissão de Fé de Augsburg redigida por Filipe Melanchton, aprovada por Lutero em 1537:
“O Filho do Deus fez-se homem, de modo a ser concebido do Espírito Santo sem o concurso de varão e a nascer de Maria pura, santa e sempre virgem”.
Assim também João Calvino, outros protestantes e o Corão de Maomé professam a virgindade de Maria.
São Gregório Magno, Papa, (1604) disse: “O corpo do Senhor, após a ressurreição, entrou onde estavam os discípulos, passando por portas fechadas, esse mesmo corpo que, ao nascer, saiu do seio fechado de Maria”.
“Todos unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se assiduamente à oração, em companhia de algumas mulheres, entre as quais Maria, a Mãe de Jesus e de Seus irmãos” (At 1,14).
No quadro de Pentecostes, São Lucas destaca a pessoa de Nossa Senhora, a única que é recordada com o próprio nome, além dos apóstolos. Ela promove, na Igreja nascente, a perseverança na oração e a concórdia no amor. É o papel de mulher e de Mãe. São Lucas também faz questão de apresentá-la explicitamente como “a Mãe de Jesus” (cf. At 1,14), de forma a dizer que algo da presença do Filho, que subiu ao céu, permanece na presença da Mãe. Ela, que cuidou de Jesus, passa agora a cuidar da Igreja, o Corpo Místico do Seu Filho. Desde o começo, a Virgem Maria exerce o seu papel de “Mãe da Igreja”.
Com essas palavras pronunciadas na Cruz: “Mulher, eis aí o teu filho” (Jo 19,26), Cristo lhe dá a função de Mãe universal dos crentes. Entregando-a ao discípulo amado como Mãe, Nosso Senhor Jesus Cristo quis também indicar-nos o exemplo de vida cristã a ser imitado. Se Cristo no-la deu aos pés da Cruz, é porque precisamos dela para a nossa salvação.
Essa missão materna e universal da Santíssima Virgem Maria aparece na sua preocupação para com todos os cristãos de todos os tempos.
ASCENSÃO E PENTECOSTES (Jo 16, 16-20)
Após a Ressurreição, Jesus permanece 40 dias na terra, aparecendo diversas vezes aos Apóstolos, que puderam assim ter sinais concretos de sua Ressurreição e a alegria de o saberem vivo e glorioso. Os Apóstolos ao verem Jesus vivo, após sua morte e ressurreição, puderam reavivar a fé que haviam deixada sepultada sob o medo, a frustração e a covardia.
Obs: A Palavra Pentecoste vem de Penta, Cinco, Cinquenta dias após a Ressurreição.
A Ascensão de Nosso Senhor aos céus marca o fim das aparições de Jesus ressuscitado aos Apóstolos (cf. At 1, 13).
a) a Cruz, que para ele foi motivo de queda e tristeza, se tornará motivo de gozo e sinal de vitória;
Mas ainda que estas aparições de Jesus os tenha reerguido à fé de antes, era-lhes necessária a graça que só receberiam dez dias mais tarde, na festa de Pentecostes, quando finalmente se lhes infundiria a plena inteligência desses mistérios:
b) a Ressurreição, que experimentaram primeiro como remédio da incredulidade, passarão a vê-la em seu sentido profundo, como complemento da nossa Redenção, causa exemplar da nossa futura glorificação e incentivo eficaz a que pratiquemos o bem nós que fomos libertados do pecado;
c) e a Ascensão, que, embora nos tenha privado em certo sentido da presença corporal de Cristo, não foi um adeus, mas a garantia de que um dia também resuscitaremos e nos uniremos a Cristo.
“Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e vos tomarei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais” (Jo 14, 3). Que já nos toquem hoje o coração aquelas palavras de Cristo: “Se me amardes, certamente haveis de alegrar-vos, que vou para junto do Pai” (Jo 14, 28), e nos encham da santa alegria, porque Nosso Senhor, verdadeiramente ressuscitado, subiu aos céus e nos assiste sempre com as graças do seu Espírito.
Jesus promete enviar o Espírito Santo: “Quando vier o Espírito da verdade, ele ensinará a vocês toda verdade” (Jo 16,13). É o Espírito Santo que realiza a comunhão íntima entre Jesus e nós. Com sua paixão, morte e ressurreição, Jesus conquistou o dom do Espírito Santo, para nós. Ao encerrar sua missão nesse mundo, Jesus despede-se dos seus discípulos e inaugura nossa missão. Ele vai para o Pai a fim de ser nosso mediador e enviar o Espírito Santo que consola e protege (Jo 14,16); comunica a verdade (Jo 14,17; 16,13); ajuda a lembrar o que Jesus ensinou (Jo 14,26); dá testemunho de Jesus (Jo 15,26); manifesta a glória de Jesus (Jo 16,14); ensina e permite-nos entender a palavra de Jesus.
Após Pentecostes os Apóstolos se encheram do Espírito Santo e foram evangelizar e dar prosseguimento à Igreja fundada por Jesus.
Jesus permanece conosco e por intermédio de Espírito Santo dá vida à Igreja.
OS DONS INFUSOS DO ESPÍRITO SANTO SÃO:
SABEDORIA: este dom como que nos emudece diante das maravilhas de Deus. Ele faz sentir e saborear com docilidade os mistérios de Deus. Concedendo-nos uma compreensão não humana dos mistérios e da grandeza divina. É considerado o maior de todos os dons, porque eleva o homem a uma experiência sobrenatural de Deus. Diz o Senhor: “Feliz aquele que encontrou a Sabedoria…” (Pv 3, 13).
ENTENDIMENTO: também conhecido como dom de Inteligência, é o dom que nos faz penetrar na Verdade Divina. Concede-nos um conhecimento que não está limitado ao esforço humano, mas ultrapassa, dando-nos a conhecer a Verdade que, simplesmente pela razão humana, não temos conhecimento.
