Santos e Afins
SÃO SEBASTIÃO

São Sebastião – o Santo martirizado a flexadas

São Sebastião foi um mártir cristão que viveu nos primeiros séculos .  Era um soldado do exército romano,  propagava o Evangelho e ajudava os cristãos.

É o padroeiro da cidade do Rio de Janeiro e até hoje é alvo de grande devoção no Brasil. 

São Sebastião viveu na Itália no auge da perseguição contra os cristãos, entre os anos de 256 e 287, durante o império de Diocleciano. Era um soldado importante do exército do imperador romano. Em segredo, Sebastião dedicava-se no auxílio dos cristãos. Chegou um dia em que ele foi descoberto pelo imperador, que mandou torturá-lo. Apesar disso, ele sobreviveu e continuou pressionando o imperador para que libertasse os cristãos, e então foi condenado a ser açoitado até a morte no ano de 287.

São Sebastião nasceu na França,  no ano de 256, durante um período de intensa perseguição contra os cristãos no império romano.

São Sebastião decidiu seguir os passos de seu pai e se tornar soldado do exército romano. Logo passou a ser considerado um dos favoritos do imperador e conquistou o cargo de Capitão da 1ª guarda pretoriana, posto que era reservado a homens ilustres e que se destacavam no serviço.

Apesar de ser um excelente militar e cumprir com o seu papel, Sebastião também era um cristão devoto e secretamente visitava cristãos presos, oferecendo-lhes apoio físico e espiritual, sua fé era firme e ele não participava dos martírios dos cristãos e nem adorava aos deuses pagãos.

Com o tempo, as denúncias sobre a fé cristã de São Sebastião chegaram aos ouvidos do imperador romano Diocleciano, que ficou enfurecido e se sentiu traído por um de seus melhores e mais confiáveis soldados. Na intenção de não perder um soldado tão importante, o imperador tentou, sem sucesso, convencê-lo a abandonar o cristianismo e a adorar aos deuses pagãos.

Como São Sebastião permaneceu firme e inabalável em sua fé, Diocleciano ordenou que o matassem. Amarraram-no em um tronco de árvore e Sebastião foi alvejado por flechas pelos seus antigos companheiros de trabalho.

Milagrosamente, Sebastião resistiu às flechadas e permaneceu vivo. Após ser resgatado por Irene, uma cristã que depois também tornou-se uma santa da Igreja Católica, ele continuou a evangelizar e ajudar os cristãos.

Seu desejo de liberdade para os cristãos era tão grande que decidiu apresentar-se novamente ao imperador Diocleciano, a fim de implorar para que ele acabasse com a perseguição aos cristãos e desse a eles liberdade de culto.

O Imperador ficou ainda mais furioso e, desta vez, condenou Sebastião a ser açoitado até que estivesse indubitavelmente morto, e a ter o seu corpo jogado no esgoto da cidade, a fim de que os cristãos não o venerassem ou resgatassem.

Novamente o corpo de São Sebastião foi recolhido e, desta vez, por uma mulher chamada Luciana. Conta-se que o próprio Sebastião pediu a ela em sonho para que sepultasse o seu corpo próximo às catacumbas dos Apóstolos.

São Sebastião foi canonizado e ganhou o título de Defensor Glorioso da Igreja de Cristo,=. 

A devoção a São Sebastião cresceu ainda mais quando Constantino converteu-se à fé católica, dando liberdade de culto aos cristãos e construindo uma Basílica em homenagem ao santo.

Comemora-se São Sebastião no dia 20 de janeiro.

São Sebastião, o soldado martirizado

Santos e Afins
ISMELDA – A menina que morreu de amor por Jesus

Em 1331, com apenas 8 anos de idade, Ismelda entrou para o convento. Aos 10, recebeu o hábito de monja dominicana. Embora tivesse tão pouca idade era uma freirinha em tudo exemplar nas atividades da vida religiosa. Entretanto, algo a intrigava: que as pessoas recebessem a Sagrada Comunhão e continuassem a viver.

Como Ismelda não tinha idade para comungar, costumava perguntar às religiosas: “A Irmã comungou Jesus e não morreu?”. As freiras respondiam assustadas: “Que é isso, menina? Porquê morrer?”. A pequenina religiosa respondia: “Como pode receber Jesus, em Comunhão, e não morrer de amor e de tanta felicidade?” 