CONSELHO: é o dom que nos faz agir com esperteza e nos faz escapar das astúcias dos nossos inimigos, muitas vezes, fazendo-nos escapar dos olhos da prudência simplesmente humana. Concede-nos a maneira certa de proceder diante de algumas situações que poderiam pôr em risco o caminho rumo a salvação.
FORTALEZA: é o dom que nos move a executar o que nos ensina o conselho, tendo como finalidade a maior glória de Deus, apesar dos sacrifícios exigidos para isso. É, frequentemente, encontrado na vida dos mártires, aqueles que, conduzidos por uma força divina, deram a vida por Cristo.
CIÊNCIA: este dom está ligado intimamente com a Providência Divina, pois, pelo Dom de Ciência, conseguimos ver a mão de Deus nos acontecimentos mais ordinários do cotidiano. Ensina-nos a olhar os fatos da vida com o olhar de Deus. É característico na vida de alguns pregadores, dos santos doutores e dos diretores espirituais, cuja missão é propagar a fé e conduzir as almas.
PIEDADE: é o dom que nos faz tratar as coisas de Deus como sagradas, e a Ele mesmo com simplicidade, confiança verdadeira, como um filho deveria tratar o seu Pai. A piedade nos ajuda a entender o nosso lugar de filhos para com Deus e nos faz tratá-Lo como Pai.
TEMOR DE DEUS: não é um dom que nos faz ter medo de Deus, mas, em tudo, nos faz querer agradar-Lhe. Segundo o padre Arintero2 ,“a alma possuída por esse dom quer, a todo custo, destruir, o quanto antes, o ‘corpo de pecado’, vivendo sempre cercada da mortificação de Jesus Cristo, para que também, em sua própria carne mortal, manifeste-se a vida do Salvador”. É característico na vida de todo cristão batizado no início de sua caminhada com Jesus Cristo, onde busca moldar a sua vida de acordo com a Lei de Deus.
DONS CARISMÁTICOS (DONS EFUSOS):
São os “Carismas” – dons de serviço – dons para o serviço da comunidade cristã. São concedidos para a edificação do Corpo de Cristo. São dados para que o homem possa fazer alguma coisa para a comunidade.
Quando falamos em dons carismáticos, falamos de graças de Deus e da ação divina na Igreja e em nossas vidas. Se a Igreja nasce de Deus e é manifestada no mundo aos homens na pessoa e na missão de Jesus, edificada sobre os apóstolos, ela é também vivificada pelo Espírito santo, enviado no Pentecostes, a fim de santificar a Igreja e adorná-la com seus frutos – Ef 4, 11-12; 1Cor 12, 4-7; Gal 5, 22.
É do Espírito Santo que a Igreja recebe seus carismas conforme lhe apraz. Espírito e carisma pertencem à Igreja unicamente porque ela os recebeu como dons gratuitos do Pai por Jesus Cristo. Por conseguinte, os carismas, como todos os outros dons espirituais, são a manifestação de uma única realidade: a vida abundante do Espírito, pois os dons não são separáveis do Doador.
O Espírito Santo é o dom por excelência. É a Ele que devemos aspirar mais do que os dons, como diz Santo Agostinho “não vossos dons, Senhor, mas Vós”. Como primeiro dom de Cristo à sua Igreja, é o Dom que encerra em si todos os outros dons.
Os carismas são graças, isto é, são manifestações de Deus em nós; são ação criadora de Deus presente e atuante no homem. São dados a nós como dons gratuitos, não dependendo de méritos nem esforços humanos, como dons espirituais, que provêm do Espírito Santo, que consistem em um poder, capacidade para realizar algo, e cuja finalidade é um serviço em favor da comunidade cristã.
Os dons em si não aumentam a santidade, podendo levar a ela e devem; não devemos nos impacientar quando seus efeitos não são tão imediatos quanto gostaríamos que fossem. Podemos aperfeiçoar os dons, exercitando-os sempre que possível e necessário e ampliando nossa compreensão, quer pelo estudo, quanto pela oração.
Algumas condições para recebermos e perseverarmos na vida carismática: a simplicidade de coração e sua pureza, a eliminação do pecado e das faltas que são obstáculos à ação de Deus, a vida sacramental, a assiduidade da meditação da Palavra, a vida de oração, o desejo de servir, a perseverança à recepção dos dons espirituais.
*Dons de Elocução –Dom de Lingua ; Dom de Profecia ; Dom de Interpretação de Linguas.
*Dons de Poder – Dom da fé ; Dom de Cura ; Dom de Milagres.
*Dons de Revelação – Palavra de Sabedoria, Palavra de Ciência , Discernimento dos Espiritos
25 – JESUS É O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA
Uma das verdades mais bonitas que Jesus nos revelou é que ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Nossa confiança e fé em Jesus Cristo nos permitem perceber que em nossa caminhada não estamos sozinhos. Jesus caminha conosco. “Jesus, vendo que os discípulos o seguiam, perguntou-lhes: Que procurais? Eles responderam: Mestre, onde moras? Ele respondeu: Vinde e vede. Foram, viram onde Jesus morava e permaneceram com ele aquele dia” (Jo 1,38-39).
O seguimento de Jesus é um exercício que inclui procedimentos próprios. Quais os procedimentos para. seguir Jesus? Como encontrar o caminho sem um mapa, guia ou GPS?
O próprio Jesus nos dá a resposta em (Jo 14,6): “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. Seguir Jesus é entrar na dinâmica dos seus ensinamentos, de suas atitudes; é aceitar a proposta que ele faz: “Vem e segue-me” (Lc 18,22).
O desafio para todo ser humano – assim como para todas as pessoas que aceitam Jesus como caminho – é escutar a voz de Cristo em meio a tantas outras vozes. E nós vamos ao encontro de Cristo!
E necessário ir ao seu encontro. Ele está presente na Sagrada Escritura, na liturgia, sobretudo na eucaristia; na comunidade reunida em seu nome, nos irmãos e irmãs, especialmente nos mais necessitados.
As celebrações e a oração são espaços importantes nos quais este encontro pessoal acontece e é aprofundado, no silêncio e na contemplação. Nós encontramos o Senhor na leitura dos Evangelhos e na vida comunitária, na qual aprendemos a escutar a voz de Deus no meio das circunstâncias próprias de nosso tempo.
Os primeiros cristãos eram chamados de seguidores do caminho, pois seguiam Jesus, que estava sempre caminhando ao encontro das pessoas, principalmente dos pobres, doentes e necessitados. Jesus caminhava com todas as pessoas para anunciar a Boa Notícia do Reino, que é Deus. O Reino de Deus, que Jesus veio trazer é justamente uma nova maneira de caminhar, viver, de pensar, de sentir e de agir.
A vida de Jesus foi uma luta permanente para fazer valer a vontade do Pai, que é vida em abundância para todos e não só para alguns privilegiados! Foi nessa luta pelo Reino do Pai que Jesus foi perseguido, preso e crucificado, mas a vitória da Ressurreição continua iluminando o coração de milhões de pessoas, em todo o mundo, que acreditam que ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Num mundo de tantos caminhos, de tantas propostas tentadoras, de tanta propaganda enganosa que se apresenta como “verdade”, que se diz capaz de dar sentido à vida e fazer feliz a todos, Jesus continua afirmando que ele é o Caminho que conduz ao Pai, que nos faz todos irmãos; a Verdade que nos dá o critério para sabermos o que nos faz verdadeiramente felizes, e a Vida plena, pois, por amor, ele nos deu a vida que estava em Deus e que, por intermédio dele, fez-se presente entre nós. Jesus disse: “eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. Com tal afirmação, Jesus indaga: Por onde queres ir? Eu sou o Caminho. Para onde queres ir? Eu sou a Verdade. Onde queres permanecer? Eu sou a Vida. Jesus, que é Verdade e Vida junto ao Pai, fez-se caminho ao assumir a natureza humana. A fé em Jesus leva-nos a perceber que ele e o Caminho, a Verdade e a Vida.
O GPS surge como indicador do caminho a percorrer. Mira o ponto final a partir de onde se encontra.
Quais as indicações, procedimentos que posso assumir para que, à semelhança do GPS para o viajante, Jesus seja o indicador do meu caminho?
Onde encontro as indicações para seguir Jesus?
Imita Jesus em sua vida.
Jesus foi humilde, verdadeiro, caridoso. Jesus amava a todos e agia como quem ama.
Vamos colocar em prática o Maior Mandamento: Amar a Deus e ao Próximo!
Pois Deus está no próximo, que tem frio, que tem fome. Sim, é Jesus. Abra o coração para Deus que é Amor!
O PROJETO DE JESUS: O REINO DE DEUS
Jesus nos dá a certeza de que o Reino de Deus está no meio de nós. Jesus pregou o Reino como seu modo de vida. O Reino de Deus significa a superação de tudo que nos afasta de Deus e dos irmãos.
O REINO DE DEUS NÃO É OUTRO MUNDO, mas sim O MUNDO EM QUE VIVEMOS, TRANSFORMADO EM NOVO!
Precisamos dar uma resposta a Deus, pois Ele nos chama à fé e conversão e nos pede mudanças.
CONVERSÃO é MUDANÇA. Seguir Jesus, cortar o mal pela raiz tudo o que provoca o mal. Viver a caridade, a partilha. Perceber os próprios defeitos.
O mundo novo se concretiza a partir de conversões individuais, superação da morte para termos vida em abundância.PARA VIVER COMO JESUS VIVEU, PRECISAMOS CONHECER SUA VIDA, PRECISAMOS CONHECER OS EVANGELHOS.
O Evangelho de Mateus retrata de modo especial a missão dos discípulos: curar os enfermos, ressuscitar os mortos, purificar os leprosos, expulsar os demônios. Jesus não só falava sobre o Reino. Ele mesmo era uma manifestação, um testemunho vivo do Reino. Jesus andou por toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, anunciando a Boa Nova do Reino e curando as enfermidades e as doenças do povo.
Mateus 4, 23-25
“Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, curando todas as doenças e enfermidades entre o povo. 24. Sua fama espalhou-se por toda a Síria: traziam-lhe os doentes e os enfermos, os possessos, os lunáticos, os paralíticos. E ele curava a todos. 25. Grandes multidões acompanharam-no da Galiléia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia e dos países do outro lado do Jordão.”
Para que o Reino de Deus se faça presente, precisamos imitar Jesus. Viver como Ele viveu.
Onde encontrava quem o seguia, Jesus falava e transmitia a Boa Notícia de Deus.
Diariamente, sem medo, ele proclamava a Boa Nova do reino.
Jesus ensinava através de Parábolas, e o Ponto Central das Parábolas é o Reino de Deus.
As parábolas partem de coisas simples do dia a dia, ensinando-nos a perceber a presença de Deus.
Nós falamos do Reino de Deus? Precisamos, como Jesus, proclamar o Reino de Deus.
Para meditar:
O que Jesus ensinava?
Qual era a atitude de Jesus perante as necessidades das pessoas?
Que podemos fazer para imitar Jesus em nossa vida?
O livro dos Atos dos Apóstolos conta a experiência dos primeiros cristãos. O Pentecostes, a vindo do Espírito Santo sobre os Apóstolos, está relatada em Atos 2. Leia o texto completo. Segue, com cortes:
Atos dos Apóstolos, 2
1.Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar.* 2.De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. 3.Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. 4.Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. 5.Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos de todas as nações que há debaixo do céu. (…) cada um os ouvia falar na sua própria língua. 7.Profundamente impressionados, manifestavam a sua admiração: “Não são, porventura, galileus todos estes que falam? 8.Como então todos nós os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? (…)14.Pedro, então, pondo-se de pé em companhia dos Onze, com voz forte lhes disse: “Homens da Judeia e vós todos que habitais em Jerusalém: seja-vos isto conhecido e prestai atenção às minhas palavras. 15.Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, visto não ser ainda a hora terceira do dia.* 16.Mas cumpre-se o que foi dito pelo profeta Joel: 17.Acontecerá nos últimos dias – é Deus quem fala –, que derramarei do meu Espírito sobre todo ser vivo: profetizarão os vossos filhos e as vossas filhas. Os vossos jovens terão visões, e os vossos anciãos sonharão. 18.Sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei naqueles dias do meu Espírito e profetizarão. (…)
21.E, então, todo o que invocar o nome do Senhor será salvo (Jl 3,1-5)”. (…)
32.A este Jesus, Deus o ressuscitou: do que todos nós somos testemunhas. 33.Exaltado pela direita de Deus, havendo recebido do Pai o Espírito Santo prometido, derramou-o como vós vedes e ouvis. (..)