Pois aconteceu que na madrugada do dia 12 de Maio de 1333, véspera do Domingo da Ascensão do Senhor, Ismelda estava na Santa Missa e já não aguentava mais de tanta vontade de comungar. Perguntava-se ela: “Se Jesus mandou ir a Ele as criancinhas, por que não posso comungar?” O Padre já tinha acabado de dar a Sagrada Comunhão às religiosas quando todos viram: uma hóstia saiu do cibório e voou pela capela. Parou em cima da cabeça de Ismelda. O padre, então, entendeu que era hora dela comungar.

Ao receber a Santíssima Eucaristia, Ismelda colocou-se em profunda adoração. Após horas de oração, a Madre Superiora foi até à freirinha e disse: “Está bem, Irmã Ismelda. Já adorou bastante a Jesus. Podemos seguir… Vamos para as outras atividades do convento”. Ismelda, entretanto, permanecia imóvel. Após a insistência da Superiora, nada acontecia. Foi, então, que a Madre pegou amorosamente Ismelda pelos bracinhos e ela caiu nos seus braços. Ismelda havia morrido na sua Primeira Comunhão. Cumpriu-se a indagação da pequena grande Ismelda: “Como pode alguém receber Jesus, na Sagrada Comunhão, e não morrer de felicidade?” Aos 11 anos, Ismelda morreu de amor e de felicidade por ter recebido Jesus!

O corpo de Santa Ismelda Lambertini encontra-se incorrupto na Capela de São Segismundo, em Bolonha (Itália). O Papa São Pio X proclamou-a  padroeira das crianças que vão fazer a Primeira Comunhão.

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SANTA GEMMA GALGAMI
Santa Gema Galgani: Intercessora dos Farmacêuticos

Gemma, conforme nome original em italiano, teve uma curta existência nesta terra. Nasceu em Camigliano, na Toscana, em 1878, e morreu em Lucca, aos 25 anos. É uma história de fervorosa piedade, de caridade e de contínuos sofrimentos.

Seus sofrimentos foram causados, em parte, por uma saúde débil, como também pela pobreza em que sua família caiu, pela zombaria daqueles que se ofendiam com suas práticas devocionais, seus êxtases e outros fenômenos e por aquilo que ela acreditava serem assaltos do demônio. Mas ela contava com o consolo da comunhão constante com Nosso Senhor, que lhe falava como se estivesse corporalmente presente e também encontrou muita bondade por parte da família Giannini, que a tratou nos seus últimos anos de vida, depois da morte do pai, quase como uma filha adotiva.

Ao nascer, Gema recebeu esse nome, que, em italiano, significa joia, por ser a primeira menina dos cinco filhos do casal Galgani, que foi abençoado com um total de oito filhos.

Gema Galgani teve uma infância feliz, cercada de atenção pela mãe, que lhe ensinava as orações e o catecismo com alegria, incutindo o amor a Jesus na pequena. Ela aprendeu tão bem que não se cansava de recitá-las e pedia constantemente à mãe que lhe contasse as histórias da vida de Jesus. Mas essa felicidade caseira terminou aos sete anos. Sua mãe morreu precocemente e sua ausência também logo causou o falecimento do pai. Órfã, caiu doente e só suplantou a grave enfermidade graças ao abrigo encontrado no seio de uma família de Luca, também muito católica, que a adotou e cuidou de sua formação.

Conta-se que Gema, com a tragédia da perda dos pais, apegou-se ainda mais à religião. Recebeu a primeira eucaristia, antes mesmo do tempo marcado para as outras meninas, e levava tão a sério os conceitos de caridade que dividia a própria merenda com os pobres. Demonstrava, sempre, vontade de tornar-se freira e tentou fazê-lo logo depois que Nossa Senhora lhe apareceu em sonho. Pediu a entrada no convento da Ordem das Passionistas de Corneto, mas a resposta foi negativa. Muito triste com a recusa, fez para si mesma os juramentos do serviço religioso, os votos de castidade e caridade, e fatos prodigiosos começaram a ocorrer em sua vida.

Quando rezava, Gema era constantemente vista rodeada de uma luz divina. Conversava com anjos e recebia a visita de São Gabriel, de Nossa Senhora das Dores, devoção passionista, como ela desejara ser. Logo lhe apareceram no corpo os estigmas de Cristo, que lhe trouxeram terríveis sofrimentos, mas que era tudo o que ela mais desejava.