38.Pedro lhes respondeu: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo, 39.pois a promessa é para vós, para os vossos filhos e para todos os que ouvirem de longe o apelo do Senhor, nosso Deus”.* (…)
. 42.Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações.* 43.De todos eles se apoderou o temor, pois pelos apóstolos foram feitos também muitos prodígios e milagres em Jerusalém, e o temor estava em todos os corações. 44.Todos os fiéis viviam unidos e tinham tudo em comum. 45.Vendiam as suas propriedades e os seus bens, e dividiam-nos por todos, segundo a necessidade de cada um. 46.Unidos de coração, frequentavam todos os dias o templo. Partiam o pão nas casas e tomavam a comida com alegria e singeleza de coração, 47.louvando a Deus e cativando a simpatia de todo o povo. E o Senhor cada dia lhes ajuntava outros, que estavam a caminho da salvação.*”
OS FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO
São Paulo nos ensina sobre os frutos do Espírito Santo e os frutos da carne, na carta aos Gálatas: “Porque os desejos da carne se opõem aos do Espírito, e estes aos da carne; pois são contrários uns aos outros… Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus!” (Gal 5,17-21).
Em seguida, São Paulo fala dos frutos doces do Espírito: “Ao contrário, o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, bondade, benignidade, fidelidade, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei. Pois os que são de Jesus Cristo crucificaram a carne, com as paixões e concupiscências. Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o Espírito” (Gal 5,22-25).
O Catecismo da Igreja diz que esses “frutos do Espírito são perfeições que o Espírito Santo forma em nós como primícias da glória eterna” (n. 1832). Santo Agostinho explica que São Paulo não tinha o intuito de dar o número exato desses dons, mas apenas mostrar o “gênero de coisas” em que devemos buscá-los. São Tomás de Aquino diz que todos os atos dos dons e das virtudes podem ser reduzidos a esses frutos.
A Caridade, segundo São Tomás, é o fruto mais importante. Pela caridade o Espírito Santo nos faz semelhantes a Deus, que é amor. Ele é o Amor do Pai para com o Filho, e do Filho para com Pai. Quando uma alma é cheia do fruto divino da Caridade, o amor a transforma por completo. Assim acontece com os santos. A caridade nos leva a amar o bem e detestar o mal. “Amarás a teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22, 39). Para Santo Agostinho, “o amor ao próximo é como o princípio do amor a Deus”. E “não há degrau mais seguro para subir ao amor de Deus que a caridade do homem para com seus semelhantes”.
A Alegria é estar sempre junto de Deus, que vence toda tristeza. A alegria é um fruto do amor, pois quem ama se alegra por estar unido ao amado. Por isso, pôde São Paulo dizer: “Estou cheio de consolação, transbordo de gozo em todas as nossas tribulações” (II Cor 7, 4). “Alegrai-vos sempre no Senhor, repito, alegrai-vos” (Fil 4,4).
A Paz é o fruto de quem vive abandonado e obediente a Deus. São Tomás diz que “a perfeição da alegria é a paz”. Mesmo nas tribulações o cristão tem paz. Jesus é o Príncipe da Paz e nos deixou a sua Paz. “Dou-vos a minha Paz…”
A Paciência nos leva ao céu pois vence as tribulações, as dificuldades, as tentações, e tudo que nos afasta de Deus. É virtude dos fortes, dos santos. Segundo Santa Catarina de Sena, doutora da Igreja, a paciência é a “rainha posta na torre da fortaleza, que vence sempre e nunca é vencida”. Jó vendeu pela paciência; tendo perdido as riquezas, os filhos e a saúde, continuava glorificando a Deus: “O Senhor deu, o Senhor tirou: bendito seja o nome do Senhor!” (Jó 1, 21). Não se trata de uma espera passiva, mas de uma coragem que torna forte a nossa alma. É como Santa Mônica que rezou, sem desanimar, por vinte anos, até ver a conversão do seu Agostinho.
A Bondade é a virtude que nos faz agir bem com todos, sem inveja e sem discriminação. Ela nos leva a fazer o bem a todos. “Fazer o bem sem olhar a quem”. E, como fazer o bem, faz bem, ela nos faz feliz. A bondade nos leva a vencer também a preguiça, pois desperta em nós a compaixão pelos que precisam de nós. A Bondade nos faz querer o bem, a Benignidade nos leva a realizá-la.
A Mansidão nos leva a dominar a raiva, a ira e o mal desejo de vingança; e suportar com serenidade os males recebidos dos outros, sempre com o desejo de perdoar como Jesus mandou. Não é fácil perdoar; é preciso a ação do Espírito Santo em nós. Nunca pagar o mal com o mal, mas com o bem. Amar os inimigos e abençoar os que nos amaldiçoam.
O fruto da Fidelidade nos ajuda a manter a palavra dada, cumprir as obrigações assumidas, os contratos assinados, os votos feitos, etc.
A Temperança ou modéstia é o fruto que nos leva a ser moderados e prudentes em tudo o que dizemos e fazemos. Faz-nos vigiar os nossos olhos, boca, risos, movimentos, roupa, tudo, e vencer as paixões desordenadas. Santo Agostinho recomenda particular cuidado com a modéstia exterior, que tanto pode edificar quanto escandalizar os outros. A castidade nos refreia em relação ao que é ilícito, e a continência ao que é lícito. A alma que produz o fruto da castidade torna-se angélica, dizem os santos. O casto já ante goza o Céu na terra. A continência fortalece a vontade para resistir às concupiscências desordenadas. “Os que fazem tudo que é permitido acabarão por fazer o que não é permitido”.
Enfim, assim como o ferro no fogo, aos poucos brilha como a chama; também a alma repleta do Espírito Santo se torna semelhante a Ele.
(Prof. Felipe Aquino)
O DÍZIMO NA COMUNIDADE DE FÉ
O mês de junho é tido em nossa Diocese como o mês dedicado à conscientização e reflexão acerca do Dízimo.
“O dízimo é um ato de fé que nos faz ajudar a Igreja na obra de evangelização”.
Ato de fé “é algo que nós fazemos porque cremos em Deus. E ter fé é acreditar em Deus e fazer as coisas que Ele nos pede para fazer”. Atos de fé que costumamos fazer: rezar o terço, dar esmola, ir à missa, fazer penitência etc… Dar o dízimo também é um ato de fé.
Não é correto dizer: “PAGAR o dízimo”. A forma correta de se dizer é “DEVOLVER” ou “CONTRIBUIR” com o dízimo, pois se trata de uma devolução feita a Deus, em espírito de fé e gratidão, de uma parte de tudo aquilo que Ele mesmo nos concedeu.
Malaquias 3,10. “Trazei ao tesouro do templo o dízimo integral, para que haja recursos na minha casa. Fazei comigo esta experiência – diz o Senhor dos exércitos. Vamos ver se não abro as comportas do céu, se não derramo sobre vós minhas bênçãos de fartura […].”
No Antigo Testamento, Deus pedia 10% dos rendimentos das colheitas para serem ofertados ao Templo. Esse é o significado da palavra “dízimo”, que vem de “dez”, ou seja, é a décima parte de tudo o que se plantava e colhia.
Tratava-se de um mandamento da Lei antiga. O povo judeu estava obrigado a esse preceito da lei;
Na Nova Aliança, com a vinda de Jesus, o dízimo passa a ter outro significado.
“O dízimo é um ato de fé que nos faz ajudar a Igreja na evangelização”.
Por que precisamos ajudar a Igreja? Porque somos seus membros. Depois do nosso Batismo, tornamo-nos membros do Corpo de Cristo, que é a Igreja. E ser membro da Igreja é tornar-se corresponsável por ela.
“Ajudar a Igreja em quê?” “na obra de evangelização.” Depois de ressuscitar, Jesus apareceu a seus discípulos e deu-lhes a missão de anunciarem a Palavra de Deus a todos os povos (Mt 28,19-20). Isto é evangelizar: conduzir as pessoas ao conhecimento e vivência dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Quando contribuímos com o dízimo, estamos proporcionando à Igreja as condições materiais necessárias para que a Palavra de Deus chegue a mais pessoas.
O dízimo é utilizado para: a) Fazer a manutenção das estruturas físicas da Igreja (água, luz, telefone, internet, aluguel de imóveis, objetos litúrgicos, materiais de limpeza, encargos trabalhistas dos funcionários, transporte etc). Essa finalidade é chamada de dimensão eclesial do dízimo. b) Ajudar na formação dos futuros sacerdotes (manutenção do seminário diocesano) e contribuir financeiramente com as missões que acontecem pelo mundo. Chamamos essa finalidade de dimensão missionária do dízimo. c) Auxiliar materialmente as pessoas em situação de vulnerabilidade social da nossa diocese.
Parte do que é arrecadado nas paróquias destina-se ao órgão caritativo da Diocese (Caritas Diocesana), que ajuda financeiramente os mais pobres. Essa finalidade é chamada de dimensão caritativa do dízimo.
Embora o nome da contribuição que fazemos à Igreja seja “dízimo” (décima parte), não existe a obrigação, no Novo Testamento, de se devolver, estritamente, 10% do que recebemos. É preciso dizer que nós seguimos o que São Paulo ensina em 2 Cor 9,7:
“Que cada um dê conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento, pois “Deus ama quem dá com alegria”.
Diferença entre dízimo e oferta: Enquanto o dízimo é uma contribuição mensal e comprometida destinada à evangelização, a oferta é uma doação esporádica, feita sem regularidade, por vontade pessoal do fiel.
JESUS: a Revelação do ROSTO DE DEUS para NÓS
No Antigo Testamento a visão que o povo tinha de Deus era de um Juiz, severo e justo, que vigiava o seu povo o tempo todo.
A imagem de medo para com Deus. “Cuidado, Deus está vendo”
Jesus veio nos mostrar a face amorosa de Deus. Deus é o mesmo, mas apenas em Jesus o povo pode perceber que Deus é Amor, que ele ama seus filhos, que ele deseja o nosso bem.
Evangelho segundo São João, 14
“8.Disse-lhe Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta”. 9.Respondeu Jesus: “Há tanto tempo que estou convosco e não me conheceste, Filipe! Aquele que me viu viu também o Pai. Como, pois, dizes: Mostra-nos o Pai… 10.Não credes que estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que vos digo não as digo de mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é que realiza as suas próprias obras. 11.Crede-me: estou no Pai, e o Pai em mim. Crede-o ao menos por causa dessas obras. 12.Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai. 13.E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. 14.Qualquer coisa que me pedirdes, em meu nome, vo-lo farei.”
Os filhos se parecem com os pais. Fisicamente, nas suas atitudes, jeito de ser…
Jesus mostra-nos o grande Amor de Deus.
(Mateus 25, 35-45)
“34.Então, o Rei dirá aos que estão à direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo,
35.porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes;
36.nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim’.
37.Os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber? 38.Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos? 39.Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar?’. 40.Responderá o Rei: ‘Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isso a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.’”