Entretanto, fisicamente fraca, os estigmas e as penitências, que se autoinfligia, acabaram por consumir a sua vida. Gema Galgani morreu muito doente, aos vinte e cinco anos, no Sábado Santo, dia 11 de abril de 1903.

Imediatamente após sua morte, começou a devoção e veneração à “Virgem de Luca”, como passou a ser conhecida. Estão registradas muitas graças operadas com a intercessão de Gema Galgani, que foi canonizada em 1940 pelo Papa Pio XII, que a declarou modelo para a juventude da Igreja, autorizando sua festa litúrgica para o dia de sua morte.

Oração: “Ó Senhor, quantos são os órfãos de pai e mãe! Socorrei-os, Te pedimos. Tantos também não O reconhecem como o Pai do céu e Nossa Senhora como Mãe, Te pedimos iluminai-os.”

Santa Gema Galgani, rogai por nós!

Curiosidades e Milagres Santos e Afins
Milagre Eucarístico de Lanciano

Sim, há provas. Mas se não houver fé, nem se um morto levantar acreditaremos. A fé é dom de Deus, e se pedirmos a Deus, Ele nos concede. Pois é de Sua vontade que tenhamos fé. Diga sempre: “Senhor, eu creio, mas aumenta a minha fé.”

Em Lanciano – séc. VIII um monge da ordem de São Basílio estava celebrando na Igreja dos santos Degonciano e Domiciano. Terminada a Consagração, que ele realizara, a hóstia transformou-se em carne e o vinho em sangue, depositado dentro do cálice. O exame das relíquias, segundo critérios rigorosamente científicos, foi feito em 1970-71 e outra vez em 1981 pelos Professores Odoardo Linoli, professor de Anatomia e Histologia Patológica e Química e Microscopia Clínica e pelo Professor Ruggero Bertelli, da Universidade de Siena.F
1) A hóstia é realmente constituída por fibras musculares pertencentes ao miocárdio (parte do coração)
2) Trata-se de sangue humano, grupo ‘AB’ (sangue comum aos Judeus), o mesmo sangue identificado no Santo Sudário.
3) Apesar da sua antigüidade, sem que tenham sido utilizadas substâncias conservantes da matéria humana, mantem-se inalterados.

4) Os cinco glóbulos de sangue pesam, individualmente, 50 gramas. Colocando-se na balança 1, 2, 3, 4 ou 5 glóbulos, pesam sempre 50 gramas. Isto nos faz pensar no corpo de Cristo, que em um pequena partícula da hóstia, contém o Cristo inteiro.

A ciência comprovou que a Carne e o Sangue são verdadeiramente humanos, vivos até hoje e do mesmo grupo sanguíneo encontrado no Santo Sudário.

Santos e Afins
SANTA FAUSTINA

Santa Faustina

Santa Faustina nasceu no povoado de Glogowiec, na Polônia, no dia 25 de agosto de 1905. É a terceira de dez filhos, nasceu numa pobre e piedosa família de aldeões. Recebeu o nome de Helena Kowalska e, desde a infância, distinguiu-se pela piedade, pelo amor à oração pela diligência e obediência, e ainda por uma grande sensibilidade às misérias humanas. Não chegou a concluir o 4º ano do ensino fundamental. Com dezesseis anos, foi trabalhar como empregada doméstica para ajudar seus familiares.

A vida espiritual de Helena começou cedo. Quando tinha apenas 7 anos, ouviu, pela primeira vez, a voz de Deus na sua alma. Embora tivesse o ardente desejo de entregar-se inteiramente a Cristo em uma congregação religiosa, seus pais se opuseram, pois não possuíam recursos para lhe dar o dote necessário, estavam muito endividados e eram muito ligados à filha. Diante disto, ela desistiu da idéia por um tempo. Passou a entregar-se  às “vaidades da vida”, como descreve em seu Diário.

Um dia, estando num baile com sua irmã, uma visão de Cristo Sofredor a questiona: “Até quando hei de ter paciência contigo e até quando tu Me desiludirás?” (Diário, 9). Impactada, sai do baile, vai a uma capela, decide deixar tudo e entrar no convento.