Jesus está disfarçado em sua casa – Padre Léo. (18 minutos, 43 segundos)
De que modo um filho reflete as características de seu pai?
Que qualidades de Jesus mais me atraem? O que elas revelam sobre Deus?
Vamos considerar que, pelo rosto de Cristo, podemos contemplar o rosto do Pai.
Aproximar-se do modelo de Jesus é enxergar o próprio Deus Pai.
O desafio que a todo instante se apresenta diante de nós:
enxergar Cristo na pessoa do próximo.
E ao mesmo tento buscar ser como Jesus.
Poderia eu também afirmar que as ações que pratico revelam que Deus está comigo e que Deus é um bom Pai?
Você usa a internet para buscar a Deus? Como?
Como posso fazer do uso da tecnologia e da internet um caminho para imitar Jesus?
O PECADO, O VÍCIO E A VIRTUDE
“Deus nos escolheu, antes da criação do mundo, para sermos santos e íntegros diante dele, no amor. Conforme o desígnio benevolente de sua vontade, Ele nos predestinou à adoção como filhos, por obra de Jesus Cristo”. Ef 1,4-5
Deus desde o começo da criação tem um plano de amor para toda a humanidade. Estamos neste mundo para que participemos da vida divina e para que vivamos no amor.
Contudo, DEUS NÃO FEZ SUA OBRA ACABADA.
Ele não nos fez perfeitos, mas sempre a caminho de uma perfeição maior. Deus fez o ser humano livre. Este se quisesse crescer e tornar-se cada vez melhor deveria escolher estar com Deus. Mas desde o início, os seres humanos optaram por fechar-se em si mesmos o que acarretaria serem imperfeitos, pois permaneciam longe Daquele que é a perfeição. Este pecado, o primeiro de todos, é o que chamamos de “Pecado Original”.
É preciso repensar os conceitos que possuímos sobre o Pecado Original. O pecado de nossos primeiros pais (Adão e Eva) não foi o simples fato de roubar um “fruto proibido”, foi mais que isso. No Paraíso, que não pode ser entendido como lugar, mas um estado de ser, a comunhão com Deus era perfeita. Porém, nossos primeiros pais resolveram abandonar o Criador, não ouvindo mais a voz de Deus que soava em seus corações. Auto-proclamaram-se donos de seu futuro, conhecedores do que era bom e mal para si mesmos (cf. Gn 3,4). Perderam a raiz de sua felicidade, pois escolheram estar longe de Deus (é esse o significado da “expulsão do Paraíso”) – cf. Gn 3,23-24.
Assim, criou-se uma estrutura de pecado – o mal se impregnou em todos.
Quando nascemos, somos inseridos nessa estrutura, nessa realidade que se opõe ao plano de Deus que deve ser vencida para que seja implantado o Reino de Deus.
Mas como saber se uma determinada ação nos afasta de Deus? Quando qualquer ação consciente for feita fora do projeto de Deus, ou seja, desrespeitando a natureza humana, é pecado. E todo pecado afeta a todos, pois somos um só corpo. Cada ato humano seja pecaminoso ou santo influencia todos os demais irmãos. SE SOMOS MAIS SANTOS, SANTIFICAMOS TODA HUMANIDADE CONOSCO, SE SOMOS PECADORES, DENEGRIMOS IGUALMENTE A TODOS.
“O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta; é uma falta de amor verdadeiro, para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana.
Foi definido como uma palavra, um ato ou um desejo contrário à lei eterna”. CIC 1849
PAI, PERDÃO PORQUE PEQUEI
Deus Pai, é para muitos um grande desconhecido, infelizmente. Algumas concepções de Deus foram construídas ao longo do tempo e isso de certo modo impossibilita um encontro íntimo entre as pessoas e Deus. Vamos ver duas delas: a primeira é devido a uma interpretação fundamentalista da Sagrada Escritura. Baseando-se em textos do Antigo Testamento e interpretando-os mal, Muitos pregavam um Deus vingador e castigador.
Outra imagem é a de um Deus distante de nossas necessidades. Muitos formulam esta pergunta: Se Deus é Onipotente, porque Ele não evita tanto sofrimento no mundo? É claro que Deus pode fazer tudo, porém, Ele só quer fazer aquilo que provém do amor porque Ele é amor. A expressão maior do amor é a liberdade humana, fonte de nossa capacidade de amar verdadeiramente.
Sem duvida Deus, que é amor e misericórdia, rejeita o sofrimento e o mal no mundo.
Nossa grande alegria é a descoberta de quem realmente é Deus Pai.
Ninguém pode conhecer o Pai a não ser Jesus Cristo. É Ele quem revela a face misericordiosa do Pai.
O pecado divide-se em duas espécies:
PECADO VENIAL: é uma desobediência leve aos dez mandamentos e aos mandamentos da Igreja; ele é uma espécie de afeição desordenada pelos bens criados, a qual impede que nós exercitemos as virtudes e o bem aos outros. Exemplos: os palavrões, brigas, discussões, a masturbação, etc.
O PECADO MORTAL: é uma desobediência grave contra os dez mandamentos e, deste modo, contra o próprio Deus. Exemplos: o aborto, o assassinato, o adultério, o roubo, etc.
O pecado mortal destrói a caridade em nós e nos priva do estado de graça, ou seja, da intimidade com Deus e da comunhão com os outros.
Podemos pecar de quatro modos: por pensamentos, palavras, atos e omissões.
Com um só pecado mortal já perdemos a graça de Deus.
OS PECADOS CAPITAIS
Podemos dizer que os pecados capitais são chamados de “vícios capitais”. O vício é a má qualidade ou defeito que inclina a nossa vontade a agir mal por repetidas vezes. Usamos a palavra capital que vem do latim capta que quer dizer, “cabeça”. Daí a razão de dizermos pecados capitais: eles são a cabeça de uma série de outros vícios que podem invadir a alma humana. Os pecados capitais são sete:
1- Soberba: a nossa vontade de amar desordenadamente as nossas qualidades. O soberbo confia nas próprias forças, é ambicioso e cheio de vanglória, arrogante, orgulhoso, pensa que se basta e não precisa de ninguém, nem de Deus. Combatemos a soberba com a virtude da humildade. (cf. Eclo 10,14-22)
2- Avareza: o apego desordenado aos bens materiais. O avarento tudo quer para si e nada reparte com seu irmão. O importante é aquilo que somos e não aquilo que temos. Combatemos a avareza com a virtude da generosidade. (cf. Mt 6,19-24)
3- Luxuria: diz respeito a vida sexual desregrada. Pela luxuria o homem cede aos instintos animalescos de si mesmo. Combatemos a luxuria com a virtude da castidade. (cf. Pr 7,6-27)
4- Gula: inclina a vontade humana ao apetite desordenado da comida e da bebida. É preciso haver controle sobre o estômago e equilíbrio no comer e no beber. Combatemos a gula com a virtude da temperança (jejum e a partilha com os irmãos). (cf. Mt 4)
5- Inveja: Consiste na tristeza diante do bem e da felicidade do outro. Combatemos a inveja com a virtude da caridade. (cf. CIC 2539)
6- Ira: é o hábito que inclina a vontade humana a justiça desordenadamente. Geralmente tem boa intenção mas a ira faz a pessoa faltar com caridade para com seu irmão. Combatemos a ira com a virtude da paciência. ( cf. Mt 5,22)
7- Preguiça: Ficar sem fazer nada no cumprimento dos deveres sejam eles para com Deus ou para com a sociedade. (cf. 6,6-11)
AS VIRTUDES E A MISERICÓRDIA DIVINA
As virtudes são disposições estáveis de praticar o bem, que se aperfeiçoam com o hábito. Elas podem ser humanas ou teologais: as virtudes humanas são adquiridas por meio do aprendizado e da prática, ao passo que as virtudes teologias são resultado da presença do Espírito Santo em nós, agindo sobre as nossas faculdades e suprindo as nossas fragilidades.
A virtude natural: é aquela que desenvolvemos com o nosso próprio esforço conscientemente porque se trata de um hábito. Exemplo: Suponhamos que decidimos desenvolver a virtude da veracidade (amor a verdade) e a partir de então nos comprometemos a dizer sempre a verdade.
Virtude sobrenatural: é a virtude que Deus pode infundir em nós sem o esforço da nossa parte. Exemplo: Fé, esperança e caridade que são infundidas em nós através do Batismo.
VIRTUDES TEOLOGAIS (são dons, devem ser pedidas a Deus)
1- FÉ: é a certeza daquilo que não se vê; faz crer firmemente em todas as verdades reveladas por Deus.
2- ESPERANÇA: confiamos em Deus Todo – Poderoso, Fiel em suas promessas Ele nos concederá a vida eterna e os meios para alcançá-la. Nossa esperança deve ser firme e constante.
3- CARIDADE: é chamada a “rainha das virtudes”, porque nos leva a amar a Deus tornando possível o amor pelo próximo como amor sobrenatural. É bom saber que nosso próximo inclui todas as criaturas de Deus: os anjos, santos nos céu, as almas do purgatório e todos os seres humanos vivos, inclusive as pessoas que temos menos afinidade. ( 1Cor 13,4-8)
VIRTUDES CARDEAIS
1- PRUDÊNCIA: julgar retamente as coisas. Aperfeiçoa nossa inteligência.
2- JUSTIÇA: é o hábito que inclina a dar a cada um o que lhe cabe. Exemplo: o
direito a vida, a liberdade, a honra. Aperfeiçoa nossa vontade.
3- FORTALEZA: inclina-nos a fazer o bem mesmo nas dificuldades. Exemplo: os
mártires que preferem morrer a pecar contra Deus.
4- TEMPERANÇA: ajuda-nos a dominar e regular nossos desejos.
Existem ainda as virtudes humanas como a piedade, obediência, mansidão,
paciência, honestidade, liberdade, felicidade, modéstia, castidade e, sobretudo a
humanidade que leva a caridade.
JESUS mostra o REINO DE DEUS através de PARÁBOLAS
Jesus ensinou várias verdades por meio de parábolas, para facilitar o entendimento daqueles que o ouviam. As parábolas que Jesus contava eram sempre tiradas do contexto cultural e social em que ele vivia, contadas com o propósito de transmitir verdades espirituais.
O ponto central das parábolas é o Reino de Deus. Jesus revelava suas mensagens em todos os âmbitos sociais. Ele conhecia as mais diversas realidades culturais e sabia dos anseios da população.
Em diversas parábolas, como a do trigo e o joio e do grão de mostarda, Jesus fala do Reino. Em todas elas, deixa transparecer que o Reino acontece quando a humanidade passa pela vida em plenitude, sonhada por Deus.
É preciso entrar no Reino, isto é, tornar-se discípulos de Cristo para “conhecer os mistérios do Reino dos Céus” (Mt 13,11). Para os que ficam “de fora” (Mc 4,11), tudo permanece enigmático.
Ler Mt 13,24-32; Mt 13, 33; Mt 13, 45-46
“Jesus propôs-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é semelhante a um homem que tinha semeado boa semente em seu campo. 25.Na hora, porém, em que os homens repousavam, veio o seu inimigo, semeou joio no meio do trigo e partiu. 26.O trigo cresceu e deu fruto, mas apareceu também o joio. 27.Os servidores do pai de família vieram e disseram-lhe: ‘Senhor, não semeaste bom trigo em teu campo? Donde vem, pois, o joio?’. 28.Disse-lhes ele: ‘Foi um inimigo que fez isto!’. Replicaram-lhe: ‘Queres que vamos e o arranquemos?’. 29.‘Não’ – disse ele –; arrancando o joio, arriscais tirar também o trigo. 30.Deixai-os crescer juntos até a colheita. No tempo da colheita, direi aos ceifadores: arrancai primeiro o joio e atai-o em feixes para o queimar. Recolhei depois o trigo no meu celeiro’.” 31.Em seguida, propôs-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é comparado a um grão de mostarda que um homem toma e semeia em seu campo. 32.É esta a menor de todas as sementes, mas, quando cresce, torna-se um arbusto maior que todas as hortaliças, de sorte que os pássaros vêm aninhar-se em seus ramos”.