Procurou vários conventos e foi recusada,  até ser acolhida, no dia 1º de agosto de 1925, na clausura do convento da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia em Varsóvia. Dentro da Congregação, Helena recebe o nome de Irmã Maria Faustina, em 1926.

O mistério da misericórdia

Deus revelou a Santa Faustina o mistério da misericórdia divina. Depois de atravessar pela “noite escura” das provações físicas, morais e espirituais, a partir de 22 de fevereiro de 1931, na cidade de Łódz, o próprio Senhor Jesus Cristo se manifestou à Irmã Faustina de um modo particular. Ela descreve esta visão:

Da túnica entreaberta sobre o peito, saíam dois grandes raios, um vermelho e outro pálido. (…) Logo depois, Jesus me disse: Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós” (D. 47).

O diário de Santa Faustina

Santa Faustina começou a anotar os encontros de sua alma com Cristo a pedido do seu diretor espiritual Beato Miguel Sopocko e do próprio Jesus, a partir de 1934 até seu falecimento em 1938.

Ela anotava tudo em pequenas fichas e, depois, em cadernos que a madre superiora lhe comprava. Por influência de um pretenso anjo, Santa Faustina termina queimando seu primeiro caderno de anotações e, logo depois, esse “anjo” se revela como o demônio. Por isso, suas anotações no Diário não aparecem em ordem cronológica, pois precisou reescrever o caderno que havia queimado. Recomeçou anotando as lembranças do que já havia acontecido entrelaçando fatos novos de suas vivências espirituais. Em suas anotações, estão registrados o pedido de Jesus para que se pintasse uma Imagem como ela O via e que essa imagem fosse venerada por todos; que houvesse a Festa da Misericórdia; que se rezasse o terço da misericórdia como Ele a havia ensinado; e grandes promessas àqueles que divulgassem a misericórdia divina e praticassem essas formas de viver a misericórdia.

Após o falecimento de Santa Faustina, seus seis cadernos foram reunidos e publicados como um único livro com o nome: “Diário – a misericórdia divina na minha alma”. Além dos seis cadernos, o Diário de Santa Faustina apresenta outro manuscrito da Santa, o qual ela nomeou como “Minha preparação para a santa Comunhão”. Além das suas superioras, as demais religiosas não sabiam que Irmã Faustina estava escrevendo um Diário espiritual. Elas ficaram sabendo apenas após a sua morte.

Beatificação de Santa Faustina

Para o processo de beatificação de Irmã Faustina, nos anos 70, o Diário precisou passar por uma minuciosa análise teológica feita pelo Padre Różycki. Essa análise durou quase 10 anos, e a opinião do padre foi positiva sobre a natureza das revelações de Irmã Faustina. Ele confirmou a veracidade e o caráter sobrenatural das experiências místicas da santa.

Nos seus últimos momentos, quando a tuberculose já havia consumido por inteiro seus pulmões, intestinos e esôfago, sem poder beber uma única gota de água, sentindo dores profundas, nem assim Faustina reclamou. Pela manhã, ela pede a uma irmã enfermeira que cantasse algum cântico piedoso. Mas, por fim, ela mesma cantarolou baixinho: “Os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração do homem não percebeu o que para uma virgem foi preparado no céu”. Chegou a pedir por uma injeção para lhe tirar a dor, mas se arrependeu. Optou por fazer mais um sacrifício oferecendo a sua dor a Deus pela salvação das almas. Logo em seguida, anunciou: “Hoje, Jesus vai me levar Consigo”.

A missão começa após a morte

Naquele dia 5 de outubro de 1938, com apenas 33 anos de vida, às 22h45, Faustina, depois de muito sofrer e sem expressar nenhuma palavra de lamento, abriu levemente os olhos e sorriu. Inclinou a cabeça e partiu com seu amado Jesus, partiu em paz para a Pátria Celeste, que tanto almejou ao longo de sua vida.

Em seu caderno, anota: “Pressinto bem que minha missão não termina com a minha morte, mas começa com ela” (Diário, 281). Seus escritos, reunidos, publicados e conhecidos em diversas partes do mundo, como o “Diário de Santa Faustina”, são o testamento da Misericórdia de Deus para a humanidade. Sua missão, de fato, não se encerrou com sua morte, mas iniciou com ela. Hoje, temos acesso a essa preciosidade graças à sua fidelidade, confiança, abandono e desejo profundo de fazer a vontade de Deus.