“33.Disse-lhes, por fim, esta outra parábola: “O Reino dos Céus é comparado ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha e que faz fermentar toda a massa”.
“45O Reino dos Céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas.* 46.Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra.”
A parábola do joio no meio do trigo mostra que a sociedade é campo de semeaduras diferentes e contrastantes.
O semeador cumpre o dever de semear boa semente; é o discípulo de Jesus que continua firme na prática da justiça. Contudo, no meio do terreno, cresce também o joio, que é a injustiça. A pequenez da semente de mostarda contrasta com a dimensão dos campos em que é cultivada, mas contém potencial de vida, como as sementes da justiça que faz surgir o Reino.
30 – JESUS, FUNDAMENTO DA VIDA CRISTÃ
Objetivo: Decidir seguir Jesus porque ele é o próprio fundamento da vida.
“Construir a casa sobre a rocha”
Para meditar: 1- escutar; 2- conhecer; 3- seguir
MATEUS 7, 24-27:
“24. Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. 25.Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha. 26. Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia. 27.Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína.”
O significado desta parábola é claro: Um alicerce adequado é necessário. Com uma casa literal, é imprudente construir sobre a areia, porque a fundação será instável e a casa acabará por sofrer grandes danos. Construir este tipo de casa é um desperdício de tempo e recursos, porque eventualmente ela cairá. Em contraste, é sábio construir uma casa em uma fundação segura, porque ancorando-a ao rochedo faz a casa suportar o teste da tempestade.
Ambos os construtores experimentaram a mesma tempestade e a mesma inundação, muito provavelmente essas casas foram construídas à vista uma da outra.
Possivelmente o homem que construiu na areia ridicularizou o homem que planejou, investiu e trabalhou duro para ter a base sólida necessária.
O homem insensato perdeu suas finanças, seu respeito e sua casa. O orgulho e a rebelião vêm com um preço terrível.
O homem insensato não planejou para si nem para sua família; portanto, ele sofreu grande perda. Poderia ter sido diferente se ele tivesse humildemente procurado e obedecido o conselho e a orientação de Deus.
Em qualquer construção é importante que a base, os alicerces, sejam bem firmes para garantir a fortaleza da casa e a segurança dos que a vão habitar.
Para isto, os construtores devem cavar até encontrar Rocha, para então firmar bem os alicerces. Jesus, como era o seu costume, quando queria comunicar sua mensagem, utilizava parábolas.
Quando ele quis mostrar a importância de ouvir a palavra de Deus e colocá-la em prática falou da construção de uma casa edificada sobre a areia e de outra construída sobre a rocha.
Construir nossa casa sobre a rocha significa construirmos nossa segurança, nosso bem-estar sobre algo sólido como a rocha, ou seja, sobre os valores de Jesus Cristo.
A pessoa que, nas provações da fé, nas dificuldades da vida, na sincera escuta à vontade de Deus procura viver a sua vida cristã com autenticidade, é comparada por Jesus a uma casa construída sobre a rocha. Ela resiste aos ventos, às tempestades e a outras intempéries.
De onde vem esta resistência nas dificuldades? Da fé e confiança em Deus.
Ao contrário, quem não vive a Palavra de Deus é como a casa construída sobre a areia. Qualquer vento derruba a casa. A casa sobre a rocha é construída pelas pessoas que sabem partilhar, perdoar, dialogar, cuidar dos mais necessitados, viver o amor, viver como cristãos autênticos.
Na vida do cristão, a rocha sobre a qual cada um edifica sua vida e sua história é Jesus Cristo. O apóstolo Paulo escreve aos Coríntios: “ninguém pode colocar um alicerce diferente daquele que já foi posto, Jesus Cristo” (1ª Coríntios 3, 1-1).
Portanto, Jesus é a rocha e o fundamento que dá segurança, sustentabilidade a vida de todo cristão. Para que nossa vida seja construída sobre a rocha que é Jesus Cristo necessitamos:
1- escutar. – Um coração receptivo e uma consciência sensata escutam a voz de Deus e seus apelos;
2-conhecer – no evangelho de São João a palavra conhecer significa envolver a pessoa por inteiro – sua inteligência seu sentimento sua vontade- é um desafio deixar-se envolver pela palavra de Deus.
3- seguir – é a atitude decorrente do escutar e conhecer. É a certeza de que ele é o caminho o fundamento da vida e por isso garantia de vida feliz. Escutar a palavra o conhecer sempre mais Jesus e seguir pelo caminho que ele pelo caminho que é ele mesmo são pessoas do progresso ou escutar a palavra ou conhecer sempre mais Jesus e seguir pelo caminho que é ele mesmo são passos do processo de quem deseja construir sua vida sobre o fundamento Jesus Cristo.
JESUS, EU CONFIO EM VÓS
Terço da Misericórdia
A quem reza o Terço da Misericórdia, Jesus Cristo prometeu a Santa Faustina que:
“As almas que rezam este terço serão abraçadas pela Minha misericórdia durante a sua vida e especialmente na hora da sua morte”
Orações iniciais:
Pai Nosso…
Ave Maria…
Credo dos Apóstolos…
Nas contas grandes:
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade de Vosso muito amado Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo,
em expiação dos nossos pecados e dos pecados de todo o Mundo.
Nas contas pequenas:
Pela Sua dolorosa paixão, tende Misericórdia de nós e do mundo inteiro
No final de cada dezena:
Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós: eu confio em Vós!
Oração final (reza-se três vezes e na terceira diz-se Amém)
Deus Santo, Deus Forte, Deus imortal, tende piedade de nós e de todo o Mundo